YANGYANG ⇾ Bingo. I lied.
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YangYang encarava suas cortinas de tons pretos, sem pensar em absolutamente nada. Sentia-se no tédio, uma coisa que não era de costume. Ele sempre tinha algo para fazer, raramente se encontrava em casa, a não ser que fosse para dormir.
Não estava entupido de trabalho como de costume. Tinha tudo regulado, embora tivesse deixado algumas coisas ao cargo da sua irmã, NingNing.
NingNing era sua irmã gêmea. Não se pareciam muito agora, devido as reconstruções no rosto da garota por causa de um dos acidentes que já teve no trabalho.
Podia-se dizer trabalho? Ou um caminho para a morte, assim que cometesse algo fora do correto? Pois bem, foi o que quase aconteceu com NingNing. A garota tinha falhado somente numa coisinha de nada, mas essa coisinha quase a levou para o mundo dos mortos. Foi YangYang que a salvou, pois estava com ela. Ele teve a excelente prova de que a antiga gangue de mafiosos, a qual antes participavam juntos, estava pouco se lixando para a sua irmã. O porquê? Simples, ela é uma mulher. Preferiu salvá-la e quase ser pego, do que deixá-la morrer. Afinal, ela nunca deixaria de ser a sua irmã. Primeiro está a família, embora muita gente não ligue para isso. No passado, somente tinham uma escolha: matar. Caso não quisessem morrer, é claro.
Olhou para o celular, viu que ele estava vibrando e viu o nome da sua irmã escrito na tela. Atendeu, mesmo que não fosse urgente, ele sempre atendia.
"Sim?"
"YangYang! Tu nem sabe da nova! Vem até você sabe onde, tenho que te mostrar uma parada urgente agorinha!"
"Mas..." — Ele foi interrompido com a ligação sendo desligada. Suspirou, levantando-se, mesmo que não quisesse, acabaria indo, devido a ser um pedido de sua irmã, mas também o pedido o deixou curioso dessa vez, bem curioso, ou era só o tédio falando mais alto que o normal.
...
Ao chegar no sítio que apelidaram de "você sabe onde", rapidamente tirou a pistola e a apontou ao outro ser que ali se encontrava. Ele não sabia quem era e a luz do espaço também não ajudava muito para ver os seus detalhes, mas sabia pelo menos que a sua irmã estava ao lado, o aroma de seu perfume era a sua certeza.
— Calma bichinho. — "Bichinho" era a alcunha que YangYang tinha recebido da sua irmã, mas a garota só usava quando estavam eles dois no recinto. Estava claro que ele não entendeu porque ela o chamou dessa maneira, sendo que tinha outra pessoa no local.
— Não estamos sozinhos, NingNing. — A dona do nome acendeu uma lanterna e a colocou presa no teto, em seguida, fazendo isso com mais outras duas. — Te apresento a Butrakham. Ela é filha de pais mafiosos tailandeses. Sabe artes marciais e... — YangYang a interrompeu de imediato, estava desconfiado.
— Não conheço. — Olhou para a garota, que era a mais baixa dali. — Ela também deve ter uma boca para falar, não acha?
— Claro que tenho, Liu YangYang. — YangYang se surpreendeu quando ouviu a pronúncia do seu nome sair direitinha. Embora seu sotaque fosse o típico tailandês, saiu muito bem falado. — Eu quero me juntar a vocês faz anos, para me vingar.
— Qual o propósito da sua vingança?
— Vingar meus pais. — O garoto abanou a cabeça, após ouvir a resposta rápida, meio que confirmando com as palavras ditas.
— Que idade tem?
— Dezanove.
— Não se acha muito nova para querer recrutar na máfia?
— Digo o mesmo de você, já que é chefe da máfia.
— Você responde bem.
— Eu apenas me defendi. Somos quase da mesma idade.
— Como sabe a minha idade? — YangYang olhou para a irmã, que comprimiu seus lábios. — Ou melhor, o que já sabe sobre mim?
— Sei tudo e não culpo a sua irmã, ela só me contou o básico. Não pense que quis entrar para o seu grupo do nada, tenho meus contatos, minhas informações.
— Nome completo.
— Butrakham Leechaiyapornkul.
