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Shisui Uchiha é adotado por um pequeno sèance

Shisui era um Uchiha diferente, em muitos aspectos. Ele amava sua família, mas era o primeiro a admitir que eles tinham sérios problemas que precisavam ser trabalhados. O extremo orgulho era um deles, a certeza de que eram melhores do que qualquer um. Isso os levava a puxar suas crianças até o limite e além.

Shisui pensava em Itachi, aos nove anos e já com o peso do mundo nas costas. Seu primo era um pacifista, ele nunca nem mesmo quis ser um shinobi, mas nunca teve uma escolha. Então tinha o pequeno Sasuke, que já começava a sentir como era ser comparado com o adorado irmão. Sasuke era uma criança esperta, sem dúvidas, acima do comum, mas nada comparado ao que Itachi era: um gênio que só surgia um ou dois em cada geração.

A comparação era cruel e Shisui temia o que isso causaria aos dois irmãos com o tempo.

Shisui? Shisui não teve uma infância por muito tempo. Ele experimentou guerra e morte em campo de batalha muito cedo e nunca teve uma chance de escolher outra coisa na vida.

Assim como o pequeno jinchuuriki nunca teria.

Shisui pousou no galho da árvore, observando curioso o que ele estava fazendo. Uma cesta de peixes recém capturados maior do que ele nos braços. Havia um pequeno campo limpo na clareira, com uma cesta de ervas e frutas colhidas e madeira alinhada para uma fogueira.

O shinobi olhou em direção a vila. Ele estava voltando de uma missão e tinha que reportar à torre e ao capitão ANBU, mas ver aquele projeto de gente sozinho na floresta, tão perto do território Nara ainda, era mais urgente.

Sentou no galho, vendo o pequeno separar os peixes e começar a tratá-los com cuidado com uma kunai bem afiada. Shisui havia passado alguns semanas em missão, mas ele lembrava que quando saiu da vila havia um shinobi, um ANBU, ajudando o pequeno Uzumaki a se aclimar em viver sozinho. Se fosse qualquer outro shinobi ele poderia pensar que havia deixado a raiva injusta no caminho da missão, mas Shisui sabia que havia sido Genma o escolhido. Genma, que havia sido ANBU da guarda pessoal de Minato, o qual Shisui sabia, mesmo que nunca ninguém tivesse lhe dito, que só podia ser o pai do garotinho.

Genma teria ensinado o pequeno Uzumaki bem, mais do que havia sido ordenado até. Ele sempre seguia Kakashi-senpai em desobedecer a ordem de distanciamento e cobrir ele quando isso acontecia.

Então Shisui não conseguia entender porque o garotinho estava no meio da floresta, capturando e preparando seu próprio jantar. Ele havia esbarrado com Genma na missão, então sabia que ele havia sido mandado para fora da vila já, mas ele sem dúvidas havia deixado o garotinho pronto para se virar da melhor forma possível. Se não pelo respeito que tinha pelos pais dele, pela certeza que Kakashi-senpai não ficaria nada feliz se não fizesse isso.

Shisui havia sido um dos que havia se oferecido para ajudar, mas sendo um Uchiha, que estava sob suspeita ainda na vila, ele não havia tido chance de ficar perto do jinchuuriki sozinho. O colocar na guarda rotatória havia sido o máximo que o hokage havia feito, em forma de boa fé e para tentar acalmar as águas entre a vila e o clã.

Não havia funcionado, claro.

Shisui se viu em um impasse no momento. Mesmo que estivesse em serviço ANBU ainda, um Uchiha interagindo sem supervisão com o jinchuuriki iria causar problemas para o clã, mas Shisui não podia apenas virar as costas e sair. Ninguém merece ficar sozinho assim. Havia algo muito errado em uma criança de cinco anos, que nem mesmo era um shinobi ainda, nessa situação.

"Ele parece triste."

Shisui nunca foi um de obedecer ordens sem uma boa justificativa.

Com um suspiro, se preparou para descer e se oferecer para acender a fogueira, mas não foi preciso.

"Katon: Tanebi no Jutsu."

Isso o fez pausar e voltar a se agachar, curioso. Observou olhos grandes fitando  o fogo criptando na fogueira, com um brilho que conseguia reconhecer bem, sendo do clã que era. Era um jutsu básico de fogo, ensinado muito cedo no clã Uchiha, mas para uma criança fora do clã, que havia começado a academia recentemente, era algo curioso de se saber.

