┊Chapter Nineteen ➵ True friends
★ Esse capítulo é aquele capítulo chato que é necessário por causa do próximo, que aliás... VAI DAR ÍNICIO A TERCEIRA TAREFA, ou seja, teremos nosso lindo Bill Weasley!
☆ Sim, a relação da Vega com o Lúcio é horrível, vai piorar no próximo livro.
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Capítulo Dezenove: AMIGOS DE VERDADE
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Vega Katherine Black
Atualmente
RESPIREI FUNDO, TENTANDO NÃO DEIXAR cair nenhum livro da enorme pilha que eu segurava ou os que havia enfeitiçado para flutuarem atrás de mim. Parei na frente da entrada da sala comunal da Lufa-Lufa, encarando um grupo de lufanos parados no corredor, que me olhavam confusos.
— Será que um de vocês pode fazer o favor de abrir isso aqui?
Um deles franziu a testa.
— Mas alunos de outras casas não...
— Eu estou tentando evitar que o campeão de vocês morra na terceira tarefa, então se vocês fizerem o favor me ajudar...
Eles arregalaram os olhos e rapidamente a única garota do grupo foi até os barris, batendo na sequência correta da música que fazia a passagem abrir. Francamente, eu nunca conseguiria decorar aquele negócio.
— Obrigadinho.
Entrei rapidamente, os livros que flutuavam atrás de mim quase baterem nos outros garotos do grupo, mas felizmente os lufanos conseguiram desviar.
A sala comunal da Lufa-Lufa era exatamente o que eu esperava: fofa.
Havia mais sol do que eu imaginei e mais plantas que todas as estudas da professora de herbologia juntas, o lugar parecia incrivelmente confortável de definitivamente eu iria adorar sentar em uma daquelas poltronas para ler um livro durante a tarde.
— Vega?
Sorri para Cedrico e Adrian que estavam sentados em um dos sofás, inclinei a cabeça e todos os livros que flutuavam atrás de mim foram diretamente para a pequena mesa na frente dos dois, se empilhando magicamente em duas pilhas e pousando na mesinha.
Coloquei os livros que eu carregava em outra pilha e suspirei aliviada ao enfim não sentir mais aquele peso nos meus braços.
— Então, como a terceira tarefa está chegando e provavelmente vai ser algo muito estúpido e perigoso, tomei a liberdade de conseguir os melhores livros de azarações que havia na biblioteca e também pedi para o Monstro, o elfo doméstico da minha família, pegar alguns livros da biblioteca pessoal da família Black.
Adrian arregalou os olhos.
— Metade do que tem nos livros da sua família provavelmente é arte das trevas.
Revirei os olhos com aquilo.
— Queridinho, você deveria parar com esse preconceito com arte das trevas, nem tudo aqui é sobre crueldade e tortura, sabia?
— Nem tudo?
O tom nervoso de Cedrico quase me fez sorrir.
— Tem muitas azarações nesses livros que foram criadas pela minha mãe e pelo meu padrinho, e são ótimas azarações. Aqui contém séculos de criações e sabedoria da minha família.
Cedrico e Adrian trocaram um olhar.
— Tem certeza que isso é uma boa ideia? — o sonserino perguntou.
Dei de ombros, pegando um dos livros que Monstro havia deixado no meu dormitório, mais cedo.
— Vocês sempre se perguntam de onde eu tiro todos aqueles feitiços incríveis... Bom, aqui está a resposta.
Adrian fez uma careta.
— Você ganhou.
— Obrigado.
Cedrico pegou um dos livros com cuidado, como se estivesse com medo que o mesmo acabasse explodindo em suas mãos.
— Aliás, descobri qual vai ser a última tarefa.
Sentei ao lado de Adrian, olhando curiosa para o lufano.
— E o que vai ser?
— Um labirinto, que por acaso vai conter algumas criaturas escolhidas pelo Hagrid.
O meu corpo gelou com aquela informação. Todos em Hogwarts sabiam que o professor de Trato de Criaturas Mágicas tinha um sério problema em achar criaturas extremamente perigosas, fofas.
— Estamos definitivamente apelando para o conhecimento da minha família.
Começo a folhear o livro que estava em minhas mãos, procurando algo que não fosse tão "arte das trevas", mas que tivesse um efeito decente para salvar a vida de Cedrico.
— Onde está a Silena?
— Não é óbvio? — resmunguei sem encarar Adrian — Ela está ajudando Fleur. As duas estão treinando azarações no nosso dormitório.
Cedrico ofegou, arregalando os olhos enquanto olhava para uma das páginas do livro que estava segurando.
— VEGA, PORQUE AQUI TEM UM FEITIÇO PARA QUEIMAR ALGUÉM VIVO?
Fiz uma careta, ignorando o olhar horrorizado no rosto dos dois.
— Ah, esse aí é da minha vó...
