┊Chapter Nine ➵ The goblet of fire
★ Aqui mais um capitulo que tem meu coração e se vocês comentarem MUITO, até semana que vem saí mais um...
☆ Quais as teorias até agora?
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Capítulo Nove: O CÁLICE DE FOGO
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Vega Katherine Black
Atualmente
DURMSTRANG HAVIA SE JUNTADO A MESA DA SONSERINA, a maioria dos alunos não sabia disfarçar os olhares impressionados para Viktor Krum, que parecia extremamente desajeitado quando não estava em cima de uma vassoura.
Ele não era tudo isso.
Os alunos franceses estavam começando a me irritar profundamente com seus olhares superiores, principalmente Fleur Delacour, que parecia zombar de tudo ao seu redor com aqueles olhos azuis cristalinos e falsa expressão angelical. Resmungando sobre como sua escola era muito mais superior e linda do que Hogwarts jamais seria capaz de ser.
Silena era a única que se salvava.
Passamos o jantar inteiro conversando e rindo baixinho, lembrando de coisas constrangedoras de quando éramos crianças.
Karkaroff, o diretor de Durmstrang, estava sentado ao lado de Dumbledore e conversava animadamente com o nosso diretor enquanto Snape e Moody o encaravam com expressões similares de nojo sem nem ao menos tentarem disfarçar.
Algo que passaria despercebido se eu não soubesse que Karkaroff havia sido um comensal no passado.
Depois que os pratos de ouro foram limpos, Dumbledore se levantou mais uma vez.
— Chegou o momento — disse Dumbledore, sorrindo para o mar de rostos erguidos. — O Torneio Tribruxo vai começar. Eu gostaria de dizer algumas palavras de explicação antes de mandar trazer o escrínio... apenas para esclarecer as regras que vigorarão este ano. Mas, primeiramente, gostaria de apresentar àqueles que ainda não os conhecem o Sr. Bartolomeu Crouch, Chefe do Departamento de Cooperação Internacional em Magia — houve vagos e educados aplausos — e o Sr. Ludo Bagman, Chefe do Departamento de Jogos e Esportes Mágicos.
Houve uma rodada mais ruidosa de aplausos para Bagman do que para Crouch, talvez por sua fama de batedor ou simplesmente porque ele parecia muito mais simpático. Ele agradeceu com um aceno jovial. Bartolomeu Crouch não sorriu nem acenou quando seu nome foi anunciado.
— Nos últimos meses, o Sr. Bagman e o Sr. Crouch trabalharam incansavelmente na organização do Torneio Tribruxo — continuou Dumbledore — e se juntarão a mim, ao Prof. Karkaroff e à Madame Maxime na banca que julgará os esforços dos campeões.
À menção da palavra "campeões", a atenção dos estudantes que ouviam pareceu se aguçar, troquei um rápido olhar com Adrian e Cedrico.
Talvez Dumbledore tivesse notado essa repentina imobilidade, porque ele sorriu e disse:
— O escrínio, então, por favor, Sr. Filch.
Filch, que andara rondando despercebido um extremo do salão, se aproximou então de Dumbledore, trazendo uma arca de madeira, incrustada de pedras preciosas que imediatamente despertou minha curiosidade.
Tinha uma aparência extremamente antiga.
Um murmúrio de interesse se elevou das mesas dos alunos; Silena se agitou ao meu lado, ansiosa.
— As instruções para as tarefas que os campeões deverão enfrentar este ano já foram examinadas pelos Srs. Crouch e Bagman — disse Dumbledore, enquanto Filch depositava a arca cuidadosamente na mesa à frente do diretor — e eles tomaram as providências necessárias para cada desafio. Haverá três tarefas, espaçadas durante o ano letivo, que servirão para testar os campeões de diferentes maneiras... sua perícia em magia, sua coragem, seus poderes de dedução e, naturalmente, sua capacidade de enfrentar o perigo.
A esta última palavra, o salão mergulhou num silêncio tão absoluto que ninguém parecia estar respirando.
Revirei os olhos, eu conseguiria facilmente.
— Como todos sabem, três campeões competem no torneio — continuou Dumbledore calmamente — um de cada escola. Eles receberão notas por seu desempenho em cada uma das tarefas do torneio e aquele que tiver obtido o maior resultado no final da terceira tarefa ganhará a Taça Tribruxo. Os campeões serão escolhidos por um juiz imparcial... o Cálice de Fogo.
