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Capítulo Sete

Ethan estava com o sangue fervendo de raiva, e aquela aluna estava o tirando do sério. Ela havia tocado numa parte em que ele queria esconder, deixar coberta. Falar sobre aquilo o machucava e faziam velhas feridas já quase saradas doerem de novo. Porém mesmo assim ele resolve se abrir, mesmo que depois passasse dias e dias se corroendo.

Ele engole o choro que se formava e ignora o nó que estava prestes a se formar em sua garganta, por conta de sempre lembrar daquele dia ruim que transformou sua vida para sempre.

— Eu já fui como você. — ele começa dizendo, num tom de voz baixo. — Cheio de sonhos, força, e muita vontade de aprender. Desde criança eu fui dotado de uma super habilidade de compreender facilmente a matemática e cálculos complexos, superando muitas crianças de turmas acima da minha. Fui para a faculdade muito cedo, com apenas 16 anos eu já cursava a graduação em matemática e era o mais jovem da minha turma de quarenta alunos. Me formei aos vinte, porém quis seguir em fazer mais especializações, e foi justamente nessa época que eu conheci a aluna que futuramente se tornaria a minha esposa. — uma lágrima solitária rola em seu rosto, ele a enxuga rápido. — Laura era também muito inteligente, gostava das mesmas coisas que eu e também era cristã. A gente se dava bem demais, e eu cria que Deus tivesse enviado ela para a minha vida solitária. Namoramos por um ano, casamos no ano seguinte, e dois anos depois tivemos a notícia que mudaria nossas vidas, iríamos ser pais.

Emma o ouvia sem interromper, Ethan passa a mão nos cabelos e prossegue no seu relato.

— Ficamos tão felizes! Laura ficou empolgada com a experiência de ser mãe e se cuidava muito bem, estávamos muito felizes e preparados para receber o nosso menino, Cody Banks, o nome que eu e ela escolhemos. A gravidez seguiu normalmente até os sete meses, e num dia eu estava dando aula para alunos do primeiro período quando recebi a notícia que minha esposa havia sido atropelada. — desta vez as lágrimas voltam e ele não consegue segurar. — Um motorista bêbado e inconsequente invadiu a calçada onde Laura estava e praticamente a arremessou contra a parede e a imprensou com o carro. Os paramédicos a tiraram com todo o cuidado do mundo e a levaram às pressas para o hospital, pois precisavam salvar a vida dela e do bebê. Infelizmente ela morreu assim que deu entrada no hospital, e os médicos fizeram uma cesariana de emergência para salvar o bebê, porém já era tarde. Nem Laura sobreviveu, e nem nosso menino aguentou viver. Ele sobreviveu por apenas três horas, sofrendo uma parada cardiorrespiratória.

— Eu... Eu sinto muito. — a voz dela sai embargada.

— Não, não sente! — ele grita, com os olhos cheios de lágrimas e o rosto vermelho. — E nem mesmo Deus sente muito! Eu orei tanto ali naquele hospital, pedi tanto para que salvasse pelo menos o bebê, mas Ele não me ouviu! Pelo contrário, me deu as costas e desgraçou a minha vida! Por que não poderia simplesmente ouvir minha oração e salvar as duas pessoas que eu mais amava no mundo?! Por quê?! — ele soca a parede, chorando entre soluços.

Emma estava petrificada e sem reação, porém podia compreender a dor e a revolta dele. Só não concordava com o fato dele culpar a Deus por sua tragédia no seio familiar.

— Deus não tem culpa disso! Tragédias e desastres ocorrem todos os dias, isso é consequência do pecado, não Dele.

— Calada! Você não entende! Não sabe como é a dor de perder a mulher que mais amou na vida e o seu filho que nem chegou a sobreviver! — grita.

— Você está certo, eu não entendo. — diz ela em voz mansa, se aproximando dele. — Mas está errado em culpar a Deus, muito errado. Não pode odiá-lo por isso.

— Vai embora...— pede, trincando os dentes.— Eu o odeio, e se não quiser que eu a odeie, é melhor sair.

