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V

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Capítulo 5

Palavras Certas
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[👑]

NUANCES DE CINZA E AMARELO pintavam a manhã de forma serena e disforme. Assim como um quadro onde as cores se misturam. Tal como tinta espessa espalhada com uma espátula sobre tela branca, formando uma imagem áspera e de tonalidades complementares.

O Príncipe Solitário olhou para o céu, sentindo a dor atingir suas costas em vários pontos, porém, tampouco dava atenção ao desconforto latente em seu corpo, resultado de dormir de maneira não confortável. Ele buscou, numa tentativa inútil, tocar o céu, com as mãos levantadas sobre o rosto. Parecia estar tão próximo, tão convidativo, apenas esperando o fino toque para se desmanchar na imensidão. Era uma alvorada estranhamente barulhenta, talvez pela voz do Yang inundar a torre, juntamente aos sons das panelas — quase nunca usadas — de Hyunjin, que faziam sinfonia junto aos sons costumeiros que já estavam gravados na mente do Príncipe.

O vazio era preenchido pelo cheiro de café recém feito e nostalgia, junto a bolinhos de chuva com açúcar e canela. O modelo deixava as memórias tomarem conta de si de forma amena, sentindo o torpor da teia de recordações. O Hwang sentia uma certa melancolia tomar conta de si ao lembrar de sua mãe pela manhã, passando café e murmurando alguma música antiga, enquanto o cheirinho de bolo se espalhava pela casa. Sentia sua falta, e a saudade corroía seu interior de forma demorada e sufocante.

Sentiu a brisa bagunçar seus cabelos e todos os nós que sua cabeça possuía, tornando a turbulência em uma dança. Se levantou, voltando para dentro do apartamento.

Jeongin, ao contrário de si, parecia uma bagunça de farinha e sorrisos, enquanto Kkami estava animado, brincando com uma bolinha vermelha para lá e pra cá.

— Acho que fiz bagunça na sua cozinha, hyung, me desculpe — passou as mãos sujas de açúcar no rosto de forma acanhada. Hyunjin apenas olhou para o montante de panelas sobre a bancada e a sujeira de farinha que se espalhava pelo chão e até mesmo nas paredes — A farinha estava no armário mais alto e acabei derrubando um pouco, mas eu vou limpar tudinho, juro!

— Certo — disse, e um estranho silêncio abraçou os dois rapazes. Fazia tempo que o modelo não via a desordem se fazer presente em algo que não fosse seu interior, além de que, o cheiro dos bolinhos do Yang, mesmo que ainda levemente queimados, realmente estava agradável. Se lhe dissessem a uma parcela de dias que não estaria só e não seria arrastado por Jisung até uma cafeteria pela manhã, certamente acharia deveras estranho. Entretanto, a ideia de ouvir a cantoria de Jeongin logo pela manhã não lhe parecia impertinente — Não esperava que você cozinhasse.

— Não é nada demais — soou um tanto quanto acanhado, a voz saindo meio soprada, com um leve sorriso acompanhando — Eu ficava muito tempo sozinho em casa, então tive que aprender. Não sou profissional, mas consigo fazer um ótimo ramyeon e arriscar algumas coisas — o mais novo brilhou de forma fraca por instante, com brilho opaco e repleto de melancolia.

Os bolinhos foram colocados sobre a mesa, cheirava a canela e a conforto e, ainda que chamuscados, canalizavam a gratidão do Yang.

— Precisa que eu te leve até a escola?— questionou o Hwang, após encarar um dos vários relógios espalhados pelas paredes da torre.

O Paladino lhe encarou com uma mistura estranha de felicidade e timidez, deixando os olhos quase sumirem em um sorriso que Hyunjin não conseguiu dizer se era forçado ou não, abanando as mãos no ar em um "não" claro.

— Não é preciso, você já está fazendo muito por mim me deixando ficar, hyung. Posso ir de ônibus, o ponto não fica muito longe, não é?— o Yang enfiou um dos bolinhos na boca, se sentindo internamente feliz por estar tomando café da manhã acompanhado e com tanta calmaria. Detestava café, mas o gosto não parecia tão ruim se acompanhado de leite e de sua tentativa falha de copiar os bolinhos que havia visto em um programa semanas atrás, ainda mais com a presença inédita do Hwang, por quem sempre teve uma convicção banhada de pura indiferença da parte do mais velho, mas que agora via que era apenas solidão que o cercava, mesmo com o amor de milhões.

