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17. AS AMIGAS DE FREESIA

— O que você quer dizer, querida? — indagou Kol.

— O visitante de quem Zorl falou não era um humano, não totalmente. Eileanach está viva e teve dois filhos, veja os carvalhos cheios de um poder pulsante.

— Mas como é possível ela ter sobrevivido? Quando fugiu de Grradhy, sua conexão com a árvore-mãe deveria ter sido rompida.

— Eileanach era muito curiosa sobre toda a história e feitiços do nosso povo. Ela sempre fazia perguntas à Mstry sobre tudo, não duvido que tenha descoberto um feitiço para se manter ligada às terras mágicas.

— Mas se um descendente direto de Eileanach está em Grradhy, a lei diz que ele ou ela tem o direito de liderar a tribo, então...

— Eu sei. O trono pertence primeiro ao clã dos carvalhos reais, os carvalhos brancos são sucessores no caso de não haver mais nenhum membro real. Eu terei que abrir mão da liderança.

— Mas e se ele ou ela não quiser assumir seu lugar de direito?

— É ele, papai — disse Freesia.

— O quê? — os pais dela questionaram juntos.

— Ele entrou no bosque, pagou o preço de lágrimas e foi aceito. As Almas Ancestrais o atraíram até a tribo e ele me viu, mas não conhece a nossa língua ou costumes. Ele não faz ideia de quem é nem de seu lugar entre nós, por isso eu não contei a vocês, porque nem sei se Joshua vai aceitar viver aqui.

— Joshua... nascido líder — murmurou Vctrya. — Faz sentido.

— Você interagiu com ele, filha? Qual a idade dele? Veio sozinho?

— Pai, você está nervoso. Nós conversamos, eu contei um pouco sobre nossa história. A princesa fez alguma coisa que bloqueou os sentidos e os poderes dele. Não sei se veio sozinho, mas ontem, enquanto conversávamos, os Blums atacaram. Beag Kmry e Noktu me ajudaram a matar dois, e o terceiro perseguiu Joshua até aqui. Era o sangue dele no chão. Foi ele que matou o terceiro blum ao controlar raízes e galhos do carvalho de flores roxas. Ele me pediu que lhe desse respostas sobre o que aconteceu, estava apavorado.

— Espera, quem é Noktu?

Kmry rosnou, de volta à sua forma natural gigante, quando uma imensa cobra negra se aproximou e sibilou ameaçadoramente antes de se enrolar perto de Freesia.

Freesia sorriu sem graça ante o olhar questionador de sua mãe.

— Bem... Noktu é o kaemera que me escolheu. Beag Kmry protege o Joshua.

Vctrya suspirou pesadamente.

— Eu sabia que essa massa de pelos não era estranha. Antes de Eileanach fugir, uma corujinha começou a aparecer sempre onde ela estava, e quando não era a coruja, era um filhote de gato, ambos alvos como a neve.

— Agora ela está cuidando do filho dela. Eu só quero entender por que nossa filha mentiu na frente de todo o Conselho e líderes de clãs — resmungou Kol, olhando para Freesia com reprovação.

— Algumas das líderes de clã já procuram um motivo para tentar roubar o trono que por direito, até agora, é da mamãe. Se eu contasse a eles sem a certeza de que Joshua virá morar aqui, seria um caos.

— Mesmo assim, os problemas estão surgindo e agora com um forasteiro...

— Se Grradhy está chamando seus filhos perdidos de volta, os filhos de Eileanach não são os únicos, outros de sangue mágico serão atraídos para cá, isso só mostra que as palavras da profecia são muito sérias — falou a Grande Mãe. — Precisamos retornar à reunião para discutir soluções. Vou enviar uma equipe de batedoras para seguir o rastro de quem estava aqui quando chegamos. Não sabemos o que quer, mas não deve ser bom. Acho que pela primeira vez em séculos vou solicitar que as Amazonas mandem guerreiras para treinar nossa tribo. Somos fortes, porém precisamos ser imbatíveis.

— Talvez você queira chamar as Valkírias também — observou Kol. — Elas não perdem uma oportunidade de querer mostrar que as filhas de Ares são melhores que as de Atena.

Freesia bufou.

— Não sei o que Freya viu em Ares.

— Acho que ele a embebedou com Néctar antes da conexão — brincou o rei.

— Muito engraçados vocês. Vamos para a reunião, querido. — Vctrya estava séria. — Free, acho melhor você ir ficar com suas amigas. A reunião com as líderes vai levar algum tempo e depois o Conselho vai deliberar. Você deveria conversar com o filho de Eileanach assim que possível. Se Grradhy o chamou, ele deve ser importante para o que virá pela frente. E por favor, nunca mais minta para nós.

