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Ato V - Sasuke e Menma

Notas iniciais

Como Menma encontrou Sasuke e pediu ajuda para resgatar Naruto.

E o que aconteceu depois disso.


Eu não tenho fé na perfeição humana. O homem é agora mais ativo, não mais feliz, ou mais esperto, do que era 6000 anos atrás.

Edgar Allan Poe

Seis anos antes da morte de Kyuubi

SASUKE PAROU AINDA NA PORTA. Uma mão na maçaneta, a outra segurando o café, o casaco que removera ao entrar no prédio da editora ainda pendurado no ombro.

Seus olhos piscaram confusos enquanto tentava entender a situação.

— Menma?

Ele estava mais velho, parecia cansado, mas definitivamente era ele. Menma Namikaze, um fantasma do passado, sentado em uma cadeira em sua sala, aparentemente o esperando chegar.

Os olhos azuis desviaram da janela quando entrou, se fixando nos seus. Sasuke notou que ele apertava uma bolsa de câmera no colo, mas não usava nenhum uniforme como os fotógrafos profissionais contratados ali.

Sasuke teve a confirmação que sim, aquele era Menma Namikaze, seu amigo de infância desaparecido dez anos, quando o outro sorriu em sua direção ao ser chamado. Um sorriso tão cansado como todo o resto do corpo dele parecia estar, das olheiras abaixo dos seus olhos até os ombros que pareciam tão caídos até Sasuke o chamar.

—Uchiha. — O homem se ergueu, parecendo não saber o que fazer com as mãos ainda segurando a câmera. — Faz muito tempo.

Sasuke finalmente conseguiu se mover e fechar a porta, parando de pé na sala, sem saber como reagir também.

—Quase dez anos. — Replicou, indo até a mesa e colocando suas coisas ali, tentando aparentar normalidade, tentar entender o que acontecia. Era a situação mais estranha que havia acontecido nos últimos tempos.

Menma Namikaze, alguém que havia procurado exaustivamente em vão, vinha bater na sua porta. De soslaio analisou o outro, tentando entender o que sentia com a situação. Menma havia mudado, bastante. Nem mesmo tinha certeza de como havia o reconhecido tão rapidamente.

Quando eram crianças, ele lembrava de Menma como um patinho feio: desengonçado e não totalmente crescido em seu corpo. Ele devia estar em seus 20s agora? A idade deles não era muito distante, mas lembrava de ele ser mais novo pouca coisa. E ainda assim ele havia ficado bem mais alto do que Sasuke, altura e feições se tornando praticamente uma cópia do que lembrava o pai dele ser na época, exceto pelos pequenos detalhes que lhe lembravam que ele era um Uzumaki também.

E ao pensar nisso, que Menma era um Uzumaki, imediatamente pensou naquela pasta, aquela maldita pasta de Kushina Uzumaki em que havia começado a mexer há quase um ano. Era irônico como havia passado esse ano inteiro pensando nos irmãos e um deles batia na sua porta.

Menma coçou a nuca com seu escrutínio, um sorriso estranho no rosto que havia ficado definitivamente bem mais atraente do que alguém que havia o conhecido quando criança acreditaria.

—Pois é. Meses atrás de você só para descobrir que trabalhávamos no mesmo prédio.

Ergueu uma sobrancelha, ainda mais surpreso por essa mudança de eventos: —Me procurando?

Sasuke havia os procurado também. Por anos. Na adolescência eles eram um pensamento constante, mas distante. Depois de pegar a pasta de Kushina nas coisas de Madara, de continuar aquela maldita pesquisa, isso havia ficado ainda mais forte. Havia rastreado a família até Uzushio, mas depois disso o rastro havia ficado frio. Depois da morte de Kushina, os irmãos haviam desaparecido da terra.

E agora um deles estava ali.

Seus olhos vagaram para a porta, como se esperando mais alguém. Se Menma estava ali, era quase impossível que Naruto não estivesse naquela cidade também.

