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6

Devia ter imaginado que me arrependeria da decisão quando deixei Pedro escolher nossas fantasias. É insuportável que ele fique tão ridiculamente bonito de Axl Rose — com a peruca clara, bandana vermelha e óculos aviador — enquanto eu pareço totalmente patética com a camiseta do Gun's emprestada e a cartola gigantesca que ele jura por deus que ganhou do Slash em pessoa.

É óbvio que eu devia ser o Axl Rose, e ele deveria ser o Slash.

— Porque você fica bonito com qualquer coisa, então você ficaria um Slash gostoso — explico meu argumento pela centésima vez, encarando Pedro que está meio deitado na cama. — E eu ficaria sexy de Axl Rose.

— Você não pode ser um Axl Rose sexy. Eu questionaria a minha sexualidade e eu fui hétero a vida toda.

— Viu!? — Aponto com o dedo, como se o houvesse flagrado numa mentira muito ardilosa. — Você acabou de confirmar que eu não fico sexy de Slash!

Meu namorado ri, arrancando os óculos escuros.

—Tiete, você está tão sexy quanto eu posso achar o Slash sexy.

— Não o suficiente pra te fazer questionar sua sexualidade!

— Você quer que eu questione minha sexualidade? — Ele ergue uma sobrancelha.

— Se for por minha causa? Óbvio!

— Tá, que se foda. Vamos inverter. — Ele puxa a peruca, passando a mão para ajeitar o cabelo bagunçado por baixo.

Eu tiro a minha com cuidado, e nós fazemos a troca rapidamente. Pedro fica com a cartola e os cachos pretos volumosos do Slash. Eu fico com a bandana vermelha e a camisa xadrez amarrada na cintura, então exibo o visual com um giro rápido.

— Ficou bom?

— Já posso dizer que tenho tesão no Axl Rose, tá satisfeita?

— Ainda não. — Me inclino em sua direção. — Ficou faltando um beijo.

Pedro sorri por um segundo antes de selar meus lábios. Minhas mãos se perdem em meio ao exagero da peruca, as dele deslizam pela minha cintura, escorregando até o traseiro. A língua toma a minha com a precisão da qual jamais me canso.

Tenho certeza que acabaríamos os dois sem roupa, se então a Sarah não abrisse a porta do quarto sem bater. Ela está vestida de Nick Minaj, com uma peruca platinada e um macacão de onça cor de rosa, que parece ter sido prensado a vácuo no corpo, marcando cada curva.

— Desculpa interromper. Juro que minha fanfiqueira interior tá amando esse romance entre Axl Rose e Slash, mas a Bê acabou de mandar mensagem. Ela tá chegando, podemos descer?

Pedro se afasta meio contrariado, mas segura a minha mão e me deixa arrastá-lo para fora do apartamento. Encontramos Beatrice lá em baixo, trajada de Malévola — com um vestido preto e um adorno de chifres na cabeça.

— Não sabia que o Pedro ia também — ela fala com certa estranheza na voz. — Vocês estão usando fantasia de casal?

— Axl Rose e Slash — confirmo.

Ela ri, e Sarah toma a palavra:

— Então vai rolar uma carona de carro chique, ou...

— Vamos a pé — adianto. — Pra não chamar atenção.

— Beleza.

Os quarteirões mal iluminados do campus estão tomados por um movimento frenético de jovens embriagados. Sarah e Bê vão um pouco a frente, Pedro apoia o braço em meu ombro e enfia um cigarro na boca enquanto as seguimos, alguns passos atrás.

— É minha impressão ou a Beatrice não vai muito com a minha cara?

Eu ergo os ombros. Seria mentira dizer que o comportamento da Bê não mudou recentemente. Por umas semanas, nós fomos as meninas da USC que saiam com os caras da French 75, agora ela não está mais com o Luke Walsh, mas o meu namoro com Pedro fica mais intenso e comentado a cada dia. Talvez ela tenha um pouco de ciúme, mas como julgar?

— Acho que ela ficou chateada com o Luke — defendo.

— Eles saíram o quê? Três? Quatro vezes?

A verdade é que eles ficaram por pouco tempo, mas Beatrice levou Luke a sério o bastante para ter sua primeira vez com ele. Só que não posso contar isso ao Pedro sem expor a intimidade da minha amiga, então apenas resumo:

— Ele levou ela no VMA. Ela achou que estivessem sério. Se quer saber, achei meio babaca da parte dele dispensar ela sem nenhuma explicação.

— Não julgo o cara. É difícil criar relações sinceras no nosso meio. Você não faz ideia de quanta gente se aproxima só tentando ganhar alguma coisa.

Talvez a sua fala não me atingisse em cheio, se não fosse um eco de todas as coisas que eu tenho ouvido na internet desde que começamos a namorar.

— Tá acusando a Bê de ser uma "pistoleira" atrás de fama?

— Porra, não tô "acusando" nada. Só tô dizendo.

— Então será que eu sou uma pistoleira atrás de fama também? — Meu tom vem ácido. — É o que o Bertrand e todo mundo da internet anda dizendo.

— Não é a mesma coisa, Julie.

— Parece a mesma coisa pra mim.

— Você quer mesmo engatar uma briga por causa do namoro de outra pessoa? — Seu braço escorrega para fora do meu ombro, levando a mão até a peruca desgrenhada.

— Não tô engatando uma briga. Para de me acusar de engatar brigas quando é você quem começa elas!