Eles não eram tão diferentes, no fim das contas.

— Tudo bem, você pode apanhar um ônibus perto do mercado, são cerca de dez minutos daqui, mas, tem certeza?— bebericou o café tremendamente amargo do mais novo, quase queimando a língua. O tom escuro na xícara branca, acompanhado do banho de cores que nascia com o sol, refletia a face do modelo que se perdia nas ondulações do líquido. O Yang apenas assentiu.

O silêncio se jogou sobre ambos num abraço repleto de calmaria. A presença do Paladino era como ter uma fogueira em uma noite fria, mas, Hyunjin era fictício demais para que alguém permanecesse a preencher o seu vazio particular.

Em breve acordaria apenas com o silêncio e Kkami como companhia. As pessoas eram apenas como nuvens de chuva em sua vida, apenas se arrastando pelo tempo até desaparecerem por completo.

O Príncipe Solitário saiu antes do Paladino, levando consigo a pasta de belas palavras de certo Salteador. A manhã álgida tocava sua pele com dedos cortantes, fazendo com que Hyunjin se arrepiasse com cada lufada gélida soprada sobre sua pele. Sua torre parecia muito mais acolhedora do que o reino de concreto naquela manhã. Sua carruagem estava pronta para ir até o castelo e, antes de sumir entre os prédios, olhou para a entrada da torre de onde Jeongin saía, segurando as alças da mochila, em passos largos e apressados.

Soltou um suspiro e começou a dirigir até seu destino: o teatro de marionetes o qual pertencia.

Quando adentrou no Castelo, o Conselheiro Real já lhe esperava. Han Jisung tinha os braços cruzados e os olhos cravados na cidade tão pequena através do vidro. Parecia perdido em si mesmo, vagando entre cinza e azul celeste.

— Desta vez, não me atrasei — ajeitou a jaqueta jeans que vestia — E trouxe a pasta do Seo. Também tomei café da manhã, então não precisa comprar nada na lanchonete do prédio, Eu realmente estou enjoado daqueles sanduíches de atum que você sempre me traz.

— Certo, Hwang — Jisung balançou a cabeça levemente para o lado — Vamos, Changbin está nos esperando.

Seguiu o manager sem mais palavras, vestindo seu mais simpático sorriso. Os passos ecoando pelo corredor, os dedos apertando a pasta do Salteador até as pontas ficarem brancas. As costas do Han eram tudo o que via, até entrarem numa das salas de reunião, onde o Seo lhes esperava, com o notebook sobre o colo e uma pose completamente despreocupada, banhado de monotonia e degradê de tons neutros. Ele se levantou depressa quando os viu entrar, deixando o computador portátil sobre a mesa, fazendo uma reverência pequena como cumprimento.

— Peço desculpas por ter saído tão de repente aquele dia, temos pouco tempo para seu debut e eu fui irresponsável em sair daquela forma, ainda mais por ter atrasado todo nosso trabalho — disse, a face transbordando algo que Hyunjin não soube identificar. Era como se as palavras nas folhas brancas daquela pasta tomassem forma, mas ainda assim fossem ilegíveis.

— Está tudo bem, deve ter sido algo urgente. Você parecia preocupado ao telefone — o Príncipe se sentou ao lado de Jisung, de frente para o Salteador, e colocou a pasta negra sobre a mesa — Aqui está sua pasta, desculpe tê-la levado, mas pensei que seria melhor guardá-la de forma segura — sentia o olhar do produtor sobre si, olhos felinos, repletos de significado.

— Agradeço por isso — sorriu de leve. O Salteador tinha um quê de mistério em todas as suas expressões. Hyunjin poderia alegar que o Seo lhe atiçava certa curiosidade, como uma mensagem escondida em papel pardo e envelhecido — Chegou a lê-las?

— Ah, sim, eu as li — coçou a nuca, deixando um pouco de vergonha escapar entre as rachaduras de sua máscara de vidro — Você é ótimo no que faz, se me permite dizer.

— Obrigado, mas não são grande coisa. Apenas fragmentos perdidos, mas que eu relutei em deixar para trás — ébrio de languidez, o Seo deixava-se vagar, até pousar novamente no presente e olhar para a face de porcelana do modelo — Bem, devemos começar? Preparei algumas composições nos últimos dias.

