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┊Chapter Twenty ➵ The day of the Third Task





★ SÓ TENHO UMA COISA A DIZER: Aproveitem esse capítulo ao máximo, ele é provavelmente o último feliz até o próximo livro :)

☆ Aliás, quando acabar de postar os capítulo de O Cálice de Fogo, vou tirar um mês para editar os capítulos postados (arrumar os erros, adicionar mais cenas), antes de enfim postar a Ordem da Fenix.

★ Detalhe importante, todos sempre acham que a Vega é parecida com a mãe que acabam esquecendo o quão parecida com James ela também (o que vai ser muito importante no futuro).





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Capítulo Vinte: O DIA DA TERCEIRA TAREFA

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Vega Katherine Black

Atualmente


ERA ÓBVIO QUE OS BALÕES HAVIAM SIDO UM EXAGERO enorme, mas considerando o quão demorado foi os achar em Hogsmeade enquanto Adrian Pucey me arrastava por todas as lojas do vilarejo, decidi não reclamar.

Os sete balões que flutuam ao nosso lado, sendo presos por uma cordinha que o sonserino segurava fielmente, tinham as cores da Lufa-Lufa, o símbolo da casa e o nome de Cedrico, os dizeres "Campeão do torneio" eram em letras douradas e mudavam em alguns minutos para "Rei do Baile".

Adrian sorriu animado enquanto entrava na pequena sala onde os familiares dos campeões iriam os encontrar, Cedrico Diggory foi o primeiro que notamos, nos encarando surpreso.

— Merlin, o que é isso?

— CEDRICO CAMPEÃO DIGGORY — Adrian gritou animado, chamando atenção pela forma exagerada que havia gritado — Compramos balões para nosso campeão incrível, óbvio.

Reviro os olhos dramaticamente e o empurro, chegando primeiro em Cedrico enquanto o puxo para um abraço apertado.

— Eu tentei explicar que era demais, mas o idiota não me ouviu — explico num sussurro, frustrada — desculpe se você estiver com vergonha, Ced.

O sonserino que naquele dia usava orgulhosamente um suéter amarelo em homenagem à casa do nosso amigo, bufou.

— Vega, você é uma velha rabugenta, Cedrico amou nossos balões de festa.

Revirei os olhos e me afastei do lufano, ele tinha um sorriso feliz no rosto enquanto olhava para os balões, os olhos dele brilhavam.

— É... fofo — admitiu risonho — obrigado, de verdade, vocês são os melhores amigos do mundo.

Sorri carinhosamente para ele.

— Faríamos qualquer coisa para lhe ver feliz, Ced.

Ele riu e puxou Adrian para um abraço, me virei para os pais de Cedrico e os cumprimentei educadamente, enquanto o lufano começava a contar para os pais como éramos amigos incríveis, sem poupar um único elogio. Algo me dizia que o ego de Adrian estaria nas nuvens no final daquela conversa.

Dei uma rápida espiadinha pela sala vendo Fleur com sua família e Silena conversando rapidamente e de forma alegre em francês, Krum no canto com o que imaginei que fosse seus pais e então...

— TIO MOONY.

Atravessei a sala correndo e me joguei nos braços do homem que gargalhou, me abraçando apertado.

— Eu senti tanto a sua falta, filhote — murmurou carinhosamente — Queria poder ter conversado melhor com você aquele dia, antes daquela pena confusão.

Me afastei e segurei o rosto de Remus Lupin, analisando lentamente os novos arranhões que haviam surgido em seu rosto, a última lua cheia havia sido dura.

— Se cuidando direitinho? Comendo coisas saudáveis e não só se entupindo de chocolate como uma criança?

Remus bufou.

— Mocinha, pode ir parando... Aliás, temos muito o que conversar.

Fiz minha melhor expressão inocente e pisquei lentamente meus cílios, o encarando falsamente confusa.

— Não sei do que está falando, tio Moony.

Engraçadinha.

