˚₊‧꒰ა Bônus ໒꒱ ‧₊˚
Depois da faculdade, eu fui para casa, me arrumar. Christopher me chamou para sair, então vesti a melhor roupa que tinha, verificando no espelho se estava bom. Coloquei o colar que ele havia me dado à pouco tempo e finalizei minha maquiagem, me sentindo um pitelzinho. Mesmo que dependendo de como o dia acabasse, minha maquiagem estaria completamente borrada, de um jeito bom, diga-se de passagem.
Verifiquei meu celular, esperando por uma mensagem de Chan, mas apenas vi notificações de Jeongin surtando por causa do presentinho que enviei a ele no final de semana. Apenas ignorei, se ele estava surtando, significava que meu plano deu certo.
Passei o meu perfume favorito, não apenas por ser meu favorito, mas Chris disse muitas vezes que eu cheirava bem, e bom, eu gostava de o agradar.
Sorri para mim mesmo no espelho enquanto aguardava um sinal de vida de Chan.
Desde a tempestade estávamos assim, em um rolo. Não definimos a nossa relação, só sei que tínhamos algo. E eu não sabia como me sentir em relação a esse algo, eu gostava de transar com ele, mas era só isso.
Essas saídas eram algo à parte. Apenas para nossa relação não ficar mais estranha do que já era. Afinal, ele tem idade para ser meu pai e somos professor e aluno. Talvez por isso não podíamos ser algo mais do que uma foda.
Enquanto afundava em meus pensamentos, recebi uma notificação de Chris, avisando que estava me esperando no carro.
Suspirei, antes de dar mais uma conferida no espelho, fingindo o melhor sorriso e pegando minha bolsa pendurada na porta.
Desci as escadas de casa de forma alegre, vendo meu pai dormindo no sofá em meio a suas garrafas de soju vazias. Fiz uma careta e abri a porta de casa com o maior cuidado do mundo, para não lhe acordar, mas falhei.
— Onde você pensa que vai? — Murmurou sonolento levantando o olhar.
— V-vou encontrar o Jeongin. — Menti descaradamente, para piorar gaguejei. Encostei a porta atrás de mim, já vendo o carro de Chris lá fora, como era possível ver o que acontecia do lado de dentro, preferi o poupar de ver aquilo.
— Vestido igual uma puta? — Questionou aumentando o tom de voz. — Saias são para garotas. Viadinho de merda.
Engoli em seco, segurando na barra da saia branca plissada que eu usava. Era sempre assim, ele sempre me forçava a trocar de roupa, então nunca pude me vestir da forma que eu gostava. Apenas quando eu estava na casa de Jeongin que eu podia usar as roupas que eu queria, pois ele não estava lá.
Meu pai levantou com dificuldade do sofá, talvez por conta de seu sobrepeso, e se aproximou de mim, me obrigando a recuar e encostar na porta.
— Saia assim e você nunca mais pisa aqui dentro. — Falou cuspindo, e limpei meu rosto com nojo.
Ele cheirava a álcool e aquilo me enojava ainda mais. Respirei fundo antes de lhe responder. Meu celular não parava de vibrar em minha mão, provavelmente mensagens de christopher, pude ver uma pela notificação.
"Tá tudo bem? Eu vi você na porta, mas você entrou de novo. Aconteceu algo? Quer que eu desça?"
— Não é como se eu odiasse essa ideia. — Murmurei para mim mesmo, mas devido sua proximidade, ele foi capaz de ouvir.
Não tive tempo nem de respirar, antes de sentir o atrito entre sua mão e meu rosto e minhas bochechas serem tomadas por vermelhidão e um ardor.
— Por isso a sua mãe se matou. Se o filho dela não fosse um ingrato e um viadinho de merda, talvez ela ainda estivesse viva. — Cuspiu em meu rosto novamente.
Engoli as suas palavras em seco, ficando calado e me virando de costas para ele, abrindo a porta. Enquanto saía, segurei o choro e limpei sua saliva de meu rosto, o ouvindo gritar todos os tipos de xingamento em minha direção, antes de fechar a porta com força.
