┊Prologue ➵ Traitors always die in the end
★ Como eu estava ansiosaaaa para essa nova fase, vocês não tem noção! Aliás, dei uma editada nos capítulos da primeira parte, deem uma lidinha novamente.
☆ Aliás: postei um especial de dia dos namorados de No Choices no meu livro bônus "special tales of love", super recomendo, está uma gracinha.
★ PERGUNTA: Qual personagem dessa nova fase que vocês estão mais ansiosos para conhecer? Eu já tenho meu favoritinho...
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Prólogo: TRAIDORES SEMPRE MORREM NO FINAL
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Vega Katherine Black Potter
Atualmente
Encarei as ruas vazias do vilarejo com profundo tédio, Adrian Pucey caminhava silenciosamente ao meu lado enquanto observava tudo com atenção. Todo o cuidado era pouco no lugar em que estávamos, conhecido como o lugar que todos iam para se esconder quando eram procurados, sejam pessoas comuns ou criminosos perigosos.
Liam Avery resmungou, caminhando alguns passos atrás de nós, eu havia passado os últimos quatro dias usando todo o meu autocontrole para não o assassinar.
A missão em si era simples, achar Igor Karkaroff e o matar pela traição. Voldemort havia me designado como líder da missão, me dando a responsabilidade de eliminar todos os traidores. Adrian havia se oferecido para ir comigo, e então havia Liam. Seu pai praticamente ofereceu o garoto como um presente para que o Lorde lhe perdoasse por nunca ter procurado por ele.
O negócio era que o cara era verdadeiramente irritante e mimado, em sua mente, onde acreditava fielmente que o mundo girava ao seu redor, ele achava que por ser mais velho, deveria estar automaticamente no comando.
Também havia o detalhe dele não entender porque a liderança havia ido para uma mulher.
— Ainda não entendo porque colocaram você no comando.
Adrian me enviou um olhar exausto, não era a primeira vez que éramos obrigados a ouvir aquela frase, já devia ser a décima quinta vez, apenas nas últimas horas.
— Se você está questionando minha liderança, Avery, automaticamente está questionando as decisões do nosso Lorde — sussurro friamente — Eu teria um cuidado maior com as palavras... Se fosse você.
Enfim avistamos o bar, ajeito minha capa, garantindo que o capuz tapasse meu rosto e lancei um feitiço para evitar aparatação, qualquer um que estivesse lá dentro e tentasse fugir, não conseguiria. Entrei silenciosamente depois disso, sendo seguida de perto por Adrian e Liam.
O local tinha um odor extremamente desagradável, que me dava vontade de vomitar, também estava cheio de bruxos, duendes e o que mais você poderia imaginar. Ninguém prestou muita atenção na gente e eu fiz um sinal para Liam ficar na porta, para a minha surpresa, ele obedeceu sem reclamar.
Deslizei para o balcão e subi em cima do mesmo, enfim deixando meu capuz cair e revelando meu rosto.
— Está uma noite tão agradável que eu decidi propor um jogo para vocês: Me digam onde está Igor Karkaroff e vocês poderão sair sem maiores problemas, tentem escondê-lo... Bom, digamos que vocês não ver o dia amanhecer.
O bar ficou imediatamente em silêncio, não demorou um minuto sequer para todos apontarem na direção da escada, me fazendo dar uma risadinha.
— Adoro estimular a união!
Pulei para fora do balcão e segui as escadas junto com Adrian, o andar de cima era ainda mais podre que o de baixo.
Havia diversas portas velhas de madeira que levavam para quartos, mas apenas uma estava fechada. Tirei a varinha de dentro da capa e agirei entre os dedos, indo silenciosamente até a porta, dei uma rápida olhada para Adrian, que já estava com a varinha em punho.
Havíamos tido diversas missões como aquela durante o verão, ao ponto de já conseguirmos prever o movimento um do outro sem nem precisar olhar.
