┊Chapter Twenty Seven ➵ The house of the Blacks
★ Bill e Vega nessa fase são a minha religião, juro! Amo o jeitinho que esses dois se completam.
☆ Aqui vemos mais um pouquinho de como funciona a Ordem e de como o relacionamento do Bill e da Vega está funcionando no momento (muito amor!). Os próximos capítulos já vão ser mais movimentados.
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Capítulo Vinte e Sete: A CASA DOS BLACK
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Vega Katherine Black Potter
Atualmente
ACORDEI COM OS BRAÇOS DE BILL ao meu redor, ouço resmungos mal humorados e olho para a janela, onde Monstro estava abrindo as cortinas. Havia uma bandeja com chá em cima da mesinha, o cheiro era delicioso e me fez despertar completamente.
Com cuidado me livrei dos braços de Bill, que resmungou ao abraçar meu travesseiro.
— Bom dia, Monstro.
— Menina Vega — o elfo murmurou num tom carinhoso — Devo pegar café para o traidor de... Quer dizer, seu amigo?
Lhe enviei um olhar pouco impressionado, Monstro tinha uma implicância com todo mundo ali, mas nada se comparava ao ódio e desprezo que ele sentia por Sirius, o que era totalmente recíproco da parte do meu tio.
Eu era a única que ganhava um tratamento carinhoso do elfo.
— Café preto com um cubo de açúcar, pode ser?
Monstro concordou e aparatou num estalo, dou uma olhadinha para o relógio, mal passava das oito e meia naquele momento.
Felizmente, Bill só começava a trabalhar no escritório na semana que vem.
Olhei para o ruivo que estava adormecido na enorme cama dossel, os cobertores verdes escuros estavam embolados embaixo da sua cintura, revelando suas costas descobertas pela falta de camiseta. Seus cabelos ruivos estavam bagunçados na frente do seu rosto enquanto ele abraçava o meu travesseiro.
Lindo.
Eu nunca iria me acostumar com aquela visão.
O elfo voltou e largou a xícara de café ao lado do meu chá, desaparecendo em seguida, sentei na beirada da cama e tirei os cabelos de Bill da frente do seu rosto, beijei seu ombro, o ouvindo suspirar.
— Bom dia, querido.
Bill abriu os olhos lentamente, extremamente sonolento.
— Amor?
Sorri com a forma que ele havia me chamado e dei outro beijo, mas dessa vez, em seu pescoço.
— Hora do café — murmurei em seu ouvido — Seria bom você acordar antes que alguém perceba que você não está no seu quarto. Realmente não quero problemas com a sua mãe.
Ele bufou, se aconchegando mais na cama.
— Preciso procurar um apartamento — resmungou sonolento — E agora eu estou dividindo o quarto com Charlie, então...
Franzi a testa, lhe encarando curiosa.
— Isso é novo.
— Meu quarto era um dos únicos que estava num estado decente, então o liberei para os pais da Silena que estão chegando semana que vem.
A voz dele havia soado abafada por causa do travesseiro, Bill procurou minha mão e a agarrou, a levando até o rosto, onde deu um pequeno beijo na mesma antes de se virar e me trazer para o seu colo.
Dei um gritinho por ter sido pega de surpresa, o fazendo sorrir. Apoiei minhas mãos em seu peito, seus braços agora estavam ao redor do meu quadril, me mantendo parada no lugar enquanto sorria preguiçosamente para mim. Me abaixei, dando pequenos selinhos em seu rosto, o fazendo suspirar.
— Bom dia.
— Agora sim, bom dia — murmurou — Como foi a sua missão?
Fiz uma careta e me inclinei na direção da mesinha enquanto Bill se sentava, ainda comigo em seu colo. Peguei cuidadosamente as duas xícaras e entreguei a com café para ele, beberiquei a minha com chá de frutas vermelhas, o meu favorito.
Bill arqueou a sobrancelha.
— Foi pegar café?
— Monstro trouxe.
Ele me encarou realmente surpreso.
— Conseguiu fazer Monstro buscar café para mim? E não tem veneno aqui?
Revirei os olhos com seu drama.
— Ele não é tão ruim.
Tomei um longo gole do chá, sentindo o líquido esquentar meu corpo e relaxar, era uma boa forma de começar o dia.