— Parentesco?
— Mãe e pais mortos. Sou filha única e minha tia não tem filhos. Meus avós morreram há quase vinte anos, não conheci nenhum deles.
— Sua tia está viva?
— Está a viver na Austrália.
— Você tem mais alguma nacionalidade?
— Sim, porque minha tia residiu na Coreia durante a minha infância, acabei adquirindo a nacionalidade, a chinesa é minha terceira, pois estou aqui há quase dois anos e, como quase todos os residentes, é seguro ter um cartão de cidadão. Meu nome coreano é Byun Byeol e chinesa é Wang Yuqi.
— Um nome significa estrela e outro é um sobrenome que significa Rei. Você é bem interessante.
— Só porque tenho três nacionalidades?
— Por agora, sinta-se feliz por isso. Mostre-me suas habilidades. — Na mesma hora ela sacou sua arma, apontando contra sua testa. — Uou, calma lá.
— Disse para eu mostrar as minhas habilidades, não foi?
— Ela é perfeita, YangYang. Recrute-a logo.
— Ela só sabe fazer uma coisa que até meu filho que não existe saberia. — Tentou tirar a arma das mãos da tailandesa, mas falhou, acabou com os braços atrás das costas e a arma apontada na sua nuca.
— Você não se arrependerá se me recrutar.
— NingNing, fica a cargo de você, agora me solte e me devolva a arma. — Foi solto e teve sua arma devolvida, assim que pediu. O garoto encarou as duas mulheres diante de si, mas lançou um olhar a NingNing de confirmação. Ela iria ser recrutada. Óbvio que o sorriso de NingNing não conseguiu ficar guardado por muito tempo.
— Sério, obrigada! — NingNing abraçou o irmão. — Você é o melhor irmão do mundo! — Tentou se soltar da melação dela, mas falhou miseravelmente, recebendo beijos no rosto dados por NingNing, isso lhe deu mais vontade de se afastar. Não gostava de mostrar o afeto pela irmã na frente de pessoas estranhas, pois já lhe bastava a quantidade de gente que sabia sobre o seu único ponto fraco.
— Já chega, já chega! — Yangyang se soltou, mas sem brutalidade. — Vamos para a base.
— Bem me parecia que este local minúsculo não podia ser a vossa base.
— Era o local onde nós nos escondíamos, se não sabe da história, cale a boca.
— Ok, me desculpe... — Esperou uma resposta, essa que seria sobre como trataria Yangyang, já que se encontrava agora como recruta.
— Já me tinha chamado pelo nome, por que esperou por uma resposta?
— Queria saber como te trataria daqui para frente.
— Tudo menos como a minha irmã me trata.
— Certo.
— Agora vamos. — Saíram daquele local e se dirigiram rapidamente até a base, que parecia por completo uma empresa.
— Uau.
— O que foi?
— Parece uma empresa.
— É esse o objetivo. Acha que vamos falar por aí que somos mafiosos?
— Não, claro que não, apenas não sabia que ia ser igual a uma empresa.
— Mas que recruta. — Revirou os olhos, olhando de seguida NingNing, que com gestos pediu para ele confiar mais nela.
— Bom. — Yangyang falou, parando. — Saiba que só poderá entrar nesta sala com um motivo, caso eu não veja o motivo aceitável, você obrigatoriamente tem que sair.
— E se eu não tiver um motivo bom, mas coisas importantes para dizer?
— Fale com NingNing.
— Sim, fale comigo. O meu irmão é mais ocupado, então você precisa ter um assunto bem delicado que lhe importe, de resto podem falar comigo. Somos mutuamente chefes e eu não quero que interrompam ele quando podem falar comigo.
— Certo.
— Deixarei vocês por aqui. Ah, como você é recruta, não tem hora de saída.
— Calculava isso.
— Tem que manter sempre o seu celular ligado, mas com um chip nosso.
— Eu tenho dois celulares.
— Nada de falar sobre os nossos assuntos para as outras pessoas, sua cabeça está em jogo desde o momento em que entrou aqui.
— Não falarei.