Abri a porta lentamente, o ranger dela me deu agonia, mas prontamente ignorei. O quarto parecia vazio, havia apenas uma cama de casal velha, um guarda-roupa caindo aos pedaços e uma porta que provavelmente levava ao banheiro.
— Pronto ou não, aí vou eu — cantarolei inocentemente — Você pode se esconder, mas não por muito tempo...
Um barulho dentro do armário atraiu minha atenção, Adrian passou por mim e num rápido movimento abriu a porta, revelando Igor Karkaroff com os olhos arregalados, parecendo desesperado.
Oh, ele tinha razão em ter medo.
— Igor! Quanto tempo...— murmuro girando a varinha entre os dedos —... Você andou sumido, aconteceu algo?
Ele tentou fugir, mas Adrian o jogou no chão, fazendo o homem cair em minha frente.
— Vega... E-eu... Não precisa ser assim, eu era amigo da sua mãe! Ela odiaria se você me matasse.
Revirei os olhos, entediada.
— Isso foi o melhor que você conseguiu pensar, realmente?
Igor se arrastou na minha direção, agarrando minha bota de salto, ele estava se humilhando e sinceramente, estava quase me divertindo.
— Por favor... Eu fui tão leal ao Lorde...
— Tão leal que fugiu, não é mesmo? — Adrian questionou, irônico.
O chutei, fazendo ele se afastar dos meus pés.
— Essas botas são novas, Igor, eu realmente não quero as sujar... Agora vamos aos negócios! O mestre nos mandou entregar uma mensagem.
Ele pareceu ainda mais pálido.
— Vega...
— Voldemort não gosta de traidores, Igor — sussurrei friamente — Avada Kedavra.
O corpo de Karkaroff tombou no chão, os olhos arregalados e completamente sem vida.
— Missão concluída — Adrian cantarolou — O que acha de uma cerveja?
— Você leu minha mente, Pucey.
Conjurei cordas e rapidamente me abaixo, enrolando uma ponta ao redor do pescoço sem vida de Igor. Adrian pegou o cadáver e juntos levamos até a pequena varanda que havia no quarto, prendo a outra ponta da corda no metal da grade e Adrian joga o corpo para baixo.
Isso iria deixar um aviso sobre o que acontecia com traidores covardes.
Sigo para fora do quarto como se nada tivesse acontecido e desço as escadas tranquilamente junto de Adrian, o falatório e as risadas continuavam no andar debaixo como se nada houvesse acontecido, como se uma pessoa não tivesse acabado de perder a vida no andar de cima.
Liam ainda nos esperava na porta exatamente como mandei, me fazendo sorrir, zombando, ao passar por ele. O homem estreitou os olhos em raiva, mas não falou uma palavra sequer.
Saímos os três do local e voltamos a andar pelas ruas do vilarejo, puxei novamente o capuz da cama escura que eu usava, em seguida, coloquei a máscara de Comensal, cobrindo meu rosto. As pessoas naquele bar não lembrariam meu rosto em meia hora, ocupados com seus próprios problemas, mas os outros moradores talvez não fossem tão prestativos.
Voltamos para a cabana que havíamos usado nos últimos quatro dias.
— Arrumem suas coisas, estamos voltando para casa hoje.
Liam foi o primeiro a sumir, resmungando alguma coisa sobre estar com saudades da sua irmã mais nova, Natasha.
Adrian me observou com atenção.
— Você está bem?
— Uhum — murmurei, me sentando em cima da mesa de madeira — Vá arrumar suas coisas, vamos para casa, enfim.
Ele apertou meu ombro.
— Arrume as suas também, se tivermos sorte, vamos chegar para o jantar.
— Eu espero que vocês não estejam marcando um encontro — Liam resmungou com nojo, ao surgir na cozinha segurando uma mochila — Vocês me dão vontade de vomitar.
Pulei para fora da mesa, girando a varinha entre meus dedos.
— Temos algo em comum então, eu também sinto vontade de vomitar sempre que olho para a sua cara.
