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CAPÍTULO 3


— Marissa! O garoto está te esperando, se apresse!

Ouço minha mãe gritar e me confiro ao espelho, verificando se estou bem arrumada e não estou passando nenhum tipo de vergonha com a roupa em que vestia. Ao terminar de me aprontar, desço as escadas ansiosamente, procurando por meu Tio Kurt para me dar qualquer elogio.
Por mais que eu não quisesse demonstrar, esta festa me significava muito mais que só uma maneira de adaptação, mas sim um divisor de águas em minha vida. Uma maneira de me catapultar a popularidade. Isso poderia me custar muito no futuro, mas naquele momento eu tentava deixar os pensamentos negativos de lado.

— O Garoto. — diz minha mãe pausando e arqueando a sobrancelha conforme olha para Charlie. — Como é seu nome mesmo?

— Charlie senhora. — ele limpa a garganta e volta a falar. — Charlie Lubeck.

— Isso. — ela sorri. — Charlie está por aqui a quase uma hora. Logo o rapaz vai desistir se demorar tanto.

— Estou aqui, mãe.

Chego até a porta, onde vejo Charlie me conferindo dos pés a cabeça juntamente a minha mãe e meu tio Kurt, que dava leves cotoveladas em minha mãe indicando até mim.
Lubeck, diferente dos outros, não havia esboçado expressão nenhuma, apenas um sorriso surpreso que naquele momento parecia que o jovem tinha se agradado com meu outfit. O que poderia ser tanto uma teoria quando uma esperança, já que era essa a intenção que gostaria de causar nas pessoas.

— Ma-Ma-Marissa! — ele levantou a sobrancelha, ainda tentando completar uma simples sílaba de meu nome. — No-Nossa! Uau, cara…

— Tudo bem, depois você elogia, agora vão logo, porque estão demorando demais. — Tio Kurt disse, me empurrando até a porta e me dando um beijo carinhoso no rosto, um tanto quanto apressado. — Mari você está linda como sempre, o garoto também. Se divirtam, tchau!

Ele fechou a porta antes que eu pudesse dizer uma palavra, o que fez com que eu e Charlie pudéssemos rir, nos direcionando até o carro do jovem de olhos azuis, que passava o tempo todo se arrumando e me observando cautelosamente. E eu percebia.
Apesar de no início me sentir envergonhada, foi diferente receber este tipo de atenção de Lubeck. De algum modo, queria me sentir bonita e que ele reparasse nisso. Reparasse em mim. Significava algo que nem eu mesma poderia descrever naquele momento. Ou melhor, nem sabia.

❣️

Demoramos cerca de 25 minutos para chegar até a casa dos Hernandez, e eu diria que foi um dos passeios mais divertidos que já tive. Durante todo o caminho cantamos, jogamos e conversamos das coisas mais aleatórias possíveis, o que era engraçado, já que até aquele momento, não me abria com ninguém com exceção de Tio Kurt. Algo em Lubeck me deixava segura de rir, conversar e sentir emoções sem julgamentos, coisa que havia me retraído durante todo aquele tempo.
Ao chegarmos na casa dos Hernandez, pude desconfiar se realmente estava querendo ir nesta festa. A frente da casa continha uma mistura de fragrâncias bem peculiar: cigarro, baseado e álcool. Me senti em um ponto de tráfico, e quem parecia estar gostando menos ainda era Charlie, que arregalava os olhos para mim e balançando a cabeça em reprovação. Ele sabia que poderíamos estar encrencados.

— Fala sério! É aqui que você pretende arrumar amigos?

— Ah, para! — digo isso conforme retoco minha maquiagem no espelho do carro. — Como eu poderia imaginar que seria assim?

— Se chama festa do sexo! O que você esperava? — ele dizia, me observando ainda sem jeito, mas disfarçando para que eu não pudesse perceber.

— O que foi? Tem alguma coisa errada? Algum borrado? — olho pra ele com um sorriso ainda que tímido, mas esperando sua resposta.