— Odeia Deus por isso? Por achar que ele deixou com que sua esposa e filho morressem?

Ele a olhou com a face banhada em lágrimas e volta a se alterar.

— Quer mesmo ouvir? — Emma balança a cabeça afirmando que sim. — Eu o odeio porque Ele tirou tudo de mim! O odeio porque no momento em que mais precisei Dele, Ele me virou as costas e deixou a Laura e meu filho morrerem! — lágrimas de raiva começavam a banhar o rosto dele. — E odeio mais ainda vocês cristãos que acham que pregam o amor, quando na verdade pregam a mentira! Vocês pregam pra negar a si mesmo, dar a outra face e se conformam a viver num mundo de sofrimento que foi justamente criado por esse Deus tão perfeitinho e bonito que ouço dizerem. Vão à igreja todo Domingo e pregam sobre amar ao próximo, porém quando o próximo vira as costas, destilam seu veneno e hipocrisia! Se acham santos mas são tão pecadores quanto todo mundo! E quer saber mais? Sim, me sinto mais forte em reprovar você! Porque só assim da maneira mais dura aprenderá a não me desafiar!

Emma deixou ele falar tudo, e quando viu que agora era sua vez de falar, respirou fundo, enxugou as lágrimas e perguntou serenamente.

— Se o odeia tanto assim, então como pode odiar quem não existe?

Ele a encara num estado catatônico, totalmente sem reação, atordoado. Ethan não esperava por aquela afirmação, e aquela simples pergunta de Emma, o levou a entender que toda a raiva e dor que criou sobre Deus, se transformou em argumentos infundados. Se Deus não existia segundo a concepção dele, como então odiá-lo? Era como se acabasse de cair as escamas de seus olhos, assim como ele aprendeu com a história de Saulo de Tarso na época em que era cristão.

— Você sabe que Deus existe, porém se recusa a aceitar essa verdade. — Emma prossegue falando, mesmo com ele ali parado e em choque, como uma estátua. — A bíblia diz que os céus declaram a glória de Deus e até mesmo a natureza faz esse papel. Seu sentimento é de ódio profundo por alguém que supostamente não existe e que segundo a sua fala, tirou tudo de você e deixou a sua esposa e filho morrerem. Mas não foi culpa de Deus, professor. O que acontece é que apenas quis encontrar alguém para culpar pela sua desgraça.

Lágrimas e mais lágrimas rolavam, ele era incapaz de responder aquilo, era impotente para respondê-la. Ethan apenas saiu daquela sala com o coração carregado e quebrado, frustrado consigo mesmo por ter vivido tempos numa falsa ilusão.

Após aquele ocorrido, Emma culpou-se e sentiu-se mau por aquilo, porém via que foi necessário que Ethan ouvisse aquelas palavras e caísse na real. Agora só lhe restava aguardar a tão terrível recuperação ao lado daquele tirano.

O que também lhe doeu foi o fato de que ficaria de recuperação e que não entraria de férias, fazendo com que o descanso tão desejado se tornasse algo impossível de ocorrer naquele momento.

Seus amigos ficaram triste por ela ter recebido aquela reprovação tão severa do professor, porém ficaram mais surpresos ainda com tudo o que ela lhe disse e confrontou. Era mais do que certo de que Ethan cairia na real, cabia agora deixar com que o Espírito Santo o convencesse de seu erro.

— Sentimos muito por você não ter passado, Emma. — Tom a consola, com um sorriso e olhar amigo. — Mas você foi usada por Deus para transformar a vida do professor Ethan e para que ele saísse daquela cegueira espiritual.

— É, você foi corajosa. Deixou com que o Senhor a usasse e o resultado foi extraordinário e sobrenatural. — completa Ellie.

— É, mas estou com remorso. Eu reabri feridas dele, o fiz falar sobre algo que talvez o machucasse. Quero ver ele e lhe pedir perdão. — diz, com voz triste.

— Fica assim não, quando ver ele de novo, fale com ele. Porém agora, que tal se animar um pouquinho? Hoje tem culto ao ar livre antes de todos saírem de férias.

