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"𝑈𝑚𝑎 𝑏𝑎𝑖𝑙𝑎𝑟𝑖𝑛𝑎 é 𝑢𝑚𝑎 𝑎𝑟𝑡𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑢𝑚𝑎 𝑎𝑡𝑙𝑒𝑡𝑎 𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑡𝑎. 𝑇𝑢𝑑𝑜 𝑖𝑠𝑠𝑜 𝑒𝑚 𝑎𝑝𝑒𝑛𝑎𝑠 𝑢𝑚 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜."

𝑩𝒓𝒊𝒔𝒂 𝑺𝒂𝒏𝒕𝒊𝒂𝒈𝒐

Adrian conseguiu convencer Bruno de dar uma aula para mim, já que perdi a de ontem. 

Eu ainda estava sentindo algumas coisas estranhas, como suor excessivo e falta de apetite, mas isso não me incomoda já que tenho que perder peso. Eu não como nada desde ontem de manhã, prometi para Adrian que iria me cuidar, mas falhei, mais uma vez.

Não sei o que está acontecendo comigo nesses dias, tudo que era colorido se tornou preto e branco e parece que toda a felicidade do mundo sumiu para mim. Quando eu estou com alguém que amo, me sinto feliz, mas em alguns instantes em que me despeço delas, tudo volta a ser triste.

Me levantei calmamente e fui até a sala, me sentei em frente ao rack e peguei uma foto de minha mãe. Ela era feliz e tinha tantos planos, o sonho dela era ser a avó legal que leva os netos para fazer coisas divertidas no final de semana.

Eu cresci sem uma figura paterna e na frente de todos, eu fingia não ligar para isso, mas todas as noites, enquanto tentava pegar no sono, eu chorava descontroladamente e abafava o choro colocando minha cabeça no travesseiro. Eu via todos os meus colegas sendo levados na escola pelo pai e ficava chateada ao ver aquilo, pois aquilo nunca ia acontecer comigo.

Meus avós eram presentes na minha vida, o bastante para eu me apegar demais a eles. Há 10 anos, o meu avô morreu com problemas no coração e minha vó se isolou de todos, fazendo a gente sentir uma dor dobrada. Eu me lembro de ver minha mãe encolhida na cama tentando controlar o choro enquanto olhava fotos antigas, fotos que traziam alegria e tristeza ao mesmo tempo.

Toda a minha concentração foi embora depois de alguém tocar o interfone de casa. Me levantei limpando as lágrimas do meu rosto e pela janela da sala vi que era Adrian do lado de fora.

Peguei minha bolsa e saí correndo de casa, eu sabia que com Adrian eu estaria feliz. 

Abri o portão com um sorriso fraco no rosto e percebi que a expressão dele estava péssima. Com dúvida, olhei em direção ao carro dele e vi que tinha duas garotas no banco de trás do carro dele.

— O que elas tão fazendo aqui? — perguntei quase em um sussurro.

— Marcelo me pediu para buscar elas, já que ele não podia. — falou, escorando no meu portão com uma expressão de cansado. — Por favor, me chame para tomar água na sua casa, preciso de um tempo longe dessas garotas.

— Quer tomar um copo de água? — perguntei alto para que elas pudessem ouvir.

— Claro. — disse no mesmo tom — Meninas, já voltamos. 

As meninas gritaram e Adrian entrou rapidamente para dentro de minha casa. Fechei o portão em minhas costas e ele suspirou aliviado.

— Hoje a aula não seria só minha? — perguntei andando de um lado para o outro.

— E é. Mariana e Bella vão experimentar roupas para uma apresentação que elas irão fazer. — disse se sentando no banco da varanda de minha casa — Eu vou pirar.

Ri e me sentei em outro banco de madeira ao lado de Adrian. A minha manhã já estava sendo difícil, pegar o mesmo carro que Mariana ia só piorar tudo.

Peguei meu celular no bolso de trás da calça jeans skinny, desbloqueei a tela e estava prestes a pedir um Uber para me levar para a agência.

— Pode ir se quiser, vou pedir um Uber. — falei e ele fez uma cara de dúvida — Não vou entrar no mesmo carro que essas duas, minha cabeça já está estourando. 

— Por favor, Bri, eu faço elas ficarem quietas. — falou se levantando — Vai comigo.

— Tudo bem. — cedi — Mas se elas começarem a gritar ou me insultar, eu desço do carro mesmo se ele estiver em movimento. Entendeu? 

— Você quem manda. — respondeu se levantando e me deu a mão. 

Abri o portão novamente e saímos. Mariana bufou quando me viu, mas eu fingi que não tinha ouvido para manter a paz. 

Entrei no banco da frente e fechei os olhos escutando a música alta que elas tinham colado. Mariana e Bella cantavam e eu senti que minha cabeça ia explodir.

Adrian finalmente entrou no banco do motorista e logo abaixou o som. Virou seu corpo para trás e encarou as duas, que sorriram para ele.

— Eu estou dando carona para vocês, então tem que seguir minhas regras. Nada de música alta e gritaria, fiquem em silêncio para o bem de todos. — diz Adrian antes de sair dirigindo.

Elas assentiram e ficaram o caminho todo em completo silêncio. Quando chegamos, Mariana e Bella foram as primeiras a descerem, me deixando sozinha com Adrian.

— Bom ensaio. — disse depositando um beijo em minha bochecha — Se der, passo lá para te ver.

Sorri saindo do carro e entrei correndo na agência. Peguei um elevador e ele nunca esteve tão lento na vida.

