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[Não revisado]

Boa leitura

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— E agora, o que eu faço? — Wooyoung pediu a Lin, com a expressão conturbada.

A moça encarava Wooyoung com pena do mesmo, mas depois balançou a cabeça em negação. Ela não conseguia acreditar em como o seu amigo podia ser tão obtuso aos próprios sentimentos.

Os dois estavam na sala dos professores, estava na hora do intervalo, os dois já tinham almoçado e agora tomavam chá.

Já tinha passado duas semanas da fatídica festa de Halloween na qual Wooyoung descobriu pela boca das duas amigas, Arin e Seulgi, que San era apaixonado por ele desde sempre.

Wooyoung estava em pânico. Ele estava evitando San o quanto podia, mas era meio impossível. Porque afinal de contas os dois moravam no mesmo apartamento. É claro que San já tinha percebido que o mais velho estava estranho com ele, mas deixou pra lá, na sua opinião Wooyoung estava apenas sendo tomado pelos seus hormônios da gravidez.

Como Wooyoung não estava sabendo lidar com a situação, teve que desabafar com sua amiga Ling. A mesma sempre pensou que o San era apaixonado por Wooyoung. E agora, com essa novidade, ela tinha a certeza.

— Eu só não entendo o motivo de você estar tão perturbado. — Lin disse, dando de ombros e bebericando seu chá.

— Como eu não posso estar perturbado, Ling? — As íris castanhas do rapaz estavam arregaladas. — Pelo amor de Deus! Eu convivo com o San há anos, eu o conheço mais do que a mim mesmo!

— Mais um motivo pra você não estar surtando. — A garota disse, sorrindo. — Como você mesmo disse, é o San. O cara que você conhece melhor do que a si mesmo. — Ela falou, séria. — Woo, eu já te falei antes e vou repetir: ele é perfeito pra você. E saber que ele te ama, é apenas um bônus.

— Mas justamente pelo fato de ele me amar... — Ele suspirou. — Que é estranho. Ele tá fazendo isso tudo porque tem sentimentos por mim!

— Woo, no começo pode ter sido. — Ling suspirou também. — Mas justamente pelo fato de ele te amar, que ele fez isso. San te ama demais, e ele já ama o Beomgyu. Ele o tem como seu próprio filho. Que homem assume o filho de outro hoje em dia?

Wooyoung ficou calado, pensativo. Ele não tinha palavras.

— Wooyoung, me escuta... Essa pode ser a sua chance de ser feliz. — Lin o encarou seriamente.

— Mas será que eu posso retribuir a esse sentimento? Será que eu posso fazê-lo feliz? — O rapaz perguntou, aflito.

— Isso só você pode responder, querido. — Ela sorriu, confiante.

O dia passou rápido depois daquela conversa, Wooyoung foi pra casa e a encontrou vazia. Ele estava com a cabeça longe, seus pensamentos estavam a mil.

Será que ele era merecedor de um cara como San? Será?

Decidiu se distrair enquanto San não chegava. Foi pra cozinha e ver o que poderia fazer para o jantar. Ele era uma negação na cozinha, todos sabem, mas de vez em quando conseguia fazer alguma coisa que prestava.

A cozinha estava uma bagunça é claro, mas depois de deixar o frango no forno, Wooyoung arrumou a mesa da sala de jantar. Depois foi dar um jeito na cozinha e tomar banho, quando San chegou, sentiu o cheiro maravilhoso de frango exalando na casa. Sorriu contente e chamou por Wooyoung quando viu a mesa toda arrumada.

O menor apareceu no corredor, apenas com uma calça de moletom cinza, uma camisa preta gigante e enxugava os cabelos molhados com sua toalha.

— Qual o motivo de toda essa arrumação? — San indagou, mas sem tirar o sorriso do rosto.

— Nenhum, só pensei em ser legal. — O menor deu de ombros, mas tinha um sorrisinho dançando nos lábios.

San riu e se aproximou de Wooyoung, puxando-o pela cintura e depositando um beijo carinhoso na testa do mesmo. Wooyoung suspirou e suas mãos passearam pelo peitoral do maior, fazendo um pequeno carinho.

— Você quer tomar banho primeiro e depois comer, ou o contrário? — Wooyoung pediu, levantando a cabeça e encontrando os olhos carinhosos de San.

— O cheiro está maravilhoso, então vou comer primeiro. — San disse, risonho.

Wooyoung riu e assentiu, o maior foi lavar as mãos enquanto o grávido foi buscar a travessa com o assado. Quando ele voltou da cozinha com o refratário de frango, San já estava na mesa e sorriu.

— O que vamos comer? — Ele perguntou.

