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Capítulo IV - Kyuubi

 Os demônios devem dormir, ou eles nos devorarão;

Devem ser mergulhados no sono, ou nós pereceremos! 

Edgar Allan Poe

ELE SE AUTODENOMINAVA KYUUBI, E INEGAVELMENTE ERA UM DEMÔNIO. Seu padrão era quase ritualístico: Suas vítimas eram sempre homens jovens e bonitos e tudo começava com uma simples carta sem remetente que recebiam.

Nela, geralmente havia apenas um pequeno poema, a princípio, nada estranho, muitas vítimas pensaram ser apenas mais um bilhete de alguma admiradora. As cartas se repetiam por dias, em que começava um jogo de gato e rato, com ligações e presentes nada agradáveis que tinha apenas o intuito de perturbar e destroçar a sanidade. Eram nove cartas, nove presentes, e no nono dia, a vítima era assassinada.

Não se sabia como ele chegava à vítima, algumas foram arrancadas até mesmo da proteção policial. Ele se entranhava e se infiltrava na vida da presa, sabia cada passo, cada respiração, cada mero deslize do passado. Seu perfil mostrava ser de alguém extremamente calculista, cada passo seu era sincronizado, sempre um passo à frente de todos.

Vítima 1 — Kiba Inuzuka

20 anos de idade, estudante de medicina veterinária. Herdeiro do Clã Inuzuka, famoso em Konoha.

Causa da morte: Foi queimado vivo. O corpo foi encontrado sem os dedos da mão esquerda.

Vítima 2 — Kankuro Sabaku

21 anos de idade, estudante de engenharia. Primogénito da família Sabaku.

Causa da morte: Foi espancado até a morte. O corpo foi encontrado em um bosque perto da universidade onde estudava. Seus órgãos genitais haviam sido removidos.

Vítima 3 — Keito Masato

20 anos de idade, estudante de medicina, vinha de um dos galhos da família Senju.

Causa da morte: Afogamento. Teve seus pés presos em um peso de pedra e foi jogado dentro da represa da cidade. Antes disso, seus olhos foram arrancados...

Itachi continuou lendo as próprias anotações, amanhecia e ele não dormira mais. Os recortes de jornais, o notebook e o material que escreveu estava sob a mesa da cozinha.

Olhou para os nomes das vítimas. Foram sete no total, durante três anos. Todas mortas em Konoha. O tempo de um assassinato para o outro variava, com diferenças de meses, ou mesmo anos entre as vítimas. Os corpos sempre eram encontrados graças a alguma ligação anônima do assassino.

Um dia antes de suas mortes elas recebiam um presente macabro: Kankuro encontrou os dedos da primeira vítima em sua caixa de correio, Keito os órgãos genitais de Kankuro em seu apartamento, assim como a terceira vítima recebeu os olhos de Keito. Era seu padrão particular que seguia com todas as vítimas. Era um ritual macabro, ele os destruía antes mesmo de matá-los por meio dos presentes e cartas.

O único padrão diferente havia sido Sasuke, a sétima vítima. Ele não o enviara cartas, ou nada parecido. Ele o matou apenas com o único intuito de destruir Itachi, que foi quem chegou mais perto de descobrir quem o assassino era. Quando ele estava prestes a alcançá-lo, foi completamente destruído pela morte violenta do irmão.

Itachi havia recebido a ligação na central onde trabalhava na madrugada as três da manhã. Sasuke havia desaparecido há três dias. A voz foi calma e direta, Itachi ainda lembrava do tom rouco e educado, dando o local onde ele encontraria o irmão.

Quando Itachi finalmente o encontrou, era tarde demais. Quando conseguiu arrancar o corpo de seu irmão do meio da lama em que fora enterrado, ele ainda estava quente, mas inegavelmente estava morto, via-se pelo grande buraco sangrento em seu peito.

Nunca encontraram seu coração.

