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31

O iate já está em movimento quando eu finalmente crio coragem para sair da suíte. Ajeito o top vermelho, me sentindo um pouco desconfortável com a quantidade de pele à mostra.

Eu queria estar na minha melhor forma, fazer o meu ex-namorado olhar para mim e se arrepender do erro que cometeu. Mas não é assim. A namorada nova dele é uma modelo toda perfeita, e mesmo que eu não esteja acima do peso, sei que também não estou em condições de desfilar em uma passarela.

Sigo o som da música alta até o convés. A maré faz o barco balançar de um lado para o outro, então eu me seguro no corrimão prateado para não cair nas escadas. Meu estômago embrulha um pouco.

Tem uma pequena aglomeração na parte externa. Logo reconheço meu chefe pelo cabelo rosa, ele está sem camisa e com o braço ao redor da loira cujos olhos azuis e peitos enormes eu jamais esqueceria: Lana Carrera. Eu lembro que conheci a vocalista da Blood Moon no festival Holi com o Pedro, mas estava tão chapada naquele dia que todas as memórias ficam meio nubladas. Mesmo assim, tenho certeza absoluta de que a gente se beijou naquela festa.

Lana tem a tatuagem de uma grande borboleta abaixo dos seios, a maquiagem preta em torno dos olhos está derretendo, e, merda! Estou secando a namorada do meu chefe. Desvio o olhar rapidamente.

Eu sei que Ian não é tanto assim mais velho do que os meninos da banda, mas ainda me parece estranho estar na mesma festa que ele, tipo, se eu disser ou fizer algo constrangedor, ele pode me demitir? Foi uma péssima ideia ter vindo.

— Tiete. — A voz surge atrás de mim, me fazendo saltar de susto. Pedro ri. — Calma — ele diz. — Tá com medo de quê?

Eu solto uma lufada de ar, sem disfarçar a irritação.

— Quantas vezes eu tenho que falar pra não me chamar desse jeito?!

— Não sei, mas vai tentando. — Ele dá uma piscadinha. — Uma hora me vence pelo cansaço... ou não.

Viro os olhos. Não vou cair nessa provocação.

— Bom, acho que você já conhece quase todo mundo... Talvez não o Victor — ele aponta para o rapaz negro de cabelo raspado sentado na grade. — É o namorado novo do Erick. Ele toca numa banda italiana de rock. E a sua amiga parece que já conheceu o Luke. — Beatrice está na mesma banheira que o guitarrista da banda, e a conversa parece estar fluindo. — O Ian ali, e... ah! Você ainda lembra da Lana, né?

Amaldiçoo Pedro por me fazer ruborizar bem na hora em que a garota escuta o seu nome e nos encara. Eu aperto os lábios num cumprimento discreto. Ela parece surpresa em me reconhecer.

— Não acredito! — Lana se aproxima e Ian vem junto com ela. — É mesmo a tiete do Pedro! As pessoas estavam apostando dinheiro na sua cabeça aqui, sabia? Por onde você andou se escondendo?

— Ela está trabalhando lá na gravadora agora, eu não te contei? — Ian sorri, pendurando o braço no ombro da namorada, a mão pousa quase sobre o seio.

— É brincadeira? — A loira arregala os olhos azuis cercados de delineador e bebe um gole de bebida. — Como foi que isso aconteceu?

— Uma longa história — resumo.

— Minha culpa — Pedro assume com um riso. — Digamos que eu tenha feito a Julie ser demitida do outro emprego.

— Parece algo que você faria! — Lana pondera.

— Ele fez! — Viro os olhos.

— Em minha defesa, aquele emprego era uma merda mesmo. Acho que mereço no mínimo um agradecimento, tiete.

Em defesa do Pedro, ele está certo. O emprego era uma merda. Ser secretária na Club Records pode não ser o trabalho dos sonhos, mas é infinitamente melhor do que aguentar os assédios do meu antigo chefe. Mesmo assim, eu jamais daria ao meu ex o gostinho de estar na razão.

— Em minha defesa — contraponho, lançando um olhar ácido. — Você não tinha que se meter onde não foi chamado. Mas se faz tanta questão... obrigada, Pedro. — Claro que meu tom é irônico. — Quer que eu comece agradecendo pelo quê? Pelo chifre? Por me fazer perder o emprego? Ou por insistir em me chamar pelo apelido degradante que você me deu aos quinze anos quando eu claramente disse pra não me chamar mais desse jeito?

Okaaaay... — Lana prende a língua entre os dentes. É quando eu me dou conta de que falei demais sem querer. — Acho que tem muita tensão rolando aqui. Melhor deixar o casal conversar com privacidade.

— Nós não... — começo, mas Lana se afasta antes que eu possa concluir a sentença, puxando Ian junto com ela. — Não somos um casal.

Pedro acha graça e puxa um cigarro do bolso da bermuda cargo preta.

— Você nunca vai esquecer essa merda toda, né? — Não respondo, apenas cruzo os braços. É claro que eu não vou esquecer, Pedro, penso, porque, ao contrário de você, "essa merda toda" foi a minha primeira experiência de amor. — Só pra constar — ele prossegue, como se eu tivesse interesse —, nunca te chamei de "tiete" na intenção de ser degradante.

— A garota obcecada e exagerada que te colocava num precioso pedestal. — Me odeio por não conseguir conter a língua de dizer o que penso. — Não imagino uma definição em que isso não pareça degradante.

Os olhos verdes estão perdidos no oceano e Pedro dá um trago antes de prosseguir.

— Acho engraçado... ou talvez um pouco triste... — Os dedos apertam o cigarro, a mão apoiada no parapeito de inox. — Que nesse "pedestal" eu me sentisse valioso pra alguém. Era a primeira vez, sabe? Que eu senti como se alguém me... — Ele se interrompe no meio da sentença. — Mas não era mesmo real. Eu sempre fui só essa aventura que te intrigava. O seu bad-boy do conto de fadas, mantendo a sua cama quente até o príncipe do cavalo-branco chegar.

Esse jogo mental é potente, quase consegue me convencer de que eu fui a errada da história, sendo que foi ele quem me traiu. Quem estava esquentando a cama de quem afinal? Se era na dele que passávamos as tardes sem muita roupa, enchendo a cabeça de bebida e fumaça.

— Você partiu a porra do meu coração, Pedro!

— Isso nos deixa quites, então.

Eu sacudo a cabeça. Não! Nada nos deixa quites, mas eu não vou ter essa discussão, porque eu não tenho que provar nada. Eu não errei com ele!

— Quer saber... eu vou pegar algo pra beber e encontrar a Sarah.

Meu ombro colide com o de Pedro quando eu passo por ele, descendo outra vez as escadas. Estou irritada e frustrada e arrependida de ter subido nesse barco em primeiro lugar. Vou ter que beber algo muito forte se quiser tolerar o meu ex namorado e seu jogo emocional poderoso por outras 24 horas.

R.I.P Eu.
Alguém sobreviveu a essa desabafo do Pedro? kkkkkk

Esses capítulos do iate estão 🛐🛐🛐 querem mais amanhã? 👀

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