— Minha avó faz biscoitos com gotas de chocolate para mim, a tua escreve feitiços para queimar pessoas vivas — Cedrico murmurou preocupado — Ok, vou falar com meus pais, estamos adotando você.
Adrian riu baixinho.
— Por que você acha que a Vega tem o lado psicopata?
Cedrico empurrou o sonserino e sentou ao meu lado no sofá, me abraçando forte como se eu fosse uma criança que precisava ser protegida.
— Shhh, está tudo, eu vou cuidar de você.
— Hã, Ced...
— Família nem sempre é sangue, Vega.
Olho para Adrian, pedindo socorro antes que Cedrico começasse a chorar, imaginando tudo o que eu poderia ter passado, mas provavelmente mil vezes mais dramático do que na realidade.
— ABRAÇO EM GRUPO!
Bufei baixinho quando o sonserino pulou em cima da gente.
Não era isso que eu queria dizer quando estava pedindo socorro, seu idiota, penso cansada, quase ser ar pela força que os dois me abraçavam.
— Eu sei que vocês me amam e tudo mais, mas realmente preciso respirar.
Muito lentamente os dois se afastaram, me olhando com expressões de cachorrinhos abandonados que quase me fizeram sentir pena.
— Momento legal, porém precisamos achar azarações que mantenham o Ced vivo, lembram?
Adrian se acomodou no sofá, apoiando os pés na mesinha de centro enquanto sorria tranquilamente para nós, como se não houvesse nenhum motivo para temer. Peguei a almofada mais próxima de mim e joguei nele, batendo diretamente no seu rosto.
— Ouch, Vega!
— Procura mais e fale menos, certo?
Cedrico riu enquanto voltava a olhar o livro, foquei no meu, ignorando todas as páginas que tinham azarações cruéis demais.
Talvez minha família fosse um pouco insana mesmo.
— Eu estava pensando...
— Ao menos você consegue pensar, estou orgulhosa.
Adrian me lançou um olhar mortal.
— Uau, você é tão engraçadinha, Katherine.
— Não me chame de Katherine!
O lufano entre nós dois suspirou tragicamente, escondendo o rosto atrás do livro que estava analisando.
— Vocês não eram assim quando namoravam.
Franzi a testa, olhando diretamente para Cedrico, um tanto confusa.
— Como você sabe?
Cedrico corou.
— Eu ficava observando vocês, porque tipo, vocês pareciam ter um relacionamento perfeito, sabe?
Adrian revirou os olhos.
— Só era "perfeito" porque não estávamos realmente apaixonados um pelo outro, nosso relacionamento era baseado em implicâncias e aparências. Meus pais adoravam aquilo e os Malfoy também. No final do dia, a gente era mais como melhores amigos do que namorados.
Rapidamente concordei com ele.
— Verdade. Lúcio tinha medo que eu fosse como minha mãe e decidisse gostar de um traidor de sangue, os pais de Adrian viram ele conversando com uma nascida trouxa e ficaram furiosos...
—... Então começamos a namorar — o sonserino explicou — Sem grande história de amor.
Cedrico nos encarou surpreso.
— Eu... Uau, nunca havia imaginado isso. As famílias de vocês são loucas — resmungou incrédulo — Vega, o que os Malfoy vão fazer se descobrirem que você está afim do Weasley? Eles são traidores de sangue, não são?
Me encolhi no sofá, desviando o olhar de qualquer um dos dois.
— Talvez a gente devesse focar nos feitiços.
— Vega, o que eles vão fazer?
Pelo canto do olho, vi Adrian se mexer desconfortável no sofá, também evitando o olhar do lufano.
A grande verdade era que eu não queria pensar no que eles fariam... No que Lúcio faria. Quando ele descobriu que estava de conversinha com Bill e os Weasley na Copa Mundial de Quadribol, ao voltarmos para a mansão, ele simplesmente surtou de um jeito que eu nunca havia imaginado.
Não foi divertido.
O problema era que eu sou tão teimosa quanto meus pais eram e mesmo após aquilo, continuei o ano inteiro trocando cartas com Bill e me permitindo criar sentimentos que não deveriam existir.
— Vega...
Forcei um sorriso para Cedrico, que me encarava preocupado.
— Provavelmente vão me queimar da tapeçaria da família — murmurei — como o Sirius e alguns parentes que não viveram de acordo. Relaxa, é só uma tapeçaria idiota e velha.
Adrian me encarou com pena.
— Apostos que os parentes legais foram queimados — brincou, tentando aliviar o clima pesado.
— Todos os bons, sim.
Quando voltei para o dormitório, muitas horas depois de treinar mais azarações do que gostaria e quase destruir o salão comunal da Lufa-Lufa diversas vezes, a carta de James Potter ainda estava exatamente onde eu havia deixado, zombando baixinho pela minha falta de coragem para abrir.
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