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NO QUARTO DE LEADER ESTAVA SÓ OUVIA O LEVE RASTEJAR DO TECIDO DO MANTO enquanto ela andava de um lado para o outro. Ela vestia um manto deveras semelhante ao do Donquixote. O dele, o verdadeiro, estava guardado bem no seu quarto, dando para qualquer um ver quando entrasse, colocando num manequim de uma altura considerada suficiente para que não rastejasse no chão, cuidadosamente colocado ali, para que pudesse ver todos os dias, sobretudo quando acordasse, já que assim que acordava e se sentava, tinha a visão perfeita para o manto. Seu manto era uma réplica perfeita, feita sob medida, mas o de Donquixote ainda tinha o seu sangue, que deixava claro que a pessoa que um dia chamou de pai estava ainda ali, consigo.

Ela parou diante dele, olhando-o, suspirando. Conseguia sentir o cheiro do sangue fresco daquele dia mesmo que aquilo cheirasse a podre, já que estava com sangue, e sangue fedia, mas, mesmo com os anos passados e ela já possuísse vinte e quatro anos, ela recusava-se a limpar uma parte que fosse. Recusava-se a lavar. Recusava-se a descartá-lo.

Jamais faria isso. O sangue, o cheiro... tudo isso lembrava-lhe daquele momento, estando gravado naquele tecido que foi dado a si depois de várias insistências e tudo o que passara. Era a última e única coisa que tinha dele, a única conexão física com o homem que um dia fora realmente uma figura paterna para si, e que assim perdera de forma irreparável. Para ela, o manto parecia gritar a presença dele e com isso mantinha-o aí. Sentia-se bem com aquele manequim vestido, lembrando da imagem grande do homem e se imaginando onde chegaria hoje em dia para o abraçar. Chegaria na cintura? Ou na coxa? Ela antes não passava nem do joelho.

Mas, agora, ele estava morto, e nada poderia trazer de volta o que ela perdera naquele dia.

Aproximando lentamente os dedos para tocarem a superfície, tocando o tecido manchado de sangue, parando por um momento. Não importava o quanto ela tentasse, a dor e ódio pelo que aconteceu nunca iria cessar. A morte de Doflamingo a deixou completamente vazia, mais vazia ainda do que era quando conseguiu sobreviver ao Chamado da Destruição que lançaram para a Terra do Nunca, local onde crescera, e mesmo tendo passado lá pouco tempo, para si, era seu lar, pois diferente do seu que eram repletos de abusos não só psicológicos, sentia que a Terra do Nunca poderia ser a sua casa mesmo que fosse considerada uma garota má, pois se tornou a Líder das Crianças, e era conhecida assim. O ódio que seu pequeno coração já possuía simplesmente pelos traumas já caracterizavam sua personalidade que foram adquirida por isso mesmo. Ao ter conhecido Doflamingo, que a salvara mesmo que pareça mentira e até pensou usá-la para provocar mais caos porque ela era uma criança, ela simplesmente lhe pediu ajuda, pediu para viver. Doflamingo amou ouvir isso, de facto, mas quando reconheceu o rosto, ele segurou-o pelas bochechas e levou a garota para seu palácio, analisando aquele cartaz de procurado durante horas a fio enquanto aquela criança descansava num pequeno colchão num quarto qualquer que ele tinha nos confins do palácio.

Com um suspiro pesado, lembrando-se que obviamente não começou bem sua relação com o homem que um dia veio a considerá-la realmente como uma filha, ela se afastou do manto, olhando para si mesma no espelho do quarto. O seu manto tinha se tornado um símbolo. Não de quem ela queria ser porque ela já era conhecida antes, e com isto que aconteceu, foi obrigada a se tornar o que estava se tornando em todos aqueles anos. O poder que ela obtivera depois de obrigar diversas pessoas a procurar não era um dom, mas sim um peso que ela sabia que somente ela poderia suportar, mas mesmo assim sentia-se vazia, obviamente, nada preenchia o buraco que a morte do Donquixote lhe causara.