Itachi sentiu seu coração palpitar com a memória e tomou seu remédio com as mãos trêmulas. Ele não lembrava de nada após encontrar o corpo de Sasuke. Entrara em choque, os meses que se passaram lhe pareciam nublados, sem nexo.

Quando finalmente voltou a si depois de meses, seu primeiro pensamento foi decisivo e incrivelmente coerente: ele arrancaria o coração do demônio que havia ferido e tirado seu irmão de si.

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Ele estava mais estranho que o normal, se isso era possível, e descontava tudo na pista de corrida. Hinata assistia da arquibancada como quem não queria nada. Mal o via de tão rápido, apenas um raio loiro passando pelos obstáculos, saltando como se fosse fácil enquanto o treinador Gai gritava palavras de incentivo.

E esse talvez fosse o motivo de o Namikaze durar tanto tempo na escola em Konoha, apesar de ter uma confusão por semana desde que chegara. Não podiam perdê-lo, ele sem dúvidas era o mais rápido corredor que a escola já vira, mesmo em seus maiores tempos de glória. O garoto tinha agilidade nata, nenhum salto parecia desafio para ele. E o diretor Asuma Sarutobi havia percebido isso.

Foi ideia de Iruka colocá-lo na equipe, mesmo muitos estando contra, mas desde que o professor de sociais o vira pular da janela do terceiro andar para o muro e depois para fora da escola para cabular a aula, resolveu transformar o que seria punição em algo positivo. Naruto aceitara a troca ao invés da detenção, mas no fundo ela sabia que o loiro bem que gostava disso. Ele era bom, e ela acreditava que ele via como uma forma de irritar Neji e os outros.

Logo quando chegou no colégio, Naruto serviu como alvo fácil. Ele era o único que não carregava o nome de alguém importante no sobrenome, isso o jogava na parte mais baixa da cadeia alimentar. Nunca ninguém pensou que ele fosse reagir. Ele parecia, em comparação aos outros garotos, pequeno e indefeso. Na primeira semana de aula em uma brincadeira idiota o trancaram no armário de equipamentos e foi assim que ela descobriu a primeira fraqueza dele: claustrofobia.

Ele foi parar na enfermaria. Ninguém fez nada para ajudá-lo, os idiotas mandavam no colégio, interferir era suicídio. Foi Hinata quem chamou os professores em meio à confusão, mesmo que tenha sido discreta, não queria dar a entender que se importava de fato. Ela e o bastardo rivalizaram desde o primeiro momento que se viram, trocando farpas quando esbarraram no corredor.

Ele voltou ao colégio uma semana depois, com uma postura totalmente diferente. No mesmo dia dois dos envolvidos no incidente foram encontrados desmaiados no banheiro do ginásio, muito machucados. Quando acordaram, não contaram o que aconteceu a polícia, parecendo aterrorizados demais para entregar o culpado.

O mesmo aconteceu com um terceiro, que foi encontrado em um beco atrás do colégio encolhido e dizendo coisas sem sentido. E assim foi com todos. Nada ligava ao Namikaze, mas todos sabiam que havia sido ele. Só não sabiam como e nenhum envolvido abria a boca para dizer. Três deles mudaram de colégio na mesma semana.

Mesmo assim, aquilo não foi o suficiente para o deixarem em paz, mas desde então, sempre que provocado ele reagia de imediato. Depois de ter espancado cada valentão do colégio ou os intimidado de uma maneira que nenhum deles revelava como, o deixaram de lado. Na verdade, exceto por ela e o primo (que ela desconfiava que Naruto não fazia o mesmo por saber que Hinata ficaria realmente chateada), ninguém ousava mexer com ele, ou mesmo cruzar o seu caminho quando passava. Sua fama se espalhou no colégio como faísca em pólvora.

E então começaram os boatos, que esses ele não parecia inclinado em tentar dissipar ou mesmo realmente incomodado com eles.

O garoto era um grande delinquente para os professores, alguém estranho que não se podia se meter para os alunos, um justiceiro para os nerds que adoravam histórias de super heróis, já que havia conseguido baixar a bola dos valentões, um colírio secreto para algumas meninas que acreditavam que podia conquistar seu coração e mudá-lo.

