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Promise of Reunion

Cadê o otimismo?, perguntei a mim mesma para desanuviar a tensão que se alojava nos recantos mais profundos da minha mente racional. Tudo acabou bem no final, concluí tentando ser mais convincente, embora soubesse que meu esforço seria perda de tempo. Qualquer pessoa em sã consciência ficaria contente em completar uma missão importante com êxito apesar dos inúmeros contratempos e agora não poderia ser diferente. Sinceramente, fiquei feliz por saber que Ayden ficará em boas mãos e num lugar seguro, mas não me impedia de ficar um pouco angustiada.

Minha aversão natural por despedidas provavelmente tinha um grande papel no meu desconforto atual. Os dias foram repletos de um equilíbrio estranho de reconfortante familiaridade e visceral apreensão, duas oposições que se colidiam.

É de conhecimento geral que na vida sempre tem esses momentos em que temos que terminar um objetivo para que assim possamos começar outro. Acho que ninguém realmente está preparado para um adeus, afinal é terrível ter que cortar laços que aprendemos a cultivar com determinadas pessoas. Esse é um processo natural de todo ser, mas ainda entendendo isso não deixava de ser melancólico. Estava me afeiçoando a Ayden — e sua atual mania de imitar Dante —, tinha plena consciência desde o inicio da missão e era difícil pensar que teria um fim. Deveria ser uma regra: Nunca se apegue a nada e viva intensamente até onde puder.

A brisa suave entrou pela janela meio aberta e aliviou a temperatura estritamente abafada dentro do vagão. Me limitei a olhar para o trajeto pouco interessada, a única coisa que vinha a mente era aquela estranha e enfadonha sensação de desprendimento. Repreendi-me mentalmente por ser tão pessimista, em vez de pensar em dizer adeus devia aproveitar o máximo de tempo com o garoto. Poder ainda ouvir a risada dele, ver seu lindo e fofo sorriso também as grandes gemas azul safira que emitiam uma luz cálida e gentil. Uma criança que conseguia aquecer o coração do indivíduo mais frio e vil. Ana distraia Ayden com uma brincadeira que não soube ao certo o que é há uns bancos de distância e Dante relaxava no assento ao meu lado.

— Se eu for ganhar uma moeda por todas as vezes que você fica assim, poderia ficar rico — brincou, abrindo um dos olhos. — Se for o que aconteceu...

— Não exatamente — fui rápida em corrigi-lo. — Acho que chegamos na parte que a aventura acaba e todo mundo vai embora.

— A gente pode visitar o garoto. — Dante garantiu.

— Mesmo?

— Sim — se acomodou melhor no assento. — Facilitaria também se usasse um dos seus portais.

— Ainda não muito boa nisso — deu uma risadinha. — Mas vou treinar.

Sem muita insistência, paramos em uma lanchonete após mais uns bons minutos de percurso, Ayden sentou-se perto de Dante e escolheu o mesmo que ele: um sundae de morango. Os mais simples gestos perfeitamente iguais entre os dois, e a sutis diferenças eram que Ayden conseguia o grande feito de se sujar todinho; seu rosto estava tão melado de creme que parecia maquiagem de palhaço. Ana, que ficou do meu lado, segurava o riso, disfarçando com leves tossidas. Dante evidentemente se divertia com a tentativa do garotinho em imitá-lo, vez ou outra fazia movimentos rápidos demais para Ayden acompanhar, mas determinado do jeito que estava a ser "Dante" fez o melhor possível para segui-lo não se intimidando com o desafio imposto. Limpei o rosto de Ayden com um guardanapo, pacientemente tirando os resquícios da sobremesa que formavam uma estranha mancha cremosa. Dante bagunçou os cabelos dele de maneira que parecesse mais rebelde do que eram. Rapidamente Ayden arrumou para ficar semelhante ao penteado despojado de Dante, retornando a comer o que sobrou do sundae. Dante roubava umas colheradas quando o pequeno ficava distraído, fazendo Ayden questionar ingenuamente como comera tudo sozinho.

Terminamos de comer e recomeçamos a longa e cansativa viagem.

Chegamos a uma rua pouco movimentada, no final dela dava para ver uma igreja. A luz alaranjada do sol vespertino misturado a outras cores radiantes no céu ofuscou minha visão quando tentei ver mais detalhadamente para ter certeza o que era o lugar. Nos aproximamos gradativamente e minha dúvida fora apagada no instante que finalmente pude ver que se tratava do orfanato. Não esperava que tivéssemos próximos tampouco havia percebido quanto tínhamos passado.

