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ʿ010ꜝꜞ 𝑺𝒕𝒓𝒂𝒏𝒈𝒆 𝒂𝒏𝒅 𝒐𝒃𝒔𝒆𝒔𝒔𝒊𝒗𝒆

ÁRTEMIS SENTIA UMA confusão de emoções dentro dela, cada pensamento contraditório apenas aumentando a intensidade da merda. Rick Grimes, com seu olhar atraente e sua  presença firme, tinha um efeito sobre ela que ela mal conseguia compreender. Era como se, ao estar perto dele, algo dentro dela se acendesse, algo que ela não tinha sentido em muito tempo, ou talvez nunca antes.

Cada movimento dele, cada palavra dita com aquela voz grave e firme, fazia seu corpo reagir de maneiras que ela não podia controlar. Era como se um fogo fosse aceso em sua alma, queimando com uma intensidade que a deixava desconcertada. Ártemis sentia seu coração acelerar, seu corpo reagindo a cada gesto e olhar, como se estivesse sob o feitiço de algo poderoso e inescapável.

Ela queria resistir, queria manter sua guarda, especialmente depois de tudo o que havia perdido e de todas as barreiras que havia erguido para se proteger da dor e do desespero. Mas, ao mesmo tempo, algo nela ansiava por mais, como se aquele breve momento com Rick tivesse despertado um desejo que ela nem sabia que existia.

Era como se uma gota de algo viciante tivesse sido colocada em sua língua, e agora, cada fibra do seu ser estava sedenta por mais. Havia uma urgência em seus sentimentos, uma necessidade incontrolável que crescia a cada segundo que passava ao lado dele. Ela queria mais do que apenas palavras trocadas ou olhares compartilhados; ela queria sentir a força dele ao seu lado, a segurança de sua presença, o calor de seu toque.

E, ao mesmo tempo, essa intensidade a aterrorizava. O medo de se perder novamente, de abrir seu coração apenas para vê-lo despedaçado mais uma vez, a fazia hesitar. Mas o desejo era avassalador, como uma maré que não podia ser contida. Ártemis sabia que estava em território perigoso, mas a atração por Rick Grimes era irresistível, uma força que ela não conseguia controlar, por mais que tentasse.

Cada instante ao lado dele parecia inflamar ainda mais essa sede insaciável, e embora uma parte dela soubesse que estava se aproximando do perigo, outra parte ansiava por se entregar completamente, desejando tudo o que aquele homem a sua frente poderia oferecer.

—— Estou ficando louca!— Ártemis balança a cabeça, assustando Athena, que lia tranquilamente as histórias em quadrinhos que Carl havia emprestado para ela no dia anterior.
A garota mais nova estava jogada no chão, enquanto Ártemis se olhava no espelho do quarto.

Ainda era difícil respirar sabendo que seus pais e seu gêmeo estavam mortos. Doía e talvez nunca fosse parar de doer. Mas elas ainda possuíam uma a outra.

—— Se está falando sozinha, eu acredito que sim. — Athena responde, sem tirar os olhos dos quadrinhos em suas mãos.

—— Tem razão. — Ártemis diz, ainda atormentada por seus desejos envolvendo um ex-xerife de olhos marcantes, sorriso bonito e braços fortes... A ex-coronel balança a cabeça novamente, tentando afastar a noite anterior de suas memórias.

—— Eu sempre tenho. — Athena responde a irmã, um sorrisinho convencido em seus lábios.

[...]

A ex-coronel estava ajudando Rick e seu grupo com as tarefas da fazenda naquele dia. Ártemis certamente não estava agindo como uma adolescente e seu primeiro amor, mas os músculos dos braços do ex-xerife estavam tensos, sobressaindo com o esforço físico, e tudo o que ela conseguia pensar era o quão fácil seria se virar, segurá-lo pela camisa e empurrá-lo contra uma das árvores ao redor. Seria tão simples encurtar a distância entre seus corpos, sentindo o calor de sua pele contra a dela, os lábios encontrando os dele em um beijo que ela imaginava ser ardente, sufocante. Era um pensamento imprudente, quase impulsivo, algo que ela não costumava ser.

