Capítulo Único
One shot especial para o aniversário do Sirius em conjunto com o wolfstarmonth
Espero que gostem!
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Havia cerca de seis meses que a guerra acabara e Voldemort fora derrotado definitivamente.
Seis meses de muita dor e luto pelas perdas durante o caminho percorrido, enquanto todos tentavam, de alguma forma, reerguer-se e seguir em frente.
Era fim da tarde de 2 de novembro, véspera do aniversário de Sirius Black. O frio pré-inverno já havia começado e chovia bastante fora da casa.
Sirius não estava tão empolgado quanto deveria para seu aniversário. Ele apenas observava a chuva cair do lado de fora, sem ânimo para comemorações. Remus detestava ver o marido tão mal desde o fim da Guerra e que Harry voltou para Hogwarts para finalizar os estudos.
Lupin apenas observou à distância ele ali sentado ao lado da janela com Teddy adormecido em seus braços, sentindo a tristeza e desânimo em seu olhar. Ele estava disposto a mudar isso, e faria Sirius se lembrar que havia muito o que comemorar e eles poderiam ser felizes seguindo em frente. Sirius o ajudou por tanto tempo, era hora de ajudá-lo também.
— Hey, James — ele chamou enquanto via o garotinho de 1 ano caminhando em sua direção com os bracinhos estendidos. Pegou-o no colo e sorriu amorosamente, ajeitando os cabelos que caiam sobre os olhos dele. — Vamos tentar animar um pouco o papai, hm? — falou num tom baixo.
— Papa — o garoto disse.
— É, o papai. Vamos lá.
Remus caminhou até o marido e sentou-se no braço da poltrona onde ele estava. Sirius mirou os olhos nele, forçando um sorriso fraco enquanto o via ajeitar o pequeno James em seu colo.
— Amanhã é o grande dia.
— Não é um dia tão importante — Sirius disse. — Passei doze aniversários numa cela em Azkaban, um fugindo do Ministério e outro trancado dentro de uma casa como se fosse um prisioneiro de novo. É um dia como qualquer outro.
— Você gostava de comemorar, amor.
— Quando estávamos na escola e os nossos amigos estavam vivos. E hoje faz seis meses desde que perdemos ainda mais amigos. Desculpe, Remmy, mas não estou com ânimo para festas… — Ele suspirou, acariciando os cabelos azuis do bebê em seus braços. — Se ao menos Harry estivesse aqui...
— Sabe que Harry precisava terminar os estudos.
— Tão cedo?
— Também queria ele aqui. Mas o veremos no Natal.
— Então, vamos deixar as festas para o Natal.
Remus respirou fundo, não insistindo mais naquele assunto. James começou a se remexer em seus braços, esticando as mãozinhas na direção de Sirius para ir para o seu colo.
Sirius riu baixo, focando sua atenção no filho.
— Vem com o papai, James. Cuidado com o seu irmãozinho — disse, arrumando o bebê em seu colo e trazendo o garoto para junto dele.
Lupin levou a mão até os cabelos compridos do marido, que caíam sobre os ombros, enquanto o observava com os seus dois filhos. Um sorriso sincero despontava por entre os lábios dele ao aninhar os dois garotos em seus braços. Eles eram tudo o que conseguia animar o Black em meio àqueles meses de luto e tristeza.
Foram longos anos desde o retorno do Lorde das Trevas. Remus e Sirius não sabiam o que viria pela frente, se sequer chegariam vivos ao fim daquela terrível guerra contra a mesma pessoa que matou seus dois melhores amigos, James e Lily Potter.
Eles voltaram a namorar pouco antes de Voldemort retornar, quando Remus estava ajudando Sirius a se esconder. Já haviam tido um relacionamento na Primeira Guerra Bruxa, que terminou da pior forma possível: Sirius indo para Azkaban. Contudo, depois que ele saiu e tudo foi esclarecido, foi difícil conter os sentimentos ainda existentes entre eles.
Sirius se feriu gravemente numa batalha no Departamento de Mistérios do Ministério da Magia cerca de dois anos antes, e, por um momento, Remus pensou que fosse perdê-lo. Ali eles perceberam que não viveriam sem o outro.