A raiva crescia dentro dela. A raiva de Rosinante. A raiva do mundo que agora a forçava a viver daquela maneira. Donquixote Rosinante, que matou seu irmão, era odiado por si até à última geração que tivesse, fosse qual fosse ou se continuasse, sempre iria odiar qualquer geração sua dali para a frente. Ele mata o único homem que ela conhecera de perto e viu outra pessoa, não só aquela que mostrava para o mundo todo, não só aquele revoltado com tudo o que lhe aconteceu que foi capaz de matar seu pai, que tinha um olho completamente cego por causa de uma flecha, que sempre dizia que Corazon era quem tinha sentimentos, mas se ele alguma vez pensou que consideraria Leader como filha, digamos que ele até poderia ter sentimentos, e tudo o que sentia era revolta pelo que lhe acontecera em criança, acabando por se ver na garota, mesmo que nada a ver as histórias e ela tivesse algo mais grave dentro de si que aconteceu, mas se viu na mesma nela.

Ela partilhou com ele os pesadelos que passou antes de pisar a Terra do Nunca e depois ser aniquilada, assim como ele tirou, pela primeira vez, os óculos dele frente a alguém e mostrou seu rosto sem eles, mostrando seu olho cego devido a uma flecha.

E o que Donquixote Rosinante fizera? Matou o próprio irmão, arrancando de Leader a única coisa que ela tinha. Não levou apenas Doflamingo, mas sim também qualquer chance de uma vida diferente, melhor.

— Não vai ser assim, Donquixote Rosinante. — Leader murmurou para si mesma enquanto olhava o espelho, sentindo ainda mais ódio pelo irmão mais novo. E pensar que na brincadeira chamava ele de tio, tudo para provocar o Donquixote mais velho porque, mesmo não querendo, Leader era uma pestinha, se queremos ser sinceros. — Irei cobrar tudo o que você me deve desde aquele dia. Você não vai me escapar. Eu irei te matar.

Enquanto discursava todos os discursos de ódio, uma batida na porta se ouviu, interrompendo-a.

— Pode entrar. — falou após saber quem estava do outro lado da porta, vendo abrir-se minimamente para revelar um pouco do rosto do seu braço direito, que acreditem ou não, era Bellamy. Ele, mesmo que fosse um completo cachorrinho de Doflamingo e quisesse chegar ao lugar dele, disse que a protegeria e, na verdade, ela confiava nele, então, ele era seu braço direito, mesmo que mal aparecesse e, quando aparecia, era para coisas importantes, com isso, claramente, não poderia ignorar.

— Tem alguém que quer falar com você. — Ela assentiu, saindo e andando até ao salão principal, de cara fechada, encarando o homem que estava no centro dela, vestido de preto dos pés à cabeça com um chapéu cobrindo uma bela parte do seu rosto.

— Que bom saber que está viva. — Leader gelou, jurando reconhecer a voz, mas pior ainda foi quando ele tirou o chapéu e revelou seu rosto, além dos seus cabelos loiros naturais, fazendo com que ela simplesmente paralisasse no lugar ao olhar o rosto reconhecido.

A deformidade da boca dele, Leader jurou ter esquecido, sobretudo, porque achava ele estar morto, mas aquela cicatriz marcante provou-lhe que, afinal, terem-lhe designado única sobrevivente da Terra do Nunca não era bem assim. Mas, fazer o quê? Até ela achava isso por ver toda a gente morrendo e nem sabendo como que estava viva até à atualidade sendo que era só uma criança fraca.

Mas, ele tinha outra cicatriz, que a deixou bem intrigada por lhe lembrar o ex-corsário Sir Crocodile.

— Você... Wooyoung? É mesmo você? — ela perguntou, como também tentasse se convencer que ele estava realmente na sua frente, completamente vivíssimo e... adulto. A última vez que o viu, ele tinha dez anos e ela oito.

— Você... Você sobreviveu também?

— Eu fugi antes com alguns meninos. Não foi uma decisão muito boa porque o mais velho tinha treze anos, mas bem... alguns morreram pelo caminho e eu fui o único sobrevivente dessa ideia louca, quase me arrependendo, mas depois de saber o que aconteceu com a Terra do Nunca... foi livramento até ver a sua cara num cartaz de procurado.

— É, você queria que eu morresse. Mas eu não mudei, se acha que sim e acha que vir aqui foi uma boa ideia.

— Toda a gente que morreu queria que você fosse a única a morrer, se pensarmos bem. No entanto, eu cresci e amadureci. Hoje em dia sou um dos Sete Corsários, como deve saber.

— Não, não conheço nenhum Corsário porque não quero saber de vocês.

— Eu sei muito bem quem é você e como você é. Soube sobre o ocorrido também e não sinto nada referente, já que pouco me importo com os seus sentimentos. Porém, assim como eu, saímos daquele lugar com um custo alto.