— Que grande! — Ayden murmurou encantado. — É aqui?

— Pelo que parece é aqui mesmo — Dante respondeu, avaliando a construção antes de mirar Ayden com ternura. — Acho que esse será seu novo lar, garoto.

Sem cerimônias, Dante estendeu a mão para se encarregar de guiar Ayden para o que seria sua moradia. O semblante do menino se iluminou com o gesto gentil e quase imediatamente segurou a mão do meio-demônio como se tivesse realizado uma grande proeza. Devo ter subestimado a estima dele por Dante e visto sua ansiosa vontade de emulá-lo como uma necessidade natural de uma criança de se encaixar — não era só isso, Ayden admirava genuinamente Dante. Vê-los de mãos dadas com a atmosfera de pai e filho aqueceu meu coração desejando guardar aquele instante na memória.

— ... E o que você deve fazer? — o Devil Hunter questionou, me trazendo de volta para a metade da conversa em polvorosa.

— Defender os menores. — Ayden respondeu com toda alegria.

— Se você seguir isso tudo a risca, vai se tornar um homem melhor do que eu sou — Dante assegurou com um sorriso orgulhoso.

Me adiantei, pegando na mão livre de Ayden que me olhou com curiosidade antes de apertar de leve a mão em aceitação. Fiquei muito vidrada em como as circunstâncias me deixavam a beira do colapso de estresse que esqueci que nem sempre um adeus era definitivo e, sobretudo, que o pequeno também estava processando a mudança.

Uma senhora vestida de freira veio em nossa direção sorrindo pacificamente, como se estivesse pronta para nos acolher — o que era de todo verdade. Ayden ficou nervoso, então olhou para nós em busca de apoio vendo a tranquilidade de Dante juntamente com o sorriso animador de Ana, ele se acalmou.

— Sejam bem vindos — a freira disse em tom benevolente. — Sou a madre Cecília e você — ela agachou ficando na altura do garotinho assustado — deve ser o pequeno Ayden, estou certa?

— Sim, prazer em conhecê-la. — Ayden se apresentou de maneira formidável, tão adorável quanto possível. No entanto, ainda conseguia ver através da tensão que emanava de seu corpo. Havia um brilho nos olhos e lábios tremulavam dando a entender um choro iminente.

— Não fique assim, pequeno, aqui você será bem tratado.

— Ele está um pouco nervoso com o novo ambiente. Aliás, eu sou Diva, esse são Dante e Ana.

— É um grande prazer conhecê-los — ela abriu um sorriso sincero e amoroso — Bem, para que tudo fique mais esclarecido não querem ver o local para irem se familiarizando?

A madre caminhou na frente mostrando o jardim onde crianças brincavam animadas, algumas passavam correndo por nós. Havia uma grande sala de recreação, bibliotecas e quartos decorados com temática infantil. O impressionante era que para um lugar repleto de crianças agitadas tudo estava bem limpo e organizado. Aos poucos Ayden foi perdendo o receio e explorou os cômodos com a típica curiosidade.

— Aqui temos todo aparato necessário para acomodar nossas crianças para lhes oferecer conforto e a segurança de um lar. — anunciou serenamente.

— Viu, Ayden, não há nada de assustador aqui — Ana afagou a cabeça de Ayden. — Você terá tudo que precisar.

Dante se ajoelhou, ficando em uma altura razoável, para poder conversar com Ayden de igual para igual.

— Lembra do que eu falei?

Ayden assentiu.

— Cresça bem e feliz, garoto. Sempre que eu puder venho te ver. Da próxima vou te ensinar algumas coisas interessantes.

O pequeno se lançou em um abraço contra Dante que o recebeu sem reticências, consolando-o.

— Fazer essa viagem com vocês foi divertido — Ayden disse  entusiasmado. — Obrigado.

— Não agradeça, garoto. Ainda teremos muito o falar.

Ayden assentiu, estendendo o punho fechado e Dante bateu em sinal de cumplicidade — ou camaradagem — como dois amigos de longa data, ou pai e filho em uma retratação de um carinho paternal bem fofo. Ayden caminhou até Ana, encarando-a.

— Eu sentirei sua falta, principalmente da sua companhia e das coisas legais que me contava.

— Eu também sentirei, Aydenzinho — Ana beijou a testa dele, em seguida abraçando-o — Se cuida.

