RENJUN ⇾ Meu desejo é que você saiba que eu gosto de você
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— Renjun, você não tem par para o trabalho de inglês, certo? A gente poderia fazer uma dupla, o que você acha?
Renjun olhou para os lados confirmando que não era nenhum outro Renjun para quem a pergunta foi feita, embora não houvesse alguém além dele com esse nome. Ele até discretamente beliscou sua mão para ter certeza de que não estava sonhando.
— Eu sei que você é muito bom com inglês e Eun Woo disse que você ainda não tinha dupla — continuou Na Rae, começando a ficar nervosa com o silêncio que recebeu do garoto — Eu também tenho facilidade, então você não faria tudo sozinho...
Renjun apenas piscou fortemente sem conseguir responder, com sua mente embaralhada, não conseguindo formar uma frase que não fosse "O que está acontecendo?
Na Rae por outro lado, embora nervosa, não ficou surpresa com a situação, comumente Renjun não lhe dirigia a palavra, mesmo que ela sempre o cumprimentasse diariamente, entretanto, mesmo sempre tendo o silêncio como resposta, ela nunca desistiu de se aproximar dele.
O convidar para o trabalho era só mais uma de suas ideias audaciosas de se aproximar.
— Na Rae! — ambos olham na direção da voz — Estava te procurando, achei o livro que você precisa.
Renjun teve sua cota de raciocínio completamente esgotada ao ver Sun Oh em sua frente, toda a situação anterior se esvaiu de sua mente e a raiva dominou tudo em questão de milésimos de segundo.
— Sun Oh, eu... — Na Rae se calou ao ver Renjun simplesmente passar por ela como se nada houvesse acontecido e sem dar a ela uma resposta.
Poucos metros caminhando em passos pesados, ele finalmente encontrou Eun Woo que acompanhado de Moon Bin esperam o desfecho de mais um ato falho para a lista de "Tentativas de me aproximar de Na Rae" que Renjun preenchia quase diariamente.
— Vocês vão fazer o trabalho juntos, certo? Me diz que você não ficou parado que nem um idiota.
— Você aceitou né? — Moon Bin pergunta em tom mais calmo.
Renjun, porém, contra as expectativas dos amigos, apenas os encarou com tom vergonhoso, sua raiva já esquecida.
— Sério?! Renjun! Isso já está alcançando níveis altos de vergonha alheia.
— Em minha defesa eu ia dizer sim, mas, daí aquele metido do Sun Oh apareceu do absoluto nada e...
— Você precisa dizer logo que gosta dela Jun, quanto mais você adiar mais ela vai evitar de falar com você, ou pior, vai achar que você detesta ela — Bin diz enquanto coloca uma mão sobre o ombro do amigo.
— Tem um final pior que esse, ela pode acabar saindo com alguém, tipo o Sun Oh — Eun Woo aponta racionalmente.
Huang fecha os olhos com força antes de encostar sua cabeça na parede ao lado, claro que sendo alguém que pensa além do normal ele já tinha imaginado esse cenário no qual, por conta da sua falta de coragem, Na Rae começava a namorar com o popular Sun Oh.
Os dois já são próximos desde que Jun conseguia se lembrar, o que só piorava as coisas, como se não bastasse isso ainda tinha toda a aura "Idolatramos Sun Oh" pela escola, não seria surpresa se a garota já não fosse apaixonada por ele também.
— Eu sei que estamos sendo duros com você, mas, não é nada menos que a verdade, vamos te ajudar com isso, né Eun Woo?
— Claro, mas só se você quiser.
Renjun acena em sinal positivo com a cabeça, mesmo com a alta porcentagem de dar errado, não havia nada para perder além de sua vergonha.
Alguns minutos de conversa da dupla e um plano rápido foi formado.
— Certo, está quase na hora da aula de química, você vai colocar um bilhete no estojo dizendo que aceita fazer o trabalho com ela, entendeu?