Menma assentiu. Ainda com aquele sorriso idiota.

—O que aconteceu, Menma?

Por que saíram daquele jeito da cidade anos atrás, por que nunca entraram em contato? Por que Naruto não estava ali? Por que ele tinha aquele sorriso falso na cara? De uma pessoa derrotada. Aquilo não era Menma. Queria dar um soco nele e arrancar aquela expressão do seu rosto.

Foi como se aquela frase fosse o que bastava. O sorriso morreu, a expressão dele caiu rapidamente. Ele voltou a sentar, levando as mãos ao rosto. As mãos que agora notava que estavam trêmulas.

Foi tão repentino que Sasuke ficou em choque por segundos.

— Tanta coisa. — Os olhos violeta, olhos de um Uzumaki, o fitavam, E eles pareciam mortos. — Tanta coisa, Sasuke. Eu... — Menma desviou os olhos para as mãos, que ainda tremiam de forma preocupante. — Nós precisamos de ajuda.

— O que... — Sasuke ficou alerta. Menma, o Menma do qual lembrava, nunca pedia ajuda. Apenas quando envolvia...

— Naruto. — Menma falou o nome com um tom de desespero e urgência e tanta tristeza. — É sobre Naruto, Sasuke.

.....................

Então essa é Karin Uzumaki.

Ela tinha os cabelos do pai, mas nada além disso.

Sasuke a estudou com cautela enquanto ela atravessava a rua, segurando o braço de Menma. Os dois tinham algo parecido na maneira como olhavam ao redor, como se esperassem ser atacados. Havia notado isso em Menma nos encontros que tiveram desde então. A maneira como ele tremia levemente e flexionava os punhos quando era tocado no ombro. Como os olhos procuravam uma saída sempre que chegava a um lugar.

Perceber esse comportamento em Menma havia o alarmado antes mesmo de saber a razão, de entender o nível do que havia acontecido. Era o comportamento de pessoas traumatizadas. Abusadas.

Quando entraram no café, procurando sua mesa, a ruiva focou em Sasuke sentado no canto. Os olhos dela o estudaram por trás dos óculos, então desviaram. Menma o cumprimentou e ficaram um tempo em silêncio, uma tensão no ar óbvia entre os três. O nervosismo era palpável quando ela finalmente falou, a voz era baixa, o rosto bonito focado no seu.

— Menma me disse que você tinha Naruto como um irmão quando eram crianças. É verdade? Ainda é verdade?

Ele entendeu a questão. Ela queria saber até onde ele iria por Naruto. Sabia que quando envolvia família, os Uchihas eram conhecidos por irem além dos limites. Olhou a garota com novos olhos.

Ela franziu os lábios, olhando para Menma, e então para ele novamente, o medindo enquanto esperava sua resposta. Vendo Menma e ela juntos, compreendia finalmente como ele aguentara tudo até ali.

Karin Uzumaki era inteligente e leal e ela amava Menma, visivelmente, com cada fibra que existia nela. Possivelmente Naruto também. Mais do que isso, ele reconhecia nos olhos dela algo que havia crescido notando nos olhos de Madara. Algo que o fazia ter certeza de que ela faria qualquer coisa pelas pessoas que ela amava. Qualquer coisa.

— Sim. — Respondeu finalmente, com honestidade. Ela o fitou por mais alguns segundos, a mão apertando a de Menma.

— Muito bem. — Ela assentiu, os ombros relaxando minimamente. — Lhe contarei tudo o que ele fez comigo. O que aquele maldito clã fez com a gente.

..............................

Sasuke foi sozinho, apesar dos protestos de Karin e Menma. Apenas um advogado o acompanhava, de seu clã, enviado por Madara. Sasuke raramente envolvia o tio em seus negócios, mas aquilo ia muito além dele e do seu orgulho.

Ele vira Nagato no canto na sala, em silêncio. Tentara não focar nele enquanto falava com o conselho do clã Uzumaki.

