┊Chapter Three ➵ The weight of perfection
★ Esse é o último capítulo em que temos a presença física do Bill por enquanto, maaas, talvez nossa Vega ganhe algumas cartaaas.
☆ ALIÁS, o que acham dessa amizade aleatória que é o Cedrico, Adrian e Vega???
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Capítulo Três: O PESO DA PERFEIÇÃO
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Vega Katherine Black
Atualmente
ENCAREI COM DESÂNIMO MINHA MALA ARRUMADA EM cima da cama, haviam sido longos e torturantes dias aqueles que se seguiram após a Copa Mundial de Quadribol, um verdadeiro inferno, graças ao castigo que eu havia ganhado. Lúcio não havia ficado nem um pouco feliz por eu ter passado o jogo conversando com os Weasley e não ter seguido suas ordens, mas o pior castigo teria acontecido se ele descobrisse que o mais velho dos Weasley estava na nossa barraca, no meu quarto, mas felizmente Draco não havia dito um único a sobre o assunto.
Uso a magia para fazer minha mala flutuar, em seguida pego Perséfone, minha gatinha branca de olhos verdes que dormia tranquilamente em cima da poltrona.
Com tudo pronto, sigo para a sala onde tio Lúcio checava o relógio em seu pulso de cinco em cinco segundos, evitei seu olhar e foquei no tapete que enfeitava o chão, como uma filha obediente.
Ouço os resmungos de Draco e logo ele ficou ao meu lado, mas parou assim que a madrinha Narcisa surgiu, parando na nossa frente e nos analisando lentamente.
O sorriso carinhoso dela aqueceu meu coração profundamente.
— Estão perfeitos.
Lúcio suspirou.
— Podemos ir, querida? Não queremos que os dois se atrasem para pegar o trem.
— Sim, sim — Narcisa entrelaçou meu braço com o seu rapidamente — irei com Vega e você vai com Draco.
Mordi o lábio inferior para não rir.
— Madrinha, a senhora lembra que eu já tenho permissão para aparatar, certo?
Ela revirei os olhos.
— Bobagem! Me deixa aproveitar a última vez que irei lhe levar para o expresso — ela respirou fundo e notei seus olhos lacrimejarem — Dá para acreditar que já é o seu último ano?
Ouço um estalo, notando que Lúcio e Draco já haviam desaparecido, provavelmente desesperados para evitar o drama que viria.
— Madrinha, vai ser um ano igual a todos os outros.
— O último ano é sempre mágico, filha — retrucou — esqueça toda essa baboseira sobre perfeição e aproveite ao máximo... Sua mãe ficaria tão orgulhosa!
Sem pensar duas vezes, abraço apertado minha madrinha que retribui tão forte quanto, sua mão faz carinho em meus cabelos e eu sinto meus olhos lacrimejarem, aquela era a minha mãe de coração e eu sabia o quão sortuda era por ter tanto amor e carinho daquela mulher.
Narcisa se afastou, suspirando enquanto pegava um embrulho que estava em cima do sofá e que só agora eu havia notado.
— As garotas Black tinham uma tradição — contou baixinho, como se fosse um segredo importante — eu, sua mãe, Bellatrix e Andrômeda. Bella deu um no último ano para Andrômeda, que por sua vez deu para Adhara, sua mãe, quando chegou no meu último ano, Adhara me deu um e agora é a minha vez de lhe dar.
Pisco confusa, me perguntando como nunca havia ouvido falar daquela tal tradição, considerando todas as horas que Walburga Black ficou falando sem parar sobre tradições durante a minha infância.
— Madrinha...
Ela sorriu carinhosa e me estendeu o pacote, me sentei ansiosamente no sofá e o abri, vendo que era um álbum de fotografias vazio.
A capa era de couro de dragão preto, no final da capa havia o ano em que estávamos e o sobrenome Black, em uma letra antiga que eu via sempre nos brasões e documentos importantes da família, fiquei ainda mais surpresa ao abrir e ver que do lado de dentro, na primeira página, que consistia em uma folha grossa preta, um pouco brilhosa, havia "Vega", em branco e em cima o desenho da constelação de Lira, passei o dedo pela estrela mais brilhante da constelação, Vega.
