TAEYONG ⇾ De todas as cores visíveis, você
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O clima ameno o animou assim que deixou a entrada de sua casa, as férias estavam perto do fim e Taeyong queria aproveitar o tempo livre em seu máximo.
A montanha de livros e as apostilas de exercícios estavam criando raízes nele e servindo de pesadelo para suas noites de sono, como se os últimos três anos de ensino médio não houvessem sido suficientemente aterrorizantes.
Ele não podia evitar estudar mais que o limite, as provas de admissão eram difíceis e a última coisa que ele queria era falhar.
Sem contar que ele desejava entrar na mesma Universidade que ela .
Sua mente não tardou a pensar em sua melhor amiga Miyeon, que não via fazia alguns dias e que respondia suas mensagens com grandes intervalos de tempo. Preocupado com isso, ele decidiu quebrar o tempo de espera e ir até a casa dela.
A Kim que agora morava sozinha, e um pouco longe da vizinhança de Taeyong onde costumavam ser vizinhos, não estava em casa e isso o deixou ainda mais preocupado.
Ela tinha o costume de sumir às vezes, focada em seus estudos para fazer as provas de admissão da universidade, tal como ele, mas, não era do seu feitio não deixar pelo menos um post-it na porta avisando que estaria fora, ou até uma rápida mensagem de texto.
Pensando que como ele mesmo já estava estressado com as provas decidiu procurá-la para que pudessem ter algum tempo sem estudos ou sequer tocar no assunto.
O moreno passou a fazer sua busca entre os lugares que lembrava serem não só os favoritos dela, como também os seus. Além disso, não parou de telefonar para a amiga, até que ela eventualmente atendeu.
— Mi, onde você está? Não te achei em casa — perguntou assim que a ligação conectou.
— Estou em frente ao Café Saveur — foi tudo o que ela disse antes de desligar, sem dar chance de resposta.
Taeyong suspirou, não gostava quando ela fazia isso, deixava-o, no mínimo, preocupado, para não dizer paranóico.
Era metade da tarde quando ele avistou a fachada do estabelecimento, um Café com tema francês bem frequentado, de cujos donos os dois já eram amigos, tamanha a quantidade de vezes que o frequentavam.
A fachada contava com paredes de tijolo à vista, um letreiro simples indicando o nome do local, tudo em tons pastéis. Estava bastante movimentado por ali, como de costume.
Miyeon estava sentada em um dos bancos do lado de fora, havia um cavalete médio em sua frente e incontáveis materiais de desenho ao seu lado direito. Seu cabelo estava preso por um de seus pincéis, ele não pôde evitar sorrir ao notar isso.
Ele atravessou a rua rapidamente ficando muito mais próximo da garota, e quase em frente a porta de entrada do Café, foi quando ele notou que ela desenhava um rapaz e não pôde evitar arquear as sobrancelhas em curiosidade.
Ele não tinha ideia que ela era artista de rua, muito menos que desenhava as pessoas assim livremente, toda a situação só lhe proporcionava mais e mais curiosidade a respeito da garota.
Eles se conheciam há quase cinco anos, mas Miyeon não deixava de impressioná-lo várias vezes, era como descobrir a cada dia que havia coisas novas para admirar nela.
Ele esperava causar a mesma sensação na garota.
Estando tão perto, agora, ele conseguia perceber algumas tintas de cores muito parecidas, todas beirando o marrom, com exceção de alguns tons de verde que eram o mais próximo de uma cor viva ali.
Taeyong raramente via a amiga usar tintas e fazer pinturas, era comum vê-la desenhando em cadernos específicos, e em todos ela sempre usou somente o lápis. Vê-la pintando um quadro ali era um acontecimento novo, ele se sentia eufórico.
— Eu terminei sua pintura — ela diz ao rapaz a sua frente, que rapidamente se levantou do pequeno banquinho em que estava posando.
— Huh? Mas o que diabos é isso? — perguntou o desconhecido com um tom alto desnecessário — Eu fui claro quando disse que queria exatamente igual à realidade.