O casamento ocorreu um tempo após a recuperação de Sirius. Uma cerimônia simples com os amigos mais próximos e o afilhado, Harry, realizada na propriedade da residência dos Weasley, por proposição deles próprios. Um pequeno dia de alegria em meio a tudo que estava acontecendo.
James chegou um tempo depois, nascido depois de uma dolorosa batalha em Hogwarts, em que a escola perdeu seu diretor. O casal não pensou duas vezes antes de escolherem o nome. Não houve dúvidas, eles iriam homenagear o seu querido amigo, James Potter, alguém que era como um irmão para Black.
Harry ficou bastante feliz e emocionado com a escolha.
O pequeno Edward, apelidado carinhosamente de Teddy, veio pouco antes da última batalha, a Batalha de Hogwarts. Duas semanas, para ser mais exato.
Sirius quase deixou os filhos órfãos ele mesmo quando Remus resolveu deixar os filhos sob os cuidados da sua prima, Andrômeda, e ir para a batalha para ajudá-lo, quando deveria estar repousando e cuidando de Teddy e James. Tiveram uma longa discussão após o fim de tudo, pois Lupin estava decidido a não deixar o marido morrer naquela guerra e ficar sem ele mais uma vez; porém, logo estavam se abraçando e se beijando, aliviados por tudo ter acabado.
Agora eles viviam como uma família em uma casa num vilarejo próximo a Godric's Hollow com a imensa herança da família Black. Sirius não queria permanecer na casa onde cresceu após ter sua inocência comprovada e poder viver livremente, pois aquele lugar somente lhe trazia lembranças ruins.
Nos últimos seis meses, eles tentavam se recuperar de toda a guerra. Não estava sendo fácil para nenhum deles, mas Remus tinha ciência do quanto o marido sofreu durante todos aqueles anos e como seria difícil seguir em frente. E ele iria ajudá-lo, pois agora estavam juntos nessa. Eram uma família, e família de verdade se apoia e ajuda um ao outro.
Eles e os filhos, juntos.
— Hey, Teddy! Acordou? — Sirius disse ao ver o bebê abrir os olhos e ouvi-lo começar a choramingar.
A cor dos cabelos do garoto mudou para um loiro escuro, no mesmo tom de Remus. Sua forma de dizer que queria o outro pai.
Teddy era um metamorfomago, então podia mudar aspectos da sua aparência sem uma magia específica. Era um poder hereditário e estava presente nos genes da família Black, manifestando-se em poucos membros ao longo das gerações.
Por ser muito pequeno, ainda não tinha um controle total, mas as mudanças indicavam bastante de seus sentimentos e vontades. Geralmente o cabelo ficava azul, o que indicava que ele estava bem e tranquilo. Quando mudava para cor do cabelo de Remus ou de Sirius, significava que queria colo. Naquele horário em específico, Remus sabia o outro significado da sua cor.
— Está na hora de comer — disse e pegou o bebê no colo, que já começava a chorar.
— Por que ele sempre quer que você dê a mamadeira?
— Porque a fralda vai ficar com você. Vamos lá, Teddy.
Remus se levantou e seguiu para a cozinha, acalmando o filho em seus braços.
— Somos só eu e você agora, James — disse Sirius, deixando o garoto em pé em seu colo e de frente para si, admirando o rostinho fofo do bebê de cabelos escuros como os seus e olhos verde-acastanhados como os do outro pai. — Você também não quer uma festa de aniversário amanhã, né? Chuva não combina com festas.
— Feta! — exclamou o garotinho.
— Não, James. Sem festa.
— Feta!
Sirius revirou os olhos.
— A teimosia veio do seu pai.
— Está falando de você, Sirius! — Remus disse alto da cozinha.
***
Para Sirius, acordar em seu aniversário não era grande coisa. Planejava se levantar como qualquer outro dia, dar um grande beijo no marido, banhar James, trocar a fralda de Teddy e entregar o mais novo a Remus para a mamadeira da manhã.
Ele realmente não esperava ser acordado por dois bebês sobre si na cama e não encontrar o marido ao lado.
Ele abriu os olhos carregado de sono, sentindo James puxando seu cabelo e deitado em suas costas. Olhou para trás e encontrou apenas os grandes olhos castanhos-esverdeados do filho mais velho. Procurou pelo marido, mas não o encontrou.