— Não é assim tão difícil Eun Woo.
— Shiu, só coloca lá antes que alguém veja, e vê se assina para ela saber que é você.
Renjun revira os olhos mas rapidamente escreve em um pedaço de papel do seu bloco de anotações e o dobra algumas vezes. Assim que chega próximo a mesa de Na Rae um sopro de vento da janela faz com que o papel voe de suas mãos e vá diretamente para o lixo.
— Que! Como isso é possível?! — Moon Bin exclama em completo choque com o evento.
— Estão vendo! O universo certamente me detesta! — Huang não consegue acreditar que algo assim aconteceu.
Antes que ele pudesse escrever em outro papel, o sinal para a aula toca e todos começam a entrar para a sala, incluindo sua crush que o olha com certa curiosidade já que o garoto ainda está próximo à sua mesa.
— Ah, você quer me dizer alguma coisa? — pergunta a garota com esperança.
Jun arregala os olhos e olha para os lados confirmando que não há ninguém — além de seus dois amigos nada discretos — prestando atenção neles.
— Eu, é, aceitofazerotrabalhocomvocê — depois de falar ele respira fundo,quase ficando sem fôlego.
— Mesmo?! Depois da aula vamos decidir quando fazer — de forma surpreendente, Na Rae entendeu o que Renjun disse tão rápido e baixo e isso o fez arregalar os olhos de novo, ainda muito surpreso ele senta em seu lugar a poucas carteiras dali.
— Eu não acredito que deu certo — Eun Woo sussurra surpreso para Huang que, tanto quanto ele, ainda se encontra no mesmo estado.
— Uwa! Nosso Renjunie está crescendo!
Jun ainda pisca algumas vezes achando estar imaginando coisas, mas, ao olhar na direção de Na Rae vê um sorriso direcionado a ele que o faz virar para frente rápido, por fora demonstra estar sério e concentrado, mas por dentro todas suas células parecem girar como piões.
No fim da aula ele permanece no seu lugar enquanto todos saem rápido, carregando suas mochilas felizes pelo fim do dia, antes de saírem Eun Woo e Moon Bin dão tapinhas de incentivo nas costas dele.
— O professor Kim passou para nossa dupla fazer a tradução de duas placas reais, em inglês, da cidade — Na Rae senta em sua frente colocando seu caderno aberto na mesa. — Eu vi um cartaz da inauguração de algumas lojas no centro comercial amanhã, nós poderíamos ir, o que acha?
— Pode ser, que horas? — apesar da sua voz ter saído baixa ele considerou uma vitória proferir uma frase inteira sem gaguejar em frente à ela.
— Já que amanhã é sábado, as duas da tarde parece bom?
— Sim, sem problemas.
— Aqui está meu número, me mande uma mensagem quando estiver saindo de casa — Na Rae acenou com um sorriso largo antes de deixar a sala.
Renjun olhou o papel em suas mãos quase sem acreditar que o universo lhe deu um pouco de sorte, ele olhou a sala atentamente com medo de ser uma pegadinha.
— Tudo limpo, então, por que tenho a sensação de que vai acontecer alguma coisa que eu vou odiar? — murmurou para si mesmo antes de também deixar sua sala de aula. — O que importa é que eu consegui até o número dela! — diz dando alguns soquinhos no ar comemorando, soquinhos aos quais, sem ele notar, Na Rae testemunhou imitando o largo sorriso do garoto que ela finalmente conseguiu ver.
Ele observa o vai e vem de pessoas com um leve sorriso em seu rosto, nem o incidente de manhã no qual ele perdeu seu último par de lentes de contato foi capaz de o desanimar, afinal, depois de tantos atos falhos ele foi capaz de dizer uma frase completa para sua crush.
Enquanto se distraiu com algumas crianças correndo com balões, uma mão gentilmente tocou em seu ombro.