Preparei-me psicologicamente para dizer algo que não fosse triste demais ou idiota, engolindo a vontade quase incontrolável de chorar.

— É isso — comecei tentando soar divertida — Um adeus é sempre difícil.

— Nos veremos outra vez? — Ayden inquiriu, sério.

— Não sei, talvez. Pode ser que quando voltarmos a nos encontrar você já seja um homem.

Ayden sorriu.

— Então me prometa que iremos nos reencontrar novamente? — Ayden mostrou o dedo mindinho.

— Sim, uma promessa de reunião. — sorrindo, uni nossos dedos selando a promessa.

— Posso pedir uma última coisa, Diva?

— Sim, claro que pode.

— Me põe para dormir uma última vez.

— Madre, eu posso?

— Não precisa pedir, além disso, é importante que Ayden se sinta melhor e se isso ajudar então que seja.

Ayden segurou minha mão e guiou-me para onde deveria ir. O quarto estava com inúmeras camas organizadas e alinhadas, havia nomes dos donos de cada uma. Ayden sentou-se na cama que lhe fora designada. A noite ainda não tinha aparecido e tomado o céu na mais completa penumbra. No entanto, pelo dia repleto de agitação, Ayden deve estar exausto. Ajudei a retirar seus sapatos e deitei-o, cobrindo com um fino lençol. Ajoelhei-me junto a ele, observando suas ações para se ajeitar numa boa posição.

— O que pretende fazer depois que for embora?

— Não sei, tirar férias é uma ótima alternativa.

Ele desviou o olhar.

— Por que continua evitando o inevitável? — a questão dele me deixou abismada, geralmente uma criança nunca diria algo assim. Mas conhecendo Ayden, sabia da sua mentalidade madura para a tenra idade.

— Como?

— Você tem estado comigo, atuando como se tudo estivesse bem, mas não está. Parece que não está pronta pra lidar com algo que a incomode. — Ayden resfolegou. — Tente se manter forte e não se preocupe com o futuro, ele não foi escrito.

— Pelo visto você é uma caixinha de surpresas. — brinquei, apoiando a cabeça em minhas mãos repousadas no colchão. — E para alguém tão jovem você é muito esperto.

— Senti que você precisa escutar isso.

Respirei fundo, processando as palavras que ele dizia pondo-as na balança da minha consciência. De certa forma, elas faziam sentido enquanto refletia.

— Pequenino, muito obrigada. Você tem toda razão.

— Espero que um dia eu volte a te ver e prometo que eu irei te proteger.

— Eu tenho certeza que sim... Adeus, pequeno!

Depositei um beijo demorado na bochecha dele, arrancando um riso abafado. Ayden se arrumou bocejando, e ficou de costas para mim. Levantei-me para me retirar, mas parei quando o ouvi me chamar.

— E mais uma coisa: Mesmo com o grande amor que possui, você não pode proteger a todos.

Fiquei estática, completamente desorientada.

O que ele quis dizer com aquilo?

O estranho efeito do choque quando sai do quarto passou imediatamente assim que cheguei onde me esperavam do lado de fora. As folhas dos carvalhos próximos se agitaram conforme a intensidade da brisa.

De longe avistei Dante e Ana.

O vento que soprou transpassando por meu corpo, relaxou-me afastando qualquer pensamento negativo ou dúvida que tentasse permear por ali. Somente havia um objetivo que ansiava cumprir, agora que tenho certeza absoluta do que realmente deve ser feito, não deixaria nada atrapalhar. E de repente, senti uma determinação crescente tomar meus sentidos, por que depois da esclarecedora conversa com Ayden pude adquirir coragem para assumir algo que deveria ter feito há muito tempo. Uma coisa cuja importância significaria uma mudança abrupta no meu destino. A partir daquele momento, tenho decidido o próximo passo e sem arrependimentos. Com a confiança renovada, avancei chamando a atenção para mim.

— Já está tudo certo, Diva? — Ana indagou.

Assenti.

— Agora temos que voltar; Eu preciso fazer algo que venho adiando tempo demais, estou preparada e disposta a enfrentar meu destino e saber de toda verdade. Tenho que ir a Mag Mell e ter essa tão importante conversa com Alexander, há muitas coisas pendentes.

Dante tocou meu ombro.

— Terei o prazer de te ajudar nessa busca, doçura. Conte comigo.

— E comigo também, Diva — Ana falou, firme.

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