Onde Remus deveria estar deitado, estava um bebê de seis meses e cabelos azuis engatinhando pelo colchão.
— Moony, os bebês fugiram do quarto — resmungou sonolento, mas não ouviu resposta.
Ele bocejou e sentou-se com cuidando, colocando James entre suas pernas. O garotinho voltou a puxar seu cabelo, fazendo-o resmungar.
— Não pode, James. Machuca o papai — repreendeu num tom calmo, abaixando as mãozinhas dele. — Onde está o papai Moony, hm?
Ele ouviu os burburinhos alegres de Teddy e o trouxe para seu colo, beijando a bochecha gorducha do bebê.
— Acordou feliz hoje, foi?
Teddy riu, colocando ambas as mãos no rosto do pai, e Sirius fechou um olho antes que fosse acertado pelos dedinhos do garoto.
— Remus! Amor… Ai! James para de puxar meu… AH! MOONY!
— MENINOS, NÃO MATEM O PAPAI NO ANIVERSÁRIO DELE! — Remus gritou de algum lugar da casa.
— Papa! Papa! — James dizia abraçando Sirius, que tentava controlar um Teddy agitado em seus braços.
— O QUE VOCÊ ESTÁ APRONTANDO, REMUS JOHN BLACK-LUPIN?!
Remus não respondeu.
Sirius suspirou e se levantou com Teddy no colo e James pendurado em suas costas. Os cabelos do caçula ficaram da mesma cor dos do pai, enquanto ele ria alegre e agarrava as madeixas compridas entre seus dedos.
Black pensava que algum dia ainda acordaria careca por causa daquelas crianças.
Ele chegou à mesa arrastando os pés, encontrando o marido colocando um verdadeiro banquete para o café da manhã. Observou tudo surpreso, acompanhando Remus com o olhar.
Remus sorriu para ele ao terminar, um sorriso caloroso e de imenso carinho. Viu Sirius parado ali confuso e surpreso, vestido com um suéter seu, com os cabelos bagunçados e a cara sonolenta, juntos dos dois filhos.
Ele pegou sua câmera fotográfica bruxa e tirou uma foto. Sirius piscou segundos depois, confuso.
— Bom dia, amor — cumprimentou e se aproximou, deixando um selinho sobre os lábios do marido.
— O que é isso? — perguntou ele, ainda sem entender.
— Você não queria festa para comemorar, mas isso não me impede de fazer algo especial no aniversário do meu marido — respondeu com um sorriso travesso, voltando a deixar um selar em sua boca. — Vem James, você pode cair assim.
Remus tirou o filho das costas do pai e o levou até o cadeirão na ponta da mesa. Colocou-o sentadinho ali e logo pegou sua comida.
— Remmy, não precisava fazer isso.
— Mas eu fiz.
— Remus!
— Não posso te mimar um pouco hoje, Pads? — indagou sorrindo de canto. — Sente e aproveite.
Sirius suspirou, sabendo que o marido não desistiria. Sentou-se ainda com Teddy em seu colo, analisando tudo o que havia sobre a mesa. Lupin sentou ao seu lado, dando comida na boca de James, enquanto ele nem sabia o que fazer.
Não estava realmente esperando por aquela recepção no café da manhã.
— Teddy já comeu?
— Já, antes de eu deixar ele na cama com você — respondeu Remus. — Eles te acordaram?
— Essa não era a ideia?
— Mais ou menos — riu. — Teddy dormiu a noite toda. Acordou bastante animado.
— Eu percebi — disse Sirius, olhando para o filho, que não parava de bater as mãozinhas na mesa ou tentar puxar os cabelos do pai. — Por que está tão feliz, hm? Seu pai te contaminou com a ideia de comemorar hoje?
— Não seja dramático, Sirius. É só um café da manhã especial.
— Eu sei que você está aprontando mais alguma coisa, Remus. Você nunca foi o mais santo dos Marotos.
Remus riu, mas não disse nada.
Sirius resolveu aproveitar um pouco daquele café da manhã, já que o marido havia se disposto a levantar mais cedo para preparar tudo sozinho. Admirava o esforço de Remus para isso, por mais que achasse desnecessário.