— Acho que está tudo certo. Se eu precisar de algo, dirijo a palavra à minha irmã. Agora dirija ela até o local dos recrutas, ela te mostrará os treinos que eles têm, não me importa se ela é nova ou não.
— Certo, irmão. — Yangyang entrou na sua sala e fechou a porta, suspirando. Não sabia se era certo ter aceitado uma recruta, ela sabia muito para quem é só uma recrutinha. Na maioria dos casos, os recrutas nem sabem que estão do lado de mafiosos, só sabem depois, mas essa garota já sabe onde se meteu desde o início, com um próprio objetivo de vingança.
Mas como sua irmã lhe deu motivos — nem muito explícitos — ele aceitou. Ele faz tudo pela NingNing.
NingNing se encontrava orgulhosa. A garota era incrível aos seus olhos. Tinha se encantado totalmente. Não só imaginava Butrakham ser uma simples recruta, mas sim uma futura companheira para o seu irmão. Não lhe contou, nunca conseguiria lhe convencer com isso. Seu irmão não era aquele que todos pensavam de era. NingNing achava triste quando ele falava sobre a sua mulher que não existe, sobre os filhos que ele nunca fez. Talvez, com a chegada dessa garota ele agora conseguiria não mentir esses boatos, embora ele vivesse numa bendita mentira sem sequer se arrepender.
— Você tem água? Todos têm uma garrafinha e eu não.
— As garrafas são dali. — Apontou para um frigorífico onde tinham mais garrafas de água, totalmente fresquinhas.
— Obrigada. — Pegou uma garrafinha, colocando o seu nome com uma caneta que NingNing lhe deu.
— Gosto do seu apelido.
— É só porque Butrakham fica muito grande.
— Mas, ainda assim eu o acho bem fofo.
— Obrigada?!
— Você não precisa de me agradecer. — Riu fraco. — Posso te fazer outra pergunta? Antes deles acabarem o seu exercício ... e, logo, assim você os acompanhar.
— Claro que pode.
— O que achou do meu irmão?
— Um bom chefe. Tem as suas regras e isso faz dele mais autoritário do que achei que fosse. Embora tenha afeto por você, acho muito bom ele não misturar.
— Mas ele é assim mesmo. Ele não gosta de ter afeto quando está com outras pessoas. Também não mistura, de fato, não se sente bem mostrando afeto, mas ele é bem carinhoso. Seu sorriso aquece meu coração, não me imagino sem ver o sorriso de Yangyang.
— Deve ser bem confortante.
— Sim, é. — Deu uma pequena pausa. — Sem ser o que me falou, quero saber que acha dele como pessoa.
— Eu já falei.
— Mas eu não quero assim, entende? Eu quero saber o que você acha dele como pessoa, como homem. Entendeu?
— Ah! Somos quase da mesma idade, mas ele não parece ter a idade que tem. Parece mais jovem. Talvez seja pela beleza dele. Você também tem uma beleza incrível, mas acredito que não quer que eu fale de você e sim do seu irmão.
— Exatamente.
— Pronto, acho que é só isso, ele tem uma beleza incrível para um homem dessa idade. Tudo no rosto dele foi desenvolvido delicadamente. Uma verdadeira obra de arte.
— Isso me deixa bem
— Por quê?
— Pois você o acha um bom partido.
— Não falei isso. Não é por ele ser bonito que vou ficar logo assim.
— Eu sei, eu sei. Me responda a outra coisa então. Ele faz o seu tipo?
— Acho que sim. Só o conheci hoje, mas pelo que sei dele, até que faz um pouco do meu tipo ideal de homem. — NingNing sorriu, isso a deixou muito feliz. Conseguiu praticamente o que queria. Não queria se chamar interesseira, aproveitadora ou algo do tipo, pois estava fazendo isso pelo seu irmão. Butrakham era perfeita para YangYang.
...
YangYang foi surpreendido por batidas na porta, mas logo a seguir viu o rosto da sua irmã após entrar.
— O que foi NingNing?
— Ela está a sair-se perfeitamente. É a melhor recruta entre todos.
— E? — YangYang sabia que NingNing queria algo, mas não percebia o que era.
— Porque não tiramos a Karina do posto e colocamos ela no lugar?
