Se puderem, leiam o capítulo dando um play na música acima, ficará bem emocionante e verão o quanto a letra se encaixa com o Ethan e a Emma...

Três meses depois...

O quarto de sua mãe havia ficado apertado mesmo com a pouca quantidade de mulheres se arrumando por ali. Emma já estava no seu tão sonhado vestido de noiva que escolheu depois de muito procurar por todas as lojas da cidade. Ele era modelo simples, combinava perfeitamente para o casamento que seria de dia e no quintal de sua casa.

Com o penteado e a maquiagem finalizadas, ela se levanta da penteadeira, sendo observada com certo orgulho e admiração por Steph, Ellie, sua mãe e Gwen, esposa de Josh.

— Está linda, filha. Uma verdadeira princesa. — elogia sua mãe, já com os olhos marejados.

— Não chora, mãe. Senão acabo chorando também. — ela pisca os olhos, tentando conter as lágrimas.

— Já que estamos todas prontas, é melhor descermos.

Logo, as damas de honra que seriam suas amigas e sua cunhada, desceram na frente. Sua mãe e seu pai se posicionaram um de cada lado na filha, pois juntos queriam entregar Emma para Ethan no altar.

Aqueles últimos três meses foram os mais corridos de toda a sua vida. Não foi fácil comunicar a sua decisão aos amigos e aos pais, que foram os que mais sofreram ao ouvir. Porém logo quando puderam conhecer melhor Ethan Banks e verem que ele a faria feliz, logo sentiram-se mais confortados e tendo a certeza que Emma estaria sendo bem cuidada, mesmo longe.

Entrando no quintal de sua casa e de braços dados com seu pai e sua mãe, Emma sorri ao ver Ethan parado no altar, que era simbolizado por um arco de flores, feito por Gwen e Steph. Ele trajava um terno simples e também se encontrava muito emocionado, pois estava casando-se com a mulher por qual estava apaixonado e tinha a mais plena certeza de que fora o Senhor que a trouxera para a vida dele.

Naquela cerimônia haviam poucas pessoas, apenas os amigos da faculdade de Emma, os amigos missionários de Ethan e a família deles dois. Os pais dele também compareceram ao casamento e dias antes de tudo se concretizar, abençoaram a nova união do filho, tendo a certeza que Emma o faria feliz.

Quando seus pais a entregaram para ele, imediatamente o Pastor convidado para celebrar a união abriu sua bíblia e deu início a cerimônia. Ajoelhados ali no altar, os dois prestavam atenção no discurso dele.

— Estamos aqui reunidos para celebrar a união deste casal, Emma e Ethan. Sabemos que desde o começo da criação do mundo, o casamento foi instituído como algo divino, onde homem e mulher se uniriam e a partir deles nasceria uma nova família. E o Senhor Jesus no seu ministério terreno, deixou algo bem claro para todos nós: "Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, e serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem."

Emma respira fundo e tenta conter as lágrimas de emoção que queriam vir, porém volta a se concentrar nas palavras do Pastor.

— Então hoje, Emma e Ethan estão deixando o seu seio familiar para tornarem-se um. E como os dois são cristãos e conhecedores da palavra, jamais devem se esquecer de algo importante: "E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa." — o pastor dá uma breve pausa. — Que a partir de agora, o Senhor seja o cordão de três dobras e que habite no meio de vocês, pois assim nada e nem ninguém os separarão.

Dando uma olhada rápida para o lado, ela nota que Ethan havia chorado e enxugava suas lágrimas discretamente. Com o fim do breve discurso, era a hora da tão sonhada pergunta e da troca de votos e alianças.

— Emma Collins, aceita Ethan Banks como seu legítimo esposo?

— Aceito! — responde radiante e num belo sorriso.

— Ethan Banks, aceita Emma Collins como sua legítima esposa?

— Aceito! — ele sorri para ela, com a voz embargada por conta da emoção.