— É… T-Tem um borradinho aqui… — Lubeck diz, um tanto quanto vermelho, e se junta a mim, passando delicadamente o dedo sobre meus lábios para limpar o excesso. — Eu acho que devemos ir embora, conheço uma lanchonete aqui perto que…

De repente, o olhar de Lubeck se fixava em meus lábios, o deixando imóvel por alguns segundos, com o mesmo acontecendo comigo. Com uma distância mínima entre seus lábios e os meus, pude sentir sua respiração ofegante sobre meu pescoço mais forte que nunca havia sentido qualquer garoto, e de alguma forma, queria sentir seu gosto. Me inclinei, quis buscar a atitude que sempre tive em mim para dar o primeiro passo. Eu queria aquele beijo. Precisava dele. E estava próximo de alcançá-lo.
Com seus lábios quase juntos aos meus, apenas ouço um barulho vindo da janela, como se estivessem nos chamando, cortando totalmente qualquer tipo clima que pairava no ar.

— Desculpa atrapalhar o momento… — diz Emilly, com um sorriso envergonhado e o mesmo olhar sedutor que a acompanhava todo momento. — Vamos começar o sete minutos no paraíso daqui a pouco e tem uma vaga no estacionamento sobrando, porque não param o carro lá?

— Acho que nós n…

— Já estamos indo! — corto Charlie antes que ele termine a frase, saindo do carro no exato instante. — Vou entrando, Lubeck. Você pode parar o carro lá?

— Certo, então… — diz Lubeck, ainda que envergonhado pelo momento que acabara de acontecer e que, para mim, já havia sido cortado da memória.

Adentrei a festa e para minha surpresa, era bem pior que eu jamais havia imaginado.
Haviam jovens vomitando no banheiro, garotas tirando a roupa para homens no sofá e pessoas se esfregando uns nos outros em todo canto. A única pessoa que vi se comportando era um rapaz de pele escura e camisa xadrez, que segurava caneca de café e alguns livros partindo até o corredor de quartos da casa. Talvez um pouco inconveniente se for apenas um convidado comum.
Conforme andava e observava a festa, pude ter uma miragem daquilo que parecia ser um sonho antigo: o rapaz que tinha visto no colégio a algumas semanas atrás, o deus grego. Apesar de não conseguir vê-lo de perto, o vi sorrindo para seus amigos e bebendo alguns shots, ainda com a jaqueta do time da escola.
Antes que eu pudesse tentar me aproximar e de fato conhecer aquele pelo qual eu tanto admirei, Emilly novamente aparecia, assumindo de fato seu manto de “estraga-prazeres”.

— Gata, estava te procurando! — diz a cheerleader, passando a mão carinhosamente sobre minhas bochechas. — Venha, quero te apresentar a casa e aos meus amigos!

Não pude sequer dizer que não, já que a mesma segurou meu braço apertado e novamente aquele que parecia ser o garoto mais bonito que já havia conhecido sumira como um vulto.
Confesso ter ficado um pouco irritada, mas tive de disfarçar isso no momento em que Emilly me apresentara a Nellie, sua irmã mais nova, que não parecia muito contente em me ver. De fato, a garota parecia estar irritada, mas acredito que não era só comigo, mas sim com todos os que ali naquela festa estavam.

— Eae. — dizia Nellie, sem muito mais falar, apenas virando as costas para mim, querendo cortar qualquer assunto que pudesse nascer dali.

— Nellie, venha aqui! — diz Emilly, segurando o braço de sua irmã para que a mesma continuasse na conversa. — Essa é a menina nova que te falei!

— Ah! A garota que você está tentando transformar em sua nova Minion? Uhum, estou fora dessa palhaçada, obrigada por avisar. — Nellie bufa e sai, deixando sua irmã ali, um tanto quanto envergonhada.

Conforme Nellie saía um tanto quanto irritada, um rapaz de cabelos loiros, olhos verdes e um pouco bêbado colocava seus braços sobre Emilly, dando algum tipo de bebida para a jovem, que ria envergonhada.
O rapaz ficava me observando e julgando pelos olhos, o que me deixou incomodada, confesso.

— Dia difícil? — ele dizia, conforme massageava suavemente os ombros de Emilly.

— Você nem imagina. — Emilly ri, voltando sua visão para mim. — Não se preocupe, não é nada contigo. Ela terminou o namoro recentemente com um dos amigos de meu namorado e obviamente, ele veio a festa. Digamos que isso a incomodou um pouco…

— Tudo bem, não se preocupe… — digo olhando para o rapaz de fios loiros. — Seu namorado?

