*-* Bella *-*

Olho para o céu e percebo que até o céu está cinza neste dia, tapo meus ouvidos para não ouvir mais uma discussão de meus pais. As vezes tento imaginar que um dia poderemos voltar a ser a família de antes, nós reunidos a mesa para um jantar, conversarmos alegremente. Mais isso parece cada vez mais impossível. Será que eles não percebem que isso está me matando todos os dias? Até quando vão viver assim e tentar disfarçar que se suportam por causa da sociedade e de mim? Me sinto culpada por vivermos de aparencia nos tempos de hoje.

Ouço uma batida forte da porta do quarto deles e enfim percebo que chegou ao fim mais uma briga.

Me levanto da cama e pego minha pequena bolsa, e saio do quarto. Vou andando devagar para não ser percebida por nenhum dos dois. Ouço o choro de minha mãe no quarto e paro, penso em voltar para trás e entrar para consolar ela, mais desisto, balanço a cabeça negando para mim mesma ser um erro apenas se eu mais uma vez tentar me intrometer na briga deles.

Continuo andando até chegar ao fim do corredor dos quartos, desço as escadas e vou até a porta de saída da sala. Ouço barulho de coisas se quebrando no escritório e percebo que meu pai está lá, então me apresso em sair rapidamente de casa.

Saio de casa e vou até o jardim. Me sento no meu antigo balanço, aquele que fez parte de minha infancia. Aquele que brinquei muito com meu irmão e nossos poucos amigos.

Começo a me balançar para chegar o mais alto possivel, tentando esquecer minhas tristezas e aflições.

-Oh minha querida Bella, o que se passa menina?- ouço seu Vitor chegando perto de mim.

-Oi seu Vitor. Sei lá, meus pais estavam brigando de novo.- eu falo parando de balançar.

-Logo logo as coisas se resolvem menina, não fique triste.- ele fala indo até um canteiro de rosas e cortando uma com a tesoura.

-Eu sei seu Vitor, mais estou tão cansada disso.- eu falo.

-Fique tranquila. Uma rosa não tão bela quanto você, mais com carinho.- ele fala me entregando a rosa nas mãos.

-Obrigado seu Vitor.- eu agradeço e cheiro a rosa que está tão perfumada.

-Deixe-me voltar ao trabalho menina. Até mais.- ele fala acenando e  se despedindo.

Fico novamente sozinha com meus pensamentos.

*-* Luke *-*

Entro no quarto de hospital em que minha mãezinha está internada. Ao entrar ouço o som do bip da maquina de oxigênio que a ajuda a respirar.
Me sento ao seu lado e logo a vejo abrir os olhos e olhar para mim.

-Meu filho.- ela fala com a voz ainda fraca.

-Não fale mãezinha, precisa guardar suas forças para se recuperar logo.- eu falo segurando sua mão e dando um beijo nela.

-Filho, sinto que está chegando minha hora. Preciso que faça uma coisa por mim.- ela fala.

-Não mãe, a senhora vai ficar bem. Logo estaremos em nossa casa.- eu falo tentando ter e dar esperança para ela.

-Me deixe falar filho. Eu quero que....- ela faz uma pausa e começa a tossir.- Procure o seu pai e o perdoe, diga para ele que eu o perdoo também. Eu não devia te-lo deixado para trás junto com o seu irmão.- ela fala.

-Não me peça isso mãe. Você não vai morrer, você vai ficar boa e logo estaremos juntos em casa.- eu falo triste.

-Promete para mim meu filho, por favor. Promete que vai procura-lo e perdoa-lo por tudo.- ela fala chorando.

-Está bem mãe, mais fica calma e não se esforce. Você não vai morrer entendeu?!- eu falo passando a mão em seu rosto.

Dois dias depois minha mãe acabou falecendo, deixando meu mundo um vazio enorme. Depois de enterra-la tive que tomar a decisão que eu não queria, mais que devia fazer. Arrumei minhas coisas e fui cumprir a promessa feita para ela naquele dia.

Olá, tudo bem com vocês? Minha mais nova historia, apenas uma previa para vocês, espero que gostem e que seja este mais um sucesso meu no wattpad.

Deixem seu comentario dizendo que acharam e não esqueçam do seu voto é logico. Obrigado por mais uma vez estarem aqui curtindo mais uma obra e aos primeiros leitores bem vindos, sintam-se a vontade para comentar. Obrigado pela preferencia. Beijos e até a proxima. 😘😘😘😘