Quando chegou ao andar onde fica a sala de ensaios, fui andando calmamente para lá e vi que Bruno estava organizando as coisas para a nossa aula.

Quando me viu, abriu um sorriso largo e veio correndo me abraçar. Ele estava usando uma blusa larga com o rosto do Hungria estampado no centro.

— Que bom que veio, eu tenho certeza que você irá se sair muito bem. — disse e eu deixei minha bolsa em cima da cadeira — Ali fica o banheiro, pode ir trocar de roupa, querida.

Fui até o banheiro e coloquei o meu collant rosa-claro e minha saia simples. Calcei minhas sapatilhas e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo torto. Havia me esquecido de amarrar em casa e saí com o cabelo solto.

Voltei para a sala e Bruno havia posicionando a caixinha de som no canto. Deu um sorriso ao me ver e me chamou com as mãos para que eu ficasse no centro.

— No começo, 10 bailarinas entrarão dançando suavemente. — disse — Logo depois você e mais 4 aparecerão no palco e vão ficando uma do lado da outra, fazendo plié, uma de cada vez.

Bruno pediu para que eu fizesse o plié algumas vezes e quando eu terminei ele bateu palmas e deu alguns gritinhos.

— Depois as outras meninas te deixarão sozinha no palco, com isso, você vai fazer sua apresentação de Dernière danse, eu assisti e estava perfeita. — falou — E super se encaixa na performance.

Após terminar de me falar as coisas, começamos a ensaiar e eu me sentia confiante a cada passo que eu dançava. As outras meninas quase não iam aparecer na abertura, a maior parte era minha, o que me deixava tensa, muito tensa.

Senti alguém parando na porta da sala, mas não olhei de imediato, estava muito concentrada na dança e não queria que nada me tirasse o foco.

— Perfeita. — falou Bruno pausando a caixinha de som — Tenho certeza de que você vai ser uma das mais bonitas.

— Eu também tenho. — disse Adrian e eu olhei para o lado. 

Então era ele que estava ali. Adrian estava com os braços cruzados e escorado no batente da porta, sua expressão de cansaço era nítida.

Bruno pegou sua caixinha de som e se despediu de mim com um abraço calmo.

— Você está arrasando. — sussurrou em meu ouvido e eu sorri de lado — Agora vou te deixar a sós com esse homão tatuado. — não pude deixar de rir com sua última frase.

— Amei a camisa. — disse Adrian quando Bruno passou por ele.

— Obrigado, amei o terno.

Adrian balançou a cabeça, sorrindo, e entrou da sala. Peguei minha bolsa para trocar de roupa, mas Adrian passou as mãos pelo meu ombro, chegando mais perto de mim.

Me virou para ficar de frente a ele e tirou as mãos do meu ombro, pegando em minha mão.

— Me desculpe por hoje de manhã, não estava nos meus planos essas garotas irem comigo. — falou e eu balancei a cabeça concordando — Esta acontecendo alguma coisa? Você é sempre tão animada.

— Estou com sono. — menti tentando não forçar contato visual.

— Tem certeza? Às vezes, pode ser efeito do remédio. Você parou de tomar, o corpo pode ter estranhado. 

— Acho que é somente sono mesmo. — respondi.

— Tudo bem, mas caso não for só isso, saiba que eu estou aqui para o que precisar. — disse e eu agradeci baixo.

Me soltei de suas mãos e fui correndo para o banheiro, eu sabia que as lágrimas estavam vindo. Adrian pareceu confuso, mas não veio atrás de mim, somente se sentou no banco de couro que tinha no canto da sala.

Tranquei a porta e me debrucei sobre a pia, que estava um pouco molhada. As lágrimas rolavam rapidamente e eu estava tentando não soluçar para que Adrian não ouvisse.

Odeio que as pessoas escutem ou vejam eu chorar, me sinto fraca. Em todos os meus aniversários surpresas eu agradecia e depois ia para o banheiro chorar de emoção.

Tentei me reerguer, mas ao olhar minha imagem no espelho, as lágrimas voltaram mais fortes. Passei a mão pela área da minha barriga, depois pelos meus braços, minhas pernas e meu rosto.

Eu me sentia feia, não era como antes, em que eu tinha uma autoestima super elevada. Minha mãe sempre me colocou no pedestal, falando que eu era linda e as opiniões dos outros não deveriam me afetar.

O remédio e a injeção me deixavam bonita, com o corpo adequado, mas eu entendo que as consequências são severas. Eu estou pensando em começar uma dieta e pretendo fazer mais exercícios físicos, quanto mais, melhor.

Peguei alguns papéis e passei pelo meu rosto limpando as lágrimas. Vesti minha roupa e saí de dentro do banheiro fingindo estar tudo bem.

Adrian continuava no mesmo lugar e se levantou quando me viu. 

— Eu te levo para casa. — disse e eu assenti, não tinha dinheiro para pagar um Uber e meus pés estavam doloridos por conta da dança.

O caminho não foi legal igual os outros dias, estava tudo quieto. O forte cheiro de perfume feminino circulava pelo carro e durante o trajeto eu dava alguns espirros.

— Vou precisar mandar lavar o carro para tirar esse perfume. — disse Adrian estacionando na porta de minha casa — Pronto, chegamos em sua bela residência.

— Obrigada. — falei dando um sorriso fraco — Desculpa por qualquer coisa. 

Adrian balançou a cabeça negativamente e sorriu, se despedindo. Entrei para casa e deitei-me sobre o sofá, por que estava tão difícil?

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Gente, olhem essa capa maravilhosa que a CrystalFey fez!! Eu estou apaixonada demais ❤️❤️❤️

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