Os dois bebês estavam bastante animados naquela manhã, o que não deixou de arrancar alguns sorrisos de Sirius. Ele adorava vê-los felizes.
Depois que terminou de comer, ele trocou de roupa e arrumou sua cama. Ficou brincando com os filhos na sala de estar junto de Remus.
Teddy ria vendo as faíscas coloridas que Sirius fazia sair de sua varinha, sempre mudando a cor do cabelo para a cor delas: de azul para verde, depois vermelho, roxo, amarelo. Ele esticava as mãozinhas com um grande sorriso, tentando tocar, e os pais apenas sorriam bobos.
James batia palmas e gargalhava alto e contagiante, observando tudo com os olhinhos brilhando, junto do irmão mais novo.
Remus tirou mais uma foto naquele momento.
Sirius assumiu sua forma animaga de cão, deixando o filho mais velho montar em suas costas. Remus riu, mas ficou observando atento para que o garotinho não se machucar.
O caçula começou a chorar, querendo brincar também. O cão latiu e se aproximou, lambendo o rosto do bebê. Remus o colocou nas costas do cão também, e ele parou de chorar.
— Sirius, se você derrubar nossos filhos, eu castro você — ameaçou.
Ele apenas latiu de volta, começando a andar pela casa com os garotos, enquanto Remus seguia para verificar se estavam bem com a câmera e tirava fotos.
Depois de muito brincar com os garotos a manhã inteira, eles deram um banho nos dois e os deixaram dormindo, exaustos, em seus respectivos berços. Sirius foi tomar um banho em seguida, pois estava bastante suado, e Remus o acompanhou.
Lupin o abraçou por trás enquanto a água caía sobre os dois e deixou beijos no ombro do Black, sem qualquer intenção maliciosa, apenas sendo o mais carinhoso possível. Sirius sorriu bobo, fechando os olhos para aproveitar o momento.
Ele se virou de frente para o marido, que era uns bons centímetros mais alto, abraçando seu pescoço e deixando um selar casto em seus lábios.
— Foi uma manhã bastante agitada — disse. — e cansativa. — Completou.
— Foi — Remus concordou. — É o que acontece quando se tem dois filhos pequenos.
— Não estou reclamando. Eu adoro esses nossos momentos em família. Nunca tínhamos isso quando eu era pequeno...
Remus sorriu fraco, compreensivo.
— Estamos fazendo diferente com eles.
— É... E ainda não acredito que aquele café da manhã tenha sido sua única "surpresa especial para mim", Moony.
— Deveria ter mais confiança no seu esposo.
— Eu me casei com um Maroto. Sempre temos uma carta na manga — Sirius retrucou com um sorriso ladino.
Lupin riu e beijou o marido de forma muito mais intensa e calorosa, logo sendo prensado contra a parede enquanto Black desligava o chuveiro.
***
— Um piquenique no nosso jardim? Sério? — Sirius olhou desacreditado para o esposo, que estava sentado sobre uma toalha com vários doces e outros tipos de comida com Teddy em seu colo e James ao lado.
— Não está mais chovendo. Achei que seria uma boa ideia algo diferente essa tarde — Remus disse, com um olhar inocente.
— Sabia que estava aprontando alguma.
— Só senta logo, Sirius.
Sirius sorriu ladino e sentou-se na toalha, puxando James para seu colo e começando a fazer cócegas no garoto. Ele começou a gargalhar e se contorcer, tentando fugir daquilo.
Remus aproveitou a distração para tirar outra foto.
Os cabelos de Teddy, até então loiro escuro como os de Remus, ficaram da mesma cor dos de Sirius, enquanto esticava os braços em sua direção. Sirius sorriu ao ver aquilo e logo pegou o caçula, enchendo seu rosto de beijos.
— Você fica bem mais bonito parecido com o papai Sirius, Teddy — disse.
— Papa! — Teddy exclamou, rindo.
Remus e Sirius arregalaram os olhos naquele momento e riram, encarando-se sem acreditar. Aquela havia sido a primeira palavra que o garotinho havia dito.
