Cap 11
POV.Ally
Quatro, quatro longos e temerosos meses se passaram, a vontade de acordar se tornava pior a cada dia, parecia que não acabava, um ciclo vicioso correndo em minhas veias e me fazendo presenciar a chegada da morte cada vez que o Sol nascia.
Olho para o lado ouvindo a quebra de um galho, suspirando fundo em seguida ao ver que era apenas um mação entre uma moita e uma planta. Eu estava fugindo, não queria ficar perto de ninguém hoje, queria apenas colocar meus pensamentos em ordem.
Eu acordei hoje pela manhã e tudo estava tranquilo, se não fosse pelo fato dos meus pés terem adquirido alguns pontos brilhantes que iam até minhas panturrilhas, parecia pozinho preso a minha pele, mas não era. Pelo contrario, era minha própria pele presa ao pozinho. Sylver havia me dito que isso poderia acontecer, mas não imaginava que seria tão rápido. Eu estava com problemas e eu precisava de resolver eles o mais rápido possível, antes que Peter visse isso, seria bem pior.
-Ally!- ouço a voz de Andrew e suspiro fundo, ele estava a minha procura e eu temia que outros dos meninos estivessem também
Continuo andando com os pés descalços, devido ao desespero que eu sai na hora, sem rumo durante um tempo, até que a proximidade entre uma árvore e outra se tornava maior, mas não antes que eu consiga sair do local, parando em frente á um rio com águas cristalinas que eu nunca havia visto igual.
Estalo meu dedo ouvindo passos se aproximarem e olho até onde o rio ia e vejo que ia para debaixo de um grande paredão de pedra. Franzo a sobrancelha, mas na medida da pressa, eu não penso.
Adentro o rio e logo vou para o local mais fundo, nadando em direção ao paredão e passando por ele, graças à entrada que tinha embaixo dele. A luz que iluminava as águas cristalinas logo desaparece, dando lugar ao escuro, que não me abala, pois sigo em frente, até achar o lugar certo, submergindo em uma caverna.
Não saio da água, pois estava confortável nela, logo começo a olhar em volta, analisando milimetricamente a caverna e vendo que ela não era tão grande assim, dos dois lados haviam pedras, onde faziam o rio seguir em uma direção.
Sinto minha respiração começar a ficar um pouco ofegante e eu começo a sentir calor, não estava entendendo ao certo o motivo de estar sentindo tanto calor assim, estava na água e ela estava gelada, o contato na minha pele me fazia sentir isso, mas ao mesmo tempo parecia que ela tinha que ficar mais gelada ainda, pois o calor estava começando a se tornar totalmente desconfortante.
Começo a seguir a correnteza que estava se tornando cada vez mais forte eu temia uma cachoeira, mesmo sendo difícil de encontrar alguma em um lugar tão expresso como este.
O tempo vai passando e eu vou seguindo a correnteza, sem sair da água e o calor piorava cada vez mais. Vejo uma luz um pouco mais adiante eu suponho ser a saída, então faço meus passos na água se tornarem mais rápido e quando eu vejo, me encontrava em uma praia deserta e o barulho de água era totalmente presente, tanto pelo mar, como por uma cachoeira muito alta.
Saio da água do rio que ia de encontro com o mar e logo meus pés se encontram com a areia da praia, me fazendo estalar um dedo, pelo desconforto que eu senti. Começo a caminhar pela praia e percebo que era a que eu havia visto quando estava em uma árvore muito alta e que de preferência, Peter havia me feito cair.
A praia possuía algumas pedras perto do rio onde a cachoeira caia, de resto, era cercada por mais pedras em volta o que devia dificultar o acesso, assim a fazendo ser deserta.
Sento-me no mesmo instante na areia e suspiro fundo, tanto pelo calor que se aumentava gradativamente quanto pelo fato da minha cabeça estar á mil por hora.
Algo de errado estava acontecendo comigo e isso se tornava notável à medida que os dias estavam passando, meus pés são apenas uma pequena prova disso.Sylver deve provavelmente saber de algo e não me fala, ou porque tem medo, ou porque estava sendo proibida.
- Nenhuma delas encaixa- falo baixinho comigo mesma, olhando para o mar a minha frente.
Fecho os olhos rapidamente ao sentir uma leve tontura, algo de errado estava acontecendo. Ao voltar a abrir meus olhos,os arregalo.Na minha frente, no mar, havia mulheres nadando tranquilamente, todas possuíam cabelos longos e se encontravam nuas.
Elas aparentavam ser humanas, mas não poderia ainda dizer isso, pois existem Monstros que conseguem disfarçar a verdadeira forma com a forma de um humano, para poderem se misturar, escondendo tanto de nós caçadores, como de alguns humanos que sabem sobre a existência de Monstros.
