*-* Bella *-*

Alguns meses depois...

O tempo passa devagar. Logo percebo que Luke viajou já fazem 7 meses. Essa espera é uma tortura. Não sei o que se passa, não sei se está bem. Nem quero pensar em algo ruim. Toda noite vivo angustiada sem ele aqui e sem ao menos imaginar que estou esperando um filho dele.

Minha barriga está bem grande agora. Demorou um pouco a aparecer na verdade, a noticia de minha gravidez pegou a todos de surpresa, mais meu pai pelo menos não me julgou. Já a minha mãe eu nem quis saber a reação dela, já sabendo que não reagiria bem.

Estou me arrumando para ver os ultimos detalhes do quarto do bebê na nossa casa nova. Lá é o unico lugar que me faz sentir que ele volta logo para nos casar e morar ali.

- Bella eu vou levar você lá na sua casa. Você não pode ficar andando por aí sozinha.- Nathe fala preocupado comigo.

- Está bem Nathe.- falo meio triste.

- Está tudo bem Bellinha?- ele fala se aproximando de mim.

- Acho que estou mais ou menos. Sei lá. Daqui a pouco meu bebê nasce e o pai dele nem aqui pode estar.- falo começando a chorar.

- Oh minha linda sei que não está sendo nada fácil todos esses meses. Mais sei que o Luke ficaria mega feliz em saber que será pai. Infelizmente as situações não permitiram ele estar com vocês agora. Mais pense que quando ele voltar vocês terão a vida toda para viver esse amor e o amor por esse bebê que chegará logo ao seus braços.- ele fala me abraçando.

- Obrigado pelas palavras Nathe. E estou pedindo para meu coração ficar mais tranquilo. Mais não consigo. É um misto de angustia, tristeza, solidão. Passar tudo isso sozinha que poderia ser com ele ao meu lado. Essa demora, essa falta de noticias.

- Fica assim não. Vamos pensar positivo viu. Daqui a pouco ele aparece aí e vai ficar radiante ao te ver carregando um filho dele. Já pensou?- ele enxuga minhas lagrimas.

- Meu medo é ele não chegar antes de ver nosso filho nascer.

- Não vamos pensar no amanhã. Calma. Vamos pensar somente positivo. Que ele chegue logo pra ver isso. E vamos viver o nosso hoje. Vamos logo lá terminar o quartinho desse meu sobrinho lindo.

- Ou sobrinha Nathe.- falo passando a mão na barriga.

- Tá bom. Ou sobrinha. Apesar de ter a intuição que é um menino.- ele ri e dá um beijo na minha barriga.- Aí, viu só. Ele concorda com o titio.- ele fala quando meu bebê dá um chute na barriga.

- Está discordando viu.- eu falo rindo.

- Unhum. Vamos logo lá resolver o quarto DELE.- ele fala lentamente o final.

- Affs. Vamos então.- falo colocando minha bolsa no ombro.

Saímos de casa e pegamos um taxi até a minha casa com Luke. Arrumamos tudinho no devido lugar. Só não deixei nada forrado pois não sei que dia estaremos morando nela.

Voltamos para casa. Já cansada de tanto andar me sento no sofá.

- Estou morta Nathe...

- Imagino que deve cansar mesmo. Olha só esses pés todo inchado.- ele fala pegando meu pé e tirando o calçado.

- Nem percebi. Nossa está bem inchado mesmo.- falo virando o pé de um lado para o outro analizando.

- Deixa seus pés elevados. Hoje você não vai mais a lugar nenhum senhorita.- Nathe fala colocando duas almofadas em cima da mesinha de centro e elevando meus pés sob ele.

- Preciso passar no consultório agora a tarde. Preciso deixar um aviso na porta falando que entrarei de licensa.

- Não seja teimosa. Você não vai. Entendeu?!

- Tá bom. Eu não vou papai.- falo rindo.

- Vou no apartamento de dona Carina pedir para ela ficar com você até eu voltar. Ela aproveita e já deixa o almoço pronto pra nós.

- Tá certo Nathe.

- Eu já volto e você por favor não se levante daí.- ele fala abrindo a porta.

- Não tenho pra onde ir mesmo. Vai tranquilo.

Ele sai e me deixa sozinha em casa. Fico conversando com meu bebê que se meche na barriga. Fico imaginando os olhos dele quando nascer. Quero tanto Luke aqui junto comigo que chega e doer o coração.

Ouço alguém bater na porta. Retiro meus pés da mesinha, me levanto e vou até a porta.
Ao abrir a porta vejo um homem muito bem vestido com uma maleta nas mãos.

- Sim?- eu pergunto ao ver o olhar de surpresa ao me ver na porta.

- Aqui mora Nathan Henson?- ele pergunta.

- Mora sim. Ele é meu irmão. Quer falar com ele?- pergunto colocando as mãos nas costas.

- Sim.

- Ele não estar no momento. Entre. Ele deve estar chegando já.- eu falo dando espaço para o moço nada estranho entrar no apartamento.- Te conheço de algum lugar?- pergunto quando ia fechar a porta, e vejo meu irmão chegando.- Aí está ele.- eu falo abrindo a porta pra Nathe entrar.

- O que foi Bella?- meu irmão pergunta preocupado ao ver o homem em casa.

- Esse moço procura você Nathan.- eu falo fechando a porta.