Durante o tempo que passaram juntos, escolheram algumas composições do Salteador, discutiram sobre letras e sobre a voz do Hwang se encaixar perfeitamente na melodia, Jisung até deixava o silêncio de lado, parecendo interessado no trabalho sendo desenvolvido. Perceberam quanto tempo havia se passado quando o telefone de Changbin notificou uma mensagem.

— Já passam das uma da tarde. Deveríamos almoçar — jogou as costas sobre o encosto da cadeira.

— O tempo passou depressa.

— Concordo — o Salteador tinha a atenção voltada para o telefone, digitando de forma rápida, enquanto o Hwang e o Han se levantavam.

— Quer almoçar conosco?— o Conselheiro Real se desfez do silêncio.

— Não, irei almoçar aqui. Podem ir, nos vemos mais tarde — fez um leve aceno com a cabeça. O Príncipe Solitário e o manager saíram da sala.

Ajeitando o casaco e os óculos, ao se retirarem do Castelo, Hyunjin parou por alguns instantes. Como se o feitiço mais forte tivesse lhe atingido e levado para longe seus movimentos.

Primeiro ele viu estrelas, depois viu os fios de ouro caindo como cascatas sobre a face. Era o Príncipe do Oceano, e ele lhe encarava como se o modelo fosse a estrela central do universo, para logo após, desviar o olhar e se direcionar até a entrada do castelo. Hyunjin notou que ele vestia um uniforme e levava algumas sacolas consigo.

— Está tudo bem, Hyunjin? — Jisung colocou a mão sobre seu ombro, a expressão sempre pacífica havia se tornado tempestuosa.

— Sim — esculpiu a mais bela máscara de calma, mesmo que a tormenta em si fosse enorme.

O Hwang sentia ondas de nervosismo passarem pelo seu corpo, como veneno que lentamente se alastra. Seu temor, o qual ignorava constantemente, havia agarrado com todas as forças sua certeza: Aquele rapaz se lembrava de Hyunjin naquela noite e, se ele dissesse apenas meia dúzia de palavras, todo o reino do Príncipe Solitário desabaria.

Hyunjin apenas tinha seu reino de vidro frágil, e estava prestes a se fragmentar.

[👑]

RESPIRAR SE TORNARA tarefa árdua em meio a fumaça e as tragadas incessantes. Hwang inspirava nicotina e expirava preocupação cinzenta. A sensação de perder o chão, ser sentenciado à guilhotina midiática. Apenas boatos eram suficientes para afundar reputações frágeis. O palácio do Príncipe Solitário era vidro vulnerável. Seria sua sentença? Um "cortem-lhe a cabeça"?

Tudo estava prestes a desabar. Como um castelo de cartas em meio à uma ventania.

Não conseguiu prestar atenção às palavras do Salteador depois da tempestade que era o Príncipe do Oceano lhe atingir em cheio. Tanto que, sendo vencido pela desatenção, o Seo se envolveu em letras, dizendo que seria melhor continuar outro dia.

A Solidão voltava a arranhar-lhe o âmago, o Medo subia sobre si enquanto sua respiração ficava fraca em meio as tragadas.

Poderia falar com Jisung sobre, buscar uma solução, mas não queria ter de ouvir um sermão acompanhado do olhar de reprovação do manager, tampouco queria dizer-lhe que pretendia se jogar no mar, bêbedo e triste. Não queria mostrar seu vazio a ninguém. Não queria de forma alguma que o maior número de palavras que trocaria com o Han tivessem por finalidade contar-lhe sobre o quão era feito de areia.

Lâminas afiadas eram as palavras, as ditas e as implícitas. Machucavam, ardiam a pele, atravessavam o peito. Eram como maçãs envenenadas, com a substância pronta para se alastrar pelo corpo da vítima de forma lenta e agonizante. E não haviam Príncipes Encantados neste conto, apenas os solitários e vazios, donos de egos frívolos e com máscaras de irrealidade.

Apagou o cigarro, deixando a fumaça fazer-lhe cócegas no nariz. Jeongin ainda não havia chego da escola, e o céu começava a adquirir um tom escuro. Era uma mistura de laranja e vermelho que despontava no horizonte, desaparecendo conforme o modelo acompanhava com os olhos, da sacada. Tudo estava prestes a ruir.

— Estou perdido, completamente perdido — soltou um suspiro pesado, como se pudesse esvaziar o peito daquela sensação incômoda.