Havia algo de incontrolável naquele desejo que crescia dentro dela. Toda vez que seus olhares se cruzavam, era como se uma faísca fosse acesa, um incêndio começasse a tomar conta de seu corpo. Ela queria ser racional, como sempre fora. Mas, caramba, era quase impossível.

Ela jogou o último fardo de feno no carrinho e olhou em direção ao horizonte. O sol estava começando a descer, lançando uma luz dourada sobre a fazenda, e o ar estava pesado de calor e poeira. Rick se aproximou, provavelmente para verificar o andamento das tarefas.

——Está tudo bem aqui? — ele perguntou, a voz rouca e baixa.

Ártemis demorou um segundo a mais para responder, ainda perdida nos pensamentos de momentos atrás.

—— Sim. — disse finalmente, limpando o suor da testa com a manga da camisa. —— Terminamos por aqui.

Rick assentiu, os olhos avaliando a área antes de se fixarem nela. Houve um breve silêncio, mas o suficiente para que o ar entre eles se tornasse denso e isso a atraía ainda mais. Ela queria dizer algo, qualquer coisa para quebrar aquele momento. Rick a observava atentamente.

—— Não sei o que estou tentando dizer. — ela riu nervosamente. —— Só sei que é difícil manter o controle quando estou perto de você.

Ela havia dito. Não tudo, mas o suficiente para que Rick entendesse. O suficiente para admitir, mesmo que parcialmente, o que vinha tentando suprimir. Por um momento, ele permaneceu quieto, como se processasse o que acabara de ouvir. Ártemis podia sentir seu coração batendo forte no peito, quase com medo da resposta dele. Mas então, Rick deu um passo à frente.

—— Todos nós mudamos. E às vezes, deixar de lado o controle é a única maneira de sobreviver a tudo isso.

Ártemis olhou para ele, surpresa pela compreensão que encontrou nas palavras. Ela nunca esperava que Rick fosse um homem de tantas nuances. Talvez, assim como ela, ele lutasse para manter o controle.

—— Eu não sei o que vai acontecer. — Rick continuou, os olhos agora mais suaves. —— Mas sei que, seja lá o que for, quero estar ao seu lado.

Aquelas palavras, tão simples, mas cheias de significado, quebraram algo dentro de Ártemis. A necessidade de controle que ela mantinha com tanta rigidez começou a desmoronar. Talvez, pela primeira vez, ela pudesse permitir-se ser vulnerável, permitir-se sentir. Não só por si mesma, mas por eles, por Rick, por tudo que poderiam ser.

Rick deu mais um passo à frente, encurtando a distância entre eles. Ártemis sentiu seu corpo reagir automaticamente, os músculos tensos, o coração acelerado. Ela podia sentir o calor dele, a presença forte e firme. Mas, ao mesmo tempo, havia algo gentil em sua proximidade. Ele não estava forçando nada, não estava exigindo respostas. Estava apenas... ali, ao lado dela, pronto para o que viesse.

—— Você não precisa decidir nada agora. — Rick disse, como se lesse os pensamentos dela. —— Eu só... queria que você soubesse que, seja o que for que esteja sentindo, estou aqui. Nós dois sabemos que este mundo já nos tirou muito. Não precisamos abrir mão de mais nada.

Ártemis ficou em silêncio por alguns instantes, absorvendo cada palavra. O que ele estava oferecendo era algo que ela raramente havia experimentado: paciência. Não havia pressão, não havia expectativas irreais. Apenas uma presença sólida, alguém em quem ela podia confiar, alguém disposto a esperar até que ela estivesse pronta.E, pela primeira vez em muito tempo, ela sentiu que podia baixar a guarda.

—— Eu sempre fui tão... controlada. — ela disse baixinho, quase mais para si mesma do que para ele. —— Sempre precisei ser. Quando se está no comando, as pessoas esperam isso de você. E eu... nunca tive espaço para pensar no que eu queria, no que eu sentia. Sempre era sobre o que precisava ser feito.

Rick acenou com a cabeça, compreendendo.