Na hora dos votos e da aliança, Ethan teve que se recompor umas duas vezes, pois estava tão emocionado que quase sempre errava os votos. Emma também se atrapalhou um pouco na vez dela, porém logo conseguiu dizer seus votos com maestria e colocar a aliança em seu noivo sem que sua mão tremesse tanto.

Finalizado os votos e a troca de alianças, agora finalmente estavam casados.

— E pode beijar a noiva. — ordena o pastor, também emocionado com os dois.

Ethan puxa Emma para perto de si, a beijando apaixonadamente e recebendo aplausos de todos ali presentes.

A festa teve música, mesa farta com comida e vários tipos de sucos, e uma outra mesa menor com o bolo e os doces. Depois de terem cumprimentado convidados e tirado várias fotos para ficar de recordação, agora finalmente Emma e Ethan tinham um momento só deles para relaxarem um pouco. Os dois resolveram dançar a música lenta que tocava.

— Achei que quase não fosse dizer seus votos. — brinca Emma, ganhando uma gargalhada nervosa de Ethan.

— Sério, eu estava tão nervoso que nem conseguia me concentrar. Sabe, antes da cerimônia cheguei até a ficar calmo, pois achava que casar pela segunda vez não me traria tanto nervosismo. Mas acabou que fiquei mais nervoso do que na primeira vez.

— O que importa é que deu tudo certo. Em três meses conseguimos fazer tudo correr.

— Agora só nos resta curtir nossa lua de mel e nossos últimos dias aqui na América.

— Meu coração já está com saudades. — os olhos dela marejam.

— O meu também, acredite. Mas agora que terei você ao meu lado, a caminhada ficará mais leve. Quando eu estiver desanimado, você me levanta. E eu farei o mesmo com você, meu amor. — em seguida a acalma, beijando-a delicadamente nos lábios.

Emma repousou a cabeça no peito de Ethan, sentia-se segura e amada, sabia que com a ajuda do Senhor eles seriam muito felizes. A festa continuou por mais duas horas, e após terem aproveitado bastante, terem comido, bebido, era a hora de partirem para a lua de mel. Antes de ir, Emma jogou o buquê, que foi pego por Steph.

Depois de ter trocado de roupa e colocado algo mais leve, ela desceu do seu antigo quarto num clima de nostalgia. Sentiria falta de tudo aquilo ali, porém esperava que assim que pudesse, visitaria sua família e seu país.

— Sentirei sua falta, amigão. — ela acaricia o cachorro Malhado, antes de descer.

Na sala de casa, Ethan já a esperava. Ele havia trocado de roupa também e colocado algo mais casual. Depois de terem se despedido de todos, os dois embarcam rumo a lua de mel e a uma nova vida.

— Vem cá, você não me contou para onde iremos. — Emma lhe fala, curiosa.

— É surpresa, mas garanto que irá adorar. Para isso, ponha a venda que está no porta luvas. — ordenou ele, apontando para onde estava.

Prontamente ela o obedece, aguardando com ansiedade a chegada até o local. Quando ele estacionou o carro, Emma ainda teve que esperar Ethan tirar as malas, levar e voltar.

— Agora sim podemos ir, mas continue com a venda e segure firme na minha mão.

Confiando nele, ela deixa com que ele a guie, e no instante que os dois param no mesmo ponto, Ethan manda com que Emma tire a venda dos olhos.

Ao tirar, ela logo percebe que eles estavam numa espécie de bangalô da floresta, porém ao redor da região haviam vários outros, o que indicava que ali fosse algum tipo de pousada e os quartos eram naquele estilo.

— Que lindo, Ethan! Ficaremos neste aqui? — pergunta ela, após se aproximar da entrada.

— Sim, este é o nosso bangalô que aluguei para ficarmos durante essa nossa lua de mel curta de uma semana. Gostou dele?

— Muito! Podemos entrar?

Assentindo, Ethan acompanha a esposa até lá dentro, onde ela fica encantada com a decoração e os móveis, que eram simples e bem bonitos. Emma se encantou também por uma poltrona grande e bem macia, que ficava de frente para uma lareira, o que a fez se imaginar relaxando ali na companhia de um livro.