Hinata, no entanto, sabia mais da verdade do que a maioria. Ele era muito mais do que aquilo. Ela sentia uma grande maquiagem em torno dele, sempre havia sido uma boa observadora, conhecia uma máscara de longe. Havia algo no passado de Naruto que ela sentia que era muito maior do que muitos supunham, talvez o motivo de ele repelir todos que se aproximavam dele.

O Namikaze não só era perigoso, como muito frio, coberto por uma apatia que a deixava desconfortável. Exceto pelo primeiro dia, ele demonstrava o mesmo nível de emoção quando o destratavam e quando espancava alguém que o importunava: nenhuma.

Ele não demonstrava nenhum sentimento real de qualquer coisa. Hinata havia ponderado ele ser um sociopata, mas ela conhecia os da sua família o bastante para saber que não era esse o caso.

Ele estava se escondendo. Melhor não sentir nada do que pagar por sentir.

Por isso ela o provocava tanto, para ouvir ao menos seu sarcasmo, pois já era alguma reação. E isso que era para repeli-la, começou a gerar a reação contrária. Hinata se viu atraída por tudo que o envolvia. Não deu duas semanas e estavam se agarrando as escondidas em um beco atrás do colégio.

Já escurecia após o término das aulas, eles eram os últimos a sair na quinta, uma vez que os campeonatos se aproximavam. As estrelas da sorte do colégio eram Naruto e o primo e ela na natação. Eram a chance de medalhas nas estaduais após dez anos de derrotas. Era difícil conseguir bons atletas em uma escola que só possuía alunos problemas. A escola deles era como o lixo dos fundos da alta sociedade: Eles aceitavam os filhos ricos das grandes famílias que nenhuma escola mais aceitava e tinha o dever de colocá-los na linha. Claro que havia algumas exceções, nem todos eram oriundos de famílias conhecidas, mas com certeza tinham dinheiro. E problemas.

O de Hinata era de indisciplina. Ela estava longe de ser uma dama da sociedade, mas entendia muito sobre programação e tecnologia. Havia criado um web site anônimo na internet onde roubava as provas de seu antigo colégio e colocava as respostas disponibilizando para os alunos, porque odiava o professor, um filho da puta que assediava os alunos e adorava humilhar todo mundo. Só foi descoberta quando uma suposta amiga a dedurou. Não prestaram queixa pelo nome da sua família, mas foi jogada ali.

Neji estava ali porque o pai dele descobriu que ele era gay e namorava com um garoto do colégio deles. Isso havia sido criminoso o bastante para os Hyuuga, e logo o filho antes perfeito também foi despachado.

Os casos eram muitos, as famílias pagavam caro para os filhos serem disciplinado ali, o que não era bem o que acontecia: mais pareciam animais sendo jogados juntos. Animais muito problemáticos, mas no fim o efeito era o mais esperado, longe das vistas, longe dos pensamentos.

Nenhum tinha o recorde de expulsões do Naruto.

Distraída em pensamentos não viu quando o loiro havia parado de correr e se encaminhava para o vestiário sem dirigir a palavra ao professor. Era totalmente indisciplinado, fazia tudo quando bem queria.

Ela adorava isso nele.

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Naruto saiu do banheiro do vestiário com a água ainda escorrendo por seu corpo enquanto sacudia os cabelos. Enrolou a toalha em sua cintura e se sentou no banco de madeira. O zumbido era constante e tentava o ignorar. Os ignorar.

Nos últimos dias, depois da sua última visão, os espíritos pareciam em desarranjo: eufóricos, agitados e, em alguns casos, aterrorizados. Todos os dias acordava de terríveis pesadelos com Menma flutuando perto da sua cama, o rosto pálido e seus ferimentos escorrendo sangue, da mesma forma como da primeira vez que havia surgido para ele anos atrás. Ele parecia mais corpóreo, mas também mais primitivo.