— Você não estava lá quando todos morreram! Eu posso ser uma insensível na visão de todos e posso ter sido uma criança que fez uma cicatriz horrível na sua boca, mas você, em nenhum momento, tem permissão para nos comparar ou mesmo falar da Terra do Nunca! Eu achei que vocês tinham morrido!

— Eles morreram. Eu não.

— Incrível, quem deveria morrer, está vivo. — ela disse, rindo sem humor, dando de costas logo em seguida, mas o que ele falou a fez encará-lo por cima do ombro.

— Hoje em dia eu tenho uma cicatriz sua e outra do Crocodile. — ele disse, tocando a tatuagem. — Fui um de seus ex-membros, até ele me abandonar quando pensei que poderia confiar nele. Eu era novo na altura, acabei por passar algo parecido com você, se formos pensar.

— Algo parecido!? Crocodile está vivo até onde sei. Mas bom saber que afinal... os rumores que a Baroque Works voltou é verdade.

— É, mas ele parece que desistiu. Não sei. Me abandonou quando disse me considerar.

— Pense pelo lado positivo, seu filho da puta. — xingou-o, já perdendo a paciência. Ele está vivo. Bellamy, a conversa acabou, então, pode lhe apresentar a saída.

— Eu não terminei a conversa. — Wooyoung diz, ouvindo um suspiro irritado da mais nova. — Eu vim aqui para te convidar. Eu sou um Corsário agora. E meu objetivo, mesmo que eu achasse ser algo impossível quando mais novo, é te trazer para o nosso lado.

— Corsária? — ela riu, mas a risada era completamente amarga. — Me empatou para no final falar isso? Você acabou de me ouvir falar que nem sei quem diabos está como Corsário hoje em dia e acha que eu vou me interessar?

— Você tem algo que todos precisamos, Leader. Você tem o poder do ex-Corsário Donquixote Doflamingo.

— Não lhe dou permissão para falar dele no meu palácio.

— Deve ter sido díficil se apegar a alguém como ele. Talvez nem fosse verdade o que ele te dizia. Pelo menos, a mim todas as vezes que disse admirar Crocodile foram simplesmente ralo abaixo.

— Crocodile nunca será o Doflamingo! E se você continuar a falar sobre isso, eu não vou me responsabilizar de haver mais vagas para Corsários!

— Você é a única sobrevivente, pois eu fugi, eu fugi antes daquilo acontecer, então eu já não era alguém de lá. Nunca fui, na verdade. Então, sendo a única sobrevivente de um Chamado da Destruição, você é alguém com um poder imenso. E ainda... você tem a fruta que ele tinha, te tornando ainda mais poderosa. Eu sei do seu poder antes mesmo disso, Leader. Se eu estou aqui, é porque vejo potencial mesmo que tenha te odiado. Mas, eu deixei as águas passadas no passado, com isso te perdoando.

— Você é um idiota, apenas. Isso é de loucos. Eu não serei um brinquedo para vocês. — Wooyoung deu um passo à frente, o que fez Leader respirar fundo.

— Eu sei que você também deve me odiar porque deixou de poder me tratar como um cachorrinho, mas tudo bem, eu te perdoei e eu sei sobre você, te conheço bem, sei o que você perdeu, mesmo não passando pela fase da morte, eu sei que deve ter sido difícil. Mas você não sabe é que, lá fora, temos um lugar para pessoas como você, como nós. Se quiser, pode ter ainda mais poder. Pode ser mais do que uma sobrevivente que viu Doflamingo morto no chão, berrando e odiando Donquixote Rosinante até hoje, vestindo um manto que é uma réplica perfeita da de Doflamingo que está em seu quarto, ainda com as manchas de sangue.

— Conhecendo você, e vendo que você está assim todo machão. O que você quer de mim, afinal? Se vingar?

— Me vingar? Não. Isso quer você. Eu te perdoei. Estou em paz com você.

— E o que você quer que eu faça?

— Eu e os outros Corsários queremos que você se junte a nós. Você é mais do que pensa. É mais do que uma garota com um ódio profundo pelo irmão do Doflamingo. Você é a chave para algo muito maior. Afinal, Doflamingo era Corsário, não se esqueça disso. Você parece seguir os passos dele, então, porque não aceita o meu convite? — ela não respondeu, apenas dando de costas novamente. — Pense bem nisso, ok? Vou te dar o tempo que precisar. Mas, lembre-se de uma coisa: as escolhas não duram para sempre.

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