Uma risada disfarçada de tosse chamou minha atenção, me fazendo virar e dar de cara com os longos cabelos ruivos de Bill Weasley, o brinco de garra de dragão e a expressão divertida no rosto enquanto me olhava.

Senti meu rosto corar, e sem pensar mais, o abracei rapidamente, sentindo seus braços me envolverem e seu perfume me invadir.

Bill beijou carinhosamente os meus cabelos enquanto eu afundava o rosto contra sua jaqueta de couro. Repentinamente percebi que estava com saudades daquele homem, mais do que eu imaginei que teria, com todas aquelas trocas de cartas durante o ano, havíamos construído algo além de um estranho caso envolvendo beijos na Copa Mundial de Quadribol.

Não pude evitar a surpresa quando num rápido movimento, o ruivo me girou no ar me fazendo gargalhar.

Quando meus sapatos tocaram novamente o chão, me afastei dele, tirando um outro minuto para o analisar, querendo desesperadamente decorar todos os mínimos detalhes de Bill.

O colar em seu pescoço imediatamente chamou minha atenção, me fazendo sorrir ao perceber que era o presente de natal que havia lhe enviado. O pingente de raposa cheio de feitiços de proteção tirados exclusivamente dos livros secretos da família Black parecia combinar perfeitamente com ele.

— Sentindo falta de Hogwarts, é?

Bill sorriu, sarcástico.

— Da escola? Sim. Do professor Snape descontando ponto de grifinórios pela gente simplesmente respirar? Não.

— Grifinórios, sempre tão injustiçados.

— Corvinos, sempre tão superiores.

Uma tosse extremamente falsa soou, me fazendo notar o olhar desconfiado de Remus e Molly Weasley, assim como os olhares surpresos dos outros ruivos, junto de Harry e Hermione.

Ao olhar para o garoto, repentinamente lembro-me do único balão idiota que segurava, ao contrário dos outros, aquele tinha o tom vermelho vivo da Grifinório e o sobrenome de Harry, em grandes letras douradas.

Estendi o balão para o garoto, que me encarou verdadeiramente surpreso.

— Comprei para você, não quis ser uma lunática exagerada como o Pucey e lhe fazer passar vergonha, então...

O garoto pegou o balão muito lentamente, os olhos verdes brilhando e então... Harry sorriu, verdadeiramente. Um sorriso enorme, como se aquele pequeno ato, tivesse sido a coisa mais incrível do mundo.

Me sinto perdida pelos próximos segundos, o fato que se papai estivesse vivo, seria ele entrando com uma quantidade exagerada de balões e fazendo alguma ceninha, sempre cheio de emoção, aquele pensamento me pegou de surpresa, num golpe doloroso.

Vaguei meu olhar até Lupin, que parecia pensar a mesma coisa.

Papai e Lily não estavam vivos e ao invés de estarem aqui, os Weasley que estavam, como a família feliz e amorosa que Harry não teve a chance de conhecer verdadeiramente.

O mundo era injusto.

Forço um sorriso simpático, me virando para Molly Weasley e estendendo a mão educadamente para ela.

— Olá, Sra.Weasley.

A mulher disfarça a expressão de desgosto e aperta minha mão rapidamente, não demorando para logo a soltar.

Harry sorriu.

— Já tomaram café da manhã?

Aquele era um dia em "família" e mesmo compartilhando metade do sangue com Harry, algo que ninguém além de Lupin sabia ali naquela rodinha, permanecer ali parecia que eu estava tentando forçar minha presença, um lugar que eu não tinha direito.

Notei repentinamente Fleur dando olhadinhas nada discretas para nosso grupo, demorei alguns segundos para perceber o alvo de seu olhar.

Era Bill.

O ruivo parecia completamente alheio a aquilo, olhando distraidamente para os irmãos mais novos, uma expressão nostálgica no rosto.

Uma parte não muito agradável de mim se remexeu, inquieta e não tão feliz a notar aquilo, junto com uma imensa vontade de abraçar novamente ele, para deixar claro que ele estava do meu lado e não tinha o interesse em francesas loiras.

— Vega, você vem?