Levanto-me da areia e rapidamente eu me encontrava com os pés na água, observando as mulheres que agora, percebendo minha presença, me encaram com certa indignação e curiosidade.Uma delas que possuía o cabelo meio marrom voltado para o preto vem até mim, ficando parada á minha frente, onde eu havia percebido que a água batia em minha cintura .
- Qual o seu nome?- ela pergunta e eu a encaro meio desnorteada
- Ally- falo e percebo o quanto minha voz estava ofegante
Duas meninas, das cinco que eu havia contado, arregalam os olhos e me encaram perplexas, deve ser pelo fato de Peter ter espalhado meu nome para os quatro cantos dessa ilha.
- Olá Ally- a que estava na minha frente diz sorrindo para mim- Meu nome é Jane, e essas são minhas irmãs- diz se afastando um pouco e elas me encaram.
- Thalia- diz uma loira
- Sophie- fala outra com o cabelo preto igual carvão
- Krystal- diz uma com os cabelos totalmente platinados
- E Helen- diz a ultima que possuía um cabelo com tons de vinho
- Somos Halias- diz e eu arregalo os olhos encarando elas
Já havia ouvido falar de Halias, bem pouco, a maioria nos livros não estudados por caçadores e que eu pegava escondido. Halias eram ninfas do mar, elas amaldiçoavam pessoas que passavam pelas águas onde habitavam, matando em seguida.
- Você é tão bonita- Krystal fala chegando perto de mim e eu não tenho forças para me mexer, estava com a pele pegando fogo e totalmente cansada- Será que o corpo é tão bonito assim para parar de fazer Pan vir aqui?- pergunta olhando as irmãs que me encaravam da mesma forma.
- Não diga isso Krys, sabe que não gosto que assuste as pessoas com seu jeito direto de ser – Helen fala sorrindo e toca no meu cabelo, passando os seus dedos pelos fios
- P-pare- falo ofegante e me desvinculo delas, dando um passo para trás, eu precisava sair dessa água o mais rápido possível.
- Ela ainda consegue resistir- Sophie fala meio zombateira
- Deve ser por causa da imunidade de caçadores- fala Thalia e eu consigo dar mais um passo para trás
Sinto braços passarem ao redor dos meus ombros e eu não consigo me mover nem para frente nem para trás, me deixando totalmente paralisada.
- Vamos dar uma olhada para ver se vale tanto a pena assim meninas- ouço a voz de Jane e as mulheres sorriem assentindo
Elas chegam o mais próximo possível de mim e minha respiração ofegante começa a ficar desregulada e eu tento me mover, mas minha pele estava muito sensível, deve ser essa água. Sophie olha para mim e sorri, logo se transformando pela metade e as unhas normais dela agora eram grandes e afiadas garras.
- Por onde começamos?- ela pergunta e eu apenas a encarava sem conseguir mais me mover ao certo.
- Rasga tudo de uma vez, estou sem paciência- Thalia fala e Krystal junto a Helen dão uma leve risada, assentindo também- Ok meninas- diz e suas garras vão até minha blusa e rasgam ela junto ao meu sutiã e em seguida minha calça e calcinha, me deixando completamente nua na frente delas
- Olha isso- ouço a voz de Jane, meio zombateira e eu tento me cobrir, estava envergonhada e minha pele estava pegando fogo
- Até que não é tão mal igual eu pensei- Helen fala e Sophie volta ao normal, me encarando igual todas
- Mas tem um pequeno problema aqui- fala Thalia levando a mão até o meu ventre e encostando lá
- Verdade- diz Sophie sorrindo- Você não pode ter crianças caçadora?- pergunta com um sorriso no rosto e eu não respondo
- Deixa disso garotas, ela é apenas uma falha como varias – diz Jane sorrindo e passa mão pelos seus cabelos-Posso ser a primeira dessa vez?- pergunta sorrindo para as outras e elas assentem, quando Thalia se afasta de mim
Arregalo os olhos e vejo Jane vindo para cima de mim e ao chegar perto ela leva sua mão nas minhas bochechas e aperta ela- Vamos ver o quanto vai ficar bonita, quando não tiver nenhuma beleza perto- fala rindo e eu arregalo os olhos tentando me soltar, mas sem sucesso devido a minha falta de força
- E depois disso, qual seria sua desculpa se eu chegasse aqui e perguntasse onde está a caçadora?- uma voz paira no are e pela primeira vez eu fico aliviada de ouvir ela.
Jane arregala os olhos ainda me encarando e sinto suas mãos encostadas na minha bochecha começarem a tremer, ela estava com medo, estava com medo do dono da voz, estava com medo de Peter Pan, assim como todos os habitantes dessa ilha.
