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06 - Infernal

As portas do inferno se abriram com um rangido ensurdecedor, revelando um enredo distorcido e apavorante. Um rio de lava fervente serpenteava pelos campos sombrios, onde almas condenadas se entregavam ao destino imortal do medo, refletindo o fogo eterno que queimava nos olhos do guardião demoníaco. Os pecadores, envoltos em sombras acusadoras, eram conduzidos por criaturas grotescas que sussurravam tormentos infindáveis.

À medida que avançavam, os mentirosos eram envolvidos por chamas verdes que revelavam suas falsas palavras, enquanto os corruptos eram arrastados por ventos gelados que cortavam suas almas impuras. Gritos angustiantes ecoavam pelos corredores tortuosos, misturando-se ao rugir das chamas. Cada pecado tinha sua punição única, esculpida em tormentos personalizados que ecoavam a natureza de suas transgressões.

No horizonte, sombras grotescas dançavam ao redor de um trono de ossos, onde o Senhor do Inferno observava com um sorriso sádico. Os pecadores eram eternamente marcados pela escuridão que os envolvia, condenados a um ciclo interminável de sofrimento. O inferno, um espetáculo aterrador, recebia os perdidos em suas garras implacáveis.

Merida Anderson, uma mulher de preceitos duvidosos, adentrava o elevador com um olhar que transmitia pura bondade, mas escondia sua verdadeira face. As portas de metal se fechavam lentamente, revelando sua silhueta imponente, enquanto as sombras dançavam em seu rosto, indicando uma dualidade obscura. A cada andar que o elevador descendia, sua expressão oscilava entre serena benevolência e um vislumbre de malícia velada.

O ambiente confinado amplifica a tensão, e Merida, com uma elegância perturbadora, parecia carregar consigo os suspiros angustiados dos pecadores que a precederam. Seu vestido escuro ondulava como sombras revoltas, enquanto as luzes piscantes do elevador ecoavam a dissonância entre sua fachada benevolente e a escuridão que pulsava em seu íntimo.

Ao chegar ao destino, as portas se abriram revelando um corredor que se estendia para além do horizonte. Merida Anderson, com seu olhar ambíguo, cruzava o limiar para adentrar o reino de tormentos, onde a ambiguidade de sua natureza encontraria sua manifestação mais sombria. O inferno aguardava, pronto para receber não apenas os pecadores, mas também aqueles que escondiam suas verdades por trás de fachadas enganosamente puras.

Mas o que é o destino, senão uma rota de tormentos? Merida Anderson parecia mais calma. O resultado de suas equações misturavam as ações que a levaram até ali, pareciam relés grãos de poeiras. Assim havia sido. Assim deveria ser. Sua postura indeclinável suspendendo o ar da atmosfera como se tivesse o domínio sobre ele. Não aparentava está nervosa, sustentava aquele maldito sorriso nos lábios, outrora gentis. Ela tocou a campainha. O som agudo ecoou o cômodo e a resposta não demorou a vir, ela veio em uma característica que muito admirava, mas que agora não passava de uma simples mulher com seus pesadelos. O choque foi intenso, como se uma tonelada de ferro tivesse sido posta sobre suas costas e Beatrice Harrison, infelizmente, desabou ao vê-la.

— Você! — uma confusão a tomou. — Você!?

Nada mais saiu de seus lábios. Seus olhos azuis, como o oceano mais profundo da terra, se viram em volta de lágrimas. A dor perfurando a carne. O medo tomando de conta e o nervosismo acendendo como um fósforo em um galão de gasolina.

— Não vai me convidar para entrar, filha? Já foste mais delicada, quando mais jovem, Beatrice.

O que é o medo? O medo é uma sombra que se insinua nos recantos mais profundos da alma, uma presença sinistra que se manifesta quando alguém do passado retorna para nos assombrar. É como uma névoa gélida que envolve o coração, fazendo-o palpitar descompassadamente. As lembranças, agora distorcidas e carregadas de pesadelos, emergem como espectros vingativos, arrastando consigo os resquícios de antigos tormentos.

Ao rever rostos há muito esquecidos, o medo ressurge como um manto de escuridão, provocando arrepios e congelando as entranhas. É a sensação de estar preso em um pesadelo do qual não se pode acordar, enquanto os ecos do passado sussurram promessas de angústia renovada. Cada passo do retorno é como uma batida lenta e inexorável, anunciando a chegada de sombras que se alimentam do desconforto e da vulnerabilidade.