Pisco confusa e me viro para Harry, notando que ele me chama com um pouco de expectativa na voz, sorri carinhosamente para ele, bagunçando seus cabelos no processo.

— Qualquer coisa para o meu grifinório favorito.

Os gêmeos soltam resmungos indignados enquanto Lupin sorri orgulhoso para mim, aprovando minha ação.

— Como assim Harry é o favorito?

— É! Nós somos os seus amigos, Vega — Fred concordou com o irmão.

— A gente fez campanha para você ser a rainha do baile — George completou, emburrado.

Sorri, zombando dos dois.

— Coitadinhos, tão desesperados pela minha atenção que estão competindo com um garoto de catorze anos pela posição de favoritos...

Os dois bufaram, ainda mais emburrados.

O grupo começa a ir para fora daquela sala, sinto a mão de Bill na base das minhas costas, me conduzindo ao seu lado. Tento ao máximo não sorrir igual a uma estúpida, mas algo nele fazia com que a minha versão mal humorada desaparecesse, como se nunca houvesse existido.

Gostar de alguém era assim então?

— Eu consigo te imaginar andando pelos corredores todo se achando por ser monitor chefe — sussurro.

Um sorriso divertido surge no rosto de Bill.

— Você tem uma opinião errada de mim, eu era o monitor chefe mais humilde que tinha.

— Nunca deu detenção para sonserinos por respirarem?

Ele riu baixinho.

— Aí você está exigindo demais.

Molly estava andando mais na frente do grupo, junto com Harry, Ron e Hermione, mas de cinco em cinco segundos, parecia dar olhadinhas para trás, onde Bill e eu estávamos.

Aparentemente ela realmente não gostava de mim.

— Então monitora chefe da Corvinal, de qual casa você dá detenção por pura implicância?

Volto minha atenção para Bill.

— Nenhuma, ao contrário de certas pessoas, sou totalmente imparcial.

— MENTIRA! A gente viu você dando detenção para a Pansy por pura implicância — Fred retrucou, se metendo na conversa.

— Duas semanas inteirinhas de detenção para ela — George concordou.

Olho inocentemente para o ruivo ao meu lado, que parecia estar realmente se divertindo com a conversa.

— Você vai acreditar neles ou em mim?

George arregalou os olhos.

— Nós somos os irmãos dele...

—... Óbvio que ele vai acreditar em nós! — Fred completou.

Bill suspirou dramaticamente.

— Desculpe, mas dessa vez vou acreditar na Vega.

— Fomos trocados...

—... Por uma garota!

Sorri divertida para os gêmeos, que pareciam profundamente ofendidos naquele momento.

— Mas uma garota bonita — digo dando uma piscadinha.

Eles fizeram uma careta e Bill gargalhou.

— Se você está dizendo, quem sou eu para discordar? — o ruivo mais velho retrucou.

Fred bufou.

— Ewww.

— Vocês dois são nojentos.

Bill deu um sorrisinho malicioso.

— Acho que isso é inveja.

Para minha total surpresa, os gêmeos apenas sorriram e deram de ombros, decidindo embarcar numa conversa com Remus Lupin, que nos observava com os olhos estreitos.

Entramos no Salão Principal, onde agora poucos alunos ainda tomavam café. O grupo se dirigiu para a mesa da Grifinória sem nem pensar duas vezes, era realmente difícil ser a única daquele grupo que não pertencia a casa dos corajosos, mas eu ainda achava que Hermione tinha um enorme potencial para a Corvinal.

Sentei ao lado de Bill na mesa, que sorriu animado enquanto olhava ao redor.

— Uau, continua igualzinho.

— Na minha época era mais animado — Remus deu de ombros — Vocês iam nos adorar.

Me servi rapidamente de chá e torradas.

— Considerando que os gêmeos aqui são os únicos que conseguem chegar perto do número de detenção que seu grupo de amigos levou naquela época...

Harry olhou ansiosamente para Remus.

— Vocês ganharam muita detenção?

Tio Moony corou furiosamente.