Respirei fundo, engolindo o choro antes de abrir a porta do carro de Christopher. Sentei no banco em silêncio e bati a porta com um pouco de força.
— Finalmente.... — Murmurou sem olhar para mim. Mas quando olhou, seu rosto pareceu surpreso e preocupado. — O que aconteceu? Por que seu rosto tá vermelho?
Segurou meu rosto com sua mão direita, apertando um pouco minha bochecha para ver melhor a situação.
— Não é nada, podemos ir? — Tirei sua mão do meu rosto e coloquei o cinto de segurança.
Ele ficou em silêncio, respeitando meu tempo, eu gosto disso, de ele saber que eu não gosto de falar. Gosto quando ele me respeita, por isso gosto de estar com ele, ele cuida de mim. Seria estranho dizer que ele é como um pai para mim? Retirando a parte do sexo.
— Você está bonito hoje, por que não usa saia mais vezes? — Abriu um sorriso, e ligou o carro, começando a dirigir. Apoiando sua mão em minha coxa.
— Estou bonito? — Interroguei, não me sentia bonito, mas gosto de acreditar no que ele diz.
— Muito. — Olhou rapidamente para mim antes que voltasse sua visão para a rua. — Está usando o colar que eu lhe dei. — Comentou.
Segurei a pedrinha do colar, parecia um diamante, claro que não verdadeiro, ele nunca me daria algo tão caro. Posso ser seu aluno, ficante ou sei lá o que. Mas tenho noção que não sou importante o suficiente para que ele me dê algo tão valioso.
Coloquei minha mão sobre sua mão, enquanto ele acariciava minha coxa de forma carinhosa.
— Onde vamos? — Questionei com um pequeno sorriso no rosto.
Era isso, ele não precisava de muito, e já conseguia me fazer sorrir por horas.
— Um passeio. — Sorriu e eu sorri junto consigo.
— De novo isso? — Gargalhamos.
Durante o caminho ficamos conversando sobre a faculdade e escutando as músicas aleatórias que tocavam no carro. Quando finalmente Bang entrou no estacionamento de um local do qual eu não pude ver. Ele estacionou o carro e eu tirei o cinto de segurança.
Chris insistiu em abrir a porta para mim, então ele abriu a porta do passageiro e me deu sua mão para que eu pudesse me levantar, como um completo cavalheiro.
— Obrigado. — Agradeci de forma tímida e escondi minhas mãos atrás das minhas costas quando soltei a mão dele.
Entretanto, ele estendeu a palma de sua mão esquerda, como um sinal para que eu a segurasse. Ponderei sobre a ideia durante um bom tempo.
— Não é legal deixar um cavalheiro esperando. — Com sua mão direita, ele pegou em minha mão e a segurou com a mão esquerda. — Assim está melhor.
Me deu um sorriso brincalhão e eu apenas me encolhi.
Andamos em direção a porta do local, todos lá pareciam ser bem importantes, mas alguns se curvaram para Bang. O que me fez questionar se esse cara é somente um professor ou ele tem um trabalho secreto bem importante, já que ele cheira a rico, e é, e professores não ganham bem o suficiente para dirigirem uma mercedes.
Me lembrei de sua casa, é enorme, e muito moderna. Esse cara não é um professor qualquer, tenho certeza disso.
Quando entramos, era um restaurante bem chique e muito bem decorado, me fez ficar com medo de checar os preços do cardápio.
Paramos de andar e no momento que nos aproximamos de uma mesa, que logo a garçonete tirou a plaquinha de "reservado". Me sentei completamente envergonhado, todas as pessoas lá estavam muito bem vestidas, e eu parecia um intruso. Sabia que devia ter me vestido melhor.
— Está tudo bem, meu bem? — Perguntou de forma preocupada, com o mesmo apelido que me chamava todas as vezes quando estava sendo carinhoso.
— Sim, é que sei lá, todo mundo aqui parece tão arrumado e elegante, e eu vim vestido assim. — Olhei para as minhas roupas.
— Não tem nada de errado com a sua roupa. — Me deu um sorriso confortante e colocou sua mão sobre a minha que estava em cima da mesa de madeira. — E eu me segurei muito 'pra não te foder naquele carro. — Sussurrou de forma descarada, me arrancando uma risada sem graça.