— Deixa ver se eu entendi. Você quer tirar uma pessoa que tem mais de dez anos de experiência para colocar uma recruta que só começou hoje? Você por acaso está doida? Bateu a cabeça, NingNing? Jamais!
— Deixa eu te mostrar, por favor!
— NingNing eu não vou deixar! Não vou tirar a Karina do grupo principal! Precisamos dela!
— Então, e se acrescentar mais um elemento?
— Já somos cinco e não te basta?
— Xiaojun está sempre errando, ela pode ficar com o lugar dele também.
— Já disse que não vou tirar ninguém!
— Ok, ok, mas pelo menos deixa ela ficar conosco.
— Não.
— O que quer que eu faça para conseguir o que quero?
— Antes, me explique o porquê.
— Ela é melhor que todos eles.
— Acha que isso basta? O japonês já é recruta há seis meses e também é bom demais e eu nunca o coloquei na equipa principal!
— Ela quase lhe partiu um braço. — YangYang arregalou os seus olhos.
— Vou pensar. Agora saia, tenho muitas coisas para fazer.
— Pense bem. — Abraçou rápido o irmão e depois se retirou.
Não fez nem dois minutos e ele já ouvia batidas novamente na porta, isso o frustrou, mas ainda assim mandou entrar.
— O que faz aqui? — Encarou Butrakham, que entrou às pressas no escritório.
— Hmm, vim te ver antes de ir fazer meu treino. Se a NingNing perguntar, eu fui ao banheiro.
— E por que mentiu?
— Porque eu não quero ir para o banheiro.
— Seja rápida e me diga logo o que quer, eu tenho coisas para fazer.
— O que eu quero talvez seja rápido... Talvez não. Depende.
— Hm. — YangYang suspirou e, pouco interessado, voltou a olhar os papéis que tinha para olhar.
— Está parecendo um empresário, onde está o chefe da máfia? — Com determinação, ela tirou os papéis da sua frente e jogou-os no sofá, se aproximando de YangYang.
— Você está brincando com o fogo ao se meter onde não deve. O trabalho é meu, e você é apenas uma recruta.
— Ok, mas isso não muda a minha opinião de estar a parecer um empresário.
— Devolve-me os papéis. — Butrakham pegou de volta os papéis, colocando-os em cima da mesa, e se debruçando um pouco para encarar cada centímetro do rosto de YangYang. — Volte ao seu trabalho.
— Somos quase da mesma idade, por que não me trata informalmente?
— Porque estamos no meu local de trabalho.
— Mas... Não precisa ser formal comigo, Bichinho. — Yangyang se levantou, aproximando-se da garota.
— Você não tem autorização para me chamar disso! — Exclamou, mas ainda se mantendo paciente.
— Não gosta? Que inveja, a NingNing pode te chamar assim.
— Ela é minha irmã. Você é uma recruta que ela achou por aqui e te aceitei pois ela praticamente implorou, sinta-se feliz. — Butrakham sorriu e se aproximou do homem à frente, colocando-se estirada pelos bicos dos pés e, bem de pertinho, falou no seu ouvido:
— Então, como te posso chamar? Sem expor o que você é?
— Senhor YangYang, para você.
— Mas deve haver mais do que um "Senhor Yangyang" escondido aí.
— Mas não há nada para você. — Separou-se minimamente, encarando o rosto da garota. — Agora volte para o seu posto.
— Eu volto, se me der uma alcunha para me referir a você.
— Me chama de: "a pessoa que te pode matar se me irritar".
— Eu quero um mais... Como posso dizer? — Beijou a bochecha de YangYang e bem de leve desceu os lábios até o final de seu queixo. O garoto se arrepiou inteiro, fechando os olhos com força, a garotinha novata estava mesmo o provocando?
— Ok, pode me chamar do que quiser.
— Não quero essa resposta.
— Yangie.
— Hm? — Sorriu contra a pele do garoto. — Que fofinho, e ge... — Antes que pudesse concluir a fala, YangYang a cortou
— Volte. Agora. — Embora a repreensão, ele acabou se rendendo com um sorriso de canto que acompanhou a garota até a saída. Butrankham conseguiu o que queria, YangYang supostamente gostou de sua provocação leve.
...