- Olá você é o Nathan Henson?- o moço o comprimenta.

- Sou sim. O que gostaria?

- Poderiamos conversar em particular?- o moço fala e logo percebo que estou atrapalhando.

- Vou para o meu quarto. Podem conversar a vontade.- falo saindo da sala.

Vou para o meu quarto sentindo ainda o peso nos pés inchados e uma dorzinha nas costas.

Me deito na cama para descansar um pouco...

Acabo dando um pequeno cochilo e acordo quando ouço batidas na porta.

- Entra.- eu falo me levantando da cama quando sinto o liquido quente escorrer pelas minhas pernas.

- Precisamos conversar.- Nathe fala quando ela no quarto.

- Nathe. Acho que agora não dá. Minha bolsa acabou de estourar.- eu falo tentando manter a calma.

- Hã?! O bebê vai nascer? Ai meu Deus... Precisamos ir para o hospital. Pegar a bolsa. Arrumar suas coisas. Pedir um taxi.- ele fala nervoso.

- Calma Nathe. Pode demorar um pouco. Vou tomar um banho e trocar de roupa. Pega minha bolsa e a bolsa do bebê em cima do guarda- roupa.

- Ah ok.- ele fala todo atrapalhado.

- No guarda roupa Nathe, ali.- falo apontando.- E liga para o taxi nos aguardar.

Durante o banho as dores foram aumentando e percebi que tinha pouco tempo. Me arrumei e fui com Nathe para o hospital.

Algumas horas depois...

Estou a horas com dores e até o momento não consegui ter meu bebê.
O médico entra no quarto mais uma vez para me avaliar.

- Muito bem Bella. Você não teve dilatação o suficiente para ter seu bebê naturalmente. Vamos ter que fazer uma cirurgia para tirar seu bebê pois já passou muito tempo sem liquido.- o médico fala pós avaliação no toque.

- Ai meu Deus. Tudo bem doutor. Faça o melhor para ter meu filho em meus braços.- eu falo passando a mão na barriga em meio uma dor forte.

- Enfermeira. Leva a paciente para o centro cirurgico e avisa o pai que está na sala de espera se quizer pode acompanhar o parto.- o médico fala saindo e a enfermeira entrando.

- Avisa meu irmão enfermeira. O pai do meu bebê não está aqui.- eu falo para ela.

- Sem problemas. Vamos lá.- ela fala me ajudando a levantar e sentar numa cadeira de rodas.

Sou levada para preparaçao do parto. E após isso levada para o centro de cirurgia. Lá vejo meu irmão que fica junto comigo o tempo todo. Até o momento em que ouço o choro do meu bebê.

- Parabéns mamãe, é um belo garoto.- o médico fala me mostrando meu filho.

Choro emocionada neste momento tão esperado. Um misto de alegria e tristeza invade meu coração no momento.

- Falei pra você que era um menino.- meu irmão fala ao meu ouvido chorando de emoção.

- Ele é lindo. Meu filho.- eu falo baixo.

Alguns dias depois...

- Bella...Bella- meu irmão fala batendo a porta.

- Entra Nathe. Estou acordada.

- Como você está?

- Estou bem. Muito melhor quando estamos em casa. Hospital é ruim demais.

- Verdade.- ele fala pensativo.

- O que foi? Está preocupado com o choro do Henry no ouvido.- eu pergunto rindo.

- Não é isso. Ele nem chora tanto viu.

- Então o que é.- pergunto.

- Precisamos conversar. E acho que ficar adiando essa conversa vai ser muito pior.

- O que está acontecendo Nathe? Me conta logo de uma vez que não estou gostando do tom dessa conversa.- falo preocupada e com medo na verdade do que ele tem a falar.

- Sabe aquele dia que Henry decidiu nascer.- eu balanço a cabeça.- Eu falei que precisava falar com você e foi aquele susto e fomos para o hospital.

- Sim eu sei Nathe. Fala logo o que é.- pergunto ansiosa por saber o que é.

- Aquele moço que veio aqui. É o oficial do exército. Ele veio aqui para falar na verdade com você. Mais desistiu quando te viu.

- Não Nathe. Não fala nada. Não quero ouvir. - falo tapando meus ouvidos sentindo as lagrimas rolarem meu rosto.

- Você precisa ser forte Bella.

- O aconteceu com ele? Não posso acreditar. Meu coração me engana.

- Atacaram o local onde pelotão dele estava. Houve muitos mortos. Luke foi dado como morto em combate após uma explosão onde eles dormiam.- Nathe fala e me abraça. Neste momento sinto o meu mundo desmoronar ao chão.

Choro compulsadamente. Nem o choro tira a dor que estou sentindo.

Deus não pode ter sido tão injusto com a gente. Me dar um filho e não me trazer o pai de volta e o levar embora. Sinto-me sem chão, sem forças para viver.

Nossa que tragédia foi acontecer com o Luke. Muitas vezes na vida as circuntancias parece que dizem ao contrario e o mundo parece desabar. Parece que nao tem mais geito e nao tem mais nenhuma saída. Um amor tão grande e mal vivido. Um filho para aliviar a dor.

Olá meus amores. Capitulo muito triste. Me desculpem a demora. Estou postando dois capitulo juntos. Por favor. Chorem. Mais não me matem viu.

Deixem seu comentario e seu voto se estiver gostando dessa historia.

Vamos ao proximo capitulo...