Freesia assentiu e esperou seus pais irem embora para poder pedir a Kmry:

— Por favor, me guie até Joshua. Seja quem for a criatura que esteve aqui, estava tentando machucá-lo. — Noktu bufou, aborrecido. — Calma, fofinho. Eu vou com você, Kmry só vai mostrar o caminho.

Imediatamente, Noktu tomou a forma de um cavalo frísio totalmente negro. Freesia montou nele e os dois animais dispararam pelo bosque, escondidos pela escuridão da noite. Em cinco minutos chegaram na fronteira, de onde Freesia viu a casa do Joshua, e o rapaz apareceu por uma janela de vidro, nu da cintura para cima, com os cabelos molhados, talvez de suor, e pressionando no braço esquerdo um pano branco que rapidamente ficava vermelho.

— Então esse é o tal visitante... — Freesia deu um pulo ao ouvir a voz de sua amiga Myrne. Ela era uma antusa de pele rosa e cabelo roxo que se camuflava nas flores. — Hum... Assim já está bom...

— Myrne? O que faz aqui?

— A pergunta é o que nós estamos fazendo nos limites de Grradhy — retrucou outra voz, sendo erguida da terra por algumas raízes. Era uma melíade de pele dourada e cabelos verdes de finíssimos cipós retorcidos com minúsculas folhas enfileiradas em cada um deles.

— Não acredito! Orked! Só falta me dizer que a Nory também...

— É claro! Como eu poderia dormir tranquila sabendo que as líderes das ninfas aquáticas foram convocadas pelo conselho durante nossas horas de sono?

Freesia olhou para onde surgia, de uma poça de água, uma limneida de pele preta retinta com uma enorme flor de lótus branca no lugar do cabelo.

— Nory, você não deveria estar tão longe do lago, ainda mais quando poderia estar dormindo. Não quero que fique doente.

A ninfa aquática fez um som de desdém e abanou a mão displicentemente.

— Posso perder uma noite de sono, só não quero ficar por fora dos acontecimentos. Faz décadas desde a última vez que um forasteiro adentrou Grradhy, e eu era um broto quando aconteceu. Estou curiosa.

— Como vocês sabiam que eu vinha vê-lo?

— Só um palpite — respondeu Orked, observando Joshua sumir em outra parte da casa. — Myrne e eu estávamos na beira do lago com Nory quando vimos a coruja branca voar até o outro lado da sala do trono e eu viajei pelas raízes para seguir vocês quando foram ao território das dríades reais. Ouvi toda a conversa.

— Orked nos chamou e nós te rastreamos até aqui — completou Myrne.

— Eu apenas segui as meninas. — Nory deu de ombros. — Agora, como você pretende falar com ele? Não pode deixar os limites das árvores ancestrais assim como eu não posso ficar muito tempo longe da água.

— Eu já cuidei disso. — Freesia apontou para um brilho multicolorido aparecendo na janela de vidro da cozinha.

De repente, uma enorme coruja pousou na escada de quatro degraus e se transformou em uma gata peluda, depois arranhou a porta.

— De todas as coisas que aconteceram essa noite, a mais interessante para mim é ver de perto duas kaemeras — declarou Nory. — Eu já vi e toquei na Nessie porque Hellikon sabia que eu estava curiosa, mas ela é um réptil como as serpentes aquáticas e os crocodilos, então é normal para mim. Esses dois aqui são híbridos com pelos e penas... Estranhos.

— Podem até ser estranhos, porém são lindos — Orked contrapôs. — Olha esse menino magnífico.

A melíade se aproximou de Noktu, que estava perto de Freesia. O animal, que estava em forma de cavalo, se transformou em uma pantera e rugiu ameaçadoramente, mostrando as enormes presas. Seus olhos verdes ficaram vermelhos, o que assustou a ninfa, que rosnou de volta, em posição de ataque.

— Orked, você está assustando ele! — repreendeu Myrne, estendendo a mão para Noktu. Ele novamente rugiu.

— Myrne, o Noktu não gosta de outros seres vivos — Freesia falou, observando a porta se abrir e Joshua aparecer. — Ele vai te machucar, é imune à tua névoa calmante.

— Eu não preciso usar névoa nele, não é, lindinho? — Ela mexeu as mãos e um cheiro gostoso exalou pelo ar. — Adoro animais.