— Desculpa a demora, o ônibus atrasou — Na Rae se desculpa assim que Renjun se vira em sua direção, na verdade ela nem chegou a se atrasar, afinal é somente 14:01 — Você usa óculos?
— É, eu, uso — Jun tira seus óculos por sentir vergonha ao usá-los.
— Eu não quis dizer que fica estranho, está bonito, não precisa tirar.
Ela segura as mãos dele e as empurra em direção a seu rosto para que ele não guarde os óculos em sua mochila.
Verdade seja dita, apesar de seu coração estar batendo como louco, Renjun nunca esteve tão aliviado, afinal ele precisa dos óculos ou possivelmente acabaria batendo em árvores.
— A inauguração foi de manhã, então não deve ter muita gente, podemos tirar as fotos e olhar as coisas também — ele não opinou, mas a seguiu em direção ao pequeno movimento de pessoas.
— Eu achei uma — Huang sinaliza, referindo-se a grande placa de um karaokê recém aberto.
— Ótimo, é perfeito — Na Rae pega seu celular e arruma seus cabelos que caíam em seu rosto — Vamos tirar uma selfie.
Ele se posiciona atrás da garota, mas a diferença de altura ainda é um problema, então ele afasta um pouco suas pernas para que a diferença não fique tão grande sem que ela perceba.
— 1, 2 e 3 — enquanto ela olha a foto, surpresa pelo sorriso de Renjun, ele nota algo que potencialmente iria destruir todo seu humor e sua maré de sorte.
Sun Oh. Kim Sun Oh bem ali, materializado em toda a sua popularidade e cercado por fan girls.
Não basta ser bom em quase tudo, ele também tinha que ser modelo, não é universo?
Ele sabe que Na Rae está ali? Ela contou? Será que tinham vindo juntos? Por que Na Rae contaria isso?
— Renjun? Vamos? Mais uma e o trabalho está pronto.
Assentindo rapidamente e temendo que Sun Oh os percebesse, ele a segue rapidamente até o fliperama, a alguns metros longe dali.
Mesmo estando cheio de paranóias ele sorri para a segunda e última foto, arriscando até imitar o sinal de V que a garota faz com os dedos.
— Isso foi bem rápido, nós podemos entrar e jogar, o que acha? — sugere a garota.
— É uma...
— Ótima ideia — Renjun fecha os olhos se virando de lado para o recém chegado não ver sua cara de desgosto, isso o impede de ver a expressão de irritação que Na Rae dá a Sun Oh.
— Na verdade o convite é só...
— Renjun não vai se importar se eu me juntar a vocês, certo?
— É que, acabei de perceber que tenho um compromisso importante, então eu vou indo embora primeiro.
Sem esperar uma resposta ele começa seu caminho para fora do centro comercial, enquanto digere as duas partes brigando dentro da sua cabeça, a primeira dizendo que ele foi idiota de os deixar sozinhos e a segunda está xingando Sun Oh de uma lista de palavrões dos quais ele nem se lembra de ter ouvido.
Antes que pudesse continuar seu monólogo mental, um senhor de idade entra em seu campo de visão carregando com dificuldade várias caixas.
— Deixa que eu te ajude senhor — Renjun segura metade das caixas, ajudando a colocá-las dentro de uma loja de antiguidades.
— Obrigado meu jovem, é difícil encontrar garotos gentis como você, mas, não pude deixar de reparar em como você rapazinho parece estar tendo um dia ruim.
— Como que o senhor...
— Aqui, por favor, aceite esse pequeno presente como agradecimento, espero que ilumine o seus dias a partir de hoje.
— O senhor não precisa me agradecer — respondeu o adolescente, pegando a caixinha prateada das mãos do senhor, um brilhante anel o encarou de dentro do objeto, pareceu ser feito de ouro.
— Esse anel é muito especial, há uma velha lenda que diz que ele é capaz de realizar todos os desejos de quem o usa.