Até então ele havia achado que as explosões eram causadas com tags explosivas. Selos estavam no sangue Uzumaki e Shisui sabia que Kakashi havia ensinado uma coisa ou outra a criança, mas parecia que não era o caso.

Não era para se surpreender, quando ele havia aprendido uma versão avançada de clones, mas todos haviam pensado que Kakashi-senpai havia o ensinado escondido.

O garotinho colocou os peixes espetados na fogueira, começando a jogar algo dentro de um caldeirão, o colocando na fogueira também. Shisui se retesou, pronto para interferir, porque ele estava perto demais do fogo, mas o garotinho nem mesmo se incomodou com as chamas.

Shisui sorriu de forma involuntária quando ele se sentou perto com um pequeno som contente, cutucando as chamas com um graveto, olhos grandes e coloridos fascinados nas chamas, um sorriso esticando as bochechas redondas.

"Piromaníaco." Shisui pensou, terrivelmente afetuoso. "Itachi que não me ouça, mas esse pequeno é mais fofo do que Sasuke."

"Quer também?"

A vozinha repentina quase o fez cair da árvore. Shisui prendeu a respiração, tentando detectar mais alguém por perto que teria deixado passar.

Improvável.

"Ele me notou? Desde o começo?"

Olhos grandes fitaram em sua direção na folhagem, piscando em curiosidade, esperando uma resposta.

"Bem, isso é inesperado." Uzumakis eram sensores natos.

E aquele pequeno Uzumaki era uma caixinha de surpresas, já percebia.

Shisui saltou da árvore, se movimentando devagar para não o assustar.

Embora não devesse temer isso, uma coisa que havia notado na guarda dele era que o pequeno Uzumaki não parecia temer muita coisa. O que era um grande problema.

"Oi, corvo."

O tom, terrivelmente tímido, fez com que Shisui se controlasse para não apertar as bochechas na sua frente. Agora entendia Itachi.

"Naruto-kun. O que faz aqui sozinho?"

O garotinho piscou e então apontou a fogueira. "Jantar."

Shisui dessa vez não conseguiu segurar a risada com o tom de óbvio da criança.

Shisui sentou com cuidado ao lado do pequeno Uzumaki e recebeu como recompensa um sorriso grande, enquanto peixes eram colocados e removidos na fogueira.

Um deles foi oferecido e aceitou. Shisui não devia remover sua máscara na frente de ninguém, nem mesmo um pouco. Olhou do peixe para a expressão da criança e deu de ombros. O que era mais uma regra quebrada? Já havia se aproximado do jinchuuriki, conversado com ele, não ido direto a torre ao terminar a missão para reportar.

Shisui, naquele momento, percebeu que estava descobrindo seu ponto fraco na vida, além de Itachi.

Ergueu um pouco a máscara, deixando sua boca de fora, pronto para comer com um sorriso mesmo que estivesse ruim. O que não estava.

Genma havia o ensinado bem.

"Por que não está fazendo jantar em casa?"

O garotinho mexeu o caldeirão, olhando dentro.

"Não tem coisa pra fazer, então vim pegar."

Shisui pausou em uma mordida no segundo peixe.

Ele tinha certeza que o hokage tinha dito que dinheiro seria dado semanalmente para o garotinho, para as compras e outros gastos. Geralmente órfãos fora de clãs que saiam do orfanato mais cedo tinham uma bolsa para despesas. Não era muito, mas existia.

Genma havia deixado os armários cheios, tinha certeza, porque ele era uma mãe galinha de primeira até com os ANBU. Duas semanas era tempo o bastante para isso acabar, mas ainda havia o dinheiro.

"O dinheiro acabou?"

"Não." O garotinho pausou um segundo. Shisui pensou que ele não falaria nada e o viu mordendo o lábio de forma ansiosa, olhando para o nada. Ele fazia bastante isso, já havia notado.

Os ombros pequenos caíram e ele o olhou de forma desconfortável.

"Ninguém quer me vender nada."

Shisui perdeu a fome no mesmo instante.