— Eu acho que passar os últimos anos, preso e sozinho, nessa casa, não deve ter sido lá a melhor coisa do mundo — Bill explicou lentamente — E eu acho que ele realmente acreditava fielmente em tudo que a sua avó falava, então...
— Walburga Black era uma mulher terrível, mas ela não foi tão ruim comigo quanto foi com Sirius, se quer saber.
Apoiei a cabeça em seu ombro, curtindo nossa pequena bolha de paz, ao menos, até a porta ser aberta bruscamente e eu quase virar o resto do meu precioso chá nas cobertas de seda francesa, que custavam uma enorme fortuna e eram as minhas favoritas.
Lancei um olhar mortal para Charlie, que bufou.
— Não me olha assim — ele resmungou — Vim avisar vocês que vai ter reunião da ordem enquanto as crianças estão dormindo. Olho-Tonto e os Tonks estão lá embaixo, o diretor Dumbledore está chegando com a Minerva.
Bill sorriu.
— Bom dia, Charlie.
— Você ganhou café na cama? Isso é tão injusto...
Charlie foi embora enquanto resmungava, me fazendo tossir para disfarçar uma risada com o seu drama.
Olhei desanimada para Bill, que beijou minha testa.
— Hora de levantar.
— Eu odeio essas palavras.
Ele sorriu malicioso enquanto eu me levantava, caminhando diretamente para o closet, para ninguém notar que eu havia tirado minhas coisas da Mansão Malfoy, acabei comprando tudo novo para colocar no closet daqui. Roupas muito mais confortáveis e discretas do que aquelas que Narcisa sempre me convencia a comprar.
— Sabe, você é uma garotinha mimada.
Lancei um olhar incrédulo para ele.
— Como é?
Bill riu, também se levantando da cama. Ele estava usando apenas uma calça moletom que estava caída em seu quadril, me dando a visão de boa parte da sua linha v.
— Você é mimada, Vega — ele disse lentamente, divertido — Só que disfarça isso melhor do que o seu primo.
Revirei os olhos, terminando de beber meu chá.
— Meu avô tentava suprir a falta que meus pais faziam me dando dias inteirinhos de compras onde eu poderia comprar o que quisesse. Então se eu sou mimada, a culpa é inteirinha dele.
Ele se aproximou e me abraçou por trás, beijando meu ombro.
— Você é a sua própria pessoa, Vega — sussurrou — Lembre-se disso.
— Já pensou em trabalhar em apoio motivacional?
O ruivo gargalhou enquanto se afastava, colocando sua xícara vazia de café na mesinha e pegando uma das suas camisetas que se encontrava no meu closet. Ele vestiu a camiseta rapidamente.
— Engraçadinha.
Entro para dentro do closet enquanto Bill usava o banheiro, pego um par de jeans preto e uma camiseta com a logo de alguma banda de rock trouxa, eu me obriguei a comprar aquilo depois de comprar tantas do tipo para Sirius, que me agradeceu profundamente pelas roupas novas e no seu estilo.
Prendi meu cabelo e calcei minhas botas de salto de cano baixo, espero Bill sair do banheiro e logo vou, fazer minha higiene antes de descer para a reunião.
— Não vai ser estranho estarmos descendo na mesma hora?
Bill me lançou um olhar incrédulo.
— Você está me dizendo que conhece o próprio você-sabe-quem, lida com Comensais todo o dia, mas tem medo justamente da minha mãe?
— Sim.
Ele sufocou uma risada.
— Ela não sabe metade de arte das trevas que eles.
Reviro os olhos, sentindo meu rosto esquentar.
— Mas ela é mãe e me olha como se eu fosse de levar para o mal caminho! — resmunguei — Sério, você já viu o jeito que ela me olha?
O ruivo jogou o braço pelos meus ombros e beijou minha testa.
— Você é muito dramática.
— Não é drama...
— Olá, casal — Charlie cantarolou descendo as escadas atrás de nós — Sobre o que estão falando?
Bufei baixinho enquanto Bill se virava para o irmão.
— Vega tem mais medo da nossa mãe do que de todos os Comensais que ela conhece.
Charlie gargalhou.
— Tudo isso é medo da sogrinha?
— Tecnicamente nós não estamos namorando — murmurei — Então ela não é minha sogra.