— Muito obrigado senhor, é muito bonito.
— Não precisa agradecer, use-o com sabedoria.
Jun voltou para casa com o pensamento no presente que carregava em mãos, apesar de não acreditar em itens mágicos, desejos, pensamentos positivos que atraem positivas reações, a forma misteriosa que o senhor desconhecido usou para falar do anel o deixou curioso.
— Renjun, hora do jantar! Não adianta se esconder, você precisa comer o pepino da salada.
Ele resmungou antes de responder um "já estou indo", se tem algo que definitivamente entra em sua lista de coisas que ele detesta, pepino com certeza entra no top 10.
Pensando de demorar um pouco mais para que algum milagre faça os pepinos acabarem antes dele chegar, Renjun abre a caixinha do anel, o objeto conta com três pedrinhas brilhantes em sua superfície, também há um bilhete chamativo ao seu lado.
— Atenção, os desejos só podem ser feitos para sua realidade, qualquer desejo feito para modificar ou prejudicar outra pessoa será desconsiderado, que ótimo! Eu nem ia desejar que Sun Oh mudasse de país, mesmo.
— Yah, Huang Renjun! Não adianta demorar, eu vou guardar salada para você do mesmo jeito.
Jun coloca o anel que serve perfeitamente, antes de murmurar sobre como os pepinos não deveriam existir.
— Estou indo mãe! — gritou para que assim sua progenitora pare de berrar em frente ao seu quarto — Droga, como eu desejo hambúrguer no jantar — murmura ao sair do cômodo a passos de tartaruga.
Entretanto, para sua completa confusão, ao chegar na cozinha não vê nenhum prato de salada com pepinos horripilantes e sim caixas de entrega com hambúrgueres.
— Mãe, por que a senhora me enganou dizendo que tinha pepino?
— Do que você está falando, querido? Eu não lembro de ter dito isso — a expressão de sua mãe condiz com o tom de sua voz, calma e honesta.
Ele notaria se ela estivesse mentindo, mas, então como ele pôde se enganar dessa forma? Ele claramente tinha ouvido falar de pepinos!
Sua cabeça só conseguia pensar no acontecimento estranho e ele até cogitou estar ouvindo coisas, mas, então, ele olhou para o anel, não seria possível, ou seria? Quais as chances?
Ao fechar a porta do seu quarto ele começou a andar em um vai e vem repetitivo, cheio de resmungos sobre o anel.
— Talvez eu deva fazer mais um teste? — Após pensar um pouco ele tem uma ideia — Hm, eu desejo um gato siamês!
O desejo, mesmo bobo, foi prontamente atendido, já que, depois de dois segundos, Renjun ouve miados atrás de si.
— Meu Deus! — Um gato siamês lhe encara com olhos curiosos de sua cama, onde está sentado graciosamente — Não teria como ele ter se materializado aqui! Eu desejo a coleção de livros do Harry Potter!
Um brilho anormal se faz presente, e em sua cômoda o montante de livros se materializa.
— Eu não acredito nisso, o que eu me tornei tendo isso? O mestre dos magos? Isso muda tudo!
Huang encara sua expressão eufórica, no espelho e ajeita seus óculos, seu pensamento se concentra no incidente de mais cedo mas logo migram para todas as vezes em que ele falhou por falta de confiança.
Todas as vezes que Sun Oh entrou em seu caminho, com ou sem a intenção de o fazê-lo, mas, que o atrapalharam mesmo assim.
Ele não pensou duas vezes e fez seu desejo.
— Eu desejo ser popular e confiante como Kim Sun Oh.
💍
A segunda-feira chegou prometendo diversas coisas para Huang Renjun, pela primeira vez em anos ele não reclamou de nada antes de sair, nem precisou usar óculos pois com seu anel bastava pedir e lentes de contato surgiram na pia de seu banheiro.