Dumbledore puxou então sua varinha e deu três pancadas leves na tampa do escrínio. A tampa se abriu lentamente com um rangido. O bruxo enfiou a mão nele e tirou um grande cálice de madeira toscamente talhado. Teria sido considerado totalmente comum se não estivesse cheio até a borda com chamas branco-azuladas, que davam a impressão de dançar.
O diretor Dumbledore fechou o escrínio e pousou cuidadosamente o cálice sobre a tampa, onde seria visível a todos no salão.
— Quem quiser se candidatar a campeão deve escrever seu nome e escola claramente em um pedaço de pergaminho e depositá-lo no cálice — disse Dumbledore. — Os candidatos terão vinte e quatro horas para apresentar seus nomes. Amanhã à noite, Festa das Bruxas, o cálice devolverá o nome dos três que ele julgou mais dignos de representar suas escolas. O cálice será colocado no saguão de entrada hoje à noite, onde estará perfeitamente acessível a todos que queiram competir. Para garantir que nenhum aluno menor de idade ceda à competir, traçarei uma linha etária em volta do Cálice de Fogo depois que ele for colocado no saguão. Ninguém com menos de dezessete anos conseguirá atravessar a linha.
Silena agarrou minha mão embaixo da mesa, ansiosa.
— E, finalmente, gostaria de incutir nos que querem competir, que ninguém deve se inscrever neste torneio levianamente. Uma vez escolhido pelo Cálice de Fogo, o campeão ficará obrigado a prosseguir até o final do torneio. Colocar o nome no cálice é um ato contratual mágico. Não pode haver mudança de ideia, uma vez que a pessoa se torne campeã. Portanto, procurem se certificar de que estão preparados de corpo e alma para competir, antes de depositar seu nome no cálice. Agora, acho que já está na hora de irmos nos deitar. Boa-noite a todos.
Levantei da mesa junto com os outros alunos, a francesa ao meu lado estava terrivelmente ansiosa.
— Esse torneio vai ser incrível, vai se inscrever?
Cedrico surgiu ao meu lado, passando o braço pelos meus ombros enquanto Adrian fazia o mesmo com Silena, sorrindo galanteador.
— Ainda não fomos apresentados, minha musa, sou Adrian Pucey, melhor amigo da Vega.
— Meu amigo mais idiota — corrigi, zombando — o posto de melhor amigo é totalmente do meu lufano favorito aqui.
Cedrico gargalhou enquanto Silena sorria divertida da expressão mal humorada de Pucey ao ouvir minha fala, o que me divertiu profundamente.
— Sou Silena Roux, prima da Vega.
Adrian bufou.
— Como você pode ter deixado essa joia rara escondida de mim?
Para minha total diversão, Silena deu uma cotovelada no estômago de Adrian, que perdeu o ar.
— Definitivamente vocês são primas — Cedrico murmurou.
— Nós três iremos nos inscrever, Lena.
Silena assentiu, animada.
— Também irei, que tal irmos nos inscrever juntos amanhã?
— Ótima ideia, lindinha.
— Eu lhe mandaria calar a boca, mas estou adorando ver você se humilhar.
Adrian me encarou magoado.
— Porque você me odeia, Katherine?
— Você acabou de implorar para ser amaldiçoado!
Cedrico beijou minha bochecha, me fazendo bufar. Não havia como ser má com ele da mesma forma que eu era com Adrian.
— Ok, meus livros monstros favoritos, não briguem.
— Uma linha etária! — exclamou Fred Weasley.
Dou uma olhadinha para trás, notando o grupinho da Grifinória.
— Bom, isso deve ser contornável com uma Poção para Envelhecer, não? E depois que o nome estiver no cálice, a gente vai ficar rindo, ele não vai saber dizer se você tem ou não dezessete anos!
Adrian zombou baixinho.
— Eles são loucos.
Estava difícil sair do Salão com a quantidade assustadora de alunos que havia.
Karkaroff conduziu os alunos para fora, chegando à porta no mesmo momento que Harry, Rony e Hermione. Harry parou para deixá-lo passar primeiro, chamando minha atenção.
— Obrigado — disse Karkaroff, olhando distraído para o garoto.
E então o bruxo estacou. Tornou a virar a cabeça para Harry e encarou-o como se não pudesse acreditar no que via. Atrás do diretor, os alunos de Durmstrang pararam também. Os olhos de Karkaroff percorreram lentamente o rosto de Harry e se detiveram na cicatriz.