Menma estava com medo e isso com certeza era um sinal ruim. Tinha a sensação de que algo grande se aproximava, algo terrível o bastante para os agitar completamente.

Naruto nunca via a morte de alguém que não fosse próximo a ele de forma involuntária, sem ter que tocar na pessoa. Até a noite passada. Primeiro isso, agora Menma mais corpóreo, os gritos mais compreensíveis dos outros. Era como se...aquilo estivesse se tornando mais forte, por algum motivo.

Era um terrível pesadelos e a última coisa que queria.

Tudo começou aos seis anos de idade. Ele tinha pesadelos todas as noites com cenas de morte, sangue e dor, e só conseguia dormir quando Menma se deitava em sua cama. Era o único momento em que os zumbidos sumiam, os pesadelos não o alcançavam, ou mesmo aquela sensação sufocante perto de sua cama, como sombras sempre o vigiando, não o tocavam. Apenas Menma as fazia sumir.

O que de início só o perturbava durante o sono se tornou frequente mesmo acordado. Ele era tomado por gritos em sua cabeça e visões assustadoras, sempre envolvendo coisas que não entendia na época, sempre que tocava alguém. Quando ele passou a desenhá-las, tentando aliviar o peso em sua mente, seus problemas começaram. Uma criança de seis anos desenhando a cena de um homem cortando a garganta de outro era um tanto inusitada. E os responsáveis na escola acreditaram no mesmo, seu tio foi chamado.

Com sete anos, os tópicos passaram de imaginação demais, muita TV, querer chamar atenção, traumas pela morte dos pais ou problemas psicológicos. Tudo o que Naruto sabia era que vozes e imagens surgiam na sua cabeça quando tocava alguém e ele escrevia e desenhava o que elas diziam e queriam. Ele passou a evitar tocar em qualquer pessoa, mas as sombras não sumiam, elas continuavam lá, a espreita.

As visões pararam por um tempo, até os oito anos de idade retornarem mais claras e assustadoras. E foi na mesma época que sua vida se tornou um inferno.

Seu pensamento foi interrompido quando sentiu a presença de alguém na porta e virou encontrando olhos claros o encarando. Voltou o rosto de volta para o chão e riu anasalado.

— Deviam desenhar um pênis na porta do vestiário para quem não sabe ler que é o masculino.

— Sempre com a língua comprida. — Hyuuga falou com falso pesar enquanto caminhava devagar até ele, com seu jeans desbotado e blusa branca simples, ainda assim, ao ver do sincero Naruto, muito atraente.

— Você sabe disso mais do que ninguém. — Provocou malicioso e sentiu as unhas cravarem em seu pescoço por trás. — Ai!

Ela riu e pegou a toalha secando seus cabelos. Ele relaxou e recostou a cabeça para trás em seus seios, sentado com ela de pé à suas costas. Fechou os olhos pensando no quanto a relação deles era estranha. Não eram namorados, ou amigos. Transavam, se pegavam, brigavam e conversavam. Adorava a língua esperta da Hyuuga. Era inteligente e rápida e não tinha medo algum dele. Era... refrescante.

Até as pessoas que mais amaram Naruto na vida tinham medo dele.

E tinha aquele fator a parte, que a distinguia dos demais: Ela era como Menma. Perto dela, ele não ouvia nada, os zumbidos e as sombras sumiam. Ela era, de certo modo, seu pequeno amuleto da sorte.

O mais peculiar, no entanto, era que nunca, em hipótese alguma, Naruto conseguia ver a morte de Hinata Hyuuga. Era a primeira vez que conseguia tocar alguém sem medo. Ela era uma anomalia e ele achou que seria a única que encontraria.

Até dias atrás, ao esbarrar no corvo na clínica. Ao tocar na mão do bastardo ele esperou pela visão terrível que viria, mas recebeu apenas silêncio. Ainda assim, ele não era completamente como Hinata, se podia contar com a sombra nas costas dele, o acompanhando para todo lado.

É. Não quero pensar nisso.