— Quer fazer o quê agora? — Ethan a abraça por trás, cheirando seus cabelos.

— Podemos dar uma volta por aqui? — sugere ela, nervosa.

— Claro. — ele acaba aceitando, mesmo naquele momento já querendo outra coisa.

A propriedade ao redor do bangalô era muito bonita e possuía um clima de montanhas. Emma e Ethan caminharam lado a lado, conhecendo todos os arredores e aproveitando para curtir a companhia um do outro. Durante o passeio também se depararam com outros hóspedes dali, que também deviam ser casais em lua de mel.

Depois de andarem e conhecerem tudo, Emma ficou entretida quando viu um pequeno lago com patos que nadavam e brincavam entre si. Perto dali havia uma enorme placa pedindo aos hóspedes para não os alimentarem.

— Amor, já está quase ficando escuro. Vamos passar a nossa lua de mel toda olhando os patos nadarem? — Ethan chama sua atenção, fazendo ela sentir o rosto corar de vergonha. Infelizmente a tentativa dela de postergar o tão grande momento já estava falhando.

Saindo de perto do lago, ela vai até o encontro do esposo, que parecia tranquilo, porém seu olhar denota estar impaciente e ansioso. Indo de volta para o bangalô, Emma respira fundo e procura ficar calma, mesmo que quisesse sair correndo dali, uma hora ou outra teria que se tornar uma só carne com Ethan. Todo aquele seu nervosismo era até natural, visto que desde bem jovem se guardou e aprendeu a esperar até o dia de seu casamento.

— Acho que não vou jantar, ainda estou cheia com tudo o que comi no casamento. Vou mesmo tomar um banho e retirar essa maquiagem. — anuncia ela, já entrando no quarto.

— Certo, então vou com você.

Imediatamente ela paralisa no meio do quarto.

— Ir? Para onde?

— Para onde mais eu iria? Quis dizer que vou tomar banho com você. — afirma.

A moça engole em seco e coça a cabeça, quase gaguejando.

— Ethan... É que... Bem...

De repente ele começa a rir, deixando-a confusa.

— Qual a graça? — ela cruza os braços, um pouco nervosa.

— Você tinha que ver a sua própria cara agora. — ele se recompõe, parando de rir. — Não precisa ter medo de mim, Emma.

— Eu estou muito nervosa! — ela senta-se na cama e cobre o rosto de tanta vergonha que sentia, do quão estava sendo boba.

— Eu sei disso. Não é à toa que queria me prender lá no lago dos patos até eu me cansar.— Ethan a abraça de lado, fazendo ela se sentir mais calma. — É natural, não precisa se sentir assim e nem muito menos correr de mim como se eu fosse o monstro do Lago Ness.

Agora era a vez dela rir e sentir-se mais relaxada.

— Me perdoa?

— Não precisa me pedir perdão, eu compreendo o que sente. Já me senti assim um dia.—ele beija a mão esquerda dela com carinho, a tranquilizando. — Apenas saiba que sou seu marido, seu melhor amigo e jamais te machucaria ou faria algo que não quer. Te amo, Emma. Quero que se sinta bem comigo.

— Eu me sinto bem com você. — ela sorri e acaricia o rosto dele. — Eu te amo.

Ele levanta o rosto dela delicadamente e a beija, demonstrando tudo o que sentia por ela naquele momento. Os beijos começaram a se intensificar e a ir e vir em sequências, deixando Emma mais calma e relaxada, para em seguida entregar-se ao seu amado e juntos tornarem-se uma só carne.

Finalmente nossos pombinhos se casaram! O que acharam do casamento, gostaram? Confesso que não sou boa pra escrever cenas que envolvam casamento, mas nessa eu tentei me esforçar ao máximo, espero que tenham gostado!

Próximo capítulo já é o penúltimo e não estou sabendo lidar :(

É isso, fiquem com Deus e tenham uma boa semana! Fui-me, beijinhos e abraços!