- Você não me respondeu- ouço a voz dele novamente, só que dessa vez mais perto de mim, fazendo Jane soltar minha bochecha e dar alguns passos para trás.
- Pan- ela fala meio na duvida e parecia pensar ao certo o que devia falar
- Sem conversas- diz e sua voz parecia totalmente seria- Eu havia avisado que se em alguma hipótese essas caçadora curiosa viesse para cá, não era para vocês tocarem nela- fala e eu agora o vejo do meu lado, me fazendo sentir meu corpo ficar mais quente ainda e minhas bochechas parecem que iriam derreter do meu rosto de tão quentes que estavam e eu provavelmente estava muito corada.
- M-mas ela es- Jane não termina de falar, pois no minuto seguinte Peter estava com sua mão direta no pescoço dela.
- Você me irrita com essa sua conversa- ele diz serio e seus olhos esmeraldas adquirem um verde mais escuro.
Vejo veias pretas começarem a surgir dos braços dele e eu vou acompanhando até chegar a sua mão que agora encontrava uma matéria preta misturada com roxo girar em torno dela, com pequenos fragmentos mais solidificados
- P-por favor- Jane diz com dificuldade e leva suas mãos até o pulso dele tentando tirar sem sucesso
- Você já tem o seu final, não sou eu que irei acabar com ele- diz e fecha os olhos e eu vejo a matéria roxa e preta se tornar maior e em seguida a respiração dela havia acabado. Ele havia usado a maldição e ela havia morrido
- J-Jane!-Krystal grita e tenta chegar perto, mas ele encara serio todas as mulheres que olhavam para o corpo de sua falecida companheira
- Dá próxima vez que fizerem ou tentarem algo do tipo, eu acabo com todas vocês, essa aqui foi apenas um pequeno exemplo, agora voltem para o fundo do mar criaturas da profundeza- diz e todas sem pestanejar, mergulham para dentro do mar, sumindo de minha vista.
Abaixo minha cabeça e continuo respirando ofegante e com calor, estava horrível isso, sem contar a incapacidade mensurável de não poder me mover.
- Qual a parte de que estou com preguiça de caçar você esses dias você não entendeu?- ele pergunta e sei que está falando comigo
-Tanto faz- consigo falar e levanto a cabeça encarando ele que me olhava por toda, me deixando com mais calor ainda.
- Precisamos logo de acabar com isso-ele fala estalando os dedos e um grande pano aparece nas mãos dele, ele passa o pano sobre mim e logo me pega no colo, levantando voo de uma vez, saindo da água do mar.
Fecho os olhos para não ver a altura e não falo nada com ele, estava sem forças e meu corpo estava totalmente calorento, nem mesmo a brisa que batia em meu rosto enquanto voávamos me fazia sentir melhor.
Ouço os pés dele tocar o chão e eu abro os meus olhos, me deparando com um lago diferente do que eu tomava banho, era menor, mas a água aparentava mais cristalina do que a do outro. Peter vai andando comigo e adentrando o lago, até a água começar a bater na cintura dele, onde para e me coloca no chão sem tirar o grande pano sobre o meu corpo.
- Você é muito irresponsável para uma caçadora- ele diz e eu não respondo nada, apenas sinto sua mão sobre minha cabeça e ele afunda ela, logo trazendo de volta para a superfície e eu sinto um pouco do cabelo nos meus olhos e no rosto- Quem seria tão ingênua de chegar perto de ninfas, você sabe muito bem o que elas fazem- diz me virando para frente dele
Ele da um sorriso de lado provavelmente da situação e logo tira as mechas que estavam em meu rosto, me deixando ver melhor suas esmeraldas. Ele me afunda mais uma vez e logo me puxa de volta e começa a passar as mãos por cima do pano, sem olhar diretamente para mim, mas para um ponto fixo atrás provavelmente.
- O-o que está fazendo?- pergunto envergonhada, mas ainda desnorteada o suficiente para não ter uma reação prudente
- A água que está em seu corpo, e que eu estou tirando, está deixando você meio ofegante e com calor, ela está mexendo com seus hormônios e fazendo eles ficarem mais aflorados- diz normalmente
- T-tá, mas mesmo assim por-não termino pois ele me afunda de novo e me trás de volta, me encarando durante um tempo.
- Achei- ele fala e leva sua mão direita até meu rosto, mas uma sanidade maior me faz afastar e ele recolhe a mão, olhando para a mesma e suspirando fundo- Não se preocupe, ela não está ativada- fala serio e eu apenas o encaro, sem dizer nada.