Aterrorizante é o poder do medo quando os fantasmas de ontem ressurgem, transformando o presente em um palco sombrio para os horrores já vividos. O coração, outrora cicatrizado, agora pulsa com a intensidade do pavor, enquanto a realidade se funde com as lembranças, criando um espetáculo de terror que transcende o tempo. Beatrice Harrison sentia isso no momento. Merida ressurgiu como uma sombra para devorá-la. Havia pavor.

— Você... Morreu.

— A morte é só uma rota de escape, filha.

— EU NÃO SOU A SUA FILHA! — Beatrice gritou. A veia do pescoço quase saltando para fora por conta da raiva. — Você acabou com a minha vida, inferno. Você destruiu tudo que eu tinha. Não deveria ter voltado. Deveria ter continuado morta.

Ela sorriu. Um sorriso maldoso.

— Não era eu quem estava morta, desaparecida, e que resolveu voltar para assombrar — Melinda passou por ela. Jogou sua bolsa sobre o sofá e analisou o apartamento da filha. — Cadê as crianças? Vovó estava morrendo de saudades deles.

Beatrice semicerrou o punho. Estava fraca diante daquele espírito. Mas buscou forças para erguer a mão e indicar a porta.

— Vá embora, agora!

— Mas eu acabei de chegar. Não vai me oferecer nem um copo com água, meu amor?

Beatrice secou as lágrimas, não iria ceder ao sarcasmo daquela mulher. Não mais. Não era aquela jovem que deixou ser manipulada.

— Você é uma velha nojenta.

— Ora — disse ela, logo em seguida — Você me adorava. Eu era o espelho mais belo para você, não era? O que houve? Oh, Beatrice, qual o porquê de tanta raiva?

— O meu filho.

Merida apertou os olhos como se estivesse redescobrindo a memória.

— Seu filho? Qual filho? Aquele que você não quis? — Ela perguntou, queria uma resposta. — Tu disseste: leve-o contigo. Cuide dele como se fosse teu, e nunca diga nada de mim para ele. Foi há quase dezoito anos, eu lembro perfeitamente como se fosse hoje, meu amor.

Beatrice Harrison fechou os olhos.

— Você armou todo aquele teatro. Quer aplausos, eu lhe aplaudo! — Beatrice aplaudiu, e Merida curvou-se numa breve reverência, antes mesmo de gargalhar. — Como eu fui burra de confiar em você.

— Tem razão — Merida deu um passo à frente. — Você foi burra de confiar em mim. Seu filho, agora um adulto, não quer saber de você. Eu mesma fiz questão de que nunca soubesse.

— Você é má!

— Sou má, muito má. Roubei seu filho, porque sabia que não teria condições para criá-lo. Eu paguei um ótimo preço para que deixasse a vida do Robert em paz — ela confessou. — Foi gracioso vê-lo te odiando dia após dia. Eu adorei, confesso.

Beatrice voltou às lágrimas. Merida continuava sorrindo, impassível.

— Você me privou de vê-lo crescer.

— Foi uma ótima escolha. Hoje o Nicholas é um garotinho belo e educado. Ele tem seus olhos um pouco mais claros, óbvio, e os cabelos também, no entanto — ela consertou a garganta — ele possui o melhor do pai dele: o carisma.

Robert Ramsey, o fantasma. Era assim que Beatrice Harrisson obrigava-se a chamá-lo. Foi extremamente apaixonada pelo homem. Era comprometida, mãe de um belo filho de quatro anos quando deixou ele para viver a pior época de sua história. Se odiava por isso, quiçá, porque Robert Ramsey era um príncipe vindo direto de um conto de fadas, porém traiçoeiro a ponto de enterrar uma espada no coração da pessoa amada.

— Eu vou contar toda a verdade a ele.

— Na verdade — Merida disse, sua voz autoritária. — Eu a ajudarei com isso.

Beatrice engoliu em seco.

— Me ajudar? Não, você sempre cobra alguma coisa no final.

— Tem razão. Tem um preço, e você vai ser essencial para isso.

Beatrice mordeu os lábios.

— Vamos, então, diga o que você quer.

Merida a contornou, ficando atrás.

— Eu quero uma coisa que a minha irmã roubou de mim. É uma joia de família, muito valiosa. Um colar inteiramente de rubi. A Melinda se apropriou, quero sua ajuda para recuperá-lo, em troca, lhe darei seu filho.

— Como?

— Somos gêmeas, não será tão difícil se passar por ela, tirando a parte chata de ser sempre carismática.

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