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#4 Uma Recepção Real {Revisado}

Eu estava muito atarefada. Meu pai havia partido em uma longa viagem ao Reino Awstrair para visitar seu grande amigo Eliot, o rei, e me deixou como responsável pela recepção dos convidados desta noite. O mesmo iria chegar minutos após a recepção começar, por esse impedimento não daria para me ajudar na organização. Em razão disso, convidei para me ajudar Madalena, a antiga dama de companhia de minha mãe, que atualmente cuida dos serviçais da cozinha do castelo. O jeito que ela e minha mãe, Sofia, planejavam suas recepções sempre me deixava de queixo caído — como os plebeus dizem — e cada detalhe que ela se propunha a arrumar, eu conseguia ver minha mãe.

Nesta noite de lua minguante, vinham ao castelo Beatrici, irmã da minha mãe, seu marido, Oliver, e quatro filhos. A mais velha se chama Clarice, que insiste em copiar tudo que faço, dois anos mais novo é Olav, que particularmente é o que mais me apeguei, ele ama livros assim como eu. Os outros dois são pequenos gêmeos de nove anos, Kaik e Henrique. Eles vivem dentro do reino, em uma casa que para todos é considerada grande, mas para Clarice é razoável. Eu gostaria muito de saber o que ela entende por razoável.

No nosso reino temos uma divisão entre os que apoiam meu pai e os que não o apoiam. Os que lhe apoiam ficam ao redor do castelo, tendo proteção contra ataques rebeldes, mais mantimentos e segurança. Já os que não apoiam são considerados rebeldes de um jeito “diferente”, pois eu não os consideraria por ter apenas opiniões distintas.  Essa parte mais pobre mora em Metrocy, parte do reino que fora destinada aos que meu pai considera descartáveis.

Há dois tipos de rebeldes: os que não possuem terras, que tentam atacar qualquer reino para poder ter um lugar para viver, e os que não apoiam o reinado do meu pai.

No tempo em que minha mãe estava viva, ela ordenou que construíssem um mercado que até hoje é o único meio de sobrevivência dos rebeldes que vivem em Metrocy. Já os que apoiam meu pai, tem direito a uma posição importante na corte ou não precisam trabalhar se não quiserem, pois são sustentados pelo monarca.

Nosso reino não era assim, tão monárquico. Teve um tempo onde a alegria predominou à todos e as oportunidades eram similares, mas isso foi há anos. Tudo foi arruinado quando um certo homem desconhecido chegou em nosso país, não éramos organizados, não tínhamos regras nem leis e ele achava isso um absurdo, em função disso quis tomar nossas terras. Por este motivo iniciou-se uma guerra que foi denominada como Massacre do Controle — nome dado pelo primeiro rei de Islerin, Scar. O conflito custou para findar. Tivemos apoio dos reinos próximos e quase todos os moradores foram para o campo de batalha com espadas, escudos e cavalos e a maioria do exército morreu, mas a vitória foi dada a Islerin. Mesmo com diversos mortos, país destruído e os sobreviventes muito feridos, fomos considerados campeões.

O general que liderou o contra-ataque aos inimigos foi considerado um “deus” e após seu grande feito, foi considerado rei. Todo o povo o achava incrível, adoravam a ele como se tivesse tirado todos da escravidão, mas na verdade havia os colocado. A partir desse momento trágico tivemos a monarquia, onde foi passada por gerações e até hoje não teve uma herdeira mulher, eu sou a primeira.

— Princesa, o que acha de colocarmos flores vermelhas? — Madalena perguntou, mostrando um vaso com as flores. Elas eram lindas e me lembravam da minha mãe, ela e sua irmã, Beatrici, amam rosas.

— Eu acho ótimo! Coloque-as no salão central.

Conseguimos organizar tudo e, por fim, fomos nos vestir. Optei por um vestido verde escuro com mangas soltas nos ombros, que eu mesma desenhei e combinam perfeitamente com meus olhos. Costumo desenhar meus vestidos e aprendi observando minhas três damas de companhia (Nena, Rita e Frida), que sempre cantam enquanto trabalham. Eu, por outro lado, não sou boa em costura e canto, na verdade sou horrível e só consigo fazer minhas tarefas no mais absoluto silêncio.