Ele suspira passando a mão esquerda em seus cabelos e logo volta ao normal, levando sua mão direita até o meu rosto e tocando, em seguida descendo até o meu pescoço e indo para trás
- Só lembrando- ele diz e sinto seus dedos tocarem em algo e puxar de levar, me fazendo estalar os dedos- essa vez que eu estou te vendo sem roupa não conta, pois eu só irei tirar quando você implorar – ele fala e puxa totalmente, me fazendo fechar os olhos
Sinto uma grande dor de cabeça e logo minha sanidade parece ter voltado por completo, pois quando abro meus olhos novamente, eu não êxito em me tampar com o pano que havia, encarando Peter, que segurava um planta parecendo uma alga.
- Os mesmos truques de sempre- ele fala jogando a alga longe e volta me encarar- Como está Morena? Se sentindo melhor?- ele pergunta com um sorriso maldoso no rosto e a vontade que eu tenho é de bater nele
- Cale a boca seu idiota- falo saindo do lago e ele me seguia atrás
- Nossa, nem um obrigado- ele fala e eu saio totalmente, me tapando com o pano, formando tipo um vestido só que era apena só pano mesmo.
- Vindo de mim o máximo que vai receber vai ser uma morte rápida e indolor como agradecimento- falo brava e ele encarava o chão, meio serio e eu acompanho seu olhar, vendo os pequenos pontos brilhantes nos meus pés até a panturrilha
- O que seria isso?- ele pergunta se abaixando e eu tento ir para trás, mas ele estala os dedos, cessando a minha mobilidade
- Nada de mais- falo tentando ainda mexer, mas apenas resultando em um pouco de dor
- Se não fosse, você já teria me respondido Morena- ele fala pegando no meu pé e levando ele até sua coxa. Começa a passar os dedos levemente pela trilha de pontinhos brilhantes até a minha panturrilha, parando e voltando ao pé – Seus renmagis- ele diz franzindo a sobrancelha e levantando a cabeça me encarando- Você possui um pouco de essência de fada- ele fala e eu arregalo os olhos, uma coisa seria Sylver dizer sobre os poderes parecidos, outra seria me falar sobre uma essência, como se eu tivesse um pouco do ser fada em mim.
- Como?- pergunto sem entender e ele começa a mexer a mão direita dele e logo a maldição estava nela e eu arregalo os olhos- Peter o que você vai fazer?- pergunto e ele vai se aproximando até meu pé- Para, para Peter!- grito, mas ele não me ouve, logo encostando nos pontos brilhante, emitindo uma grande luz, tanto preta como branca, fazendo ele afastar rapidamente e levantar, ficando cara a cara comigo.
- Me diga Morena, onde conseguiu isso?!- pergunta apontando para os meus pés e eu suspiro fundo
- Eu não sei, se eu soubesse provavelmente não estaria tão exaltada- grito com ele, estava brava, ele havia descoberto sobre isso, coisa que eu não queria e eu quase morri, isso não poderia acontecer. Ele estala os dedos e sinto meu corpo responder aos meus comando novamente e eu soco o rosto dele, fazendo ele cair no chão e eu pulo em cima dele, começando a socar, só que ele defende e me joga para trás, se levantando em seguida
- Então estamos com um pequeno problema aqui- ele diz com um sorriso e eu tento acertar ele novamente, ma sele desvia com maestria e segura o meu pulso, me puxando para perto e eu encaro suas esmeraldas.
- E qual seria?- pergunto levantando a sobrancelha
- Se continuar assim, você não terá tanto tempo assim para tentar me matar, pois irá se matar primeiro sem perceber- fala e eu arregalo os olhos, até mesmo ele estava falando isso.
- Como?- pergunto tentando tirar algo dele, mas ele apenas ri um pouco negando com a cabeça.
- Você acredita em tudo que os outros falam- diz pegando o meu outro pulso e me virando, fazendo ficar de costas para ele e encarar o lago a minha frente
- Isso significa o que?- pergunto tentando me soltar sem nenhum sucesso
- Significa que se o seu medo é morrer, não se preocupe tanto, as chances são pequenas- diz e eu estalo meu dedo
- Mas tem outro significado- falo raciocinando e ele suspira
- Sim- diz e eu consigo virar minha cabeça de leve, olhando para ele que cravava suas esmeraldas sobre mim- Significa que o seu tempo como uma caçadora está acabando-ele fala
Fadinhas voltei :3 e já estou indo dnv ksksksks, desculpa n ter postado ontem, mas em compensaçao o cap hoje está MUITO grande
Esepero que tenham gostado, nao deixem de comnetra(please) e votar ;3
Compartilhem o livro com os abiguinhos para mais pessoas conhecerem esse mundo maravilgold :3:3:3
Bjs Mary e até a próxima ;3
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