Bill me encarou.
— Você quer um pedido de namoro então?
Sinto meu rosto esquentar ainda mais, quase tropeçando em um dos velhos degraus da escadaria.
— Quer dizer... Não foi uma indireta, é só que...
Charlie bateu solidariamente no ombro do irmão mais velho, parecendo realmente se divertir com a situação.
— Foi totalmente uma indireta, maninho.
— Eu...!
Acabo desistindo ao ouvir algo se quebrando, nós três trocamos um olhar e aceleramos. Ao chegar na sala, percebi que havia sido a Nymphadora que havia tropeçado em um dos antigos vasos chineses de Walburga Black.
O vaso agora estava em pedaços.
— Tudo bem, a gente nem gostava desse vaso mesmo — digo tranquilamente, usando as sombras para juntar os pedaços num canto — Na verdade, Sirius e eu estamos discutindo sobre uma nova decoração para a casa, vovó não tinha lá o melhor gosto, sabe...
A garota de cabelos rosa forte corou, parecendo envergonhada.
— Me perdoa! É sério, foi sem querer e...
— Sem problemas — digo me aproximando dela e estendendo a mão — É bom rever você, Dora.
Nymphadora sorriu e me puxou para um abraço apertado que quase nos derrubou no chão, arregalei os olhos enquanto tentava manter o equilíbrio e impedir nossa queda enquanto retribuia o abraço.
Ah, lufanos...
Me afastei minimamente, sorrindo.
— Uau, você está incrível! — diz animada — Eu fiquei tão feliz quando Bill falou que você também estava na Ordem e...
— E eu fiquei animada quando descobri que iriam te convidar, qual é, precisamos da minha auror favorita.
Dora deu um passo para trás e eu olhei para a outra mulher que estava ali.
Não havia uma única foto sequer de Andrômeda na Mansão Malfoy, a madrinha havia excluído completamente a irmã da sua vida, quase como se ela nunca houvesse existido, era algo comum quando a pessoa era deserdada da nossa família, infelizmente. Entretanto, havia diversas fotos de Bellatrix espalhadas pelos corredores, e agora ali olhando para Andrômeda, a semelhança entre as duas mulheres era assustadora.
Porém a mulher à minha frente tinha uma expressão muito mais suave do que eu já vira em todas as fotografias de Bellatrix.
— Uau... Não quero lhe ofender, mas você é...
— Ridiculamente parecida com minha irmã mais velha? — Andrômeda perguntou, divertida — Você não é a primeira pessoa a ficar surpresa, querida.
Concordo lentamente, ainda tentando digerir as semelhanças.
— Fico feliz por enfim poder lhe conhecer pessoalmente, tia Andrômeda.
A mulher sorriu e assim como a filha, me puxou para um abraço apertado, dessa vez, não fiquei surpresa e apenas retribui prontamente.
— Você está enorme! A última vez que lhe vi, parecia uma bonequinha com todos aqueles vestidos e laços que sua mãe vestia em você — sussurrou carinhosamente — Queria poder ter lhe visto antes, mas Narcisa nunca iria permitir algo assim... A única forma de ter entrado em contato que achei, foram as cartas.
Andrômeda tinha um abraço que gritava carinho maternal, me senti extremamente amada por aquela mulher.
— Minha mãe realmente tinha um sério problema com todos aqueles vestidos, eles eram péssimos para brincar, eu os odiava.
Ela gargalhou ao se afastar.
— Vou te contar um segredo: eu também odiava os vestidos que a minha mãe me obrigava a vestir. Eram sempre tão cheios de babados e pinicava tanto! Druella ficava furiosa comigo quando os destruía sem querer.
Bill parou ao meu lado, estendendo a mão para a mulher.
— Fico feliz que tenham decidido se juntar a nós, Andrômeda.
— Nunca fugi de uma luta, William — comentou divertida, o cumprimentando — Não irei começar agora, ainda mais depois que convenceram minha filha a participar disso.
Charlie seguiu para a cozinha junto de Nymphadora, os dois iniciaram um assunto animado. Pelo o que eu me lembrava dos meus primeiros anos em Hogwarts, os dois eram melhores amigos e aparentemente, aquilo não havia mudado após todos aqueles anos.