Sasuke não estava com medo, sabia que nada fariam contra ele. Não quando Madara em pessoa se metera no assunto. Seu tio queria o fazer acreditar que era o medo daquele dossiê vazar que tornou aquilo possível, mas não era nenhum tolo. Naruto estava no hospital após tentar cometer suicídio em Suna, eles não queriam mais atenção, mas era o medo de Madara que pesou na balança.

Sasuke não sabia o que Madara tinha sobre os Uzumaki, mas era algo grande para ele conseguir esconder Kushina Uzumaki anos atrás. Considerando que havia pessoas no clã que o respeitavam também, não apenas o temiam, isso o deixava ainda mais curioso. 

Tudo se resolveu rapidamente, nenhum deles queria ficar na presença um do outro mais do que o necessário. Apenas quando saia, as mãos vazias  da pesquisa da vida de Kushina e sua nos últimos anos, com um simples documento de acordo e sigilo no bolso do casaco, só então focara em Nagato.

O rosto dele estava diferente do que saia na imprensa. Magro, cansado. Os olhos estavam injetados, focados na parede. Ele poderia sentir pena do homem, se não soubesse tudo o que ele havia feito. Era difícil às vezes lembrar que um monstro, um dia, pode ser sido uma vítima que nunca foi salva.

Karin e Menma salvaram um ao outro, e ambos salvaram Naruto.

Era tarde demais para Nagato.

..................

Pela primeira vez em quase dez anos, Sasuke o viu. Os cabelos tinham o mesmo tom dourado, mas de resto, era outra pessoa. Lembrava dos olhos azuis vivos, das gargalhadas gostosas enquanto rolava no tapete da sala. Aquele ali não era aquela criança que corria atrás dele e de Menma como um patinho, ou que Itachi rodava no ar. Era apenas uma casca vazia. Os olhos focados no nada, tortuosos. O rosto pálido e magro. Ele não respondia ao mundo, preso em algum universo particular.

Era um pequeno fantasma. Os pés mal tocavam o chão, como se temesse fazer barulho ao caminhar. Os olhos eram vazios, apagados. E Sasuke pensou, não pela primeira vez desde que Menma o procurara, como um ser humano podia fazer tanto mal a uma criança. Destruí-la, quebrá-la ao ponto do quase não-reparo.

O que havia no coração de alguém que fazia isso a outro ser humano que nem mesmo era capaz de se defender? Alguém como Naruto? Como Menma, Karin? Como Nagato e Kushina?

Ele não tinha essa resposta.

....................

Quando Menma chegou do jornal, Karin estava deitada no sofá da sala, um livro na barriga, parecendo relaxada como há tempos não parecia.

Parou no umbral da porta reparando em como os cabelos vermelhos estavam longos, escorrendo pelo sofá, como os shorts rasgados e a camiseta simples a faziam parecer ainda uma menina. Seus olhos contaram as sardas espalhadas pelas pernas dela de maneira divertida.

Uma tossida o fez erguer os olhos para o rosto para ver uma sobrancelha erguida de modo presunçoso. Riu, aproximando-se, se sentando ao lado dela para puxar os óculos que sempre escorregavam para a ponta do nariz de volta no lugar com carinho, recebendo um pequeno protesto, abafado quando afundou o nariz nos cabelos vermelhos com um sinal feliz.

Há tempos que não ficavam assim. Muito tempo. Mesmo depois de recuperarem Naruto, a covardia de Menma sempre os fazia brigar. Há duas semanas apenas as coisas começavam a se ajeitar. Esse pensamento o fez suspirar de alívio. Embora estivesse surpreso que o irmãozinho não estivesse nos calcanhares de Karin, como sempre parecia estar quando saia de casa.

—Naruto? — Questionou, a soltando e beijando o nariz sardento e recebendo um sorriso em resposta.

—Com Sasuke.

