┊Prologue ➵ The Black family
★ Bem-vindos ao Prologue!
☆ Ele é mais curtinho, para explicar sobre a Vega (nossa protagonista) e a mãe dela, Adhara (protagonista de Couple Of Kids)
★ Eu amo nossos irmãos Black e espero que vocês também.
☆ Votem e comentem bastante que isso anima pra caramba a autora aqui.
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Prólogo: A FAMÍLIA BLACK
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31 de Julho de 1981
SIRIUS BLACK NÃO ESTAVA TENDO UM BOM DIA, SE FOSSE PARA ser sincero, ele não estava tendo nem ao menos uma boa semana. Estava atolado até o pescoço com missões para a Ordem da Fênix e fazer elas sem James Potter tornava tudo mais exaustivo, mas ele não poderia culpar o melhor amigo por não estar junto, de qualquer forma.
Ele suspirou quando estacionou a moto em frente ao Largo Gimmauld, o local onde havia passado toda a sua infância e parte da adolescência, ele não planejava voltar ali após ter fugido de casa e ter sido deserdado, mas havia algo que o fazia continuar voltando nos últimos quatro anos e que impedia a família Black de matar uns aos outros. Era uma garotinha de olhos que lembravam prata derretida e um sorriso que deixava Walburga Black de cabelos em pé.
Seguiu a passos lentos até a calçada, onde rapidamente uma casa surgiu entre os números onze e treze, Sirius passou as mãos pelos cabelos antes de subir os degraus, fazia um gosto amargo surgir em sua boca por estar ali.
A porta se abriu antes que ele pudesse tocar na maçaneta, Regulus Black o encarou com tédio enquanto ajeitava o sobretudo negro que usava, os olhos tão idênticos aos do irmão mais velho pareciam faíscar ao lhe encarar, Sirius Black cruzou os braços, analisando lentamente o irmão mais novo.
— Indo lamber os pés do seu mestre?
O sussurro havia sido amargo e irônico, o rosto do mais novo ficou vermelho.
— Olha o que temos aqui... O corajoso Sirius Black, a decepção da família Black — retrucou ácido — acho que você esqueceu que foi deserdado.
Os dois trocaram um olhar de raiva, que fora interrompido por um suspiro irritado que fez os dois garotos se encolherem e desviarem o olhar um do outro. Uma garota idêntica a Sirius surgiu na porta, empurrando Regulus para fora da casa, enquanto o mandava um olhar exausto.
Adhara Black era a irmã gêmea de Sirius, mais nova por exatos dois minutos, algo que o mais velho nunca havia a deixado esquecer, infelizmente. A garota tinha longos cabelos negros que caiam lisos até a cintura, soltos, os olhos lembravam prata derretida, sua postura era perfeita, daria inveja a qualquer um, ela exalava um ar superior e sério, infelizmente de forma idêntica a Walburga Black, a mãe dos três.
A garota usava um longo vestido negro que ia até um pouco acima da canela, de mangas compridas, um salto fino preto que havia uma cobra de prata no lugar da tira que o prendia, em suas mãos brilhavam milhares anéis de prata, ao redor de seu pescoço havia um colar de esmeraldas, com o símbolo da casa Mui Antiga e Nobre dos Black.
— Se vocês dois começarem a brigar que nem crianças, não irei hesitar antes de lançar um crucio nos dois — sussurrou séria — entenderam?
Os dois estremeceram ao mesmo tempo.
— Você está ficando igualzinha a mamãe, Ad — Regulus resmungou.
Ela revirou os olhos.
— Obrigado por me ofender, Regulus. Agora vá para seus compromissos antes que a sua afilhada surte ao notar que você saiu.
O mais novo suspirou e beijou a bochecha da garota, em seguida lançou um último olhar irritado para o irmão mais velho e começou sua caminhada pela rua, até o beco mais próximo onde iria aparatar.
Sirius e Adhara se encararam, estudando lentamente um ao outro.
Os gêmeos tinham um verdadeiro caso de amor e ódio que ninguém tinha a audácia de se meter, nem mesmo os pais.
— Maninha.
Adhara bufou, o encarando irritada.
— Porque insiste em provocar Reg? — resmungou indignada — Você não vai recuperar a relação de vocês desse jeito, nunquinha.
— Não estou afim dessa conversa agora, Ad. Vamos falar de coisas boas, como a única coisa boa que realmente aconteceu nessa família nos últimos anos, ou seja, a minha sobrinha.
