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30. A AUTORIDADE DO PRÍNCIPE

Ela quer usurpar o seu trono, Alteza.

Joshua encarou a hemadríade ruiva com um olhar tão frio que por um segundo Freesia achou que sairiam de seus olhos lanças de gelo para atingir Hyre.

— E como ela poderia usurpar um lugar que já lhe pertence? — A voz dele causou um arrepio em Freesia. Do que ele estava falando?

Hyre olhou entre eles, parecia não saber o que dizer, porém logo se recompôs.

— A família dela está governando agora, mas você é o verdadeiro governante. Assim que passar por todas as etapas necessárias, poderá escolher a nova Grande-Mãe. Acontece que essa dissimulada o reivindicou para garantir que esse lugar será dela. Não vê que Freesia só se importa com poder e status?

Os ramos que antes puxaram as armas das ninfas prestes a se atacarem, agora se enrolaram na cintura delgada de Hyre e a puxaram suavemente para perto dele. Um sentimento ardente de ira tomou o coração de Freesia ao se lembrar de como ela mesma foi puxada por cipós para ele antes de se beijarem nos limites do bosque. Doeu vê-lo fazer isso com sua ex-amiga traidora, e ela sentiu seus olhos marejarem.

— Você acha que existe alguém melhor do que ela para ser a Grande-Mãe que a tribo precisa, Hyre? — Joshua falava de um jeito suave, quase sedutor. Era quente.

— Existem muitas ninfas tão ou mais qualificadas que ela, príncipe.

— Por exemplo... Você?

Freesia começou a tremer, sua fúria mal-controlada ao ver como Hyre estava perto dele. Apesar de alta, a ruiva precisava inclinar a cabeça para trás para encará-lo, e ela não tinha vergonha de olhar para os lábios dele, deixando claro que queria beijá-lo.

— Eu tenho os mesmos treinamentos e conhecimentos que ela possui, assim como várias outras feéricas. A diferença é que Freesia é ardilosa e mentirosa e...

De repente, Hyre começou a ofegar, como se não conseguisse puxar ar suficiente para continuar falando. Olhou para baixo e notou que os ramos folhados haviam se enrolado em volta de todo o seu torso, da cintura até acima dos seios, em várias voltas que lhe apertavam as costelas e o diafragma, dificultando sua respiração.

— Al... teza... Não... consigo res... — Ela tentou puxar o ar desesperadamente. — Por... favor...

— Se eu fosse você, mediria bem minhas palavras — Joshua rosnou, toda a frieza de antes retornando aos seus olhos. — Freesia ainda é sua princesa, falar dela assim, sem provas, pode ser considerado traição.

Joshua soltou Hyre, que tossiu em busca de ar, colocando a mão no peito.

— Perdão... Cof-cof-cof... Alteza...

— Não peça perdão a mim. Foi a ela que você ofendeu. — Fez um gesto para Freesia, que estava sem reação ante aquela inesperada demonstração de autoridade. Ele nem mesmo queria ser rei, mas agora parecia estar não só aceitando como tomando seu lugar de direito no meio do povo. — E não quero mais te ouvir falando mal de sua princesa — ele completou, olhando-a duramente.

A hemadríade dirigiu seu olhar para Freesia e fez uma reverência forçada. Seus olhos revelavam o ódio que sentia, apesar de suas palavras saírem baixas e com um tom falsamente humilde.

— Me perdoe princesa. Eu nunca mais falarei assim de você. Aceite minhas sinceras desculpas. — Ela olhou de volta para Joshua. — Peço permissão para me retirar.

Ele apenas indicou Freesia com a cabeça, mostrando com o gesto que era a ela que a ninfa deveria se dirigir. Hyre repetiu a pergunta, mal olhando para a dríade, e Freesia acenou que sim em silêncio, então a ruiva pegou seu machado do chão e colocou no suporte em suas costas antes de ir para o território das hemadríades venenosas.

Os olhos violetas de Freesia encontraram os olhos cor-de-avelã fixos nela, sem dar atenção à saída da outra ninfa. Mais uma vez sentiu arrepios quando ouviu a voz grave do príncipe.

— Precisamos conversar. A sós.

Ele fez um gesto para que ela o acompanhasse e se despediu de seus amigos, pois não tinha certeza de quanto tempo sua conversa com a princesa demoraria. Freesia o seguiu até uma colina na outra margem do lago, para onde atravessaram em cima de grandes vitórias-régias, com a ajuda de Nory e seu companheiro Eb.