Lee não demorou a se aproximar. Estando ao lado da garota ele conseguia ver o resultado da pintura. Fora os poucos pontos verdes do quadro, tudo fora feito em tons de bege e marrom.
— Isso parece uma aberração! — ele gritou, atraindo a atenção de pessoas que passavam por ali — Está horrível, não vou pagar por isso!
— Eu não estou cobrando dinheiro de quem quiser posar, essa é a realidade que eu vejo, senhor.
— Que piada, você nunca vai ser boa artista usando essas cores mórbidas.
— Se você não está satisfeito, é só agradecer e ir embora — Taeyong perdeu a paciência ao falar, lutando para manter um tom educado ele respondeu o rapaz e continuou. — Ela nem está cobrando para pintar uma pessoa tão arrogante quanto você, já que está tão seguro que ela pintou mal você pode fazer um autorretrato melhor.
O desconhecido resmungou algumas coisas antes de definitivamente sair do local, Miyeon não pareceu se importar com o comentário, mas sua expressão, antes tão relaxada, naquela hora transformou-se em neutralidade.
— Mi, tudo bem? — rapidamente perguntou, colocando a mão sob o ombro esquerdo dela.
— Está tudo bem Tae, uma crítica desconstrutiva e ignorância não vão me desanimar.
Kim deu de ombros, pegando sua recente pintura pronta para descartá-la quando Taeyong lhe parou.
— Por que vai jogar fora? É a primeira vez que vejo você pintando alguma coisa, e também, ele deveria ser agradecido porque você o fez mais bonito do que ele realmente parece.
A garota não evitou dar risada do comentário, optando por não descartar a pintura e apenas deixá-la de lado para que pudesse secar apropriadamente.
— Eu vou posar para você, tenho certeza que sou uma visão mais agradável que aquele sem cultura — Miyeon concordou com a cabeça.
Taeyong era mil vezes uma visão melhor para se inspirar, ele era genuinamente puro de dentro para fora, com seus defeitos e qualidades.
Ela mesma fez incontáveis desenhos do melhor amigo quando começou a sentir vontade de retratar pessoas. Aos poucos aperfeiçoando seus traços, ela pôde dizer que havia chegado perto da perfeição.
Apesar dos desenhos serem descoloridos a comparação com a realidade ainda era impressionante.
Ela levantou sua cabeça para encontrar os olhos de Taeyong grudados nela Sabia que ele se perguntava o porquê da escolha de cores para a pintura. E isso era porque ela não gostava de usar cores em sua arte, e nas raras vezes em que o fazia, preferia não mostrar para ninguém.
Ele perguntaria a respeito, mas, se certificaria que ela estivesse confortável para contar.
— O que foi? — ele perguntou, vendo um sorriso no rosto da Kim depois de algum tempo sentado só a olhando movimentar o pincel com uma expressão concentrada.
Miyeon olhou para a vidraça do Café deduzindo que o espectro refletido em seu modelo era por consequência do sol estar apontando para lá.
Estava diretamente na bochecha do Lee, mas ele parecia alheio ao acontecimento, aquele fato da natureza a inundou com pensamentos e frases da sua infância, por isso, a próxima fala que saiu dos seus lábios foi inevitável.
— Tae, você já se perguntou o que tem no final do arco-íris?
Taeyong não escondeu a surpresa que a pergunta lhe causou. Franzindo suas sobrancelhas ele deitou a cabeça um pouco de lado pensando se a pergunta era legítima e o porquê da súbita questão.
— Ahn, eu não sei dizer, sempre me disseram que você encontra os maiores tesouros que existem lá, as mais estimadas pedras preciosas.
Miyeon arqueou uma de suas sobrancelhas pensativa, Lee acompanhou sua transição de expressões, ela realmente estava pensando a fundo sobre sua resposta.
— Por que a pergunta? — ele finalmente questionou, dando um sorriso tímido com medo de estar soando insensível de alguma forma.
— Um arco-íris foi o primeiro desenho que eu fiz sozinha, desde então parece que ele sempre está presente em momentos importantes para mim. O meu primeiro desenho foi esse porque foi para o fim dele que disseram que meu avô havia ido depois de... você sabe... falecer.