——Eu sei como é isso. Mais do que gostaria de admitir. Mas, às vezes, precisamos lembrar que somos mais do que as responsabilidades que carregamos. Ainda somos pessoas. Ainda merecemos sentir.

Ártemis estava acostumada a ser necessária, a ser útil, a manter todos em segurança. Mas agora, pela primeira vez, alguém estava lhe oferecendo um espaço para ser mais do que apenas a coronel. Ela podia ser apenas Ártemis. Ela suspirou, permitindo-se relaxar um pouco.

—— Eu não sei se sei como fazer isso.— ela admitiu, com um sorriso tímido. —— Deixar o controle de lado.

Rick deu um sorriso suave, um dos raros que ela havia visto nele.

—— Ninguém sabe, de verdade. Mas isso não significa que não possamos tentar.

Ártemis riu suavemente, sentindo uma leveza que não sentia há muito tempo. Havia algo libertador na ideia de simplesmente... tentar. De permitir-se ser vulnerável, de explorar o que quer que estivesse acontecendo entre eles, sem a pressão de ter todas as respostas.

——Você me surpreende.— ela disse, olhando para ele com uma mistura de curiosidade e admiração.

Rick arqueou uma sobrancelha.

—– Isso é bom ou ruim?

—— É... bom. — ela respondeu, ainda um pouco incerta sobre como colocar em palavras o que estava sentindo.

Rick manteve o sorriso, mas por dentro, uma tempestade de pensamentos se formava. Por trás daquele momento de leveza, havia uma confusão profunda. O que sentia por Ártemis crescia a cada dia, mas, ao mesmo tempo, ele não conseguia evitar o peso que Lori, sua ex-esposa, ainda exercia sobre ele. Lori estava viva, caminhando ao lado deles, fazendo parte daquele novo e perigoso mundo. E a presença dela não era algo que ele podia simplesmente esquecer.

Lori havia sido seu porto seguro. No antigo mundo, antes de tudo desmoronar, ela era sua parceira, sua confidente, a mãe de seu filho. Mas, desde que acordara do coma e se reencontrara com sua família, nada havia sido como antes. Lori havia encontrado conforto em Shane, o que Rick entendia em algum nível, mas ainda o machucava. A traição doía, mesmo que ele soubesse que a situação era extrema. E agora, Lori estava ali, tentando fazer reatar o casamento, tentando manter a família unida, mas havia uma distância, algo que nunca mais seria o mesmo entre eles.

Rick ainda a amava, mas não era mais o mesmo amor de antes. Era um amor que havia sido desgastado, corroído pela realidade em que viviam, pelas mentiras, pelas dores. Ele queria proteger Lori, queria cuidar dela e de seu filho, mas não sabia mais se aquilo era suficiente. E então, havia Ártemis. Ela despertava algo novo nele, algo que ele pensava ter perdido, a capacidade de sentir algo profundo, de se conectar com outra pessoa de uma forma que não envolvesse apenas sobrevivência. Com ela, havia espaço para esperança, e isso era assustador.

No entanto, Shane era outro fantasma que pairava sobre tudo. Ele e Shane haviam sido melhores amigos, irmãos de armas, confidentes. E agora, Shane era uma ameaça silenciosa, uma presença constante que o deixava inquieto. Shane havia se apaixonado por Lori durante sua ausência, havia construído uma vida com ela na cabeça, como se Rick estivesse fora do caminho para sempre. E desde que Rick voltara, Shane parecia incapaz de aceitar a realidade de que Lori ainda era, de alguma forma, ligada a ele.

A obsessão de Shane não parava em Lori, no entanto. Rick notava como ele olhava para Ártemis também, com uma intensidade que o deixava desconfortável. Shane sempre fora competitivo, mas agora, era algo mais perigoso. Havia uma tensão, um ciúme mal disfarçado, como se Shane estivesse constantemente testando os limites, querendo tomar o que ele acreditava ser seu. E isso irritava Rick profundamente. Shane já havia cruzado uma linha uma vez com Lori, e Rick não permitiria que ele fizesse o mesmo com Ártemis.

🧟‍♀️⛓️        Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar.

🧟‍♀️⛓️          Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay ♡

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