Andrômeda também nos acompanhou até a cozinha, imediatamente fui até Sirius e Remus, dando um beijo estalado em suas bochechas.
— Bom dia, tio Pads — murmuro carinhosa — Tio Moony!
Nymphadora engasgou.
— P-prazer, s-sou a Tonks...
Lhe lancei um olhar estranho pele nervosismo repentino, notando que seus olhos estavam em Remus, sufoquei uma risada e meus olhos encontraram o de Bill, que também parecia estar tentando segurar a risada.
Sério, Dora? O tio Moony?
Neguei silenciosamente e fui comprimentar Olho-Tonto, Arthur e Molly que também estavam por ali.
Sem conseguir resistir, acabei me servindo de mais uma xícara de chá. Lentamente as cadeiras ao redor da enorme mesa da cozinha começavam a ser ocupadas, peguei o lugar vago ao lado de Bill, que apoiou a mão na minha coxa, enquanto pegava mais uma xícara de café para si.
Adrian passou sonolento pela porta da cozinha, se jogando ao meu lado enquanto pegava uma torrada de cima da mesa.
— Bom... — ele bocejou no meio da frase — ...dia.
— É outra coisa dormir numa cama decente, não é?
Ele me encarou, coçando os olhos.
— Definitivamente.
Dumbledore, Minerva, Severus e Amós Diggory passaram pela porta. Cumprimentaram todos e tomaram seus devidos lugares, ainda havia alguns lugares vagos que pertenciam a Emmeline Vance e Arabella Fig, assim como outros membros da antiga Ordem que haviam novamente se juntado a nós.
Sirius e Severus trocaram um olhar mal humorado que me fez revirar os olhos.
— Andrômeda, fico feliz que tenha se juntado novamente. Imagino que Ted esteja trabalhando a essa hora? — Dumbledore diz tranquilamente — E Nymphadora, aurores serão realmente necessários para nós e Alastor comentou que você é boa.
Tonks sorriu divertida para Olho-Tonto.
— Eu sabia que você gostava de mim!
— Não sei do que está falando, pirralha — resmungou mal humorado.
O diretor ajeitou seus óculos de meia lua.
— Creio que os Rowller irão chegar na semana que vem — Dumbledore comentou analisando um pergaminho — Mundungus Fletcher também aceitou retornar, assim como Dédalo Diggle e Héstia Jones. Como acredito que alguns de vocês devem saber, Severus aceitou retornar para o cargo de espião assim como a Vega Black e Adrian Pucey também o aceitaram ao serem recrutados por Voldemort. Com Vege e Severus fazendo parte do círculo íntimo de Voldemort.
Sinto os olhares em mim, mas apenas foco no meu chá, fingindo não ver o olhar de horror e preocupação de Andrômeda.
— Acho que seria interessante, assim como Molly comentou ontem, irmos buscar a srta. Granger — digo lentamente — O lorde das trevas colocou alguns novatos para descobrirem a localização da garota, caso ela esteja se comunicando com Harry...
Dumbledore concordou.
— De fato, iremos o fazer ainda essa noite. Posso contar com a sua ajuda?
— Claro, diretor.
Olho-Tonto me encarou.
— Como a pirralha vai junto sem alertar os Comensais?
O diretor sorriu.
— Vega, assim como seu pai e tios, tem um extremo talento em transfiguração e por, obviamente, quebrar regras — comentou divertido — O que lhe levou a ser transformar em animaga durante seus anos em Hogwarts.
Minerva me olhou incrédula.
— Srta.Black!
Dei um sorrisinho inocente.
— É uma pena eu já ter me formado, porque acho que iria merecer pontos extras por isso.
Sirius tossiu, disfarçando uma risada ao olhar mortal que Minerva lhe enviou.
— Ok, então a pirralha vai comigo e com Lupin — Olho-Tonto resmungou — E sobre a guarda avançada do Potter, como está indo?
— Conforme o planejado, fizemos um sistema de turnos e assim, sempre há alguém vigiando Harry — Dumbledore respondeu — Mas gostaria de reforçar que cartas podem ser rastreadas e, portanto, agradeceria se não as enviassem. Molly, posso contar com você para impedir que seus filhos as enviem?
A mulher rapidamente concordou.
— Claro, diretor.
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