Liam cruzou os braços, tentando parecer intimidante.
— Você não passa de uma garotinha.
— Garotinha? Irônico ouvir isso justamente do garotinho que se esconde nas sombras do pai e faz tudo o que ele manda, sem nem ter pensamento próprio — murmuro pensativa — Quer dizer, sinto até certa pena, sabe?
Adrian suspirou.
— Creio que nós três concordamos que queremos chegar logo em casa, então que tal deixar as brigas para mais tarde?
Dei de ombros, sem realmente me importar enquanto seguia para o quarto em que havia ficado. Felizmente minha mochila já estava pronta, assim como a de Adrian, pego as duas e volto para a cozinha e sala improvisados, jogando a mochila para meu amigo, que prontamente a pegou.
Respirei fundo, me mantendo sob controle.
— Iremos aparatar na Mansão Malfoy, entenderam?
Os dois resmungaram em concordância e logo estalos foram ouvidos, dei uma última olhada na cabana antes de aparatar também, parando ao lado de Adrian, na estrada que dava para os enormes portões de ferro da mansão.
Vou na frente, murmurando o feitiço que permitia que nós passássemos pelo portão como se ele fosse feito de fumaça.
Peter Pettigrew nos esperava assim que passamos pela porta, tirei a máscara e a capa, jogando os mesmos em cima dele, como se fosse meu empregado pessoal. Para a minha infelicidade, ele ainda tentava me fazer acreditar que tudo o que havia feito fora apenas pelo meu bem e o de Adhara.
Rato nojento.
Sigo silenciosamente até o escritório, dando um pequeno aceno ao passar pela minha madrinha na sala, que estava tomando chá, como se não houvesse nada acontecendo em sua casa.
Dou duas batidas na porta escura, esperando permissão para entrar, que logo recebo ao ouvir um sussurro. Abri lentamente a porta, tendo a visão de Voldemort sentado atrás da mesa, alguns outros Comensais também se encontravam ali, usando as máscaras que me impediam de saber suas verdadeiras identidades, como Lúcio Malfoy e Severus Snape.
— Meu Lorde.
Ele sorriu.
— Vega! Creio que a missão tenha sido um sucesso, sim? Voltaram mais cedo do que o esperado, bom.
Nagini estava em cima do sofá, evitei os olhos da cobra enquanto entrava completamente na sala, junto de Adrian e Liam.
— Karkaroff está morto, meu lorde.
— Não esperava menos de você, obviamente — comentou em um falso tom alegre — Avery e Pucey, podem se retirar, mais tarde falarei com vocês.
Os dois concordaram antes de saírem, parei silenciosamente ao lado de Severus., o lorde logo voltou sua atenção para mim, me analisando lentamente. Não deixei nenhum sentimento passar pelo meu rosto.
— Como foi com Avery durante a missão?
Vi o exato momento em que o pai de Liam ficou tenso, me controlei para não revirar os olhos.
— Aceitável — respondo séria — Mas aparentemente ele tem um pequeno problema com... Mulheres no comando. Quase acreditei que ele estava questionando suas escolhas, meu lorde.
Voldemort concordou, pensativo.
— Interessante. Alguma informação útil?
— Karkaroff está morto e conseguimos pistas para os rastros de outros traidores, coloquei dois bruxos sob a maldição Imperius para os seguirem e coletarem mais informações que em breve irão relatar diretamente para mim.
Ele me encarou.
— Perfeito, exatamente como eu esperava. Acredito que os últimos dias devem ter sido cansativos, então está dispensada até amanhã.
— Obrigado, meu lorde.
Fiz uma reverência antes de sair, segui para as escadas, querendo desesperadamente um banho quente para conseguir enfim relaxar. Os últimos dias haviam sido um inferno, eu não confiava suficiente em Liam para conseguir relaxar e realmente dormir, fazendo com que Adrian e eu nos revezassemos em turnos para descansar.