Não demorou a uma coruja branca muito plumosa pousar perto deles, assim como um enorme gavião negro. Kmry e Noktu mudaram para as suas formas de loba e pantera, e ficaram passeando por perto, vigiando os arredores e conversando em sua linguagem de grunhidos, assobios e pateadas no chão.

— Você está fugindo de mim... — Joshua foi direto, como sempre. — Posso saber por quê?

— Ao contrário do que você possa pensar, minhas responsabilidades não se resumem a treinar você, nem a acompanhá-lo cada minuto da noite.

— E nas duas horas em que ficamos acordados antes das outras ninfas da floresta despertarem? Você não me permite chegar perto do território das dríades brancas, mas eu nunca a proibi de ir até os carvalhos reais.

— Eu só gosto de curtir um tempo sozinha.

— Cantando canções tristes...

— É um passatempo...

— Chamando o seu companheiro.

— Você não entende, príncipe...

— Já falei para me chamar de Joshua ou Josh.

— Não é apropriado...

— Por que não? É um tratamento íntimo, como deve ser entre companheiros.

— Não temos certeza se somos...

— Sério? Você me reivindicou mesmo assim. E naquele dia, perto da minha antiga casa, se entregou aos meus beijos como alguém que sabe o que quer. Você quer estar comigo, Free. Eu vejo nos seus olhos.

Ela olhou para a lua escura no céu. Há duas noites foi a caçada da lua nova e na noite anterior houve festa e banquete, como em todas as noites pós-caçada. Ela participou quase escondida, apenas observando de longe os amigos dele o forçando a dançar, o que evidenciou o quanto era desajeitado com os passos. Foi engraçado.

Mas novamente a tristeza a dominou.

— E do que adianta você ver e não sentir o mesmo?

Joshua deu um passo atrás, surpreso.

— Desde quando eu dei a entender que não sinto o mesmo por você, Freesia? Não sei o que pensa de mim, mas não sou o tipo de homem que beija uma mulher por quem não sente nada.

Ela o olhou, seus cachos compridos balançavam suavemente na brisa noturna.

— Você disse que gostava da Olívia...

Joshua abriu a boca, chocado. Pensava que, com a forma como ele a olhava todos os dias e tratava Olívia como uma irmã mais nova, Freesia teria percebido o que ele sentia por ela.

— Eu gosto dela como amiga, Free. Nunca senti atração pela Oli, nem poderia, porque você é a minha companheira destinada.

— Como você pode ter certeza?

— Porque eu ouvi o teu chamado. Ouvi tua voz quando era só um menino de nove anos, quando você desabrochou. Durante toda a minha vida eu sonhei com você, com esses olhos violetas tão brilhantes e essa voz única. E no dia em que entrei no bosque e cheguei até os carvalhos brancos, foi porque te ouvi cantar. Eu fui guiado até aqui por você, Freesia, agora entendo isso.

Ele se aproximou e segurou o rosto dela entre as mãos, acariciando-lhe as bochechas e os lábios. Ela suspirou, impactada com a declaração dele.

— Naquele dia eu ouvi e aceitei seu chamado. E eu sei que você me reivindicou porque sentiu a necessidade de me proteger. Você sabia que era minha companheira, só não tinha aceitado ainda.

Freesia sentiu uma lágrima rolar, involuntária. Ele sonhava com ela? Sua canção foi ouvida e atendida por ele? Depois de tantos anos, finalmente não iria mais ficar sozinha? As Almas Ancestrais não se esqueceram dela, afinal?

— Não foi só um beijo, Freesia. Quando você estava nos meus braços, eu senti como se tivesse finalmente encontrado o que passei a vida procurando. É você. Eu nunca quis ser rei, mas se não tenho escolha, não existe outra que eu queira ao meu lado para guiar o povo feérico. É você, minha companheira. Minha rainha.

Ela continuou calada, uma miríade de emoções dançava em seus olhos.

Felicidade. Ternura. Euforia. Paixão. Admiração. Amor...

A dríade puxou o rosto dele de encontro ao seu e seus lábios devoraram os dele com uma sede de quem esperou muito tempo por esse momento. Os dedos mergulharam no cabelo dele, sentindo os fios sedosos, enquanto ele apertava a cintura feminina como se nunca mais fosse soltá-la.

