Cap 10
POV.Ally
"Abro os meus olhos de uma vez e me sento rapidamente. Minha cabeça latejava e meu corpo estava doendo completamente, respiração desregular junto com a forte dor que vinha do meu pulso direito
- Ally- ouço uma voz angelical e eu me viro, vendo Sylver sentada em uma cadeira me encarando
- O que aconteceu?- pergunto levando os meus pés no chão e o contato com a superfície fria me faz arregalar os olhos, eu não estava no meu quarto
- Peter Pan, ele se descontrolou- ela fala e eu estalo o meu dedo indicador direito, olhando para os lados, tentando identificar o meu paradeiro.
- Como eu vim parar aqui?- pergunto olhando para ela e a mesma suspira fundo, se levantando e sentando ao meu lado.
- É muito raro isso, na verdade é muito raro qualquer ser que não seja uma fada, conseguir um contato tão direto com o nosso refúgio- fala e eu franzo a sobrancelha sem entender ao certo- Você está inconsciente e sua consciência veio para o castelo da Rainha Titania- diz e eu arregalo os olhos me levantando de uma vez, começando a andar pelo cômodo.
Sylver se mantém em silencio a todo tempo enquanto fazia voltas intermináveis pelo lugar tentando por minha mente em ordem. Eu me lembro de tudo, lembro exatamente do que aconteceu, a dor que senti, a raiva dele e o medo de ambos que havia naquele lugar.
- Ally- ela tenta falar, mas eu apenas levanto a mão, pedindo que não dissesse nada, não estava ao certo com cabeça para poder pensar, mais do que meu cérebro estava processando.
Para no meio do cômodo e olho para baixo, vendo que um tecido branco sedoso e fino, ia de encontro aos meus pés que estavam sem sandália ou sapato algum, apenas algumas tiras de folhas, fazendo ficar bonito e místico. Levanto um pouco o olhar e vejo que o vestido possuía mangas leves e transparentes pelos meus braços, que estavam cobertos de um pó dourado.
- É a magia da Rainha- Sylver começa e eu a encaro- Você está em um sono profundo lá fora, na verdade, umas fadas viram você enquanto estavam se escondendo da chuva, você está com Pan- ela diz e meu corpo de arrepia todo, ele poderia me fazer algum mal enquanto estava inconsciente, mais do que quando estava consciente.
- Preciso sair daqui- falo encarando ela, que assente
- Sim, mas antes de te dar sua passagem de volta, preciso te contar uma coisa- fala
- Não pode ser depois Sylver? Eu estou sozinha com ele, ainda naquela terrível chuva. Eu preciso me proteger daquele maluco!- falo com um tom meio desesperado, pois era a verdade, do jeito que andava, eu poderia acabar morta.
- Eu sei Ally, mas isso é muito importante- diz e eu suspiro, passando a mão pelos meus cabelos e me assusto, pois alguns galhos estavam nele, mas quando eu olho para o espelho que havia no local, muito bonito e expressamente decorado com a cor dourada, vejo o meu reflexo. Onde eu me encontrava com algumas flores na minha cabeça, junto com os galhos, formando uma pequena coroa, devia ser coisas das fadas.
- Diga logo- falo meio contragosto e me sento ao lado de Sylver na cama em que eu me encontrava há um tempo. Ela coloca uma mexa de seu cabelo para trás e suspira fundo
- Sabe como você veio para cá? Além, claro, de você ter ficado inconsciente?- pergunta e eu nego- Seus renmagis, eles alteraram novamente- fala e eu arregalo olhos, levando minha mão ao meu peito
- Novamente?- pergunto- Mas eu estava usando o seu colar- digo e Sylver suspira, com um emblema triste em seu rosto
- O colar não aguentou o nível de renmagis absorvidos, ele se quebrou, quando ouve uma grande manifestação de renmagis em seu corpo, que á trouxe aqui e que te protegeu do Pan- fala e eu estalo o dedo anelar.
- Como? Eu não sei como Sylver! Eu não sei o que está acontecendo, este não é o meu corpo. Magia se manifestando dele? Eu absorvendo renmagis?!Isso é o cumulo Sylver! Como você mesma disse, eu estou morrendo!- falo sentindo a dor no meu peito e eu aperto com força, tentando me concentrar
- Sem emoções negativas Ally- ela diz e eu a encaro- Não tenha elas, se tiver essas emoções ou pensamentos, você irá cair, mais rápido e acredite. Será pior- fala tristonha e eu suspiro fundo
- Tem certeza de que Peter ainda está comigo?- pergunto e ela me encara assentindo- Então eu irei voltar, agora- falo- Irei acabar logo com essa brincadeira dele- digo e Sylver se levanta, colocando a mão em um de seus bolsinhos presos a sua cintura, de lá tirando um pozinho meio transparente.