Os alunos de Durmstrang miraram Harry cheios de curiosidade, também.
Tomei a frente, segurando o ombro de Harry e o movendo delicadamente para trás de mim, ignorando seu olhar surpreso.
O olhar de Karkaroff então pousou em mim, o fazendo dar um passo para trás.
— É, é o Harry Potter, sim — disse alguém com um rosnado.
O Prof. Karkaroff virou-se completamente. Olho-Tonto Moody se achava parado ali, apoiado pesadamente na bengala, o olho mágico encarando sem piscar o diretor de Durmstrang. A cor se esvaiu do rosto de Karkaroff enquanto eu observava a cena. Uma expressão terrível, em que se misturavam a fúria e o medo, perpassou o rosto do homem, o que me agradou.
— Você! — exclamou ele, encarando Moody como se duvidasse de que realmente o via.
— Eu — disse Moody sério — E a não ser que tenha alguma coisa a dizer a Potter, Karkaroff, você talvez queira continuar andando. Está bloqueando a porta.
Era verdade; metade dos estudantes no salão aguardava atrás deles, espiando por cima dos ombros uns dos outros para ver o que estava causando o engarrafamento.
Sem dizer mais uma palavra, o Prof. Karkaroff arrebanhou seus alunos e saiu. Moody observou-o desaparecer de vista, seu olho mágico fixando as costas do bruxo, uma expressão de intenso desagrado em seu rosto mutilado.
Puxei o grifinório para o corredor, meus amigos nos seguindo, confusos.
Karkaroff ainda ousou me lançar um último olhar, me fazendo o encarar friamente enquanto me virava para o grupinho de grifinórios.
— Fiquem longe de Karkaroff — digo séria, olhando para os três que adoravam se meter em problemas — Entenderam?
Harry me encarou confuso.
— Ele tem medo do professor Moody.
Reviro os olhos.
— Porque Moody o prendeu, Karkaroff era um comensal — sussurro para que só eles escutassem — ou seja, nada de bom vem dele. Fiquem longe e se ele se aproximar, me conte.
— Eu...
— Me prometa.
Hermione me lançava um olhar estranho enquanto Ron tinha os olhos arregalados.
— Prometo.
Suspirei aliviada e balancei seus cabelos.
— Tome cuidado, Harry, não tenho uma boa sensação.
Lancei um último olhar para eles antes de ir embora, Cedrico tinha um olhar surpreso no rosto, diferente de Silena e Adrian.
— O diretor de Durmstrang...
— Sim — Adrian resmungou — ele entregou uma galera para diminuir a pena, todos que considerava amigos.
— Muitas pessoas o odeiam.
O lufano fez uma careta.
— Como um cara desses pode ser diretor?!
— Durmstrang é diferente daqui, a escola é uma apreciadora de Arte das Trevas, então ser um ex comensal não deve realmente importar — resmungo dando de ombros — Lúcio queria mandar Draco para lá, mas a madrinha não deixou.
Adrian revirou os olhos.
— Como se o seu primo fosse conseguir sobreviver uma semana lá.
— Nunca se sabe, não é?
O DIA SEGUINTE ERA sábado, mas também, o pior dia do ano para mim.
O dia das bruxas.
Também conhecido como o dia que meu pai morreu.
Todo o ano eu passava o dia inteiro trancado no quarto, ignorando tudo e todos enquanto me deprimia com as saudades que sentia dele. As memórias sempre pareciam voltar com força naquele dia infeliz.
Porém naquele ano, levantei da cama e me arrumei com Silena, que havia se tornado minha nova companheira de quarto, assim como a não tão simpática Fleur Delacour.
Normalmente a maioria dos estudantes teria tomado o café da manhã mais tarde no sábado, porém, não fomos as únicas a nos levantarmos mais cedo naquele dia em questão, todos pareciam ter tido a mesma ideia.
Quando descemos para o saguão, vimos umas vinte pessoas andando por ali, alguns comendo torrada, todos examinando o Cálice de Fogo. A peça fora colocada no centro do saguão sobre o banquinho que era usado para o Chapéu Seletor. Uma fina linha dourada fora traçada no chão, formando um círculo de uns três metros de raio.
Cedrico e Adrian me esperavam ansiosamente com pergaminhos onde seus nomes e escolas estavam inscritos, a minha estava em meu bolso.