A língua de Joshua dançava com a dela, saboreando, deixando-se mergulhar na sensação de prazer que lhe proporcionava. Desceu as mãos para o quadril dela e a ergueu para que enlaçasse as pernas ao redor da cintura dele. Freesia usou uma mão para segurar na nuca dele e a outra para se apoiar atrás de si quando o sentiu se ajoelhar para deitá-la sobre a relva macia.

Quando estava deitada, com o corpo dele encaixado no seu, deleitando-se com os beijos e carícias de seu companheiro, Freesia sentiu brilhar uma forte luz sobre suas pálpebras e abriu os olhos rapidamente. Joshua continuava concentrado no ato de beijar a boca macia da dríade, porém ela interrompeu o beijo e se ergueu um pouco para observar o clarão verde característico de um portal sendo aberto na divisa do território das antusas com as melíades, onde Tnker Zorl costumava receber os visitantes de outras tribos.

Mas Zorl estava, naquele momento, nas montanhas treinando suas pupilas para que uma delas, um dia, a substituísse. Isso significava que não era ela quem estava conjurando aquele portal.

— Free, o que é essa luz?

Ela encarou os olhos verdes que refletiam a mesma preocupação dela.

— Temos um visitante de outra tribo. Mas os portais de Grradhy são controlados por Zorl desde a profecia da melíade-oráculo sobre um grande mal, e ela está no território das oréades agora.

Joshua se levantou, chamando Kmry com um assobio.

— Se Zorl não está controlando o portal, então quem está?


Olívia suspirou enquanto caminhava por entre os crisântemos amarelos quase fechados na escuridão noturna. O bosque era iluminado por diversas plantas que brilhavam como neon, era tão lindo.

Depois que Joshua saiu com a Freesia para conversar, Logan e Ronny partiram, acompanhados por Orked e seu companheiro Kyron, um melíade de pele prateada e cabelos como cipós marrons. Eles formavam um belo casal e em breve iriam se conectar.

Como ainda não queria voltar para a casa de sua família em Craobhan, a híbrida resolveu visitar seus avós no território das fadas antes que eles dormissem. Para chegar ao território era necessário andar por uma trilha que dividia os freixos, lar das melíades, e a extensão colossal onde habitavam as antusas, segundo seus clãs.

Olívia sabia que não devia andar no território do clã Asterace, mas achava os crisântemos tão lindos... Sentia-se atraída pelo perfume que as “flores de ouro” exalavam. Não sabia que tipo de antusa era seu pai, mas podia apostar que era do clã composto pelas famílias de crisântemos, dálias, margaridas, girassóis, dentes-de-leão, entre outras flores. Ele era da tribo da América do Norte, mas seus avós desconfiavam que era descendente de ninfas asiáticas, então provavelmente era um crisântemo.

De qualquer forma, Olívia amava sentir a textura das pétalas e admirar essas flores, por isso se desviou um pouquinho da trilha só para desfrutar do jardim maravilhoso que era território das antusas. No começo sentia medo de passear à noite pelo território da tribo, mas depois de quase três meses transitando nos dois mundos, ela já entendia que Grradhy acolhia os seus, e ela fazia parte do povo.

Distraiu-se lembrando das primeiras lições de conexão com a terra que sua avó Drizel e suas irmãs May, Hail e Leam a ensinaram. Podia ouvir sua irmã mais velha, May, mandando-a sentar-se na relva, fechar os olhos e tocar o chão para ouvir a natureza.

— Sinta como se move, como respira... O bosque está vivo, Olívia. Sinta-o pulsar como um imenso coração... Tum-tum, tum-tum, tum-tum... Você é filha do bosque, e ele sempre vai te acolher em seus braços amorosos. Aqui você nunca se sentirá sozinha ou diferente, porque pertence à terra, como cada uma de nós.

Olívia parou de caminhar quando viu alguma coisa brilhando na trilha à direita. Era uma fraca luz verde que surgia, crescia um pouco, e então se dissipava como se não tivesse força para brilhar mais forte.

Aproximou-se da luz ínfima, sentindo uma tontura quando símbolos surgiram à sua frente, como que escritos em pleno ar. Um puxão doloroso veio do fundo de sua mente. Sua mão se ergueu, tocando nos símbolos em uma sequência que ela não entendia, mas seu cérebro parecia conhecer muito bem.