Inacreditavelmente, a antusa conseguiu tocar em Noktu e acariciar seu focinho. O animal ronronou e se deitou no chão, parecendo apreciar a carícia. Freesia sorriu. De longe ela via o braço de Joshua ferido, mas agora com a mistura que ela lhe ensinou a fazer para curar ferimentos.

— Meninas, eu amo vocês, mas Joshua pode se assustar se me ver acompanhada. Preciso conversar com ele e explicar o que está acontecendo, não quero que ele pense que estamos aqui para forçá-lo a aceitar Grradhy e sua própria identidade. Ele está confuso.

— Nós entendemos, Free — garantiu Nory. — Vamos esperar por você na tribo. Cuida bem dela, tá bom, Noktu?

O animal lhe deu um olhar inteligente e sacudiu a cabeça uma vez, como que assentindo. Rosnou para Orked e esfregou a cabeça na mão de Myrne antes de ir para perto de Freesia.

— Parece que ele gostou de mim — Myrne cantarolou e Orked revirou os olhos. — Tenta não demorar muito, Free. Sei que você está ansiosa para falar com o mestiço bonitão, mas não se esqueça das suas amigas.

— Jamais poderia, eu amo vocês. Sinto as batidas dos seus corações.

— Sentimos as batidas do seu! — as ninfas responderam em coro à saudação da amiga.

Com um último olhar para Joshua, elas partiram, Orked pelo subsolo, Myrne pelas orquídeas próximas dali e Nory pela poça de água, que na verdade era um canal que ela construiu do lago até ali. Os poderes da limneida estavam ficando mais fortes, sem dúvida.

Joshua viu acender como um arco-íris a mecha que Freesia cortou de seus cabelos. Olhou no relógio da parede da cozinha. Eram quatro e meia da manhã. Se Freesia estava chamando por ele no meio da madrugada, algo importante devia ter acontecido.

Acordara há alguns minutos com uma dor horrível na cicatriz da qual Dora Milne havia falado. Parecia que estavam queimando sua pele de novo e de novo. Enquanto era torturado ou seja lá o que aquilo fosse, visões passaram por sua cabeça.

Primeiro uma criatura de capuz e manto preto, com o rosto encoberto, falando coisas em uma língua desconhecida que ele só tinha certeza que não era a de Freesia. Viu o carvalho de flores amarelas arder com um símbolo, depois o de flores roxas brilhou com um desenho como a sua cicatriz, o mesmo carvalho de onde saíram aqueles cipós para matar o blum que o atacou, então o mesmo aconteceu no carvalho de flores brancas.

Nesse momento, sua visão a levou de volta para um lugar conhecido: a casa de seus pais em Londres, onde viu sua irmã gritar, assim como ele, e sua mãe aparecer, entretanto, não era exatamente como sua mãe costumava ser. Ela tinha filetes amarelos no lugar de cabelos, com flores de lótus entre eles, suas orelhas ficaram pontudas, os olhos amarelos e a pela áspera, com galhos no lugar das mãos.

Viu sua mãe falando em feérico, com uma luz dourada em torno de si e uma luz branca envolvendo sua irmã, e percebeu que ele mesmo era envolto por uma luz roxa. Sentiu pulsar por ele uma forte onda de eletricidade que despertou algo preso em seu interior.

Por um momento pensou que iria passar a dor, então sua cabeça começou a doer tanto que parecia a ponto de explodir. Memórias que não eram suas começaram a vir em lampejos. Cenas de dor, dúvida, medo e muita tristeza torturaram sua mente ainda mais do que a dor causada pelo bosque quando entrou pela primeira vez.

Quando sua mãe terminou de falar, a conexão se rompeu e Joshua levou alguns minutos para se situar e entender que estava em seu antigo quarto em Craobhan, deitado em sua cama, encharcado de suor e com uma dor latejante no braço. Sentou-se, percebendo que o corte em seu braço era profundo e escorria sangue na cama, então se levantou e pegou uma toalhinha de rosto jogada em cima de sua escrivaninha para estancar o sangue, depois saiu para pegar a seiva misturada com as folhas do carvalho que Freesia lhe deu.

Depois de ter passado a mistura em seu ferimento, viu a mecha brilhar ao mesmo tempo em que ouviu Kmry arranhar a porta e miar do lado de fora. Franziu a testa, pensando em quando ela poderia ter saído. Abriu a porta para ela entrar e olhou para as árvores ancestrais, então reconheceu a silhueta de Freesia por causa de seus longos cabelos.

Estremeceu ao sentir a pele entrar em contato com o ar frio da madrugada. O que Freesia queria lhe falar àquele horário e por que não saía do bosque? Era mais quente em sua casa.