— Você disse "papai"?! Ele aprendeu a primeira palavra, amor! — Sirius disse animado, abraçando o bebê e voltando a beijar seu rosto, arrancando muitas risadas suas. — Muito bem, Teddy! Fala de novo.
— Papa.
Sirius riu, os olhos brilhando com uma imensa alegria.
— Precisamos registrar esse momento. Pega a câmera, Moony!
— Já está aqui! — Remus disse já com o objeto em mãos, registrando mais uma fotografia.
Aquela tarde se seguiu com muitas risadas, e Sirius sendo um pai babão e feliz pelo filho caçula ter dito a primeira palavra. Remus tirou várias outras fotos enquanto admirava o sorriso no rosto do marido apenas aumentar e a forma como ele parecia muito mais alegre do que no dia anterior.
Não mencionaram mais o fato de ser o aniversário dele, mas Remus ficava feliz de ver que estava conseguindo transformar aquele dia de algo que seria apenas mais um dia comum para um repleto de risadas e alegria. Queria muito mais dias como aquele, em que poderiam aproveitar a família que formaram, sem preocupações.
Permaneceram ali até anoitecer, admirando algumas estrelas surgindo no céu noturno. Os bebês acabaram dormindo mais uma vez, e eles entraram novamente para colocá-los no berço.
Sirius permaneceu no quarto do caçula por mais tempo, ninando-o em seu colo com um sorriso bobo no rosto. Colocou-o no berço depois, acariciando seus cabelos, ainda na mesma cor dos seus.
Uma das coisas que mais amava no filho mais novo era o quanto ele se parecia com Remus. Enquanto o admirava dormir, percebia pequenos detalhes que ele também notava todas as noites ao admirar o marido em seu sono.
Sirius amava demais sua família. Não sabia o que faria se não a tivesse consigo hoje.
Ele saiu do quarto do filho e seguiu para o seu próprio, mas Remus o barrou na porta, novamente com aquele sorriso que indicava que havia feito algo no rosto. Sirius suspirou, também acabando por sorrir e abraçando a cintura do marido.
— Fecha os olhos — Remus pediu.
— Não quero.
— Por favor, amor.
— O que eu vou ganhar com isso?
Remus riu, acariciando o rosto de Sirius e olhando em seus olhos.
— Fecha os olhos, amor — pediu outra vez, num tom baixo que arrepiou o Black dos pés a cabeça.
Sirius acabou obedecendo-o e deixou que ele segurasse suas mãos, guiando-o para dentro do quarto. Estava ansioso, com o coração acelerado sem imaginar o que estaria prestes a acontecer.
Remus o deixou parado em frente a uma parede e fechou a porta do quarto. Sirius esperou impacientemente, batendo o pé no chão, até poder abrir os olhos. Ele sentiu os braços de Lupin ao redor de sua cintura e a respiração batendo em sua nuca, o que o fez suspirar.
— Abra os olhos — sussurrou no ouvido dele.
Sirius abriu, e seus olhos inundaram de lágrimas de emoção quase no mesmo instante. A parede estava repleta de fotografia de todo aquele dia, desde o momento em que acordou até cada hora que estava brincando com os filhos.
Ele sorriu bobo, passando os olhos por cada foto e relembrando cada momento daquele dia.
— Feliz aniversário, amor — disse Remus, ainda o abraçando por trás.
— Eu vou te matar.
— Eu sei — riu, beijando seu pescoço. — Sei que está sendo difícil, mas podemos ter muitos dias como esse, hm? Estamos vivendo uma nova era, meu amor. Em paz. Podemos aproveitar cada momento com nossa família.
Sirius virou-se de frente para o marido e pulou em seus braços, beijando-o com imenso fervor.
Durantes todos os últimos anos, ele perdeu qualquer ânimo para comemorar o seu aniversário. Não via mais motivos para comemorar. E depois de toda a guerra, parecia ainda mais difícil.
Mas ele viu que ainda tinha esperança para aquele dia, graças a sua família, ao amor da sua vida.
Aquela era uma nova era. Sem Voldemort. Sem guerra. Somente paz.
A paz que Sirius sempre quis. Ele não tinha razão para temer, pois tinha as pessoas mais importantes da sua vida ali consigo.
E ele amava demais cada um deles, mesmo os que não estavam presentes no momento
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