Uma luz verde saiu de suas mãos e foi crescendo, mais brilhante, mais forte, até que uma silhueta surgiu. Uma enorme sombra pairou sobre ela quando pernas longas e fortes apareceram, pisando para o lado de cá da luz, seguidas de um corpo tão grande e musculoso que intimidava.

Olívia deu um passo atrás e fechou as mãos. A luz brilhou por alguns segundos, então se apagou, deixando nas sombras o rosto do forasteiro. Olívia tremeu ao ouvi-lo questionar com voz forte:

— Era você que estava bloqueando o portal? Por que tentava me impedir de entrar? — Como não obteve resposta, o estranho grunhiu, irritado: — Responda!

— E-eu não... não sei. Não estava fazendo nada...

— Mas tem algum tipo de feitiço bloqueando todos os portais de Grradhy. Eu estava tentando voltar há uma hora. De que clã é você e o que faz perto desse portal?

— Eu sou do clã das fadas frutíferas e...

— Por que uma fada está no território das antusas? Onde estão suas asas?

— E-eu n-não tenho asas...

— Isso é impossível. Fadas só perdem suas asas quando decidem viver no mundo humano. Se você foi banida, não deveria estar aqui.

— Não fui banida, eu sou mestiça. Estava indo para o território fae ver meus avós e vi essa luz verde brilhando e se desfazendo como se fossem vagalumes turbinados, então vi esses símbolos e toquei neles...

— Que símbolos?

— Eu vi símbolos flutuando e toquei neles e essa luz saiu das minhas mãos, então você apareceu... Como? Não entendo...

O estranho deu um passo mais perto e Olívia olhou para cima, apavorada. Ele era enorme, devia ter quase dois metros de altura. Não via seu rosto muito bem devido à escuridão e ao comprido cabelo cacheado que ele tinha, mas havia um tipo de cicatriz irregular que descia por seu peito nu até a cintura.

— Você está mentindo! Fadas não podem conjurar portais, isso só é feito por ninfas feiticeiras, como a Tnker da tribo. Vou perguntar de novo: quem é você?

Olívia, se sentindo acuada e com medo, tentou correr para fugir dele, porém o feérico a segurou pelos ombros e a virou para encará-lo. No momento em que seus olhos se encontraram, Olívia viu os olhos dele se acenderem como lâmpadas incandescentes roxas e ele inalou profundamente o ar em volta dela, como se estivesse farejando.

— Minha! — rosnou ao mesmo tempo em que o ar começou a girar ao redor deles como se fosse um tornado.

De repente, uma fera branca com corpo de puma e cabeça de raposa surgiu por entre os freixos e de cima dela saltou um feérico loiro que disse “Solte-a” antes de lançar no grandalhão uma descarga elétrica que o fez soltar a pequena fada.

Olívia correu para perto de Joshua e ele a colocou atrás de si, preparando-se para lutar contra o invasor que avançava para atacá-lo. O príncipe puxou da bainha em sua cintura uma adaga de obsidiana e começou a controlar os galhos e raízes de um freixo próximo quando Noktu, em forma de cavalo, parou ao lado de Kmry com Freesia em cima dele, com o arco pronto e uma flecha apontada para o estranho.

Joshua ouviu um arquejo e observou, surpreso, Freesia descendo de Noktu e correndo para o outro, já com a flecha guardada na aljava e o arco no suporte. A dríade pulou nos braços do moreno, que a amparou em seu corpo poderoso, acariciando seus cabelos.

— Korst! Há quanto tempo! Por onde andou, seu desnaturado?

— Ei... Olá, irmãzinha. Eu estava um pouco aqui, um pouco ali... Não tinha um lugar fixo. Mas agora voltei pra casa e vejo que tem algumas coisas bem diferentes, a começar por...

— Free, quem é ele? — Joshua perguntou, incomodado por ver o estranho agarrar sua companheira assim.

— Ah, Josh, esse é meu irmão...

— Meu nome é Korst, príncipe dos carvalhos brancos. A pergunta é: quem é você e por que está escondendo minha companheira de mim?

Olá! Tudo bem com você? Espero que sim.

O que achou do capítulo? Não deixe de comentar, isso me deixa contente.

Estou passando aqui pra avisar que, infelizmente, não vou poder escrever capítulos novos por algum tempo porque estou muito ocupada no momento. Apenas não desista da história, por favor.

Beijos no coração e... tchau!

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