Foi então que percebeu o quanto era estúpida essa pergunta. Ela não poderia sair porque era uma dríade, estava ligada às árvores do bosque. Entretanto, sua mãe saiu e continuava sendo uma ninfa.

Ainda não conseguia acreditar nisso. Como nunca percebeu antes? Como sua mãe manteve esse segredo por tantos anos? Seu pai sabia?

Suspirou. É claro que Hamish sabia. Não poderia ter se casado com uma ninfa e ter dois filhos com ela sem perceber em algum momento que ela era diferente, não uma humana comum. O que mais o perturbava nessa história era a concretização da ideia de que ele mesmo não era normal, não pertencia ao mundo humano. Pelo menos não completamente.

Chegou à beira do bosque, onde podia contemplar o brilho violeta dos olhos de Freesia. Estava muito escuro para ter certeza, porém ele percebeu que ela parecia diferente. Aproximou-se até estar no território de Grradhy e ofegou quando algumas folhas e troncos de árvores se acenderam, dando a ele uma visão mais clara da ninfa.

— O bosque está em silêncio há dois dias. Pensei que não a veria tão cedo. Essas frésias são recém-colhidas ou fazem parte do teu cabelo? E essas gavinhas no teu rosto? Essas orelhas são interessantes...

Viu a ninfa dar um passo atrás e olhar para o ferimento no braço dele. Ficou envergonhada, ele devia estar espantado pela aparência real dela, talvez até com medo. Mas antes ele a via como se fosse humana, então como...

Ofegou ao olhar novamente para o braço dele. De seu ferimento começou a sair um tipo de desenho com padrões retorcidos, como galhos que cresciam e se entrelaçavam, formando novos galhos menores, parecia com os carvalhos sem folhas que ela viu no território dos descendentes de Cibele.¹

A marca foi crescendo em um tom rosado, até ficar marrom bem escuro, como uma tatuagem que tomava todo o braço esquerdo dele, bem como seu ombro e uma parte das costas. Ele arregalou os olhos ao observar o mesmo que ela.

— O selo foi rompido — ela murmurou.

— Como assim? O selo que minha mãe colocou em mim? Eu nem sei como isso funciona.

— Você descobriu sobre Eileanach... Como aconteceu?

Ele deu de ombros.

— Eu vi. Aconteceu alguma coisa comigo e com a minha... — Ele parou e algo despertou em sua memória. — Espera aí, Eileanach é o nome feérico da minha mãe? Foi isso que você viu no meu sangue quando nos conhecemos! Você sabia quem eu era e quem a minha mãe era e... — Pausou. Droga, ela sabia sobre Julia. A última recomendação de sua mãe foi para que não fosse ferido no bosque. Uma raiva descomunal começou a envolvê-lo. — Você sabe sobre a minha família. O que vai fazer quanto a isso? Serei expulso das terras mágicas? É por isso que está aqui?

— O quê? Não! Joshua, me escuta! Eu descobri sobre sua mãe, mas não contei nada a ninguém, nem a você, porque achei inapropriado revelar um segredo que ela achou por bem esconder. Se o selo foi rompido é porque ela decidiu que já estava na hora de você saber a verdade. Agora preciso que se acalme. Seus olhos estão brilhando e você está fazendo as raízes das árvores se agitarem para fora da terra. Por favor, se acalme.

Joshua olhou ao redor e percebeu que suas mãos estavam tremendo e erguidas na altura do peito. Deixou-as cair ao lado do corpo e as raízes imediatamente voltaram para baixo da terra. Ele encarou a ninfa, assustado.

— Preciso de respostas. E preciso que me ajude a controlar essa coisa.

¹ A marca que apareceu no Joshua foi inspirada nas figuras de Lichtenberg, que são imagens produzidas por descargas elétricas ramificadas e arborescentes que às vezes aparecem sobre a pele de vítimas de raios. 

Se vocês pararem para pensar, faz sentido o Josh ter essas marcas, afinal, ele é filho de uma ninfa dos carvalhos que tem eletricidade como um dos seus poderes. A Isla emite descargas elétricas e seu ataque deixa marcas parecidas com árvores desfolhadas. A diferença é que nos humanos essas marcas são temporárias, e no Joshua vai ficar pra sempre, como uma tatuagem, pois foi feita por um selo mágico.

E para quem está curioso sobre como são essas marcas, as imagens abaixo dão um exemplo de como ficou o braço e ombro esquerdo do Josh, e uma parte das costas dele também.

Beijos no coração e... TCHAU!

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