Ergueu a sobrancelha com isso, dando-se conta do som do piano pela primeira vez. Karin riu da sua cara de surpresa.

—É, eu sei. O Uchiha leva jeito. Eles nem mesmo repararam em mim parada na porta por meia hora, então vim me recolher a minha insignificância.

Menma teria revirado os olhos com o falso drama, mas estava mais curioso e preocupado no momento. Desde o ataque de Naruto, quando finalmente tomara uma atitude certa, desde o dia em que o loirinho falara sobre a morte de Sasuke, o Uchiha não havia visitado. Achara que ele nem mesmo voltaria, por um tempo. Claro que subestimara a teimosia do Uchiha, ficava feliz por isso.

Ergueu-se de modo ausente, seguindo o som até o quarto que tinha para as coisas velhas de Karin, que ela havia conseguido recuperar de casa ao menos, incluindo o velho piano de canto que fora de sua mãe.

Sasuke e Naruto estavam sentados lado a lado no banco, o Uchiha havia colocado fones gigantes nos ouvidos do irmão, que sorria para ele. Menma parou. bebendo na visão, ainda com a câmera na mão. Sentia um pouco de ciúmes. Havia sido semanas para que Naruto houvesse saído da sua concha, e Sasuke conseguira fácil, ao que parecia, uma aproximação. Também havia um calor bom no peito. Lembrava de um Sasuke criança com Naruto no tapete de uma sala, na época que fora mais feliz. Ver a afeição genuína no rosto do Uchiha o fazia se sentir quente por dentro. Ele sabia que mesmo com todo aquele tempo entre eles, Sasuke ainda era o mesmo, ele ainda amava Naruto.

Colocou a câmera de frente o rosto, vendo o momento através da lente. O sorriso pequeno do irmão, parecido com o que Sasuke tinha no rosto. Eles estavam tão inertes um no outro, absorvidos, que só o perceberam quando o flash foi ativado.

.................................

Sasuke encontrou com Jiraya quando entrava no elevador. O homem trazia uma mala e um saco de doces. De certeza vinha passar uns dias dando dor de cabeça para Menma e Karin, como sempre. Revirou os olhos para as piadas sem graça do outro, secretamente divertido ao pensar em como Menma iria resmungar, tentando esconder o quanto ficava feliz com a visita do velho.

Tinha uma chave extra da casa há alguns meses, por isso não se deu ao trabalho de bater, nem pedir permissão aos donos da casa para Jiraya entrar. Que Menma sofresse com as piadas dele também. Ninguém poderia acusar Sasuke de não ser sádico.

Quando entraram, no entanto, sua expressão de tédio sumiu e sorriu com a cena que via.

Menma estava deitado no sofá de barriga para cima, babando, com a cabeça no colo de Karin que também cochilava, os óculos tortos no rosto e a cabeça recostada no sofá para trás. Naruto estava dormindo em cima de Menma, de lado e encolhido, uma mão segurando a mão de Karin durante o sono, como se para ter certeza de que os dois estavam com ele ali, e não sairiam.

Sasuke balançou a cabeça, enquanto Jiraya dava uma risada baixa. Andou até os três sem acordá-los, pegando o controle que havia caído no chão e desligando a televisão. Tocou com cuidado os cabelos loiros espalhados no peito do irmão que roncava, o corpo subindo e descendo com a respiração de Menma. O rosto tinha uma paz durante o sono, os rostos dos três. Os fazia parecerem tão mais jovens, sem problemas.

Assim, como os olhos fechados, eles não pareciam tão quebrados pela vida.

Virou para Jiraya, que os olhava de forma suave.

—Os deixe dormir. – Sussurrou, dando um último carinho nos cabelos de Naruto até seguir para a cozinha com o outro, para preparar chá e tirar o homem barulhento de perto da bolha dos três na sala.

Mesmo dormindo, o loirinho puxou a mão de Karin para mais perto, afundando-se mais no peito de Menma com um sinal feliz.

Naruto estava em casa

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