— Não! — ele fixa seu olhar a Emilly, que faz o mesmo, e ambos coram. De alguma maneira aquilo não soava uma amizade. — Somos apenas amigos! Aliás, prazer, Maxfield O'Connor.

❣️

Depois de alguns drinks e conversas, aquela festa tinha saído de um lugar entediante com gente drogada para uma das melhores que eu já havia feito em toda minha vida. Charlie tinha preferido ficar sem beber, até porque estava dirigindo, já eu… Digamos que estava um pouco “mole”.

Durante a festa, me sentia com um guarda costa ao lado, já que Lubeck passava a noite inteira controlando as bebidas que eu podia tomar e meu caminho, pois eu mesma não estava em muitas condições para isso.

Por conta de meu atual estado, o garoto de olhos azuis resolveu me levar para casa, indo até o estacionamento da casa buscar seu carro. Como isso demoraria alguns bons minutos, resolvi me jogar ao sofá no meio de dois casais aos amassos da maneira mais desconfortável que um ser humano poderia fazer tal ato e, para me esconder de tamanha humilhação, apenas fechei meus olhos e fiquei ali, por uns bons segundos.

— Vem gatona, vamos começar o sete minutos no paraíso! — dizia Emilly me puxando do sofá, que levantava, ainda que lenta e sem saber o que estava acontecendo direito.

Emilly me levou em um círculo de pessoas que, ainda que bêbados, pareciam melhores que eu. Entre eles, não pude deixar de notar Nellie, Maxfield e o mais surpreendente: o deus grego do William McKinley. Ele estava lá, sentado ao lado de Maxfield e outro garoto de cabelo preto e olhos azuis, sorrindo.

Não pude agir com o garoto, estava envergonhada de chegar bêbada a falar com ele e sabia que Charlie ficaria muito bravo de eu ainda estar no jogo enquanto eu deveria esperá-lo para ir embora, mas não pude evitar. Depois de algumas rodadas, chegara a minha vez de girar a garrafa e mesmo que eu estivesse tonta, fiz animada, mas com medo de que eu fosse fazer a brincadeira com alguém muito ruim. Até que a garrafa parou e o resultado chocou: eu iria fazer com Junior, ou melhor dizendo, o deus grego das américas.

— Não se esqueça, são só sete minutos. — dizia Emilly, conforme me dava tchau antes que eu entrasse na dispensa. — Aproveite!

— Cara, são sete minutos, da pra aproveitar bastante nesse tempo. — dizia Maxfield conforme Junior entrava na dispensa, ainda sem olhar para mim, porém, rindo.

O primeiro minuto na dispensa foi um real pesadelo. Junior estava encostado na dispensa com sua sobrancelha levantada, só esperando qualquer atitude minha, enquanto eu fazia o mesmo que ele, com excessão da parte de o observar durante um minuto completo, ainda boba por encontrar um cara tão bonito.

— Você não fala não? — dizia Junior, conforme mexia nas coisas da dispensa.

— Desculpa, é que você é muito gato e… — interrompo minha frase antes que pudesse falar mais besteira, já Junior apenas solta um sorriso e coloca a mão no pescoço, se esticando. — Meu Deus! Estou bêbada, não leva a sério as coisas que falo, por favor.

— Marissa, não é? — ele solta uma risada e volta a falar, olhando para mim atentamente. — Porque veio para Ohio?

— É… Marissa… — digo um pouco confusa e até mesmo surpresa, apesar da aparência de mulherengo do rapaz, ele não tinha tentado nada comigo até o momento e o julgamento precipitado me deixou surpresa em saber que tudo que ele queria era saber sobre mim. — Bem, não foi uma escolha minha… Sendo sincera, até um mês atrás eu estava odiando vir pra cá.

— Ah é? Porquê? — ele diz, se sentando sobre o chão e observando a dispensa, que não era das mais bonitas. Vendo sua ação, resolvi seguí-lo e sentei-me também.