Claro que isso aconteceria. Em retrospecto era óbvio. Os civis não eram obrigados a vender para quem não queriam. Naruto podia ao menos entrar nas lojas? Shisui duvidava.

"Um deles vendeu." O garotinho continuou, cutucando o fogo. "Mas tava ruim."

Shisui fechou os olhos.

"Ruim?"

Ele assentiu, voltando a sentar ao lado, beliscando um peixe e feliz demais apesar da situação.

"Cheirando ruim. Gato-nii me ensinou a ver quando comida fica ruim, para não comer."

"Te venderam comida estragada?"

Ele amava Konoha, mas às vezes ele odiava as pessoas de lá.

"Ta tudo bem! Eu sei pegar minha comida."

Não, não estava tudo bem. Estava longe de estar bem.

"Eles não podem fazer isso, Naruto-kun."

Um dar de ombros foi a resposta. Os dois sabiam que eles fariam de qualquer forma. Pessoas poderiam ser cruéis. Ele sabia que havia lojas que ele seria bem-vindo, de pessoas que conheciam a origem de Naruto ou que não era idiotas para descontar raiva injusta em uma criança. 

Shisui olhou nos olhos heterocromáticos, se perguntando como alguém podia olhar para Naruto e ver o bijuu por isso.

Naruto era uma criança estranha. Ele falava sozinho e ficava fora do ar com frequência, o ar parecia estranho perto dele, mais gelado. Ele tinha uma obsessão não saudável com o fogo e pouco instinto de autopreservação, além de gostar demais de explosões. Ele também era a criança mais fofa que Shisui conhecia e terrivelmente sozinho. Ele conseguia entender Kakashi-senpai perfeitamente.

Naruto era precioso e não merecia o que faziam com ele. Ninguém merecia.

"O peixe está uma delícia. Você cozinha muito bem."

Um sorriso esticou as bochechas muito redondas. Shisui bagunçou o cabelo desgrenhado e cheio de folhas e riu quando o sentiu se esfregar em sua mão com o carinho.

Shisui sentiu um arrepio gelado ao seu lado e olhou, tenso, mas não havia nada ali.

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No outro dia, Shisui saltou para a janela de um pequeno apartamento. Ficava em uma zona menos abastada da cidade. Havia notado na noite anterior, ao levar um Naruto quase dormindo, que todo o bloco estava abandonado.

As pessoas haviam se mudado quando viram que o jinchuuriki morava lá. Shisui realmente tinha um desgosto das pessoas dessa vila às vezes.

Shisui abriu a janela, desarmando as armadilhas. Notou selos ali também. Havia notado outros na porta ao entrar na noite anterior. Nada que impedisse um shinobi, mas uma proteção efetiva contra civis.

E ele estava muito curioso sobre isso, porque Naruto era melhor em selos do que todos eles haviam percebido.

Saltou pela janela, sabendo que Naruto estaria na academia naquela hora. Carregou as compras e começou as colocar no armário e na pequena geladeira. Notou um banquinho no fogão, para que ele alcançasse, sem dúvidas.

Havia potes com plantas pela casa e notou uma pequena horta em andamento perto da janela, uma estufa improvisada. Era triste que alguém daquela idade fosse tão bom em sobreviver.

Olhou, curioso ao redor, sem vergonha alguma, fazendo notas do que mais ele iria precisar. Tinha certeza que quando Kakashi-senpai chegasse na vila os problemas de novas roupas seria resolvido, como ele havia feito ainda no orfanato, mas olharia com tia Mikoto se ela ainda tinha roupas antigas do Sasuke. Naruto era menor do que seu primo e sempre podia remover o símbolo do clã trás. E sendo Naruto, Mikoto ficaria mais do que feliz em ajudar.

Parou na mesa e viu um livro aberto. Sobre selos. Havia o visto antes, nas mãos de Kakashi-senpai. Havia outros pergaminhos espalhados ali, com katas e jutsus. Um livro sobre a história de Konoha, outros de áreas básicas. Surrados e usados, um ou outro recém comprado. Todos possuíam anotações para facilitar o aprendizado. 

Shisui deu uma risada. Isso explicava o conhecimento sobre os selos, ainda assim era impressionante, aprender em livros e sozinho não era para qualquer um. Isso também explicava as vezes em que viu Kakashi-senpai sair do seu quarto no alojamento ANBU com uma caixa de livros na mão.

