Cap 32
POV.Ally
Já era de dia, mas eu não havia tirado forças para conseguir levantar da cama, na verdade está sendo sempre assim durante esses dois meses que se passaram. Ninguém me perguntou nada sobre o que havia acontecido naquele dia e se perguntassem eu não responderia.Nem mesmo Flarys e Sylver vieram me ver, o que foi realmente bom,pois não precisaria ter que falar nada e de brinde Hazel não apareceria.
Brincava com o pingente de flauta que estava em meu colar enquanto olhava diretamente para o teto do meu quarto, tentando pensar em uma maneira para esquecer tudo o que havia acontecido.
Brincaram com minha mente e eu odiei isso, vi meu irmão morrer mais vezes do que eu possa contar na minha frente e eu não pude fazer nada, vi várias pessoas que mesmo não tão próximas morrerem na minha frente, vi até mesmo Peter Pan morrer na minha frente e eu me odiei por isso. Senti-me inútil, sem conseguir fazer nada e apenas assistir eles morrerem, de maneiras diferentes em ambientes diferentes várias vezes seguidas.
Foi uma grande dor que eu sentir, não quero sentir essa dor novamente, não quero perder ninguém novamente. Prefiro dar a minha vida a ter que ver alguém morrer de forma tão cruel. Posso ser uma caçadora e ser treinada para matar desde criança, mas posso ser hipócrita neste assunto e dizer que não quero mais ver mortes.
-Acho que eu irei pegar uma das suas criações ambulantes que fazem um barulho horrível, colocando elas em um tempo programado para vir te acordar- a voz de Peter ecoa no local após eu ouvir a batida da porta.
-Você sabe o que é um despertador, só que nesse caso sem nenhuma tecnologia tão grande assim- explico para ele e logo me viro para o lado ao contrario onde ele estava perdendo a minha visão do teto.
Estava tentando evitar ele nestes últimos meses, algum incomodo estava crescendo em mim e eu não sabia explicar ao certo, ao mesmo tempo em que eu tinha uma grande vontade de ter ele por perto eu não queria. Cada dia mais estava me contradizendo isso me incomodava bastante, nunca fui assim à relação de ninguém,inclusive Peter que foi a pessoa mais próxima de mim durante longos quatro anos presa nesta ilha.
-Mesmo assim é completamente diferente de um despertador e por isso é mais uma de suas criações ambulantes-ele fala e sinto o seu peso ao sentar na cama, fazendo o meu corpo ir um pouco para trás.
- O que está fazendo aqui?-pergunto, pois quanto mais cedo ele respondesse, mais cedo ele iria embora e eu poderia ficar sozinha.
Esse raciocínio estava funcionando nos primeiros dias, mas algumas vezes Peter chegava decidido em me tirar do quarto e mesmo eu tentando contradizê-lo nunca ganhava, além do mais ele que tinha o total controle nessa ilha sem contar sua magia que mesmo agora mais fraca, mostrava que não havia como contraria-lo algumas horas.
As intenções dele eram boas e eu sabia disso, ele sempre estava tentando me tirar daqui para não me deixar sozinha, mesmo que o que eu mais quisesse fosse isso.
-Se lembra da nossa aposta?-ele pergunta e eu franzo a sobrancelha procurando algum momento em que havíamos feito alguma aposta, até conseguir achar a aposta que fizemos antes do jogo começar.
-Quem perdesse teria que fazer o que o outro mandasse-falo me recordando da aposta, franzindo a sobrancelha em seguida, pois me lembro de algo- James ganhou então nós dois perdemos, então como fica a situação?-pergunto agora me interessando um pouco pelo o que ele dizia, me virando para poder encara-lo e sendo pega de surpresa.
Seu rosto estava a milímetros do meu e eu tinha certeza que ele estava se aproximando para falar alguma coisa no meu ouvido. Suas esmeraldas estavam cintilantes hoje, elas brilhavam de uma maneira diferente, me fazendo ser traída pelo meu próprio corpo e ficar encarando elas durante um longo tempo.
-Já que ambos perdemos- ele fala se aproximando mais um pouco e sinto o seu nariz se encostar contra o meu, deixando nossos lábios há milímetros de distância- Temos o direito de darmos uma ordem um ao outro- fala com um sorriso sacana em seus lábios e eu estalo meu dedo indicador, me afastando um pouco de seus lábios.