- Cuidado Ally, aquele não é o Pan que você conhece- diz e eu a encaro
- Eu sei, aquele é o Pan que eu irei matar- falo e Sylver assente, chegando perto de mim com a palma da mão aberta e o pozinho repousado lá.
- Nos vemos em breve, a situação em Neverland nunca foi tão complicada- fala e eu sorrio triste para ela, logo sentindo a mesma assoprar o pozinho e uma luz dourada irradia minha visão"
Ouço o barulho do trovão e logo meus olhos são abertos, de imediato me sento no lugar onde eu estava, assim gritando em seguida, ao sentir o meu pulso latejar. O barulho da chuva era o principal som, mas a água não tocava o meu corpo, úmido devido às roupas molhadas.
Olho em volta e percebo que o lugar onde eu provavelmente me encontrava era uma caverna, paredes irregulares de pedra e um buraco, que dava para o lado de fora, onde a grande tempestade se encontrava.
Ouço uma respiração pesada no lugar, além dos pingos de chuva e eu sabia exatamente quem era. Estalo meu dedo indicador e me viro, dando de cara com Peter que ainda possuía seus olhos no totalmente escuro.
- Vejo que a caçadora acordou- ele fala com um sorriso no rosto, sua voz que não era sua voz, sinto minha respiração falhar um pouco, estava com medo, estava com medo de Peter Pan o que ele poderia fazer comigo.
- Como vim parar aqui?- pergunto e agradeço mentalmente por não ter dado nenhum deslize
- Thomas te trouxe, ele estava perto depois que você desmaiou- ele fala se aproximando de mim, mas eu não consigo me afastar pois já estava colada contra a parede e isso me dava mais medo
-O-onde ele está?- gaguejo e Peter Pan sorri, olhando para o lado e eu também, arregalado os olhos em seguida, ao ver o corpo do pequeno Thomas deitado, com os olhos abertos e sem vida.
- Ás vezes isso acontece- Peter Pan fala e eu volto a olhar para ele, que levanta sua mão e eu vejo uma fumaça preta misturado com roxo sair da mão dele- Antiteru- diz e eu arregalo os olhos
- Achei que era apenas uma lenda para os caçadores temerem mais a você- digo e ele ri, jogando sua cabeça para trás
- Quem dera fosse isso- ele fala rindo e joga a cabeça para frente, ficando a centímetros do meu corpo- Tudo que eu toco, simplesmente morre-ele fala rindo e passando as mãos pelos seus cabelos, sem se afastar de mim
- Você controla isso- digo assustada e um raio faz um barulho absurdo vir e em seguida Peter Pan estava com a mão a centímetros de meu rosto
- mas não agora- diz sorrindo- Imagina eu matar você, ver seu rosto perder toda a cor, ver seus olhos avelãs perderem o brilho que possuem, ver seus lábios maças virarem totalmente roxos- diz e leva seu polegar até meu lábios, mas não encosta
Ele franze a sobrancelha e vejo uma faísca verde passar pelos seus olhos e eu arregalo os meus, ele estava lutando contra si mesmo
- Saia, sai, sai,sai seu rato imundo, eu não preciso de você, seu lado me enoja, vamos me deixe acabar com ela, nós dois queremos isso, eu sei, eu vejo dentro de você, apenas me deixe acabar com o trabalho- ele fala bravo e estalo o meu dedo, fechando meus olhos.
- Peter- falo baixinho achando forças do além e quando ele me encara, vejo um olho totalmente preto e o outro com a íris verde água- Chega, já deu por hoje, depois você me mata, só acaba logo com isso- falo baixinho e sinto meu corpo tremer, eu estava com muito medo e isso era notável para qualquer pessoa que me olhasse- Só dessa vez- falo baixinho e olhando seus olhos, um trovão ressoa novamente e eu fecho meus olhos, abaixando a cabeça.
-Não, não faça isso, deixe de ser idiota seu filhote de fada imundo, não faça isso, sabe o que eu quero o que você quer, nós dois almejamos isso, não faça isso, mate ela, me deixe matar, você pode escolher, a Antiteru está mais forte do que tudo- diz, mas apenas o barulho de pingos caindo no chão é ouvido, em seguida, uma respiração começa a soar, mas eu não me movo ou levanto a cabeça.
Estava com medo, nunca havia sentido tanto medo assim, ele estava incontrolável e qualquer passo falso, ele me mataria e eu não teria nem mesmo a chance de poder revidar. Ouço passos e fecho os meus olhos com força, mas arregalo eles ao sentir algo quente em volta de mim e ao olhar para cima vejo Peter Pan se afastar, se sentando do outro lado da caverna, me encarando em seguida.