Senti uma pequena lágrima escorrer e eu fui rápida em limpar ela, sem pensar duas vezes, puxei a madrinha para outro abraço apertado.
— Obrigado!
Narcisa deu uma risadinha baixinha.
— Espero ver isso cheio de fotos no final do ano, ouviu Vega?
— Prometo.
Ela sorriu orgulhosa e rapidamente o colocou dentro da minha mala, em seguida respirou fundo e me encarou, me estendendo o braço.
— Vamos?
Concordo e pego Perséfone no colo, a abraçando com cuidado e a madrinha segura minha mala, pego seu braço e no segundo seguinte ouço o estalo, aparatamos num beco próximo a estação.
Andamos até a mesma e eu tentava não encarar os trouxas, mesmo sabendo que a madrinha não era tão louca quanto seu marido, mas depois de todo o drama referente a Lúcio ter me visto conversando com Bill na Copa Mundial quando eu deveria estar sentada com Draco... Bom, era melhor não arriscar.
Coloco minhas coisas num carrinho, Narcisa organizou tudo com agilidade e perfeição, no minuto seguinte, após checar se havia trouxas olhando, atravessamos a parede de tijolos e eu sorri ao ver Draco parado perto da parede com Lúcio, o mais novo definitivamente não parecia contente em estar ali. Andamos até os dois e quase ouço meu primo suspirar aliviado ao me ver.
— Vocês demoraram uma eternidade!
Ajeito o distintivo de monitora chefe e sorri irônica para ele, dando uma tosse falsa.
— Cuidado com o jeito que fala com os superiores, senhor Malfoy.
Draco revirou os olhos enquanto Lúcio sorriu orgulhoso, colocando a mão em meu ombro.
— Você vai ser a melhor monitora chefe que Hogwarts já viu, querida. Mostre para todos o quão superior você é, entendeu? E não se aproxime muito daqueles sangues-ruins e muito menos, do santo Potter.
Uso todo o meu autocontrole para continuar com o rosto sem expressão.
— Claro, tio Lúcio.
O aperto em meu ombro diminuiu e eu respirei aliviada, percebo a madrinha dando um abraço apertado em Draco.
No segundo seguinte, Perséfone pulou com tudo do meu colo me fazendo bufar indignada, ela correu pela estação perseguindo um ratinho - que logo reconheci como sendo de um garoto do segundo ano da minha casa - e sem mais escolhas, corri atrás da gatinha branca.
— Perséfone!
A gata passou por entre as pernas de Adrian Pucey, o monitor chefe da Sonserina e meu melhor amigo, que imediatamente encarou o vulto branco em confusão enquanto eu passava correndo por ele.
— Desculpe, Adrian!
— Vega, precisa de ajuda?
Ignoro sua pergunta e desvio de um primeiranista perdido, paro imediatamente de correr ao ver a bola de pelos branca ronronando no colo de um garoto alto que usava uma jaqueta de couro, indignação percorre meu corpo com força, aquela criaturinha nunca deixava estranhos a pegarem no colo.
Quando meu olhar sobe um pouco mais, a indignação aumenta ao perceber que o homem em questão era Bill, ele fez carinho atrás da orelha dela e a gatinha ronronou satisfeita, me fazendo bufar incrédula.
— Perséfone! Sua pequena traidorazinha.
Os olhos ridiculamente verdes de Bill focaram em mim e logo um sorriso divertido surgiu em seus lábios.
— Traidora? Acho que ela só tem bom gosto, você pode a culpar por isso?
Reviro os olhos e me aproximo, parando em sua frente e pegando a bola de pelos brancos que chiou contrariada por sair do colo em que estava.
— Não tenho certeza se foi realmente bom gosto.
Bill arqueou a sobrancelha.
— Você não parecia pensar isso há alguns dias, senhorita Black.
— Voltamos aos sobrenomes? Ok, senhor Weasley.
Ele colocou as mãos nos bolsos do casaco e riu baixinho, parecendo se divertir.
— Animada para o último ano...?
Dou de ombros, tentando não fazer uma careta.
— Se você for fazer um discurso sobre como o último ano é especial, por favor, não faça, já tive que passar por isso com a minha madrinha.