— Sendo sincera, eu nunca tive um lugar específico por conta de meu pai e… Enfim, deixa pra lá, é coisa boba… — digo e volto a me calar, me cortando automaticamente. Era difícil me abrir para alguém sobre estes assuntos, principalmente alguém que acabara de conhecer. — É só difícil estar em um lugar novo a todo momento…

— E não se sentir acolhido em lugar nenhum… — ele completa minha frase como se a entendesse perfeitamente e, sem muito responder, apenas balanço a cabeça, concordando. — Sabe, sei que agora ambos estamos bêbados e possivelmente só estamos tendo aquele tipo de conversa em que refletimos sem pensar, mas… Tenho algo que pode ajudar. — ele limpa a garganta e volta a falar. — Quando moleque, tive diversos problemas de adaptação. Não tinha amigos, não tinha pessoas ao meu redor, exceto uma menina da minha idade. Andávamos juntos para todo lugar, éramos como irmãos, até que ela foi embora… — ele encosta a cabeça na parede. — No começo foi difícil, sozinho, sem amigos, fiquei praticamente 2 ou 3 meses sem falar com ninguém da minha idade, mas passou. Encontrei algo que eu gostasse e que ainda estava retraído em mim, os esportes, e com isso pude encontrar novas pessoas com os mesmos gostos que eu e muitas outras motivações através disso, entende? Procure algo que você gosta e trabalhe nisso, assim nenhum lugar vai se tornar tão vazio…

Ficamos nessa conversa durante maior parte de nosso tempo lá e, por mais que eu não estivesse digerindo metade de suas palavras por conta da bebida (e provavelmente muito menos ele as minhas, já que nem a falar eu estava), pude sentir que ele realmente entendia minha situação e passou por algo parecido, o que me deixou mais próxima dele e, de alguma forma, mais acolhida. Durante estes sete minutos, pude esquecer sobre meu pai, Charlie, Tio Kurt e qualquer outro, e isso foi muito bom.

— Faltam 30 segundos! — dizia Emilly, anunciando nossa saída da dispensa. Após o anúncio, Junior levantara com pressa e eu apenas segui seus passos, meio tonta.

— Acho que é isso. — diz Junior, arrumando sua roupa. — Foi muito bom, espero vê-la no McKinley, certo?

Ao me levantar, antes mesmo que eu pudesse completar a palavra “Certo”, pisei no cabo de uma vassoura caída sobre o local, tropeçando assim na mesma. Junior segurou-me, com pressa, e ali aconteceu o que mais pude esperar: meus olhos cruzaram-se com os dele e, com uma mistura de tensão sexual e bebida, pude beijá-lo sem nem pensar duas vezes. Sim, beijei o deus grego americano.

O beijo foi delicado, doce e no momento parecia um conto de fada, apesar do cheiro de produto de limpeza na dispensa e álcool em nossos lábios, mas no momento, tudo parecia se encaixar como um livro de romance, exceto por Junior, que mesmo parecendo querer o beijo, afastou-se rapidamente como se tivesse se arrependido. Tinha sido ruim para ele?

❣️


E o drama não parava por aí. Enquanto me alimentava de amores por Junior em seus sete minutos no paraíso, alguém tinha tido sua uma frase no inferno, ou melhor, sua notícia ruim.

— Emilly, onde está a Marissa? — dizia Charlie, que agora voltara com algumas flores em mãos e um olhar cansado. — Estou procurando ela pela festa toda e não acho…

— Primeiro, porque você está com os lírios do meu jardim? — diz Emilly, apontando para as flores e se apoiando em um balcão com uma cara cansada. — A Marissa está na dispensa com o Junior, jogando sete minutos no paraíso.

— Calma… — diz ele, derrubando as flores sobre o chão e com um olhar triste. — Junior? Bryce Hall Junior?

— Ele mesmo. — Emilly diz, rindo e saindo conforme arruma o cabelo. — E se eu fosse ela aproveitava, não é todo dia que deixo meu namorado ficar com alguém de graça não. Se ela for esperta, já deve ter dado pelo menos um beijo.

E parece que o deus grego é, na verdade, meu ex-irmão de consideração, além de comprometido. Como eu iria ficar ao descobrir que meu sonho se tornou um pesadelo antes mesmo de começar?






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