— Bom dia.
Os dois sorriram, notei Fleur indo para perto de suas amigas.
— Vamos colocar nossos nomes?
Silena foi a primeira a concordar, sem conseguir esconder sua animação, em seguida fez um biquinho emburrado.
— Madame Maxime quer que a escola se inscreva juntos, mas estarei aqui torcendo por vocês.
Juntos, atravessamos a linha dourada sob os olhares atentos dos outros alunos. Adrian foi o primeiro a colocar seu nome no cálice, as chamas se tornaram altas e vermelhas, sua inscrição havia sido aceita.
Cedrico foi o próximo e por último eu, um arrepio gélido atravessou meu corpo no momento em que o cálice aceitou.
Voltamos para junto de Silena, minha atenção desviada para os gêmeos que surgiam junto com seu melhor amigo, Lino Jordan, um garoto simpático e engraçado da Grifinória que estava sempre com eles e também narrava os jogos de Quadribol.
Observei, incrédula, quando Fred tirou do bolso um pedaço de pergaminho com as palavras "Fred Weasley – Hogwarts". O garoto foi direto à linha e parou ali, balançando-se nas pontas dos pés como um mergulhador se preparando para um salto de quinze metros. Depois, acompanhado pelo olhar de todos que estavam no saguão, ele respirou fundo e atravessou a linha.
Por uma fração de segundo, eu achei que a coisa dera certo – George certamente pensara o mesmo, porque soltou um berro de triunfo e correu atrás de Fred –, mas no momento seguinte, ouviram um chiado forte e os gêmeos foram arremessados para fora do círculo dourado, como bolas de golfe. Eles aterrissaram dolorosamente, a dez metros de distância no frio chão de pedra e, para piorar a situação, ouviram um forte estalo e brotaram nos dois longas barbas brancas e idênticas.
Bill iria adorar saber disso, pensei enquanto as risadas escapavam com tudo de mim.
O saguão de entrada ecoou de risadas. Até Fred e Jorge se riram depois de se levantarem e dar uma boa olhada nas barbas um do outro.
— Eu avisei a vocês — disse uma voz grave e risonha, ao que todos se viraram e deram com o Prof. Dumbledore saindo do Salão Principal. Ele examinou Fred e Jorge, com os olhos cintilando. — Sugiro que os dois procurem Madame Pomfrey. Ela já está cuidando da Srta. Fawcett da Corvinal e do Sr. Summers da Lufa-Lufa, que também resolveram envelhecer um pouquinho. Embora eu deva dizer que as barbas deles não são tão bonitas quanto as suas.
Fred e Jorge seguiram para a ala hospitalar acompanhados por Lino, que rolava de rir.
Me apoiei em Adrian enquanto tentava recuperar o ar e parar de rir, mas sua risada alta apenas me fazia rir ainda mais enquanto Cedrico nos arrastava para o café da manhã.
A decoração no Salão Principal estava mudada essa manhã. Como era o Dia das Bruxas, uma nuvem de morcegos vivos esvoaçava pelo teto encantado, enquanto centenas de abóboras esculpidas riam-se em cada canto.
O café da manhã foi animado enquanto todos falavam sobre o torneio, mas na primeira oportunidade, sai. Andei rapidamente para fora do castelo e segui em direção a floresta proibida, deslizando por entre as árvores até que nenhum aluno pudesse me ver ao passar.
Depois, ao me ver completamente sozinha, tirei o colar em meu pescoço, que era um relicário antigo da família Potter em formato de coração, aquele era o bem mais precioso que eu tinha e nunca estava sem ele, não importa o que acontecesse. Preferia perder a vida do que o tirar do meu pescoço.
James Potter havia o enfeitiçado e me dado no meu aniversário de dois aninhos, sussurrando que sempre estaria ao meu lado.
Abri o pequeno coração prata e uma luz esbranquiçada saiu de dentro dele, o patrono de cervo correu ao meu redor enquanto eu desabava no chão.
Eu te amo, minha raposinha esperta.
O sussurro de James através do patrono foi o suficiente para me fazer chorar, incapaz de segurar as lágrimas.
A Ordem da Fênix usava patronos para se comunicarem durante a guerra, sabendo disso, papai trabalhou para enfeitiçar o colar, de forma que sempre que o abrisse, seu patrono saísse junto com a mensagem.
E em como todos os outros anos naquela data, eu quebrei.
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