Quase dois anos já haviam se passado e YangYang ainda estava pensando sobre o assunto que NingNing lhe falou. Disse que demoraria o tempo que quisesse, sempre testando Butrakham. Lá no fundo, ele a estava preparando, pois apreciava a sua presença e sabia muito bem que ela algum dia iria para a equipa principal. Ele fez isso não só pela irmã, porque YangYang passou a nutrir novos sentimentos em relação à recruta.
E embora o grande chefe da máfia escondesse uma coisa que só eles dois sabem, YangYang mantinha sua postura firme no trabalho, fazendo Butrakham ficar melhor nos ataques, mesmo que ficasse quase sem fôlego em todas as vezes. Nesses momentos, nem parecia a mesma garotinha doce que pedia por Yangyang em momentos que, às quatro paredes, eram bem íntimos.
Entendiam que não podia misturar o trabalho com a vida pessoal, mas parecia existir uma primeira vez para tudo e o escritório de YangYang não era mais aquele lugar entediante quando a sua irmã não estava por perto, mas sim uma linda novata cheia de vida.
— Posso? — Butrakham bateu na porta, antes de entrar no cômodo, que estava encostada.
— Estava te esperando.
— Estava?
— Estava. Entra. — Ela entrou, fechando a porta e caminhando até YangYang.
— Como estão as coisas?
— Estão bem. Por quê?
— Não misture as coisas que acontecem entre nós com o trabalho. Peço-lhe isso. — Yangyang se aproximou da garota, trazendo seu rosto para mais perto e distribuindo um breve selar nos seus lábios. — Se vazar, isso pode nos prejudicar.
— Você sabe que o que acontece aqui, fica aqui, Yangie. — Sorriu. — Era só isso?
— É digamos que sim. — Não era só isso, mas YangYang não sabia explicar à garota o que estava acontecendo dentro do próprio peito, cheio de novos sentimentos recém-descobertos, então preferiu ficar calado, torcendo para que talvez surgisse o momento certo para isso.
...
— Convém não me partir nada. — Queixou-se do seu pulso, separando-se da garota. — Por hoje já está bom.
— Nem meia hora tivemos a treinar.
— Porque você hoje tem algo especial para fazer. Agradeça à NingNing.
— Irei agradecer. — Deu um sorriso, mesmo que não soubesse do que ele estava falando por total.
— Você vai numa missão com a equipa principal, é um teste para eu saber se vale a pena te deixar nos recrutas, ou te subo. Subi o Yuta, então pode ser que tenha uma sorte ainda maior que a dele.
— Soube que ele subiu para a terceira equipa. Fiquei meio chateada, mas saber que estou acima dele hoje me deixa mais orgulhosa.
— Pois bem, vamos. — Saíram daquele cômodo de treino individual e se dirigiram até a sala de NingNing. Yangyang nem bateu, encontrando a irmã ao telefone. Esperou, pois tinha percebido que a conversa estava sendo quase uma discussão e preferiu esperar.
— Resolvemos depois para eu não me chatear. — Respirou fundo. — Eu vi você entrando, mas não falei nada, pois você pode ver. — YangYang assentiu com a cabeça. — Você nem imagina o que está acontecendo!
— Conte, não temos muito tempo.
— Temos uma toupeira entre nós.
— Quê? Como assim, NingNing?
— Eu não sei!
— Não temos tempo agora para procurar a toupeira! Como deixou isso se estender até agora?
— Eu não fazia a mínima ideia, YangYang!
— Que merda. — Levantou-se, frustrado. — Como deixamos entrar uma toupeira? COMO?
— Eu não sei e, como disse, não temos tempo. Temos que ir, ou falhamos.
— Melhor irmos, só espero não estar entre os nossos principais.
— Impossível. Já tinha caído a máscara. — NingNing foi até Butrakham. — Não diga depois a ninguém isto, por favor.
— Tudo bem, se precisarem de ajuda, estou aqui. Sei que isto é um teste, vou dar o meu melhor e espero confiar em mim.
— Eu confio em você. — NingNing sorriu.
— Vamos logo, já estou com a paciência esgotada. — YangYang saiu da sala, chamando os outros garotos para se preparem. NingNing e Butrakham ficaram na sala. A garota recebeu armas pela superior.