— Bom, a maior parte era culpa do seu pai, você sabe... — admitiu —... A gente vivia na sala da Minerva.

— Há! Aposto que isso não se aplicava a minha mãe e ao padrinho.

Remus me encarou incrédulo.

— Oi? Vega, desculpe te informar, mas Adhara também se metia em problemas muito bem disfarçados pela carinha de boa garota dela.

Isso pareceu realmente chamar a atenção de Hermione Granger.

— Como a mãe da Vega era?

— A garota mais inteligente do nosso ano, era da Sonserina, descobriu sobre minha condição ainda no primeiro ano e mesmo tendo nascido numa família totalmente preconceituosa, Adhara simplesmente guardou o meu segredo e aparecia toda a manhã após a lua cheia para me levar chocolate e ajudar Madame Pomfrey — Remus diz, parecendo nostálgico — Se as coisas não tivessem sido daquele jeito, ela seria a maior curandeira do St.Mungus hoje em dia.

Não consigo desviar minha atenção enquanto ele fala sobre a minha mãe, normalmente Severus era o único que falava sobre ela naquele tom carinhoso.

— E ela era a melhor amiga do Snape — adicionei dando de ombros.

Ron se afogou.

— Ela era amiga do Snape?

— Melhores amigos — Remus concordou — Um não vivia sem o outro, Adhara também tinha um irmão mais novo, Régulus, que estava sempre com eles. Lembro que ela era super protetora com os dois e adora os fazer passar vergonha.

Não consigo evitar um sorriso.

— Isso soa como minha mãe.

Remus gargalhou.

— Você realmente é a mistura perfeita dos seus pais, Vega — diz carinhosamente — Isso é bom.

Molly acaba iniciando um assunto sobre como achava todo o torneio perigoso e eu acabo focando no meu café da manhã. Dou uma olhadinha para a mesa da Lufa-Lufa, onde Cedrico estava conversando animadamente com a família e com Adrian, que parecia se sentir em casa com eles.

Pela primeira vez em anos, percebi que não estava realmente sozinha. Hogwarts havia me dado amigos e além disso, uma segunda família, pois como Cedrico havia me dito, família nem sempre era sangue.

Eu tinha Adrian, Cedrico, Silena, os gêmeos, Bill e até mesmo Fleur, que havia desenvolvido uma estranha amizade comigo.

Estava tudo bem, e eu não poderia me sentir mais grata.

Sinto algo quente roçar minha mão, chamando minha atenção.

Quando olho para baixo, vejo a mão de Bill, encostando na minha, enquanto o ruivo parece distraído demais conversando animadamente com Lupin.

Mordo o lábio inferior e num ato de coragem, entrelacei nossas mãos debaixo da mesa, minha mão parecia sumir no aperto da dele, a pele quentinha pressionando a minha que estava sempre tão estupidamente fria.

Ninguém mais estava notando aquela nossa interação secreta, Bill me lançou um sorriso discreto que continha mais significados do que um enorme livro.

Percebo, assustada, que Bill Weasley havia se tornado meu livro favorito.

Eu queria saber a história de cada pequena e quase invisível cicatriz que havia em seu pescoço e braços ou então como ele havia adquirido o brinco de garra de dragão, os segredos por trás de seus olhos esverdeados que sempre pareciam observar ao redor, atento.

Pensava que nunca veria algo tão verde quanto a grama do chalé de campo da família Potter, mas os olhos de Bill ganham em disparada.

Remus Lupin sorriu de lado da mesa, chamando minha atenção, um sorriso conhecedor.

Apoiei a cabeça no ombro de Bill, ganhando mais um dos sorrisos bonitos dele.

— Quer mais chá? — ele perguntou baixinho.

— Uhm... Por enquanto não.

Ele concordou, beijando rapidamente meus cabelos antes de voltar para a conversa com Remus.

Os gêmeos chamaram minha atenção, contando baixinho para mim sobre a aposta que iriam fazer sobre o vencedor do torneio. George então falou mais sobre os logros que haviam inventado e não pude impedir de dar algumas sugestões, fazendo Fred resmungar por nunca terem pensado naquilo.

