★ Bem-vindos(as) a mais um capítulo! Consegui superar um pouco do bloqueio criativo com a fanfic e agora estou de volta.

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Capítulo Quarenta e Um: HADES

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Vega Katherine Black Potter

Atualmente

O PRIMEIRO DIA DE SETEMBRO chegou mais rápido do que eu gostaria, meu coração estava apertado ao ver Harry arrumar suas coisas para voltar a Hogwarts, só Merlin sabia o tipo de problemas que ele iria acabar se metendo naquele ano. Minha ansiedade piorava ao saber que eu não estaria lá para conseguir o proteger e ficar de olho nas coisas que ele estava aprontando.

Também não ajudava que agora o Ministério e o Profeta estão agindo como se ele fosse louco e um garoto problema.

— Sabe, eu realmente gostaria de ir até a estação com você — murmurei, ao observar ele terminar de arrumar as malas — mas não é seguro, como Alastar e os outros carinhosamente me lembraram essa manhã.

Harry me lançou um breve olhar.

— Tudo bem — respondeu, devagar — eu entendo, sério.

Fiz uma careta.

— Você não deveria ter que entender.

— Vega, você já fez eu ter o melhor verão da minha vida! — ele disse — Eu estou feliz e tenho uma família agora, me acompanhar até a estação é o de menos, juro.

Concordei devagar.

— Vou acreditar em você. Tenho um presente de despedida, no entanto.

Ele estreitou os olhos.

— Você já gastou uma fortuna comigo...

— Ainda bem que sou rica, então — retruquei — e esse não custou tanto.

Harry não pareceu acreditar muito naquilo, o que quase me fez rir. Estendi para ele um pequeno embrulho, que o garoto rapidamente pegou.

— O que é?

— Vai ter que abrir para saber.

Em um rápido movimento, Harry rasgou o papel de presente e olhou surpreso para o álbum de fotos que havia ali. Sua expressão se iluminou enquanto ele abria o álbum e começava a olhar as fotos que tinham ali.

— São fotos nossas, juntos — sussurrou — quando crianças.

Sorri para ele, o garoto olhava para o álbum como se fosse a coisa mais incrível que já havia recebido.

— E no final do álbum, tem uma foto que tirei no meu baile de formatura e algumas que foram tiradas durante o verão, para o caso de você sentir saudades.

— Vega, obrigada!

Ele me abraçou apertado, o que prontamente retribui.

O tempo passou rapidamente e quando percebi, estava praticamente sozinha na sede da ordem. A maioria estava participando da força tarefa para levar os jovens até a estação, os outros estavam trabalhando ou fazendo pequenas missões, então decidi aproveitar aquele raro momento de silêncio.

Segui para o antigo escritório de Órion Black e me joguei no sofá que havia ali, fechando os olhos por um momento.

Eu iria sentir falta daquela casa lotada, mas a pessoa que mais iria sofrer com a ausência dos jovens seria Sirius, eu sabia disso. Ter aquela casa cheia havia o ajudado a não pensar nos seus traumas vividos ali quando era uma criança ou pior, no seu tempo em Azkaban. Assim como eu, ele estava se esforçando para recuperar o tempo perdido com Harry e mostrar que poderia ser um padrinho muito legal, com quem o garoto sempre poderia contar.

Ele e Remus estavam fazendo um ótimo trabalho, na minha opnião.

Quando abri os olhos, percebi que o gato preto da mãe de Silena estava em cima da mesa, olhando na minha direção com curiosidade.

— Sabe... Tem algo muito errado com você.

O gato pareceu ficar tenso, como se estivesse se preparando para correr. Rapidamente peguei minha varinha e apontei para ele, usando aquele velho feitiço que usávamos para revelar animagos, eu não me surpreendi quando o gato começou a se transformar em um humano.

Quando o homem loiro me encarou, eu estreitei os olhos.

— E as pessoas achando que você estava morto — resmunguei — isso está se tornando mais comum do que eu gostaria.

Hades arregalou os olhos e no segundo seguinte, começou a correr, fugindo. Sem pensar muito, corri atrás dele, começando uma perseguição pelos corredores velhos da casa.

Eu sabia que estava certa.

Com um aceno de mão, as sombras surgiram aos pés dele e o homem tropeçou, caindo de cara no chão.

— Sabe, eu estou ficando cansada de pessoas que deveriam estar mortas, surgindo em forma de animago e vivendo como animais de estimação — falei, andando em sua direção — Então, você prefere fazer isso do jeito fácil ou do difícil?

Ele se virou e me encarou, ainda jogado no chão.

— Você definitivamente é filha da Adhara.

Revirei os olhos.

— É, eu ouço muito isso — resmunguei — Então, Hades Roux, que tal me explicar essa situação?

— Se você puder me soltar, prometo explicar tudo o que quiser saber.

Olhei para ele, considerando suas palavras.

— Eu poderia te soltar... Se confiasse em você, o que eu não confio — respondi — não leve para o lado pessoal, mas fingir uma morte e viver na forma de animago dificulta essa coisa de confiança, sabe?

Agarrei seu braço e o arrastei de volta para o escritório, então tranquei a porta, me virando para o homem loiro.

— Pode começar, eu não tenho tempo para enrolação.

Hades estava encurralado e sabia disso.

— Olha, não é o que você está pensando...

— Eu estou pensando que você fingiu uma morte, viveu como animago, sendo o bichinho de estimação da sua família e agora está sob o meu teto — retruquei, ácida — além dos diversos crimes pelos quais você é procurado, tenho certeza que Voldemort iria adorar saber que você está vivo.

Ele se encolheu.

— Ok, é exatamente o que você está pensando — admitiu — Silena gosta muito de mim e iria ficar bem chateada se descobrisse que você me entregou para o ministério ou para você-sabe-quem.

Eu estreitei os olhos.

— Eu acho que Silena também vai ficar chateada em saber que o gato é na verdade, o tio dela.

O homem fez uma careta.

— Ter uma resposta irritante para tudo deve ser o que herdou do seu pai, cara, eu ainda não consigo acreditar que a Adhara ficou mesmo com aquele idiota do Potter, ele não a merecia.

Respirei fundo, tentando manter a calma com ele.

— Ok, você claramente não quer me dar respostas da forma fácil, então vamos partir para a difícil. MONSTRO, prepare o porão, temos um hóspede indesejado.

Hades ficou pálido.

— Eu suponho que o porão não é um lugar confortável.

Sorri maliciosamente para ele.

— Oh, eu tenho certeza que você vai odiar o porão.