O abismo
Não olhe pro fundo
Pois fundo não há:
Isso é o que a queda te fez.
Mais longe o penhasco,
Mais forte o asco
Da própria pequenez.
Existe, porém,
um sobrevivente,
Que nunca caiu:
Fez rapéu.
E catou a corda
Subiu novamente,
Rumo ao céu.
E atou a corda
E aquele que acorda
Pode usá-la
Pra sair de si.
Não somos nós mesmos
A pior armadilha
Em que caímos aqui?
Mas
Não olhe pro fundo
Que os pés são de chumbo
E o coração pesa mais.
Mantenha a vista
No olhar do alpinista
Que suas mãos te puxam
Pra fora do abismo
De coisas banais.
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