Isso não foi nem um pouco claro para Peter que eu queria me afastar dele, pois ao contrario do que eu queria que ele fizesse, ele foi para cima de mim deixando suas mãos apoiadas no colchão da cama enquanto eu fui obrigada e ficar de barriga para cima, para assim poder encara-lo.
-O que você irá pedir Est...Morena-ele se confunde entre as palavras e eu franzo a sobrancelha, vendo um misto de confusão passar rapidamente pelas suas esmeraldas,mas logo voltando a me encarar.
Peter ainda tinha alguns traços de o quão cansado deveria estar, suas olheiras haviam diminuído, mas ás vezes eu o pegava com uma expressão mais abatida e eu fico me perguntando se a Sombra está invadindo os sonhos dele, para ele não conseguir dormir.
-Não posso pedir minha saída dessa ilha como você havia dito antes- digo ponderando e ele apenas assente- Então eu quero que você me conte como chegou a Neverland- falo firme para não vacilar e vejo que Peter mexe os lábios meio desconfortável,mas logo abre um sorriso para mim e chega a milímetros do meu rosto , me fazendo tentar ir para trás só que o colchão não mais me impedia.
- Então eu irei te contar, mas só amanhã, porque hoje é você que vai realizar minha ordem- fala com seu sorriso travesso nos lábios.
-Você já havia planejado tudo!- o acuso, ainda meio que incrédula, mas era algo que eu devia esperar dele, além do mais é o próprio Peter Pan.
-Obviamente, sim-ele fala e sua mão se movimenta até algumas mechas do meu cabelo- Eu terei você para mim por um dia inteiro- diz com um sorriso em seus lábios e eu arregalo os olhos.
-Mas nem pensar- digo levando uma mão até ele e tentando empurra-lo para sair de cima de mim, mas ele foi mais ágil do que eu esperava e logo suas mãos seguravam meus punhos e ele imobiliza minhas pernas, me fazendo ficar imóvel.
-Que mente poluída que você tem Morena- provoca com aquele sorriso em seus lábios e eu tento movimentar minhas pernas para chuta-lo, sem ter nenhum sucesso- Se acalme com esses pensamentos pervertidos, eu só quero passar o dia inteiro com você, sem que ninguém nos incomode-ele explica ainda com um sorriso presunçoso em seus lábios e eu reviro os olhos, para assim virar minha cabeça de lado e quebrando o meu contato visual com ele.
-Escolha outro dia, hoje eu quero ficar sozinha -minto descaradamente para ele, na verdade eu não faço ideia do que eu quero neste momento, mas a presença dele me incomodava de algum modo.
-Mas hoje eu não deixarei você sozinha-me contradiz e sinto sua respiração sobre o meu pescoço, me fazendo arregalar os olhos e me mover na cama, tentando me afastar- Por favor, vamos fazer o que eu preparei hoje para nós-pede com a voz agora meio rouca e eu estalo o meu dedo médio.
-Saia de cima de mim agora Peter Pan- mando,mas ao contrário do que eu mandei eu sinto um sorriso se formar pelos seus lábios.
-Só sairei quando você concordar em ir comigo-ele insiste para em seguida eu sentir uma mordida leve sobre o meu pescoço, me fazendo prender a respiração no mesmo instante-Vamos lá Morena, é apenas um dia, não é como se fosse à eternidade- diz dando outra mordida, só que desta vez mais forte.
Um jogo sujo que ele estava fazendo sem uma mínima dúvida, Peter sabe que eu odeio que ele faça isso comigo, odeio que ele simplesmente faça suas artimanhas pervertidas comigo, isso me irrita profundamente.
-Já deu Peter, você sabe que eu não irei com você- falo tentando manter minha posição firme para sentir desta vez ele mordendo e chupando com força o meu pescoço, soltando em seguida e levantando a cabeça, me fazendo virar e encara-lo.
-Achei que meu charme iria funcionar-ele fala, fazendo uma cara de decepcionado e eu reviro os olhos estalando o meu dedo mindinho em seguida.
-Você sabe o quanto isso me irrita- digo séria para ele, que manda um breve sorriso e se aproxima do meu rosto novamente.
-Você só odeia, porque não quer admitir que ama-afirma encarando os meus olhos e eu suspiro fundo pronta para responder sua frase, mas o estalar de dedos é ouvido.