Taeyong arrumou sua postura subitamente querendo levantar e segurar as mãos de Kim. As expressões dela diziam o quanto estava nostálgica contando aquilo. Miyeon não compartilhava muitas coisas de seu passado, em geral, ela sempre foi mais uma ouvinte para o jovem do que a que se confessava.
Ele se lembrava dos pais da melhor amiga dizerem que o avô sempre fora uma pessoa muito presente e que Miyeon era realmente muito pequena quando ele veio a falecer, mas sua presença nunca se deixou ser esquecida.
— Eu tinha três anos e desde antes de saber andar ele já me incentivava a gostar de arte... também foi por causa desse arco-íris que meus pais descobriram que eu tenho daltonismo.
Ela largou o pincel, satisfeita que as cores mais sobressalentes do quadro eram do arco-íris refletido. O rosto de Tae era composto por traços feitos com sua única tinta preta, a que ela havia ganhado já que não gostava de comprar tintas.
Ela sorriu, realmente, gostando do quadro. No mesmo momento Taeyong assimilava as informações que recebeu sem saber o que pensar e em como tudo passou a fazer sentido, as cores parecidas eram por causa disso. Por isso ela evitava colorir, porque ela se sentia desconfortável.
— Eu terminei, venha ver — ela chamou com a mão, se afastando do objeto para que Lee o visse por completo.
Tae se levantou com calma para olhar a pintura. Ele abriu a boca em surpresa pelo arco-íris que decorava sua bochecha e em como as cores dele não eram em nada com as que ele via, mas isso não tornava o quadro estranho de forma alguma, era simplesmente único.
Ver a si mesmo retratado daquela forma era uma sensação diferente, ele não sabia como descrever suas emoções.
Kim o olhou com expectativa, não conseguia dizer as reações dele e isso a fazia se sentir nervosa pelo feedback. Ela volta a olhar para sua própria obra, a aura que ela queria passar era sobre como Taeyong tinha um olhar profundo, mas doce. Ele inteiro gritava delicadeza e apreço pelos outros.
Ela o via como um diamante que refletia luz. Subitamente ela não tinha dúvidas nenhumas sobre o que havia no final do arco-íris.
— Eu sempre soube do seu talento, mas, isso é indescritível — ele finalmente se pronunciou — Eu não sabia que eu poderia ser assim.
— Então devemos nos preocupar se você tem espelhos em casa, Taeyong — Miyeon responde com um sorriso brincalhão.
Lee ri com a resposta da pessoa ao seu lado. Desfazendo completamente a impressão de surpresa que havia antes, ele se virou vendo a figura de sua melhor amiga observando as pessoas passarem, assim como carros.
Seu olhar retornou ao quadro e ele decidiu. O mundo precisava ver aquilo também.
🌈🎨
Taeyong suspirou em alívio ao ver a mensagem em sua caixa de e-mails, a confirmação de que ele havia sido admitido com sucesso para a universidade de seus sonhos.
Ele espiou a hora em seu relógio de pulso, a essa altura Miyeon também deveria ter recebido a resposta de sua admissão. Quase como se a garota pudesse ler sua mente, seu celular tocou mostrando o contato da Kim.
— Adivinha! — a voz animada dela o fez sorrir imediatamente — Eu fui aceita!
— É claro que foi Mi, você é incrível, seria muita idiotice se eles não te aceitassem.
— Você foi aceito certo?
— Hum... sobre isso...
— Você não conseguiu?! Como assim? Você ficou em primeiro nas provas e...
— Eu fui aceito! Calma! Só quis fazer suspense.
— Argh, você não tem jeito Lee Taeyong!
— Não fique chateada, vamos sair para comemorar, eu pago.
— Já que você vai patrocinar vou aceitar isso, que horas?
— Às sete e meia da noite estarei aí, vista algo um pouco formal.
— Uh, desse jeito parece que vamos a um restaurante chique.
— Não vou dizer onde é. Não se atrase!
Ele desligou a chamada passando a mão pelos cabelos, já sentindo o nervosismo tomar conta dos seus sentidos.
"Vai dar tudo certo, relaxe" — pensou desligando seu celular.