— Eu estou tão orgulhosa de poder nos ajudar. — Respirou fundo. — Espero que não nos desiluda.
— Jamais. — Butrakham sorriu, dando um pequeno conforto a NingNing.
...
Se encontravam no local planeado. Teriam que fazer um homem pagar, caso não pagasse, ele seria morto.
Mas não era só esse o problema, ele tinha conhecidos, tudo tinha que estar perfeito, para não falhar.
— Passe suave e discretamente esse relógio, ele está programado para reconhecer a pessoa, se aparecer verde, é porque é inocente. Mas, se for vermelho, ele é uma ameaça.
— Amo estas tecnologias. — Começaram a andar entre as pessoas do local, que era uma sala de convívio de uma mansão enorme. Entraram à socapa, pois não tinham convite.
NingNing acabou perdendo Butrakham pelo caminho. Em seguida, saiu procurando por ela, desesperada.
— YangYang eu perdi a Butrakham. Eu eliminei uma das ameaças e ela continuou.
— Que merda, NingNing! — Começaram os dois a procurar por ela, mas não a encontraram.
Um tiro foi ouvido, o que fez todas as pessoas evacuarem em pânico. Karina se encontrava no chão, ela tinha sido atingida.
— A TOUPEIRA! — Xiaojun gritou. — ELA ESTAVA CONNOSCO O TEMPO TODO. — Outro tiro foi ouvido, agora era Xiaojun que se encontrava no chão, atingido no peito.
— A Butrakham. — NingNing tentou se separar de YangYang, mas ele a segurou e se esconderam debaixo de uma mesa.
— Ela pode estar com a toupeira. Você fica aqui, ok? Eu a salvo por você. Você foge.
— Não, não faz isso, bichinho. — Yangyang lhe deu seu colar prateado como uma promessa de retorno e saiu do seu esconderijo, encarando a situação.
— Onde está Liu YangYang? — A polícia estava ali. Ele não estava acreditando nisso. Alguém que estava ali dentro chamou a polícia. Ou então a Toupeira. Ele não sabia.
Levantou as suas mãos quando notou ter um laser apontado à sua testa. Olhou para trás, vendo que NingNing tinha fugido. Pelo menos isso. — Pensou ele.
— Coloque todas as armas no chão e coloque os braços atrás das costas! — Sentiu uma arma apontada à sua nuca, quando colocou todas as suas armas no chão.
Suas mãos foram algemadas assim que colocadas atrás das costas.
— Ande, seu mafioso de merda. — Foi empurrado para a frente até lá fora, onde arregalou os seus olhos quando viu que Butrakham ao lado de um ser parecido com ela também.
— Era você! SUA TOUPEIRA TRAIDORA, EU CONFIEI EM VOCÊ E ATÉ VOCÊ SABE O QUE ACONTECEU ENTRE NÓS! — Tentou se debater, mas foi falho.
— Bingo. Eu menti. — Butrakham riu, junto dos outros, enquanto levavam Yangyang para o carro — Finalmente posso dormir em paz, após fazer o culpado pagar por acabar com a minha família!
Com a revelação, YangYang sentiu um aperto no peito. Pois, nunca imaginou ser a pessoa de quem Butrakham guardava tanto ressentimento e jurava vingança. YangYang não se lembrava, era claro, mas Butrakham se lembrava melhor do que ninguém. Pois viu de perto seu pai ser morto pelo garoto cruel. Depois jurou se vingar, não importava o preço, ela vingaria a morte do seu pai.
Embora seu pai fosse um péssimo exemplo de pessoa por ser corrupto, ainda assim era um ser humano, não merecia ter sua vida tirada, sendo que ele nunca prejudicou a sua família e amava a sua única filha.
Isso também era uma das únicas coisas das quais Butrakham não mentiu, dentre tantas falsidades, porque realmente era única filha. Mas quase todo o resto foi invenção.
Devido a ela conhecer parentes que são policiais, foi o suficiente para conseguir se vingar.
Por outro lado, NingNing não sabia de nada quando empurrou o próprio irmão para a armadilha, ela havia conseguido fugir de tudo.
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