Mas, a parte mais emocionante do início de sua manhã não havia chegado ainda, pois, ali estava ele, poucos passos de testar seu mais ousado desejo até então.
Alguns minutos foi o suficiente para ele perceber a diferença, todos se viraram para o olhar como se ele fosse um idol.
— Uau, Renjun está tão diferente hoje!
— Ele está cada dia mais bonito, se é que é possível!
— Onde ele estava escondendo esse sorriso bonito?
— Ele parece um metido com esses acessórios.
— Outro projeto de famosinho para incomodar.
— Aposto que os amigos dele fingem gostar dele como todo mundo.
— Ridículo, de onde saiu esse bastardo?
Jun não esperava ouvir tantos comentários negativos, Sun Oh não parecia ouvir nada dessas coisas, é completamente sem sentido que alguém tão sorridente ouça isso todo dia, dois minutos andando pelos corredores e ele já tinha perdido metade de sua positividade!
Mesmo desconfortável, seu sorriso não vacilou nem um segundo, o que o estranhou muito, afinal, ele nunca sorriria diante a tanta negatividade.
Era uma consequência de seu desejo, talvez?
Em frente ao seu armário ele encontra Na Rae com uma expressão confusa diante da situação, e é nesse momento que Renjun finalmente pôde tirar a prova real de seu desejo, afinal, ele só tinha pedido aquilo para confessar seus sentimentos para Na Rae e esperar que, com seu novo eu, ela corresponda a eles.
— Renjun eu sinto muito por sábado, eu não queria...
— Ei, está tudo bem, nós sempre podemos sair em um encontro de novo — ele se encostou no armário, usando seu braço direito de apoio e ficando assim muito próximo da garota.
Apesar de por fora Renjun estar sorrindo brilhantemente, por dentro seus pensamentos são bem diferentes.
"O que diabos eu disse? Eu não queria dizer aquilo! E que pose é essa? O que está acontecendo? Por que eu não consigo dizer o que eu penso em dizer?"
— Ahn? Eu acho que sim... está tudo bem com você?
— Eu estou ótimo! O que você acha, sexta-feira parece bom?
Na Rae dá passos pequenos para trás, surpresa por Renjun estar se aproximando cada vez mais, apesar de suas bochechas esquentarem com a ação sua mente grita que há algo estranho acontecendo com o garoto.
— Eu, hum, preciso ir agora, nos falamos depois — ela se despede enquanto desvia do provável beijo que ele daria em sua bochecha.
"Tem alguma coisa muito errada acontecendo!"
Dois dias depois, Renjun se vê desesperado, enquanto por dentro ele repudia todas as suas ações, por fora sua aura brilha em encanto, garotas e garotos pedem seu número, pedidos para entrar em clubes e para sair surgem do completo nada e, para ajudar ainda mais, seu novo eu conseguiu em tão pouco tempo afastar seus dois melhores amigos e a única pessoa a qual ele deveria impressionar.
A situação tornou-se tão anormal que Eun Woo e Moon Bin não viram outra solução além de montar um plano de resgate com Na Rae na véspera do encontro dela com Renjun.
— Na Rae, você precisa nos ajudar, parece que o Renjun foi substituído por uma cópia de protagonista de drama! — Eun Woo exclama dramático.
— Ele não nos olha na cara mais, e talvez ele nos mate depois mas, já faz eras que ele gosta de você, eras! Nós nem lembramos quando ele começou a ter esse crush em você, mas se ele está esquisito dessa maneira é por causa da falta de confiança e coragem de confessar para você, não que seja sua culpa, não é isso! — Moon Bin suspira depois de finalmente dizer o segredo que eles carregavam por sei lá quanto tempo.
— É por isso que ele está estranho? Mas, porque ele mudaria tanto se eu sempre gostei dele do jeito que ele era? — A revelação deixa a dupla surpresa. — Eu achei que estivesse visível que eu gosto dele também.
— Renjun acha que você gosta do Sun Oh!