Minha visão muda completamente, de um quarto iluminado apenas por vagalumes e algumas tochas foi-se para uma campina cheia de dentes de leão, como céu azul e o Sol só não batia contra o meu rosto, pois Peter estava sobre mim. Sabia exatamente onde estávamos e me pergunto o porquê de Peter me traze aqui.
-Sai de cima de mim-mando pela milésima vez, mas ele não me obedece novamente, fica apenas me encarando com suas esmeraldas penetrantes.
Sinto sua mão ir de encontro a minha bochecha e ficar acariciando ela durante um tempo, sem tirar o seu olhar sobre o meu durante nenhum segundo. O tempo parecia ter parado naquele exato momento e eu me sinto sufocada, nervosa e totalmente sem chão. Não sei o que fazer, parece que estou a toda hora contra a parede e eu quero estar contra, mas outro lado diz que não.
Sinto um pouco de sanidade voltando e em um movimento rápido eu consigo empurra-lo para longe e assim me sentando na grama, sentindo-me ofegante e com a respiração desregulada, pelo fato de ter a prendido sem nem ao menos perceber.
-Não precisa ser tão agressiva- Peter fala e eu olho para o lado, vendo ele se sentado a minha frente.
Ele leva sua mão direita até os seus cabelos e puxa seus fios levemente enquanto olhava para baixo, como se procurasse por algo. Assim consigo perceber que ele estava tão ofegante quanto eu e que algumas de suas veias estavam ressaltadas, fazendo-me arregalar os olhos.
-Não devia ter usado sua magia de teletransportar, agora está mais fraco- o repreendo sem medir minhas palavras e vejo-o levantar o olhar, encontrando o meu.
Suas esmeraldas não haviam mudado por nenhum segundo sequer, elas estavam brilhantes de um jeito diferente, como se houvesse achado algo que há tanto tempo procurava.
-Se eu não usasse eu não conseguiria tirar você daquele maldito quarto-ele fala com a voz meio ofegante, mas colocando um sorriso em seu rosto.
-Mas ai não estaria cansado assim- digo me levantando da grama e estendendo a minha mão para ele pegar.
Ele aceita de bom grado e segura na minha mão, me fazendo puxar ele a assim fazendo-o ficar em pé ao meu lado. Sua altura já não me incomodava tanto, acho que os anos de convivência fez isso acontecer.
-Valeu a pena, você saiu daquele lugar-diz com um sorriso sincero para mim e eu viro meu rosto, soltando nossas mãos e em seguida olhando a vista que o lugar me proporciona.
Se não fosse um lugar tão difícil de alcançar eu com certeza poderia vir aqui várias vezes sem nenhum problema. O lugar certamente é um dos, se não o mais bonito de Neverland inteira.
-Vamos logo, este não é o lugar que eu preparei, mesmo que eu não me importe de ficar com você aqui o dia inteiro-ele se pronuncia e eu rio levemente ao me virar para ele.
-Eu não posso mesmo ficar sozinha hoje?-pergunto pela última vez, o vendo negar com a cabeça.
-Já passamos disso, agora você tem que ficar o dia inteiro comigo, se não estará descumprindo uma promessa sua-me provoca e eu reviro os olhos estalando meu polegar.
-Está bem, está bem, vamos logo fazer as suas tão formosas ideias- digo revirando os olhos, mas não abateu ele, pelo contrário, parece que o animou mais ainda.
Ele segura a minha mão sem dizer nada e não me deu tempo de protestar, pois começa a andar comigo em direção à descida da montanha que era muito íngreme e perigosa. Agora eu entendia o motivo da dificuldade de chegar aqui, só havia dois jeitos, voando ou se teletransportar.
-Cuidado onde pisa, as pedras estão meio soltas, mas já estamos chegando aonde eu quero te mostrar- diz passando por um buraco formado pela trilha e eu faço a mesma coisa- Existe outro acesso por este local,mas eu queria ter te levado lá em cima primeiro- explica para mim e eu franzo a sobrancelha.
-Não acha que está sendo atencioso demais?-pergunto para provoca-lo e vejo um sorriso de lado aparecer em seu rosto.
-Eu tenho meu lado mais doce- diz agora entrando em uma fresta da montanha junto comigo- Além do mais eu não consigo sempre mostrar o meu lado mais doce porque você não deixa- ele diz ainda com o sorriso em seus lábios e eu sabia que tinha duplo sentindo, mesmo não conseguindo pegar.