Deixei meus cabelos soltos e Frida fez cachos nas ponta, finalizando com minha coroa prateada com pedras brancas e brilhantes que foram tiradas do depósito subterrâneo de minério do meu pai.

Em nosso reino moças solteiras devem usar o cabelo solto e mulheres casadas devem amarrá-lo, ou seja até nisso somos reprimidas.

— Está perfeita, Vossa Alteza.

O olhar das três mulheres à minha frente me diziam que não estavam apenas sendo gentis, mas sim sinceras e eu amava isso nelas. Sinceridade está sempre presente entre nós.

— Obrigada, Nena. E vocês podem descansar enquanto eu estiver na recepção, não precisam trabalhar mais por hoje. Eu mesma posso preparar meu banho e me vestir para dormir.

As três me parecem ofendidas, sei que que aquele era o único trabalho delas: cuidar de mim e me agradar, mas eu amo minha privacidade, principalmente no banho. Eu não via o que há demais em tomar um simples banho sem uma dama de companhia do lado.

— Eu não pretendo sair daqui até a senhorita chegar. Não teremos nada para fazer esta noite.

Realmente, meus vestidos novos já haviam sido costurados e o quarto estava tão limpo que eu poderia ver meu reflexo no piso.

Eu apenas sorri e sai do cômodo. Não queria ofendê-las mais, elas amavam o trabalho que tem e eu as amo.

Cheguei no salão onde minha tia e sua família já estavam. Pude observar Clarice conversando próximo ao piano com Cristian. Os dois pareciam se dar bem e tinham dois copos de bebidas em cima do piano.

— Tia Beatrici! Perdão, esqueci da hora enquanto me arrumava. — Ela me abraçou sorridente. Ela sabia o quão atrasada eu era, nunca fui muito pontual e este é um dos meus defeitos que o meu pai mais detesta.

Beatrici era a única família materna que eu conhecia, principalmente após a guerra que matou a maior parte dos camponeses e a família da minha mãe era toda composta por camponeses. Eu amava Beatrici como se vivêssemos lado a lado, sempre juntas. Mesmo morando próximo do castelo não nos vemos há um tempos.

— Não se preocupe, querida. Como está?

— Me sentindo cada dia mais presa. — Ela deu uma risada leve que fazia qualquer um mudar de humor no exato momento que a ouvia. Era uma risada suave e doce como a voz da minha mãe.

— Sua mãe sempre me dizia isso. Falava que a corte é uma prisão, mas nunca cogitou a ideia de ser liberta da mesma.

Aquela era minha mãe, sempre preocupada com o povo e nunca fugindo de suas responsabilidades.

— Seleste! — Henrique disse correndo e pulando nos meus braços. Senti o quão pesado ele estava. Deve ter engordado um pouco desde a última vez que o vi.

— Rique, estava morrendo de saudades! — Tentei girá-lo no ar, mas seu peso não me permitiu fazer isso. O sorriso dele mostrou que só o abraço já bastava.

— Eu também! Você nunca vai me ver, eu que preciso vir — Ele disse puxando meu braço para onde Kaik, seu irmão gêmeo, estava. Ele sempre foi quieto, diferentemente de Henrique.

— Conseguiu a chave daquele lugar? — Kaik sussurrou no meu ouvido. Claramente não queria que ninguém soubesse de nossos planos de invadir o jardim que eles chama de “secreto”. Eles não sabiam que a grande porta de madeira do jardim do castelo era minha.

— Ainda não consegui a chave, mas quando eu conseguir garanto que vocês serão os primeiros a entrar. — Vi os olhos deles brilhando e o sorriso crescendo. Eu amava crianças, amava as pessoas e definitivamente amava o meu povo.

Se tem algo que Seleste mais ama que seu povo eu desconheço. Porém ela ainda irá aprender como tratá-los, pois uma princesa que só vive em seu castelo não tem noção do mundo, não é mesmo?

Não esqueçam de votar e comentar. Quero ver suas interações a respeito do nosso casalzinho.

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