Ao entrar no corredor dos quartos, fico surpresa ao ver a porta de Draco um tanto aberta, parei ali, a abrindo completamente e vendo o garoto sentado silenciosamente em cima da cama.
— Vega, você voltou.
Não me surpreendi com o alívio disfarçado em sua frase, me escorei na entrada, cruzando os braços.
— Eu sempre volto, lembra?
Draco desviou o olhar.
— Eu sei, mas... Essa durou mais do que as outras.
— Estou em casa agora, é o que importa.
Ele se remexeu desconfortável na cama, brincando nervosamente com o livro em seu colo.
— Vai ficar quanto tempo?
Ah.
O garoto obviamente havia percebido que eu não ficava mais do que o suficiente na mansão desde o início do verão. Suspiro baixinho e me aproximo, sentando na beirada da sua cama.
— O suficiente para jantar com o meu loiro favorito — murmuro fazendo carinho em seu rosto — Só vou tomar um banho antes do jantar, podemos comer no meu quarto, tenho certeza que a madrinha não vai se importar.
Draco concordou rapidamente.
— Pode ser, vou avisar a mamãe.
— Ótimo, vou tomar um banho então.
Dei um rápido beijo em sua testa antes de seguir para o meu quarto, não me surpreendi de encontrar Adrian jogado em cima da minha cama.
— Você não sabe como senti falta de uma cama decente — resmungou.
Fechei a porta e coloquei um feitiço para que ninguém conseguisse escutar nossa conversa do corredor, em seguida joguei a mochila no chão e enfim tirei minhas botas, meus pés estavam doloridos.
Haviam sido dias difíceis.
— Draco vai jantar aqui.
Adrian franziu a testa, me encarando confuso.
— Pensei que a gente ia se mandar — murmurou lentamente — Você sabe.
Prendi meu cabelo num coque enquanto seguia para o banheiro, acenando a varinha para que a banheira começasse a se encher com água quente.
— Iremos depois do jantar, Draco precisa de alguma companhia.
Ele suspirou.
— Tanto faz, mas já aviso que me recuso a dormir aqui. Preciso de uma noite de sono de verdade.
Sem me preocupar com Comensais podendo nos machucar a qualquer segundo, a parte não dita, mas que eu rapidamente entendi. Compartilhava aquele mesmo sentimento com ele.
— Não se preocupe, não estamos dormindo aqui.
— Ótimo.
Aproveitei que Adrian estava encarando o teto e tirei minhas roupas, logo entrando na banheira que já estava cheia. Meu corpo imediatamente começou a relaxar por causa da água quente, me fazendo suspirar aliviada.
Não sei quanto tempo fiquei na banheira, mas ao ouvir o som dos elfos servindo nosso jantar no quarto, rapidamente sai da banheira e me sequei. Peguei as roupas que já estavam dentro de um dos armários do banheiro, que consistiam em uma calça escura, uma camiseta de manga comprida preta e meus preciosos saltos.
Camisetas de manga comprida haviam se tornado algo indispensável no meu guarda-roupa atualmente, pois eu não suportava ver a marca em meu braço.
Sequei o cabelo com um feitiço e logo entrei no quarto, notando que Draco e Adrian já estavam comendo em cima da minha cama. Em momentos normais, eu nunca permitiria que aquilo acontecesse, mas atualmente, ninguém ali precisava de brigas por coisas tão estúpidas, então apenas me juntei silenciosamente aos dois.
— Então, como foi o seu dia?
Draco sorriu animado antes de começar a falar sobre seu dia, mesmo que estivesse me sentindo extremamente exausta, ouvi cada palavra com atenção.
Se eu, com dezoito anos, não estava sabendo lidar direito com tudo aquilo, como poderia esperar que Draco estivesse? Sua casa estava sendo usada como quartel general de um bruxo das trevas, Comensais entravam e saiam da mansão o dia inteiro, pessoas eram torturadas dentro daquelas paredes...
Não estava nem perto de estar tudo bem.
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