A mulher revirou os olhos e deu um passo para o lado, deixando o irmão entrar na casa e logo fechou a porta, o seguindo pelo corredor até a enorme sala de estar, onde uma garotinha de longos cabelos num estranho tom que variava entre castanho e ruivo, estava sentada em frente ao enorme piano negro. Havia um laço verde em seus cabelos e ela usava um vestido da mesma cor, verde escuro, ela parecia uma boneca.
Sirius imediatamente sorriu, de forma verdadeira, olhando a garotinha com carinho.
— Estrelinha?
A garotinha desviou a atenção das teclas do piano e encarou o homem, ela arregalou os olhos e pulou do banquinho, correndo na direção dele.
— TIO SIRIUS.
Ele se abaixou e pegou a garotinha, se levantando e girando com a mesma, que gargalhou alto.
Adhara observou a cena com um sorriso discreto, seus irmãos eram pessoas complicadas e problemáticas, Sirius e Regulus eram dois extremos de uma mesma moeda, o filho rebelde e o filho perfeito, porém de alguma forma, os dois amavam incondicionalmente a sobrinha.
— Preparada para ir com o tio Sirius visitar o papai?
A garotinha fez um biquinho fofo nos lábios, deixando a cabeça pender para a direita enquanto encarava o tio.
— Visitar o papai?
— Lembra o que conversamos, Vega? — Adhara perguntou lentamente para a filha — Você vai ir passar o final de semana com o papai, tio Sirius vai levar você.
Vega Black concordou devagar, voltando sua atenção para o tio.
— Vamos agora?
— Sim, estrelinha — Sirius respondeu prontamente enquanto colocava a garotinha no chão — então pode ir buscar suas coisas que o expresso do tio Sirius já vai sair.
A garotinha arregalou os olhos e correu para as escadas, Adhara sentou-se no sofá verde musgo e cruzou as pernas, voltando sua atenção para o irmão, que olhava desconfortavelmente para tudo na sala.
— Se minha filha voltar com um arranhão sequer, você é um homem morto.
Sirius bufou, lançando um olhar incrédulo para a mulher.
— Tenha um pouquinho mais de fé em mim, monstrinha — retrucou indignado — eu cuidava de você e de Regulos quando éramos pequenos. Cuidar de Vega é uma missão fácil.
Adhara revirou os olhos.
— Vega não é uma missão fácil e nós dois sabemos muito bem disso.
— Você é dramática e uma mãe neurótica, sejamos sinceros, nada vai acontecer com a minha garotinha, eu protegeria Vega com a minha vida sem pensar duas vezes.
Sirius lançou um olhar sério para a irmã, que suspirou.
— Como não me preocupar? Estamos no meio de uma guerra, Sirius — resmungou cansada.
— E você está do lado errado, para variar.
A mulher arqueou uma sobrancelha para a provocação, em seguida acabou revirando os olhos novamente, cansada daquele assunto.
— Já discutimos milhares de vezes isso, irmão — retrucou — sou leal ao lorde das trevas e isso não vai mudar, porém não sou como nossos pais e Reg, não me importo com o lado que você escolheu... É pedir o muito que você também não se importe com o meu?
Sirius suspirou.
— Você é mais do que isso, maninha.
A conversa acabou no momento em que a garotinha surgiu com uma mochila e um bichinho de pelúcia nos braços, os dois adultos sorriram ao olhar para ela, a garotinha piscou.
— Vamos, tio Sirius?
Ele sorriu e foi até ela, pegando sua mochila e a pelúcia com cuidado.
— Dê tchau para sua mãe.
Vega concordou e foi até a mãe, lhe dando um abraço apertado.
— Tchau, mamãe.
— Tchau, estrelinha — sussurrou sorrindo — se comporte, ok?
A garotinha concordou prontamente e correu até o tio, que a pegou no colo e sorriu para a irmã, piscando para a mesma.
— Eu sou um exemplo de comportamento para a minha sobrinha, relaxa.
Adhara fez uma careta.
— Se ela voltar vestindo uma camiseta de uma dessas bandas de rock trouxa de novo...
— O que você disse? Não estou ouvindo, é que o trem do tio Sirius já está partindo.
Sirius riu e saiu da casa com a garotinha no colo enquanto a mulher bufou indignada, seu irmão definitivamente nunca teria jeito.
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