— Sun Oh? Não, isso seria estranho.
— Bom, isso só torna tudo mais favorável, Na Rae, você precisa contar a ele que o crush dele é recíproco, ou então sabe-se lá o que mais ele vai fazer! — Eun Woo quase implorou para a garota que contasse os seus sentimentos. Mesmo com a pressão, ela está decidida a contar.
— Ótimo, sexta-feira é a hora da verdade, não aguento mais ver ele todo bizarro — Moon Bin suspira de alívio, ao ver as coisas se encaixando.
Mal eles esperavam, no entanto, é que completamente cansado de sustentar a falsa personalidade que ele mesmo desejou, Renjun foi ao encontro do senhor que lhe presenteou com aquele objeto mágico na sexta-feira sem demora.
— Oh, é bom rever você, jovem! Vejo que o anel já mudou aspectos da sua vida, hum?
— Na verdade senhor, estou arrependido dos desejos que fiz, eu percebi que achar precisar de uma coisa e realmente precisar dela são coisas bem diferentes, tem como reverter o que tudo eu pedi?
O senhor sorri como se soubesse que aquilo viria a acontecer e indica que o rapaz sente em sua frente.
— Tem sim, mas, uma vez desfeito o anel não irá atender mais nenhum desejo, você tem certeza meu jovem?
— Tenho! Nunca tive tanta certeza na minha vida.
— Perfeito! Basta então que você diga exatamente essas palavras: "eu desejo voltar ao que eu era antes", depois me entregue o anel, certamente alguém pode vir a precisar dele.
Confuso com o processo simples e ao mesmo tempo com a última frase dita, Renjun não perdeu tempo e faz como o solicitado, o efeito é imediato.
— Ainda bem que trouxe meus óculos — ele resmunga, deixando a velha loja de antiguidades. Uma vez desfeito seus pedidos, ele novamente precisa comprar lentes de contato, mas usar seus óculos, agora, está longe de ser inconveniente.
— Finalmente te achei! — exclama a garota Na Rae ao se aproximar dele. — Eu preciso muito dizer que gosto de você! — a confissão deixa Jun sem reação, porém não demora para o sentimento de culpa o dominar.
— Eu, é, quero pedir desculpas Na Rae, esses dias eu estive fingindo ser outra pessoa, e menti e enganei você, mesmo que eu queira muito e que eu goste muito de você, eu não mereço que você goste de mim.
— Do que você está falando? É verdade que você estava bem estranho essa semana... Mas eu realmente gosto de você há muito tempo, e não é porque você estava agindo diferente, tudo em você já é incrível sem alterações Renjun.
— Você...? Quê? Mas e o Sun Oh?
— O que tem ele?
— Você não gostava dele?
— Isso seria bem esquisito porque ele é meu primo.
— Seu primo?!
— É, por isso ele vivia interrompendo, ele sempre soube que eu gosto de você e fazia isso para me irritar.
A expressão de chocado de Renjun arranca risos de Na Rae, afinal, ele esteve o tempo todo enganado a respeito de tudo, ainda que ele preferisse acreditar que o destino era quem estava zoando com sua cara.
— Nosso encontro ainda está de pé? — ela pergunta finalmente.
— Claro! Quer dizer, se você ainda quiser, tudo bem para mim.
— Perfeito! Eu estava pensando em ir ao fliperama.
— Parece um bom plano para mim.
Huang Renjun sempre acreditou que o motivo para as coisas nunca saírem do jeito que ele esperava era porque ele não era merecedor ou sortudo o suficiente para isso, quando na verdade tudo o que ele precisava era confiar mais em suas qualidades e certamente ter mais pensamentos positivos.
Quando acreditamos e queremos muito que uma coisa se realize somos capazes de fazer ser real, todos os nossos desejos independentes do tamanho são cabíveis de alcançar a sua realidade, então não espere, faça um desejo!
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