Às sete e meia Taeyong mandou uma mensagem para Miyeon enquanto esperava do lado de fora de seu carro. Assim que recebeu a mensagem de que a garota estaria vindo ele ajeitou seu terno mais uma vez.
Quando a viu, ele ficou completamente sem palavras e inconscientemente colocou a mão sob seu peito sentindo o coração acelerar. Kim usava um vestido preto simples um pouco acima dos joelhos, havia aberturas nas mangas compridas, de um tecido mais transparente. Ele era sutilmente mais solto da cintura para baixo.
Miyeon estava preocupada com sua aparência pela primeira vez, pedir ajuda para sua mãe, no entanto, não foi nada complicado, ela esperava que o pouco de maquiagem que fora aplicado em seu rosto não fosse estranho. Ela estava cuidando de seus passos ao sair do prédio, já andar de saltos naquela entrada era algo desafiador, quando seus olhos logo focaram em Lee.
Ela sempre teve sucesso em disfarçar suas reações quando queria, mas, naquele momento, sua mente esvaziou-se por completo. A algum tempo ela vinha sentindo aquele frio na barriga perto de Lee, mas o que pareciam borboletas tinha se transformado em um verdadeiro redemoinho.
Ao estar frente a frente, ela não conseguiu se conter em arrumar a franja dividida do garoto. Ela reparou em como a parte de trás de seu cabelo estava maior que o de costume, mas o mullet sempre foi algo que combinou perfeitamente com Taeyong.
Ambos sentiam seus corações em fúria por estarem tão perto e era algo tão recorrente desde seu segundo ano no colégio que eles deveriam estar acostumados, mas não estavam.
— Você está... muito linda — ele finalmente disse, sentindo suas bochechas esquentarem enquanto disfarçava ao abrir a porta do carro para ela.
— Obrigada, você está estonteante! — seus olhares se cruzaram antes que ele fechasse a porta, ela viu a surpresa que suas palavras causaram em Lee e sorriu ainda mais.
Para Taeyong era impossível não corresponder ao sorriso dela.
O trajeto foi silencioso e, ao mesmo tempo, confortável, Kim não conseguia evitar, eventualmente, olhar para seu melhor amigo dirigindo. Sua mente imaginava dezenas de lugares para aos quais eles poderiam ir, mas assim que viu a fachada de seu destino ela sentiu-se flutuar em felicidade.
Quando Taeyong abriu a porta do carro para ela, seu corpo inundou-se de animação. Miyeon, em sua vida, só conseguiu frequentar a galeria de arte duas vezes, por tanto estar ali, para ela, era a uma ser uma criança visitando a Disney.
— Yah, Taeyong, você vai me fazer chorar — ela sorri laçando seu braço esquerdo ao braço direito do mais alto.
— Eu acho que escolhi o lugar certo então?
— Você acha? Isso é incrível, obrigada!
— Bom, não me agradeça ainda.
Ao passarem pela fachada elegante de entrada, Kim observou como estava bastante movimentado e imaginou que só poderia haver novas peças sendo expostas. Ela arqueou as sobrancelhas ao ver seu par cumprimentar os dois recepcionistas que aguardavam perto de um dos corredores mais iluminados.
Ela admirou com alegria quadros que já eram conhecidos seus. Apesar de sua condição impedi-la de ver a cor original deles, não tornava a experiência menos aproveitável, na verdade, a Kim se sentia especial por conseguir enxergar o mundo de uma forma diferente.
Quando o Lee a puxou para uma das salas enfeitadas com elegantes adornos ela se sentiu sem palavras, o tempo parou por completo.
Seus quadros estavam ali, todos os que ela corajosamente pintou depois do dia no Café, até mesmo aqueles que ela havia entregado aos seus modelos. Ela não conseguia dizer ou pensar qualquer coisa.
— Mi, eu sei que você vai ficar chateada por eu ter feito isso em segredo, sem seu consentimento, mas eu queria fazer uma surpresa — Lee a virou com delicadeza para que estivessem de frente um para o outro — Antes eu não fazia ideia de que você tinha receio de colorir quadros e desenhos, depois de ver como você me desenhou eu só conseguia pensar que o mundo estava perdendo seu talento.