O fato era, por mais que soubesse que não deveria se arriscar a ficar perto de ninguém, era egoísta ao ponto de querer aquela sensação de descanso perto da garota Hyuuga, como se ela desligasse o maldito botão que o atormentava quase todo o tempo.

Abriu os olhos quando sentiu os lábios frios nos seus. Ainda na mesma posição agarrou sua nuca quase com rudeza. O beijo foi longo e quando finalizou ela se virou para sua frente e se sentou em seu colo rodeando as pernas torneadas em sua cintura.

A boca bateu na sua novamente, com força e vontade. Ela sorriu em sua boca, ainda segurando seu rosto.

— Estou sentindo uma animação ou é impressão minha, Namikaze? Você é mesmo um pervertido.

— Você que me atacou. —Falou rouco quando a mão dela roçou por cima da toalha. — Está brincando com o fogo, Hyuuga.

Ela riu e voltou a beijá-lo. Estavam sozinhos no colégio, já devia passar das sete da noite. Ambos gemeram entre o beijo e Hinata puxou sua toalha rebolando sobre ele enquanto passava os braços com força por seus ombros. As mãos rápidas dele abriram a calça jeans de forma sorrateira e ela mais uma vez riu entre o beijo.

— Maldita pervertida. — Naruto sussurrou com uma risada enquanto a erguia em direção aos chuveiros.

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Quando chegou na garagem do apartamento, Naruto suspirou ao reconhecer o chamativo carro vermelho ao lado da sua vaga.

Aquilo só podia significar problemas.

Demorou propositalmente para entrar, reunindo toda sua paciência. Não que não gostasse dele, não era isso. Na verdade, devia muito a ele e sua prima lunática Karin, tanto quanto à Tobirama e a velha loira louca. Provavelmente eram as únicas pessoas que podia contar do seu passado, que sabiam quem e o que ele era, o que havia acontecido, mas não o feriam por isso.

Podia imaginar o teor da conversa e nem o cheiro de ramen que sentiu quando entrou em casa lhe tirou a cara feia. Sua comida favorita só significava que não ia gostar nada da conversa.

— Okaeri, Kitsune!

— Tadaima, Ero-Sanin. — Respondeu com a voz já exausta para o homem que estava vestindo em um avental azul bebê na sua cozinha. Tinha os cabelos longos grisalhos presos e usava roupas despojadas demais para a idade, na opinião de Naruto.

Viu a mala perto da porta e revirou os olhos. Pelo menos não era a Karin dessa vez, Jiraya não insistiria em o seguir para todo lado.

O seu padrinho abriu um grande sorrindo, vindo até sua direção com a cautela costumeira. Quando suspirou e assentiu ele o abraçou, dando uma risada no topo da sua cabeça.

— Você continua um tampinha, kitsune.

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Sentia uma euforia dentro de si. Finalmente, depois de tanto tempo. Era como se só agora voltasse a viver. Riu, no escuro, jogado na cama de canto. Água pingava dos canos ao longe, o resto era apenas o silêncio de sua respiração calma e compassada.

Ligou a lanterna no escuro. Ele amava o escuro, era onde prosperava, onde seus braços alcançavam a tudo. O escuro era seu amigo.

O lume foi direcionado para a parede onde se encontrava milhares de fotos dele, em diversas situações, tiradas de longe por sua câmera profissional. Sabia de cada passo, de cada respiração. Já havia decorado cada traço daquele rosto. Sentia seu coração reagir apenas de fitá-lo, em euforia.

Ele era diferente das outras almas sujas que mandara para o inferno antes, e isso o fazia delirar. Seria perfeito. Conseguia imaginar a voz melodiosa saindo em gritos de terror, o medo que veria nos olhos sempre cheios de dor.

Seria sua melhor presa. Sua obra prima.

Seu início seria seu fim.

Pegou a carta entre as mãos e sorriu.

Todas as peças estavam no tabuleiro.

E a caçada da Kyuubi iria recomeçar.

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