Enquanto conversávamos, uma das garçonetes se aproximou e nos entregou o cardápio.
— Oi, Channie!!! — Falou animada, era uma garota jovem e parecia ter muita intimidade com Chris. — O que você vai querer hoje? Quem é esse com você? Seu filho?! — Brincou. — É brincadeira. — Falou em minha direção, como se eu não pudesse compreender o humor duvidoso dela, e de fato não compreendia.
— Não é meu filho. — Riu nasal. — Eu sou velho mas nem tanto. — Olhou em minha direção. — É o meu namorado.
Quando pulamos a parte do "quer namorar comigo?", desde quando namorávamos?
O interroguei com meu olhar mas me mantive quieto enquanto ele conversava com aquela menina.
— Woah, sério? Que fofos, fico feliz por vocês. — Sorriu para mim. — Boa sorte, cara. Ele é meio rabugento. — Sussurrou perto de mim.
— Não sou nada, sou um amor. — Chris reclamou. — E você, Dahyun? O que você tem aprontado?
Chan provocou a garota e eles ficaram conversando durante um tempo. Não prestei muita atenção na conversa deles, não era da minha conta. A garota voltou para a cozinha para que o chefe começasse os preparos, e logo após, voltou à nossa mesa, trazendo uma garrafa de vinho.
Observei ela colocado o vinho na taça de Christopher e logo em seguida pretendendo colocar no meu.
— Eu não bebo! — Falei rapidamente e ela concordou com a cabeça, voltando para seu trabalho logo após.
— Vai me deixar beber sozinho? — Fez biquinho e eu ri.
— Desculpa, eu só... — Suspirei. — Não gosto do cheiro.
Christopher franziu a sobrancelha parecendo pensativo por um bom tempo, antes de segurar minha mão novamente.
— Tem certeza que está tudo bem, meu amor? — Falou com um tom mais preocupado do que antes. — Eu sinto que tem muita coisa que você não está me contando. Você não precisa me contar se não quiser, mas saiba que eu sempre vou estar aqui para te ouvir, mesmo que às vezes seja só para ficar em silêncio.
Engoli em seco e acenei positivamente, a verdade é que eu queria chorar nos braços dele, mas eu não queria fazer escândalo em um local público.
— Posso ficar na sua casa de novo? Eu gosto de sentir seu cheiro. — Menti, não queria dizer que fui expulso de casa novamente.
— Pode, sempre que você quiser. — Sorriu pequeno e bebeu seu vinho.
No final, jantamos e saímos para caminhar e fazer a digestão. Paramos no banco de uma praça qualquer que tinha ali e eu fiquei observando as pessoas caminharem, enquanto Christopher parecia pensativo. Uma de suas mãos tocou na minha e eu segurei sua mão grande, vendo ele finalmente parecer pronto para dizer o que quer que ele tenha pensado o dia todo.
— Preciso te dizer algo. — Respirou fundo e eu assenti para que ele prosseguisse. — Fiquei pensando nisso o dia todo e... — Se interrompeu. — Lembra que eu disse para a Dahyun que éramos namorados? Então, eu realmente quero que você seja meu namorado. — Apertou minha mão com um pouco mais de força.
Abri a boca um pouco, fiquei surpreso, mas era algo que eu esperava já fazia um tempo. Não tinha erro, desde aquele dia, é ele que vem à minha mente quando penso no futuro.
— Você quer namorar comigo? — Sorriu, olhando em meus olhos.
— É, sim, óbvio!!!
| Obrigado a quem leu a fanfic até aqui, só tenho a agradecer a todos os comentários positivos. Essa foi a minha primeira oneshot (não a primeira fic!) e eu nunca gostei muito dela, mas ler os comentários de vocês me motivam e me fazem dar muitas gargalhadas! Obrigado demaissss.
E fiquem ligados que ainda tem o bônus Jeonbin para sair!
Deixem a estrelinha e comentem 'pa caralho, não sejam leitores fantasmas!
E esse é o fim. (Ou apenas um começo)
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