— Frango recheado com mussarela envolto com presunto de Parma acompanhado de purê de batatas. — Wooyoung respondeu, orgulhoso de si mesmo.

— Nossa, que prendado! — San riu.

Wooyoung apenas revirou os olhos e serviu seu prato e do mais novo. Eles comeram envolvidos numa conversa animada. San contava sobre o photoshoot que fez naquele dia com crianças para um editorial de uma marca de roupas para as mesmas, ele também fazia esses extras. Wooyoung apenas sorria com a animação de San e tinha cada vez mais certeza de que o mesmo estava mais preparado do que ele para ter um filho.

Wooyoung contou sobre o ensaio de hoje da peça de Natal e sobre algumas peculiaridades que aconteceram no dia.

Depois o assunto foi para o bebê, que eles tinham que começar a organizar a decoração, já que o quarto estava pintado e com os móveis montados.

Após o jantar, San insistiu em lavar a louça já que Wooyoung tinha preparado toda a comida. Enquanto isso, Wooyoung arrumou a mesa e depois ficou no sofá mexendo no seu tablet acompanhado da TV em um canal qualquer.

Depois que San terminou de lavar a louça, secar e guardar tudo, ele foi tomar banho. Minutos mais tarde, ele voltou pra sala, cheiroso e confortável. Sentou-se ao lado do menor e puxou o mesmo para os seus braços, isso já era costume.

A atenção de San se focou na TV, passava um programa de culinária e ele gostava muito de assistir. Wooyoung estava fitando as mãos do seu amigo que se encontravam repousadas em sua barriga avantajada.

Wooyoung se sentia tão seguro nos braços de San. Tudo era tão confortável e parecia tão certo com ele. Então, por que ele não podia se permitir gostar dele? Por que ele não podia tentar retribuir esse sentimento? Parecia tão... Certo.

Ele estava tão perdido nos próprios pensamentos que quando sentiu algo se mexer dentro de sua barriga, tomou um susto e deu um pulinho do sofá.

— O que foi, Woo? — San perguntou, preocupando-se.

Os olhos de Wooyoung se arregalaram e as mãos estavam em sua barriga.

— Woo? — San o chamou de novo.

— E-Ele m-mexeu... — Wooyoung gaguejou, sentindo os olhos lacrimejarem quando encarou San.

E agora foi a vez dos olhos do mais novo aumentarem de tamanho, mas também um sorriso largo aparecer. Suas mãos grandes cobriram as de Wooyoung e os dois fitavam a barriga proeminente antes de se encararem.

E sem que percebesse, tomado pela emoção, Wooyoung foi aproximando de San. Ambos os rostos estavam a menos de um palmo de distância.

O coração de San parecia que ia disparar em seu peito. Wooyoung nunca tinha se aproximado assim. Mas ele não recuou, quando sentiu a respiração quente do mesmo e Wooyoung suspirou, fechando os olhos em seguida, San sentiu que aquilo era o aval para acabar com aquela pequena distância.

Sem pensar, grudou seus lábios no de Wooyoung. Primeiro, foi apenas um encostar de lábios, mas Wooyoung abriu a boca um pouquinho, começando um beijo calmo, sem pressa. Não tinha língua e nenhum desespero. As mãos continuavam sobre a barriga do rapaz mais velho.

O único pensamento que San tinha era: isso tá realmente acontecendo? Wooyoung está me beijando? Se isso for um sonho, não quero acordar nunca mais.

O beijo mudou de ritmo. As mãos de Wooyoung agora se encontravam no pescoço de San, sua cabeça estava um pouco inclinada, e ele já estava praticamente no colo do moreno.

As mãos grandes de San estavam na cintura fina do menor, apertando de leve. As bocas se moviam em sincronia e o mais alto se atreveu a inserir sua língua. Wooyoung aceitou de bom grado e o beijo se tornou mais quente, mais necessitado.

Eles ficaram daquele jeito até que o ar se fez necessário. Foram parando o beijo com selinhos longos, e encostaram as testas, respirando com certa dificuldade. San tinha medo de abrir os olhos e perceber que aquilo não passava de mais um fruto de sua imaginação. Porém, criou coragem e abriu seus olhos encontrando as orbes alheias já lhe encarando com um brilho diferente.

— Woo, o que foi-

Ele tentou falar, mas Wooyoung o interrompeu, colocando o dedo indicador sobre os seus lábios.

— Shhh... Não fala nada, Sanie, nem pense. — Wooyoung pediu. — Apenas... — Tomou fôlego. — Me beije.

E San atendeu o seu pedido.

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Aconteceu!!! O beijo que todo mundo esperava.

Ate sexta que vem