Acho que fiquei tanto tempo triste por tudo o que perdi, que não parei para pensar em tudo que havia ganhado.

Então eu sorri.

A FAMÍLIA DE CEDRICO HAVIA SE JUNTADO a nós no passeio, mesmo que Amós Diggory não parecia lá muito feliz com Harry, já que em sua opinião, ele havia roubado os holofotes do seu filho. Mesmo com Cedrico defendendo meu irmão, seu pai não pareceu convencido.

Silena em algum momento surgiu também, rindo de algo que os gêmeos havia dito enquanto estávamos todos perto do lago.

Eu estava nas costas de Cedrico, gargalhando enquanto ele corria comigo e Adrian fazia o mesmo com Gina, que aparentemente havia adorado o lado brincalhão do sonserino.

— PELO AMOR DE MERLIN, NÃO SE MACHUQUEM! — Cassandra Diggory gritou.

— Crianças, sempre nos dando nos nervos — Molly diz.

As duas sorriram uma para a outra e eu apoiei a cabeça no ombro de Cedrico, que parou um pouco de correr, já que agora Adrian estava andando em círculos com Gina.

— Uau, eu nunca imaginei que esses dois iam se dar bem.

Cedrico gargalhou.

— Depois de você ter virado minha melhor amiga, eu não dúvido de mais nada.

— Mas é diferente, é impossível ter raiva de você, já Adrian...

O lufano bufou.

— Vega, nós dois sabemos que você ama ele também.

— Se quer mesmo saber, eu também amo você, Diggory — retruquei — Mas não espalhe, vai acabar com a minha reputação.

Escorreguei lentamente para o chão e Cedrico me enviou um sorriso sarcástico.

— Todo mundo já sabe que você nos ama, Vega, não tem nem como esconder mais, lamento.

Droga!

Remus fez um sinal, me chamando para sentar ao seu lado, rapidamente eu fui.

— Oi, tio Moony.

— Eu acho que faz anos desde a última vez que ouvi você se divertir tanto — murmurou emocionado — Eu estou feliz por poder ver isso de novo.

Dei de ombros, sentindo meu rosto corar.

— O que posso dizer? Eu fiz amigos incríveis.

Ele concordou, ainda sorrindo para mim.

— Verdade, estou orgulhoso de você... Mas agora, quer me contar algo?

Lhe encarei confusa.

— Não sei?

Remus gargalhou.

— Uma vez seu avô me disse como os Potter sempre acabam tendo seus corações roubados por ruivas — Lupin sussurrou ao meu lado, quando todos estavam entretidos com outras coisas — achei que era uma piada por James ser apaixonado pela Lily, mas... Agora estou começando a acreditar verdadeiramente nisso.

Desviei a atenção de Harry rindo ao lado de Molly Weasley e foquei em Remus, confusa.

— O que quer dizer?

— Bill Weasley tem cabelos tão ruivos quanto Lily ou Euphemia Potter — respondeu divertido — Sabe a parte irônica? Você olha para ele do mesmo jeito que James olhava para Lily e Fleamont olhava para Euphemia.

Sinto meu rosto pegar fogo ao compreender o que ele estava dizendo.

— Você está louco, tio Moony.

Remus sorriu, nostálgico.

— James disse a mesma coisa para mim mais de uma vez — resmungou — vocês dois são mais parecidos do que imagina.

Antes que eu pudesse retrucar aquilo, Bill se jogou ao meu lado, enquanto tentava tirar os cabelos ruivos do rosto, sem conseguir me controlar, sorrio para a cena.

— Quer que eu faça um coque nos seus cabelos?

— Por favor, Katherine.

Fico de joelhos na grama e vou para trás de Bill, conjurando rapidamente um elástico com minha varinha e depois começo a arrumar seus cabelos, enquanto ele fica quietinho para não me atrapalhar.

— Eu acho que estou extremamente chateada.

— Por que? — ele perguntou curioso.