- Está com tanto medo assim de mim Morena?- pergunta dando um sorriso fraco e eu suspiro mais aliviada, me embrulhando no pequeno casaco que ele havia me dado, provavelmente pertencente a ele.
- Medo de você? Acho que não- falo e tento apoiar minha mão no chão,mas solto um grito, sentindo meu pulso doer e meu corpo junto, a adrenalina tinha passado e agora a dor prevalecia em meu corpo
Peter Pan me olhar curioso e pelo seu olhar estava misturado de confusão e raiva, provavelmente ele sabia o que havia acontecido. O mesmo passa a mão pelos seus cabelos e vai até o seu cinto, tirando de lá um saquinho marrom, se levantando novamente, vindo até mim e sentando ao meu lado.
Ele tenta segurar em meu braço, mas ao tentar eu tendo me afastar, fazendo o mesmo parar o seu movimento e me encarar, com um pouco de tristeza estampada.
- Não estou mais com a Antiteru ativada, não irei te matar- diz e eu ia revidar, mas ele pega em meu braço e eu suspiro fundo por não ter morrido
- V-você estava descontrolado- falo e ele abre o saquinho e vejo o pozinho verde. Ele derrama mais da metade em sua mão e logo me encara
- Isso só aconteceu três vezes, eu consigo controlar aquilo, o problema é o controlar o que está dentro daquilo- diz e eu franzo a sobrancelha e logo ele murmura algumas coisas e o pozinho começa a entra na minha pele, onde meu pulso se encontrava quebrado.
- O que está dentro daquilo?- pergunto e sinto ele começar a mexer no meu pulso e eu grito, sentindo minha lagrimas rolarem pelo meu rosto, a dor era extremamente absurda
-Me desculpe- ele fala, mas não para de mexer e eu finco minhas unhas não tão grandes na minha mão, fazendo assim sangrar, era uma dor totalmente absurda- A Sombra- ele começa ainda mexendo
- Não, ela não está, ela está comigo- falo e grito novamente, logo sentindo ele soltar com leveza
- Mas e eu? Eu ainda estou aqui Morena-ele fala e eu encaro suas esmeraldas
- Mas não a Sombra- digo o obvio e ele sorri
- A Sombra é apenas um dos elementos de escuridão que eu possuo, se fosse assim, a magia da morte teria sido aprisionada junto a ela- fala e eu suspiro fundo- Seus renmagis-ele fala franzindo a testa- Estão se alterando novamente, em pouco tempo de contato com o pozinho- fala e eu olho para meu corpo, me sentindo normal, mas ainda sim com medo, se fosse esse o caso, a morte estava mais perto do que eu esperava
-Isso é bom ou ruim?- pergunto, me fingindo de desentendida, pois quem sabe ele poderia me dizer mais alguma coisa
- Depende Morena- ele diz com um sorriso sarcástico no rosto, sim, ele estava de volta sem duvida alguma
- Depende do que? – pergunto
- Depende se está preparada ou não para se entregar a escuridão ou se está preparada para lutar contra ela- diz e eu franzo minha sobrancelha
- Enfrentar? Como assim?- pergunto e Peter segura meu queixo, me obrigando a encara-lo
- Terá que decidi por si mesma –fala
- Eu não entendo o que você está falando- digo e ele olha em meus olhos e eu faço o mesmo, sem quebrar o contato
- Acredite Morena, não vai querer entender, quem sabe mais tarde eu te digo-ele fala e eu suspiro fundo
- Eu quero saber agora Peter Pan- digo seria e o mesmo nega com a cabeça e eu arregalo os olhos, quando sinto ele me puxar pela cintura e me abraçar.
Não retribuo o abraço e fico estática no lugar, sem entender ao certo a reação que ele fez, me fazendo rever o que eu pensei, aquele não era ao Peter Pan.
- Obrigado- ele fala baixinho como se eu não fosse ouvir
- Pelo que Peter Pan?- pergunto
- Você sabe muito bem Morena e ,por favor, pare de me chamar de Peter Pan- fala e eu reviro os olhos
- E quer que eu te chame de que? Meu docinho?!- zombo e ouço uma risada dele
- Só Peter está de ótimo tamanho- fala e eu reviro os olhos
- Está bem Peter, mas agora me solta- digo séria.
Cabeiiiiii, espero que tenham gostado
Fim do Peter doidao e psicopata, ma snao digam total adeus pois ele pode ou n vir a voltar nesta historia skskksksks
Esepero que tenham gostado(mais uma vez) n deixem de votar e comentar9(n esqueçam de comentar)
RECOMNDEM O LIVRO PARA OS AMIGUINHOS QUE EU QUERO VER ESSA FAMILIA CRESCER VIU
AMO VCS
Bjs Mary e até a próxima
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