— Eu não estou chateada.
— Não?
— Taeyong, você sabe como é especial para um artista ver suas obras em uma galeria grande como essa? Eu nunca imaginei que conseguiria isso tão jovem! — ela o abraçou forte, sentindo seus olhos marejarem por felicidade — Você é incrível, eu não acredito que isso está acontecendo.
Ela o soltou depois de alguns segundos. Taeyong gentilmente tirou algumas lágrimas das bochechas de Miyeon antes de a olhar nos olhos novamente.
— Você merece isso, eu só ajudei as pessoas a reconhecerem isso.
— Não desmereça seu feito assim.
Ele sorriu se sentindo igualmente emocionado por vê-la genuinamente tão feliz.
— Ah, você vai me fazer chorar — ele murmurou envergonhado, a fazendo rir baixo.
— Vamos lá fora, quero dizer uma coisa e as pessoas já estão reconhecendo você pela pintura — Miyeon apontou com a cabeça depois de alguns minutos observando o movimento.
Lee concordou rapidamente. Sua cabeça se preencheu de curiosidade com o que ela poderia ter a dizer, mas antes que pudesse supor qualquer coisa ele sentiu que deveria agir naquela noite.
Eles se afastaram um pouco da galeria, a noite estrelada os recebeu com um clima sem frio.
Tae desviou o olhar para a garota ao seu lado que já o encarava.
— Você se lembra quando eu perguntei se você já tinha se questionado sobre o que há no final do arco-íris? — ela perguntou.
— Sim, você me pegou de surpresa com a pergunta.
— É, e você me disse que sempre diziam haver as mais valiosas pedras preciosas lá.
— E os maiores tesouros.
Ela balançou a cabeça em afirmação e respirou fundo.
— Você é o final do meu arco-íris, Tae, é uma das minhas pedras preciosas mais valiosas, um dos meus tesouros e com certeza uma das pessoas que eu mais amo.
Taeyong sentiu seu coração falhar em reação a declaração de Miyeon, ele não esperava que ela fosse dizer aquilo primeiro.
— Por que você sempre consegue me deixar sem palavras?
— Você com certeza é alheio ao quão estonteante você é de dentro para fora — ela respondeu de volta.
— Eu... Eu posso te beijar? — o moreno perguntou dando um passo à frente.
A Kim foi quem ficou sem palavras. Balançou a cabeça em concordância pensando em quão delicado ele foi ao pedir pela sua permissão.
Ela sentiu as mãos dele de cada lado de seu rosto e fechou os olhos ao sentir o contato entre seus lábios. Foi completamente extasiante a forma com que eles se beijaram, calmamente aproveitando cada segundo do contato. Ambos desejaram que o momento fosse eternizado.
Taeyong abriu seus olhos encostando sua testa na de Miyeon e sorrindo. Seus lábios ainda formigavam pelo recente beijo.
— Isso quer dizer que você corresponde? — ela perguntou compartilhando do sorriso do mais alto.
— Com certeza correspondo, você é uma das pessoas que eu mais amo também, Kim Miyeon.
O Lee a abraçou inalando o perfume dos cabelos dela. Naquele momento em que ele só queria estar enlaçado a ela, ele sentiu todo seu ser coberto de cores. Do outro lado também sentia Miyeon, seu coração acelerado lhe dizendo o quanto tudo era tão real, embora não parecesse.
Uma grande parte de seu mundo a abraçava e não importava o quão diferente das outras pessoas ela enxergava, ela e Tae enxergavam o mesmo final, com seu próprio mundo.
Ambos eram seus finais do arco-íris. Ambos grandes tesouros e lugares incríveis um do outro.
E em como todos os momentos importantes de sua vida, Miyeon viu um arco-íris a encarar de volta, pintado na parede que ela observava do abraço que recebia.
Ela fechou os olhos e sorriu sabendo que era verdade, no final do arco-íris você encontra seus maiores tesouros.
E ela, naquele momento, encontrava Taeyong e Taeyong encontrava Miyeon no final dele.
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