Começo a sentir o ar mais úmido à medida que descíamos entre as frestas da montanha e logo o som de água também é ouvido por mim junto com o cheiro de terra molhada.
-Estamos em uma caverna?-pergunto agora curiosa e sentindo alguns pingos de água caírem sobre o meu ombro, molhando um pouco da minha blusa.
-Mais ou menos, essa caverna é diferente das outras de Neverland-diz parando de repente e assim eu acabo batendo o meu rosto contra suas costas.
-Avisa quando for parar-digo meio grossa- Está difícil de poder enxergar- explico para ele que logo se vira para me encarar com a sobrancelha levantada.
- Achei que por ser caçadora poderia ter uma percepção maior do espaço- provoca se abaixando um pouco para ficar da minha altura, mas ainda sem soltar a minha mão.
-A questão é que eu resolvi abaixar um pouco minha guarda, mas não devia ter feito isso, além do mais quem está na minha frente é o Peter Pan-rebato,vendo um sorriso aparecer em seus lábios e consigo enxergar uma covinha bem pequena do lado direito.
- É um bom ponto,mas acho que terá que melhorar um pouco se seu objetivo for tentar me atingir de verdade-ele fala se virando novamente e continua andando.
Por nossas mãos ainda estarem juntas eu acabo tendo que segui-lo e estava pesando em uma maneira de contrariar ele novamente, o que não deu muito certo,pois consigo ver uma luz meio azul e arroxeada aparecer na parede.
-Peter?-pergunto meio duvidosa e passamos por uma ultima brecha e assim consigo ver onde estava arregalando os olhos.
Um lago de cor azul e roxa estava a minha frente, junto com uma linda cachoeira que era refletida nas mesmas cores. O local era grande e cheio de pedras, iluminado não só pela cor da água como pelos vagalumes que se encontram voando.
Este lugar também me trás uma lembrança bem perturbadora, há quatro anos eu havia escondido a Sombra abaixo da cachoeira entre as pedras soltas que havia lá. Peter não sabe disso, mas agora nem havia como esconder, pois se minhas suspeitas estiverem certas a Sombra de algum modo conseguiu escapar.
-Acho que aqui ninguém irá nos incomodar eu poderei ter o meu dia com você-Peter se pronuncia pela primeira vez depois que chegamos no local e eu estalo o meu dedo indicador, me virando para encara-lo.
- Eu não tenho palavras- digo sincera, mas a verdade era que eu queria apenas brigar com ele e começar a dizer vários tipos de coisa, não tenho certeza se este é um lugar totalmente seguro.
-Acho que finalmente consegui te deixar sem elas- Peter provoca e eu reviro os olhos, querendo que o tempo voltasse para que eu não houvesse dito aquilo- Mesmo que eu quisesse ter feito isso de outra maneira- diz com um sorriso malicioso em seus lábios.
-Você não para- digo exasperada e ele nega com a cabeça ao concordar com o que eu havia dito, levando em seguida sua outra mão sobre minha bochecha, acariciando ela.
-Nunca irei parar- diz sincero e logo seus lábios se encostaram contra os meus.
Estava estranho, não era o mesmo beijo, estava diferente, mas não podia negar que era um diferente bom e completamente melhor que o antigo.
Sinto-o mordiscar os meus lábios, puxando-os uma vez ou outra enquanto sua mão soltava a minha e ia até minha cintura, já a outra que estava na minha bochecha vai até os meus cabelos e os enrola entre os dedos, assim conseguindo me puxar para mais perto. Já eu levo uma de minhas mãos até o seu pescoço enquanto meu polegar fica em seu queixo, algumas vezes apertando e outras vezes passando alguns círculos em volta. Minha outra mão que estava livre e sem nada para fazer vai direto para a sua nuca e segura alguns fios do seu cabelo, me fazendo ter mais estabilidade e ficar na ponta do pé para ter mais posse de sua boca.
-Se você não quer nada, acho que devemos parar por aqui- ouço Peter falar entre o nosso beijo e eu me separo apenas para encara-lo ofegante junto comigo.
-Pensei que você era o descontrolado- digo sentindo uma gota de suor cair da minha testa, estava muito quente.
-Neste momento eu creio que você é mais descontrolada- ele provoca com um sorriso em seu rosto e eu reviro os olhos,mas com um leve sorriso.