Suspirei dramaticamente, terminando o coque e enfim voltando a sentar do seu lado.

— Seu cabelo é muito mais macio e brilhante que o meu!

Bill me encarou divertido e depois gargalhou do meu óbvio drama, fazendo eu me atirar ainda mais dramaticamente na grama, encarando o céu azul e sem nuvens que tinha naquela manhã.

— Depois te passo o segredo.

— Ótimo, pois se você não fizer, nunca mais eu falo com você!

Ele me lançou um falso olhar ofendido.

— Vega Katherine, você nunca ousaria fazer uma coisa dessas.

— Está me desafiando?

— Ok, você que pediu por isso...

Lhe encarei confusa, sem entender o que ele queria dizer na última frase, mas então, o ruivo começou a fazer cosquinhas em mim, me fazendo rir enquanto tentava me afastar.

Bill!

— Retira o que disse.

— Nunca.

Em algum momento, consegui fugir do ruivo, ele rapidamente me seguiu e sem pensar duas vezes, corri, me escondendo atrás de Fred.

— O que...

— Se esconder atrás do meu irmão é bem inútil, você sabe...

Fred nos encarou confuso.

— Por que estou sendo feito de escudo humano?

— Bill quer fazer cosquinhas em mim!

George nos analisou e então deu de ombros.

— É guerra então, escolham seus times.

O PROBLEMA COMEÇOU LOGO APÓS terminar o almoço, o que havia começado com um pequeno incômodo no pulso, começou a se tornar uma dor insuportável que me dava vontade de vomitar.

Sai silenciosamente da mesa da Lufa-Lufa, onde estava almoçando com Cedrico e sua família. Fui para o corredor, esperando que um lugar menos cheio fizesse eu me sentir melhor, mas infelizmente não aconteceu, apoiei a mão na parede, tentando respirar fundo e ignorar os pontinhos brancos que estavam surgindo na minha visão.

O que infernos estava acontecendo comigo?

— Querida?

Escorreguei lentamente para o chão, meu corpo todo suando frio.

— Vega? Ei? O que aconteceu?

Demorou para reconhecer que era Molly Weasley na minha frente, me olhando com um olhar extremamente preocupado e tão estupidamente maternal que eu quis chorar, mas talvez fosse apenas a dor ferrando minha cabeça.

— Alastor! Me ajuda a levar a garota para a enfermaria, tem algo errado com ela.

— Não se preocupe Molly, deixa que eu levo a Srta. Black — o professor resmungou mal humorado — Se eu fosse você, ia dar boa sorte para o Potter, a terceira prova já vai começar.

Sinto braços me tirarem do chão, meu pulso estava doendo como se estivesse sendo quebrado repetitivamente em diversos lugares ao mesmo tempo.

— Alastor, eu posso ir com vocês...

— Eu mesmo irei colocá-la sob os cuidados de Pomfrey, não há motivos para se preocupar — retrucou — Srta. Black tem uma condição especial que deve ter criado um episódio, relaxe.

Condição especial...?

Tentei falar algo, mas saiu mais como um choramingo doloroso do que com palavras, o som soando deprimente até mesmo para mim.

Moody não esperou para ouvir a resposta de Molly e começou a andar, o teto do corredor parecia estar girando e cada vez mais desfocado, o ritmo que ele me carregava piorava ainda mais a vontade de vomitar.

Demorou o que pareceu uma eternidade até ele abrir uma porta com um chute e me jogar numa poltrona.

— Vega Katherine Black Potter, você é tão osso duro quanto Adhara, qualquer outra pessoa já estaria desmaiado antes do início do almoço.

— O que...

Eu não conseguia mais manter os olhos abertos, mas ainda senti a varinha dele se enrolado numa mecha do meu cabelo.

— Você é uma coisinha bonita, até mais do que sua mãe... Tenho certeza que em breve vamos nos dar muito bem — comentou alegre — Oh, permita-me refrescar sua memória, nos vimos na Copa Mundial, lembra? Isso não importa de qualquer maneira, pode me chamar de Barty... 

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