Pov : Cherry
Sabe aquele silêncio desconfortante, que você não sabe o que fazer e a pessoa não ajuda nem um pouco?
Então.. está sendo exatamente assim e Jeff não ajudava em nada, ele andava acelerado se embrenhava no meio das árvores,e é um porre fazer isso. Conseguia pega-lo as vezes me olhando nos canto dos olhos, mas nem uma palavra saiu de sua boca.
Aquilo já estava me irritando.
- Falta muito para chegarmos ?- perguntei impaciente.
Ele não respondeu. Além de praticamente andar correndo agora vai me dar gelo?!
- Estamos andando a um tempo só me diz se vai demorar - continuei mas ele nada disse. Murmurei um " Que se foda" e Jeff parou imediatamente me encarando, com aquela agilidade sobrenatural jogou minhas costa contra um tronco de árvore, colocou ambas suas mão na mesma ao lado do meu pescoço, me impedindo de fugir.
- Se você soubesse o quanto eu quero te matar não ousaria nem falar - sussurrou colando seu peito no meu - É melhor calar a boca pirralha, senão eu corto a sua língua.
Engoli seco, algo dentro de mim se agitava, de todas as vezes que a gente se encontra (tirando quando ele deitou comigo ) acabávamos discutimos como duas crianças. Não sei porque mas Jeff fazia minha teimosia querer esmurrar a cara dele.
Mais além disso, outra coisa estava se agitando, meu coração estava com as batidas tão altas que tive medo que Jeff o ouvisse palpitar.
- Você não ousaria - respondi
- Você nem imagina do que eu sou capaz - seu tom era amedrontador e grave fizeram minhas mãos soarem.
( Acho que realmente sou louca) porquê minha respiração estava ficando descompassada.
Então Jeff riu
- Ora ora ora... você está toda corada - seus sorriso presunçoso me deixou tonta - Vai me dizer que nunca teve essa aproximação com um homem .
Não respondi, meu silêncio me entregava, virei meu rosto para o lado incapaz de encara-lo
- Não devia se sentir atraída por um assassino pirralha - sua voz prepotente e sexy fizeram minha cabeça ir nas nuvens (Mas que porra está havendo comigo ?!) voltei a encara-lo e respondi
- Não estou "atraída" por você - um sorriso maliciosos de tirar o folego apareceu nos seus lábios.
- Então por que fica ofegante quando eu faço isso ?!- ele colou todo seu corpo no meu, seu calor se misturou com o meu corpo me fazendo ( contra minha vontade) arfar. Jeff riu ainda mais se desgrudando.
Uma parte de mim deu graças a deus que ele se separou, e a outra ( talvez a parte que eu use parar ler revistas ) xingou por ele ter se afastado.
Fui traída pelo meu próprio corpo - que coisa linda !!! - eu conhecia o cara a dias e já arfava por ele ( não que Jeff fosse de ser jogar fora ) mas ele é um assassino, caramba, um assassino que tentou me matar. Era ridículo eu me sentir assim por ele.
- Chegamos - avisou enquanto a névoa sumiu, revelando a mansão.
Quando ficamos frente ao portão, ele se abriu violentamente e uma sobra negra muito rápida passou pelo jardim fazendo um barulho horrível.
- Eu falei parar ficar longe da minha filha Jeffry!! - era a voz de Slender, que parou bem a sua frente assumindo sua forma normal, seu tom de voz revelava o quanto estressado e irritado estava.
Me puis na frente dos dois, fazendo um sinal de 'pare' para o maior.
- Jeff não fez nada comigo, pelo contrário, ele me ajudou a vim velo - avisei
- Não tente defende-lo - rosnou
- Eu não faria isso se não fosse verdade .
Slender man então assumiu a postura ereta me encarando de baixo
- Ótimo, venha -falou, por fim dando as costas e indo a caminho . Suspirei e me pus a andar.
Entramos pela enorme porta e paramos na sala
- Então minha criança - apoiou as mãos em uma poltrona de couro, perto de uma lareira que se encontrava acesa - O que a trás aqui ?.
- Ontem você disse que era meu pai certo ?