— Eu não ia dar esse discurso — Bill rapidamente retrucou, incrédulo — Perguntei no sentido de saber como você está se sentindo. Você está bem? Como foi o resto das suas férias?
Foco em Perséfone, que não parecia muito feliz por estar em meu colo.
— Você é terrivelmente educado, Bill — resmungo — Estou bem, obrigado por perguntar, e você?
Ele sorriu.
— Estou bem também, Vega... Um pouco nostálgico por estar na estação depois de tanto tempo, mas bem.
Mordo o lábio inferior, brincando com o diamante pendurado na coleira da minha gatinha, algo que tio Lúcio havia insistindo para ela usar logo quando a ganhei no primeiro ano, mesmo que eu achasse um pouco exagerado.
— Vai voltar para o Egito em breve?
Senti o olhar intenso de Bill focado em mim, mas não levantei o olhar para conferir.
— Nos próximos dias irei voltar para o trabalho já, então sim — respondeu devagar — talvez lhe mande uma carta ou uma foto das tumbas.
Tento não sorrir que nem idiota.
— A foto poderia vir com a carta, minha madrinha me deu um álbum de fotos enorme que aparentemente tenho que preencher até o final do último ano.
Ele estendeu a mão, erguendo o dedo mindinho.
— Prometo de dedinho.
O encarei confusa.
— Como assim?
Bill me encarou surpreso e em seguida riu baixinho, dando um passo em minha direção e diminuindo consideravelmente a distância entre nós.
— É algo trouxa, meu amigo me ensinou — explicou — é uma promessa extremamente séria.
— Tipo um voto perpétuo?
Ele mordeu o lábio inferior, aparentemente tentando não rir ainda mais da minha de conhecimento do assunto, o que quase me irritou.
— Mas sem o lance da morte e o feitiço sério. É uma promessa entre pessoas próximas, quer dizer que eu irei cumprir o que estou prometendo, no caso, lhe enviar fotos junto com as cartas.
Solto um "ah" prolongado, ao entender mais sobre a tal promessa, rapidamente mudo o jeito que segurava Perséfone e estendo a mão livre para Bill, erguendo meu dedo mindinho próximo ao dele, seu sorriso divertido aumentou e num rápido movimento, ele entrelaçou nossos dedinhos.
— E eu prometo que irei responder todas as suas cartas.
— Então temos um acordo, Vega.
Eu poderia ficar o dia inteiro observando os olhos de Bill, que me lembravam a floresta que eu via ao olhar a janela do meu dormitório.
— Filho, você não vai se despedir dos seus... Oh, eu não conheço essa moça!
Sinto meu rosto esquentar e afasto meu dedinho do dele, que apenas coloca as mãos novamente nos bolsos da jaqueta, olho para o lado vendo a mulher ruiva que me encarava curiosa, logo a reconheci como sendo a senhora Weasley.
— É um prazer lhe conhecer, senhora Weasley. Sou Vega Black.
O sorriso simpático sumiu do rosto da mulher, trocado por um olhar de desgosto que, infelizmente, conhecia bem.
— A sobrinha dos Malfoy — diz lentamente, tentando disfarçar — Sua mãe é Adhara Black, não é?
Bill encara a mãe e eu uso todo o meu autocontrole para manter a expressão neutra em meu rosto, não mostrando o quão aquele desgosto e pena por causa da minha mãe ainda me afetava.
A mulher que preferiu torturar pessoas e ser presa do que cuidar da própria filha.
— Sim, senhora Weasley.
— Ah.
Mordo o lábio inferior, querendo sair logo dali.
— Vega é a monitora chefe da Corvinal, sabia? — Bill comentou apontando para o distintivo — Os Malfoy's devem ter ficado muito orgulhosos de você.
Dou um sorriso fraco e abro a boca para responder, mas a senhora Weasley fala primeiro.
— Bill também foi monitor chefe quando estudava.
Sinto uma mão pesada e gélida no meu ombro e imediatamente me encolho, sabendo que estava ferrada.
— Vega, creio que você já deveria estar no trem — Lúcio diz lentamente — Draco felizmente já levou suas coisas para lá. Seria um péssimo exemplo a monitora chefe se atrasar porque estava conversando e esqueceu dos seus horários, não é mesmo?