Shisui voltou a janela, re-armando as armadilhas.

Sentiu um arrepio gelado e olhou ao redor, saindo de lá rapidamente.

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Na terceira vez em que foi deixar compras, encontrou um pote com um cacto na mesa, um bilhete de agradecimento feito em uma caligrafia torta e dinheiro para pagar os gastos.

Shisui ignorou o dinheiro. Ele morava sozinho e ganhava mais do que o suficiente em missões. Ele pegou a planta e nomeou "Kagami, o grande."

Quando contou isso a Itachi ele rolou os olhos.

Ele só estava com inveja porque Shisui havia encontrado um mini-fã também, e o seu era mais fofo.

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Na quinta vez em que ignorou o dinheiro, havia outra planta e um convite para jantar.

Shisui, claro, aceitou prontamente.

Itachi parecia receoso com a repercussão se alguém descobrisse, com todo o drama Uchiha acontecendo.

"Você está com inveja, porque ele tem cinco anos e me chamou para jantar e você não."

Shisui teve que correr de um katon, mas valeu a pena.

O jantar se tornou regular, semanalmente quando  estava na vila.

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Shisui notou que algumas vezes ao ir deixar compras, os armários já estavam cheios.

Consistia com novos livros aparecendo e com Kakashi-senpai retornando para a vila.

Kakashi-senpai possuía agora uma planta chamada Mr. Ukki no alojamento e Shisui apenas sabia que ele devia saber sobre ele também, se os olhares cautelosos que havia recebido eram alguma coisa nos primeiros dias.

Após algumas semanas eles sumiram e como estava vivo ele devia ter provado que não tinha nenhuma intenção nefasta.

Nenhum dos dois falou sobre isso, mas quando deixou as roupas antigas de Sasuke no alojamento dele, ao retornar elas tinham sumido. Tempos depois viu Naruto às vestindo, com o símbolo Uzumaki orgulhosamente nas costas.

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Quando Naruto fez seis anos, Shisui removeu sua máscara e se apresentou. Ele já estava ferrado mesmo se descobrissem, então não se importou. Naruto não pareceu muito surpreso por ele ser um Uchiha e não sabia o que pensar sobre isso, mas como todas as estranhezas sobre Naruto apenas aceitou e seguiu em frente.

Era bom nisso.

Shisui sentiu um peso em seu ombro, como se alguém houvesse colocado a mão em seu ombro. Sabia que se olhasse para trás não haveria nada lá.

Um arrepio gelado percorreu sua espinha.

Naruto olhou para um ponto atrás de Shisui, antes de retornar a tagarelar sobre plantas, separando um prato e colocando perto da janela. Para Kakashi-senpai, provavelmente. Havia notado o outro ANBU em um árvore perto da janela, os observando.

Shisui pensou na sua última missão, quando sentiu o mesmo arrepio na espinha. Um aviso que serviu para que desviasse de um ataque que havia deixado passar. Naquele momento ele entendeu como um aviso que salvou sua vida.

Soltou o ar devagar.

Tinha certeza que havia visto uma planta de Naruto se mover segundos antes.

Shisui olhou para o prato, ignorando quando ela se moveu novamente.

O curry que Naruto fazia era divino. Genma devia ter o ensinado recentemente. Parece que ninguém estava cumprindo ordens. O que era ótimo, ninguém iria o entregar se estavam quebrando a lei também.

Um vento frio bagunçou seus cabelos em uma carícia.

"O curry está maravilhoso, Naru-chan."

"Sério!?"

A criança mais fofa de todas. Shisui era sortudo.

Seu prato se moveu para o lado e o segurou.

Iria fazer inveja a Itachi quando ele voltasse da sua missão, sem dúvidas.

Notas finais

Não se preocupa, Shisui, você está a salvo com os fantasmas. E tio Tobirama não perderia uma chance de perturbar um Uchiha, mesmo morto!

Os fantasmas também estão ficando mais...presentes. Há uma razão para isso.

Como saber qual shinobi está desobedecendo às ordens do hogake: procure uma plantinha no quarto deles com um nome ridículo e vai encontrar uma.

Inclusive, Mr Ukki, a planta do Kakashi, é canon. Me dei a liberdade de usá-la. 

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