Hyunjin resolveria isso, sozinho como de costume. Como se acabasse de o ver, tinha o nome que o rapaz trazia em seu uniforme na memória. Rapidamente, colocou um boné e uma máscara, que sempre deixava em um local acessível, e rumou para lá.

O Príncipe Solitário protegeria seu reino. Pois não havia mais ninguém que o protegeria. Era sua maldição, como Midas que tinha toque dourado, o Príncipe Solitário transformava tudo que tocava em vidro quebradiço.

Se apressava entre as pessoas, não mais admirado por poder se infiltrar e ser absorvido pela multidão. O nervosismo percorria seu corpo, enquanto seus dedos ficaram brancos devido ao aperto provocado por suas mãos em punho dentro dos bolsos da calça. O ar parecia até rarefeito devido ao turbilhão que se alastrava por si.

Quando achou o local sentiu náuseas, o coração batendo de forma dolorida, Hyunjin era uma mistura de medo, dúvida e insegurança. Se o encontrasse, o que faria? O que diria? Lhe proporia dinheiro em troca de silêncio? O que faria caso ele não aceitasse?

Com as mãos trêmulas, empurrou a porta do estabelecimento. O cheiro de fritura e o burburinho das mesas atingiu-lhe de forma desnorteadora. A respiração ficando acelerada, as pernas quase cedendo de puro medo e ansiedade. Hwang se sentou em uma das mesas vazias, olhando ao redor para tentar encontrar o motivo de tamanha agitação interna.

Parou de respirar quando o viu. Ele sorria para um dos clientes que acabara de pagar pelo lanche, os olhos em lua e estrelas na face, com os fios dourados escondidos pelo boné com a logo do local. O Príncipe do Oceano estava ali, como uma onda prestes a explodir sobre os rochedos de medo do modelo.

O loiro pareceu sentir o olhar do Hwang, pois seus olhos se encontraram por instantes. Hyunjin conseguiu ler, com extrema dificuldade, o nome bordado no uniforme em letras grandes: Yongbok.

— Já escolheu o que vai pedir, Senhor?— uma voz feminina puxou a atenção do modelo. Uma das atendentes estava parada em sua frente e em seu uniforme se lia "Hyejin". Ela olhava para o Hwang de forma desconfiada, deixando os olhos felinos se direcionarem também ao rapaz no caixa, o qual ela percebeu estar sendo observado pelo estranho cliente.

Hyunjin hesitou por instantes, antes de responder a moça. Deslizou o olhar para o pequeno cardápio da lanchonete, pedindo a primeira coisa que conseguiu ler. Hyejin anotou seu pedido e saiu, os passos reverberando em meio às conversas do local. O modelo quase se fundia ao banco estofado de cor vibrante, que lembrava vagamente as lanchonetes dos anos 70, e batia os dedos sobre a mesa, enquanto voltava a encarar o de cabelos claros.

Agora que estava ali, era atingido pela ansiedade com socos no estômago. Sanaria a sua dúvida, porém o medo lhe corroía como ácido enquanto o tempo se arrastava.

Quando seu pedido chegou, o comeu o mais lentamente possível, sem tirar os olhos do caixa. Ensaiava cada ação e palavra em sua mente. Estava acostumado a esconder seu verdadeiro eu, completamente destroçado, e se erguer como uma estátua de mármore viva.

Por volta das sete, o Príncipe do Oceano passou pela porta que tinha sobre ela, em letras garrafais, uma plaquinha amarela com os dizeres: ENTRADA SOMENTE PARA FUNCIONÁRIOS. Hyunjin quase se levantou subitamente ao perdê-lo de vista, mas seria uma ação demasiadamente chamativa, portanto, se conteve.

Minutos depois ele voltou, desta vez, sem o uniforme. Os olhos em lua, o universo em sua face enquanto desejava boa noite aos outros funcionários. Suas orbes se encontraram com as do Hwang e ele parou, com um pequeno sorriso enfeitando sua face.

— Lembra de mim?

Três palavras, como tiros certeiros.

[👑]

Finalmente os hyunlix frente a frente, irra!

eu amo o Jeongin, meu tudinho simmm

Bem, é isso galerinha, espero que estejam gostando da fic (alguém lê isso aqui ainda?)

Nos vemos dia 30/09

Diretamente da torre cinzenta,

mxoonbebe

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