Foco o olhar no chão, sem ter coragem de encarar os dois ruivos à minha frente.
— O senhor tem razão, tio Lúcio, me desculpe pelo deslize.
O aperto não diminuiu no meu ombro e eu sabia que um longo castigo iria estar me esperando nas férias, assim como uma longa carta logo que chegasse em Hogwarts.
— Ótimo.
Aperto a gatinha branca em meu colo e me viro, vendo a madrinha me olhando com uma expressão que não consegui identificar.
Lentamente vou em sua direção e lhe dou um último abraço, demorou um pouco até ela retribuir, um sinal de que ela também não estava muito contente por me ver conversando com os Weasley.
— Até o natal, madrinha.
Narcisa suspirou.
— Tenho certeza que você vai preferir um baile — murmurou — me envie cartas sempre que puder, filha.
Concordo e dou uma última olhada para Bill, que me encarava preocupado assim como sua mãe, desvio rapidamente o olhar e corro para dentro do trem, quase dando de cara com Cedrico Diggory que me encarou com um enorme sorriso animado.
O distintivo de monitor chefe também brilhava em seu peito assim como um colar que tinha um fofo pingente de texugo.
— Vega! Oi! — diz animado — Ainda temos algum tempo antes da reunião dos monitores, vamos sentar juntos num vagão? Como foi as suas férias?
Pisco surpresa e em seguida dou o meu melhor para sorrir verdadeiramente para o lufano.
— Claro, Cedrico. Minhas férias foram ótimas, e as suas?
O sorriso dele aumentou.
— Incríveis. Comprei um novo jogo muito legal, você vai adorar, oh, podemos até jogar durante a viagem.
Segui o lufano pelo corredor do trem e logo achei Draco conversando com Pansy, ele sorriu para mim e apontou para uma das últimas cabines do local e eu rapidamente concordei, empurrando Cedrico naquela direção.
Ouço um resmungo e olho para o lado, vendo que Adrian Pucey havia surgido com uma expressão desanimada enquanto olhava tudo ao redor.
— Vejo que encontrou a bola de pelos.
Reviro os olhos e seguro minha gatinha mais firme, para ter certeza que ela não iria fugir novamente.
— Oi, Adrian.
Ele passou o braço pelos meus ombros, bufo baixinho e cutuco suas costelas, mas ele ignora.
— Adrian, vai querer sentar com a gente?
O sonserino sorri simpaticamente para Cedrico.
— Obrigado pelo convite, já que Vega é mal educada demais para me convidar.
— Como se você precisasse de convite para alguma coisa, é um folgado.
Adrian revirou os olhos dramaticamente.
— Vega, você magoou meu coração, sabia?
— Desde quando você tem um coração, Pucey?
Cedrico gargalhou, chamando a nossa atenção.
— Vocês dois são muito engraçados juntos — diz ao entrar na cabine — vai ser uma viagem divertida.
Me jogo na poltrona ao lado da janela e sorri satisfeita ao ver minhas coisas, Perséfone pula do meu colo e vai até o outro extremo do banco, onde sua almofada azul se encontrava, no segundo seguinte, ela já está cochilando.
Adrian se sentou ao meu lado e Cedrico na minha frente.
— Como está seu namorado? Vi vocês dois conversando na plataforma — o lufano perguntou curioso.
O sonserino me encarou incrédulo.
— Vega Katherine Black! Como você ousa namorar com alguém e contar apenas para o lufano ao invés de ir correndo me dizer?
Reviro os olhos novamente, focando minha atenção no sonserino.
— Eu não estou namorando, seu idiota — resmungo cansada — e Ced, somos apenas amigos.
O lufano concordou lentamente.
— Seu nome do meio é Katherine?
— Isso realmente foi a única coisa que chamou a sua atenção? — pergunto divertida — Meu primeiro nome é Vega, por causa da tradição dos Black, então meu pai escolheu Katherine como meu segundo nome, como sua avó.
Adrian sorriu inocentemente.
— Ela odeia que a chamem de Katherine, não é, Katherine?
Respiro fundo e no segundo seguinte, soco o braço do sonserino com força, o que apenas faz seu sorriso aumentar.
— Eu odeio você — resmungo.
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