- Certo
- Então, eu quero saber sobre tudo, quero saber porque não me contou a verdade antes, quero saber porque me deixou se é meu pai, e porque contar só agora ! - Slender suspirou saindo de trás da poltrona e sentando na mesma, encostou suas costas e colocou uma perna em sima da outra , juntou os dedos repousando no colo e me "encarou"
- Para responder suas perguntar preciso te contar tudo, e a história é muito longa - respondeu
- Não estou com pressa - eu permanecia em pé me recusando a deixa-lo mudar de assunto.
Enquanto ele suspirava dei uma olhada rápida em toda a sala, enorme e escura apenas com a luz da lareira iluminando o local, um enorme quadro se encontrava em sima da mesma coberta com o pano preto me dava calafrios, as grandes estantes cheias de livros empoeirados realmente me fascinavam - amo ler -.
Quando olhei para Jeff meu coração parou, ele também estava em pé encarando Slender man, seus olhos brilhavam refletindo o fogo e seus cabelos totalmente negros ressaltava sua pele, por segundos eu não conseguia tirar meus olhos dele, foi quando Jeff deve ter percebido minha falta de vergonha na cara e me encarou. Corei voltando a olhar para Slender
- Não posso te contar, não ainda -
- Pode sim ! você já me contou que sou sua filha, não saio da qui sem resposta, Você não pode apenas dizer que é meu pai e pronto - me sentei no sofá a sua frente.
- Tudo bem - se afundou mais no estofamento - Mas não posso te contar exatamente tudo, mas sim o resumo do resumo -
Fechei a cara e ele riu, pelo menos era alguma coisa
- Okay.
- Dezenove anos a trás eu conheci sua mãe, ela era uma mulher linda , mas muitas coisas nos separavam. ela era rainha dos seres da escuridão -
- Por que esse nome ? - minha curiosidade voltou a aparecer
- Porque eles não precisam de facas ou armas para matar, eles pode matar apenas com a escuridão e sombras - sua voz era séria e carregada e lembranças - Nós apaixonamos um dia, mas eramos de mundos diferentes e incrivelmente fortes, não podíamos ficar juntos ainda mais ela sendo rainha. Não ligando para isso, nos unimos mesmo assim e contamos nosso amor para todos, uns celebraram e outros acharam àquilo um convite para a guerra. Ela ficou gravida de você alguns meses depois e preparamos muitas coisas para o seu nascimento, quando ela estava de nove messes e você prestes a nascer fomos atacados por um exército das profundezas do inferno. O povo de sua mãe não existia plebeus só tinha seres das sombras com um poder inimaginável, acabaram com os outros em poucas horas, mas no meio da confusão eu e sua mãe tivemos que fugir pelo subsolo do castelo para que nada acontecesse com você. No meio do caminho ela se contorceu de dor e disse que você estava preste a nascer, não tinha nem uma pessoa especializada naquela hora e eu sabia o risco que era, ela fazer isso ali, mas não tivemos tempo, você nasceu nos meus braços - Slender se levantou vindo em minha direção se agachando tocando meus cabelos - Mas sua mãe não aguentou, um ser das sombras tem um nível de risco muito alto para gravidez. Mais antes que ela se fosse me deixou bem claro, que com sua morte ia ter uma grande guerra pelo seu trono, e queria você longe disso, longe de tudo do nosso mundo. Eu não tive escolha a não ser honrar o ótimo seu pedido e te mandar para o lugar mais longe possível, o mundo dos humanos. - Lágrimas já escorriam dos meus olhos me fazendo sentir uma nostalgia
- Você acha que foi fácil te deixar nas mãos de meros cuidados humanos ? - perguntou - Mas nem por isso eu deixei de ter visitar, eu te trazia para essa mesma mansão, mais você não podia ter contato comigo, então eu apagava suas memorias desses momentos.-

Eu não imaginava tudo aquilo, eu não esperava ouvir aquilo. Meu corpo estava paralisado enquanto as lágrimas rolavam sem pudor, eu me senti tão egoísta por culpar Slender de tudo, sem nem saber o que aconteceu.
Ele colocou sua mão no topo da minha cabeça e fleches de todos meus momentos com Slender man invadiram minha mente. Eu ouvia e via nossas conversas e risadas, eu correndo por toda a mansão e cuidado do jardim, a gente correndo pela floresta e brincando no meio da névoa. Foi quando o ultimo fleche veio a tona, eu devia ter uns 10 anos quando o vi pela ultima vez.
Quando tirou sua mão na minha cabeça eu saltei da poltrona e pulando em seus braços, a sensação confortante me trágia nostalgia.