— Sério? Vai ser em qual parte do campus?

— Será debaixo de duas macieiras enormes que tem por aqui. Dylan vai colocar até umas luzes nos galhos e uma iluminação para ficar bem bacana. — responde Tom, animado.

— Certo, eu vou. Vou até convidar a Steph também, quem sabe isso me anima.

Pela noite, Emma e Steph foram até o local do culto ao ar livre. Mesmo estando arrasada por dentro, ela procurou se animar e focar naquele momento precioso que teria com Deus. Chegando lá, haviam bastante jovens já reunidos, todos à espera do começo daquela reunião.

— Boa noite à todos! — Dylan saúda o pequeno grupo, com um sorriso. — Sejam todos bem vindos à esse ar livre antes das férias. Foi um semestre duro para alguns, talvez tranquilo para outros, mas todos nós temos um mesmo objetivo: o diploma. Sei que todos aqui são capazes, então nesta noite eu quero dizer para aquele que teve um semestre pesado, tenso e que talvez não tenha acabado bem. Confie no Senhor, dias melhores virão!

Os jovens dizem "amém", Emma sentiu-se mais confortada com aquelas palavras. Durante a oração inicial, ela orou por si mesma, orou por seus pais e irmão, e também resolveu interceder pela vida de Ethan. Pediu para que ele fosse convencido de seus erros e que retornasse ao amor de Deus.

Dylan louvou Amazing Grace ao som do violão, e aquele momento do louvor tocou no coração de muitos jovens que se mostraram dispostos a servir ao Senhor e deixar Ele entrar em suas vidas. Mesmo estando de noite, Emma olhou para longe e viu encostado, parado quase atrás de uma árvore, uma figura um tanto quanto familiar. Forçando a vista, logo o reconheceu pela altura e cabelos, era Ethan que estava ali parado e parecendo ouvir o culto com atenção.

Sem pensar duas vezes, ela afastou-se do grupo e foi até onde ele estava, ainda com receio de ouvir palavras duras. Porém Ethan estava apático, triste e cabisbaixo. O olhar dele era desolador e vazio, e Emma sentiu seu coração doer ao vê-lo daquele jeito.

— Senhor Banks, porque não vai até lá na frente e fica com a gente?

— Preferi ficar aqui. — é tudo o que diz.

— Está tudo bem? — ela lança aquela pergunta retórica.

Ele faz que não com a cabeça, Emma suspira e cruza os braços, dizendo.

— Me perdoa. — ela começa dizendo. — Mexi em assuntos particulares seus, reabri suas feridas, fiz com que relembrasse algo que lhe dói ainda.

— Está tudo bem. — a voz dele sai baixinha. — Você agiu certo.

— Não, não agi. Discuti, acabei perdendo a cabeça.

— Eu merecia ouvir tudo aquilo, Emma. — ele força um meio sorriso. — Você abriu meus olhos.

— Se quiser, posso pedir que orem por você.

— Não, não. — ele balança a cabeça, constrangido. — Eu não mereço ter de volta o amor de alguém que eu desprezei e ainda disse que não existia.

— Sim, você está certo, não merece, nem eu e nem ninguém merecemos ter o amor de Deus. Porém o Senhor não é como nós, que fazemos o bem apenas a quem nos faz por merecer. Sua misericórdia é infinita e se renova a cada manhã, Ele nos ama, mesmo que a gente seja apenas meros pecadores.

— Eu já tomei a minha decisão. — ele seca algumas lágrimas e a encara. — Aproveite as férias, eu mudei sua nota. Você foi aprovada.

— Mas...

— Adeus, Emma. — ele a corta e vai embora sem olhar para trás.

Maratona do Fim de Semana 3/6 postado com sucesso!

Socorro, Brasilllll....... Que capítulo foi esse! Eu tô assim...

E agora? Será que Ethan vai tomar jeito? E este adeus que ele deu pra Emma? Aiaiai, guenta coração que virá mais emoção pela frente! 

Fui-me, vou me recuperar aqui primeiro e já já volto com mais... Não sai daí que esta maratona estará ainda mais babadeira!

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