Eu paro de ficar na pontinha dos dedos e logo volto ao normal e ele fica ainda maior do que eu, mas sua mão ainda não havia saído da minha cintura e nem mesmo dos meus cabelos, ao contrario das minhas que já estavam ao lado do meu corpo.
-Apreciando minha beleza?-pergunto abrindo o meu sorriso enquanto suas esmeraldas passavam por toda extensão do meu rosto e iam até meus lábios toda hora.
-Quem sabe?-pergunta dando um sorriso de lado e puxa meus cabelos, me obrigando a ficar mais perto dele-Ou quem sabe eu apenas estava pesando o quão bom poderi- dou um selinho nele, assim impedindo que continuasse mais uma de suas frases pervertidas.
- Você fica melhor com a boca colada na minha do que falando essas coisas- digo dando um sorriso ao ver a cara de surpreso dele, logo me desvencilhando do seu toque e indo para mais perto da água.
-Desde quando fala coisas deste tipo- a voz dele ecoa atrás de mim e eu sorrio, tirando a minha blusa,sapatos e em seguida minha calça.
-Acho que minha convivência com você acaba afetando um pouco- falo jogando minha roupa em cima dele e logo pulando para dentro da água.
Ao sentir o impacto gelado da água contra o meu corpo eu me arrepio toda,mas ao mesmo tempo relaxo,pois toda a minha tensão parece ter ido embora depois.
-Vai ficar só olhando ou vai entrar na água?-pergunto assim que volto à superfície e não me dou o trabalho de olhar para Peter.
Até agora não entendia qual o problema de estar de calcinha e sutiã dentro da água, é a mesma coisa que biquíni, só que sem estampa.
-Pode ir nadando, vou apenas dar uma olhada em volta-ele fala, me fazendo levantar a sobrancelha, mas assentir em seguida logo voltando a mergulhar.
Eu tenho um lugar para ir e aproveito que Peter estava andando para outros cantos, assim ele não me veria indo e eu poderia voltar rapidamente e assim faço.
Nado em direção abaixo a cachoeira e ao chegar ao lugar onde procurava eu tiro as pedras, que estavam já com alguns musgos por causa de estarem dentro da água, achando o cristal que antes preto agora braço e quebrado. A Sombra havia conseguido o que queria e saiu da maldita prisão que era minha única garantia.
Seguro o cristal branco com força e nado para cima, assim voltando à superfície e trazendo ar para os meus pulmões, para em seguida olhar minha mão que segurava o cristal quebrado.
-Maldita seja essa Sombra-falo baixinho comigo mesma.
Logo eu sinto algo rodear minhas coxas e eu entro em desespero para em seguida me ver sendo erguida por Peter, que agora tinha os seus dois braços nas minhas coxas e me deixando suspensa.
- O que estava murmurando?-ele pergunta com a sobrancelha levantada e eu pude reparar mais nele, sem contar as poucas vezes que o vi sem camisa ele sem duvida alguma é muito bonito, seja pela beleza do seu corpo ou de seus olhos.
- Quer mesmo saber?-pergunto sem me incomodar, não havia mais motivos para esconder, posso perceber de longe que não só eu como Peter odeia a Sombra, mas a única coisa que eu não sei é o motivo.
-Acho que você já sabe a resposta-ele diz me dando um leve beijo nos lábios-Mas pela sua expressão não é algo muito bom então me deixe aproveitar um pouco seus lábios e depois colocamos as cartas na mesa- fala e eu sinto ele me apertar mais contra o seu corpo-Pode ser?- pergunta e eu encaro suas esmeraldas dando um leve sorriso e levando minha mão livre até o seu rosto
-Pode ser- digo e por fim encosto meus lábios nos dele.
Acho que sair do quarto não foi demasiado ruim.
3600 palavras só porque é meu aniversário viu ksksk
Fadinhas espero que tenham gostado do cap que eu demorei exatas 7 horas para escrever porque tinha que estar tudo bem descrito kskskks.
Votem para ajudar e comentem pq eu adoro.( COMENTEM MESMO KSKSKKS).Façam isso tbm pq é meu aniversário e não existe presente maior que vcs possam me dar do que isso.
O que será que o Peter queria dizer quando ele mesmo se interrompeu? Hihihi fiquem com suas apostas e lancem elas,pois daqui a dois ou três cap vocês saberão :3
Amo vocês e em breve terá mais cap.
Bjs Mary e até à próxima ;3
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