Ele suspira e traga o cigarro, sem dizer mais nada.

Ainda estamos brigados quando chegamos à festa. O jardim da frente está tomado de jovens bêbados, mas é dentro da casa que a coisa toda saiu do controle. Tem uma rodinha de pessoas brincando de body shot na mesa, uma competição de flip cup no balcão da cozinha e na sala está rolando uma partida de strip poker.

— Então é isso que rola numa festa de faculdade? — Pedro comenta. —Tá mais animado que o after do VMA.

— A experiência universitária é sobre se divertir ao máximo gastando o mínimo — Sarah explica, dando risada e então me puxa pela mão. — Vamos dançar.

— Vai lá — Pedro fala. — Vou só fumar um cigarro e ver o que tá rolando lá fora.

Ao contrário do que se espera de alguém que ganha a vida nos palcos, Pedro não dança. Não dança nas suas apresentações musicais, e definitivamente não dança em festas universitárias com gente suada esbarrando. Ele provavelmente ficaria ao me lado se eu insistisse, mas não insisto, então ele apenas vai.

— Você e o Pedro brigaram de novo? — Sarah pergunta, movendo o corpo ao ritmo do som.

— Não — minto. — A gente só discordou sobre um assunto.

— E não é a mesma coisa? — Ela dá risada. — Sobre o que vocês discordaram dessa vez?

Eu encaro Beatrice discretamente, e então balanço a cabeça.

— Achei que essa noite fosse pra gente se divertir — desvio o assunto.

— Ela tem razão! — Beatrice sai em defesa. — A galera não tava jogando flip cup na cozinha?

E é assim que terminamos enfiadas numa competição de bebida, virando um copo vermelho atrás do outro, enquanto disputamos quem bebe os shots de tequila mais rápido. Eu jogo a primeira rodada junto com a Sarah, enquanto Beatrice fica no time adversário com um Darth Vader aleatório que acabou de conhecer. Nós duas perdemos, mas pedimos revanche. Depois do empate é claro que vem a melhor de três, e advinha quem vence? A gente! Então eu e Sarah fazemos High Five com as duas mãos que termina virando um abraço.

Já estou meio alta quando Pedro aparece, bem a tempo de o Darth Vader ficar irritado com a derrota e decidir se retirar da partida.

— Você sabe jogar flip cup? — Eu o puxo pela mão.

— Claro que eu sei jogar flip cup, porra.

— Então você fica com a Bê. Eu e a Sarah estamos ganhando!

— Tá me trocando pela Sarah? — Pedro levanta uma sobrancelha.

— Relaxa. Ela me troca por você o tempo todo! — Minha amiga intercede.

Pedro meneia a cabeça e umedece o lábio inferior.

— Que se foda. — Cede, assumindo o lugar à minha frente, ao lado esquerdo de Beatrice. — Não pensa que eu vou facilitar pra você!

E de fato não facilita. Na verdade, vence a primeira partida, e a segunda, e a terceira também. E eu insisto numa revanche, mas quanto mais eu jogo, mais embriagada e menos certeira eu fico. Agora estou apenas derrubando copinhos, sem conseguir virá-los de jeito nenhum.

No momento em que caio de bunda no chão e derrubo tequila na camiseta toda, Pedro decide que é hora de parar.

— Vamos sentar um pouco. — Ele estende a mão para me puxar do chão.

— Só mais uma tentativa!

— Você bebeu demais, tiete. Vou te levar pra casa.

Eu solto um grunhido contrariado, mas enrosco seu ombro e o deixo me arrastar para fora da festa. Quando estamos na rua, Pedro puxa a peruca para fora da cabeça.

— Essa merda coça pra caramba.

Eu dou risada, mas concordo e arranco a minha também. Acabo tropeçando no meu próprio pé, Pedro me segura antes que eu caia de cara no chão.

— Você não sabe beber mesmo. Vem cá. — Sem aviso, ele me puxa e me joga sobre o ombro, com a bunda para o ar.

— Pedro! — Protesto, distribuindo socos nas suas costas, mas estou dando risada. — Me solta... Pedro!

Ele não obedece. Me carrega até o alojamento, e só me coloca no chão quando estamos na minha sala de estar. Assim que me põe de pé, entretanto, o meu estômago parece ter ficado do avesso.

— Droga, eu preciso... — Não termino a frase, apenas corro para o banheiro, onde as doses de tequila fazem o caminho de volta.

Eu estou debruçada na privada. Pedro segura o meu cabelo, envolve minha cintura, e eu me deixo recostar em seu peito quando termino de vomitar. Ele pega um pedaço de papel higiênico e limpa a minha boca.

— Obrigada — murmuro. Sua mão acaricia meu cabelo, afastando uma mecha com cuidado. Eu me afundo em seu peito, fechando os olhos, me sinto exausta.

— Você precisa de um banho antes de dormir, amor.

Amor. Sorrio de um jeito preguiçoso. Estou bêbada demais para não esboçar o alvoroço interior que essa palavra causa toda vez que escapa dos seus lábios.

— Não me chama assim — protesto, piscando os olhos demoradamente.

— Você não gosta?

— Não, eu gosto. Eu gosto muito. Esse é o problema.

— Qual?

— O quê?

— O problema. — Pedro ri.

Mas eu não respondo, porque os meus olhos piscam cada vez mais devagar, e eu me sinto apagar sob o som do riso dele.


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