Capítulo 35
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Passou algum tempo e Asia abriu os olhos: "Dormi? Quanto tempo?", pensou. Sentou-se, olhou para Slauka ao seu lado, colocou a mão nela e não sentiu dor alguma. Ela estava bem, havia melhorado e parecia que estava dormindo. Asia se levantou apressada e desceu as escadas.
Logo pôde ver Lars, que estava enrolado em um lençol e deitado sobre vários cobertores dobrados e ajeitados no tapete da segunda sala. Ouvia as vozes de Andrey e Volker vindas da cozinha, estavam discutindo baixo. Conseguiu ouvir as palavras UTI e hospital, e logo entendeu o que significava a conversa: estavam decidindo se o levariam ou não a um hospital. Olhou novamente para Lars e caminhou até ele ajoelhando-se ao seu lado. Havia curativos e ataduras e Lars respirava fazendo um barulho estranho, fazendo Asia concluir que isso não era bom.
Vladímir, que estava na sala, se aproximou dela, agachou ao seu lado e colocou a mão direita em seu ombro perguntando:
- Você pode fazer por ele o que fez por Slauka?
Asia olhou para ele, não sabia que tinha feito alguma coisa por Slauka.
- Slauka não estava bem, tinha ferimentos internos que eu vi. Quando voltei para ver como vocês estavam, ela já não apresentava nada e você dormia ao lado dela. Já vi isso há muito tempo. É um pouco raro e difere de pessoa para pessoa, mas o pouco que você puder ajudar pode fazer diferença nesse caso. Eles acreditam que Lars vá morrer, seu estado é muito grave. Ondrej quer tentar tudo, quer levá-lo para o hospital. Volker não está otimista, acredita que ele pode morrer no caminho.
Por instantes, Asia observou Vladímir assustada. Não entendia o que ele estava afirmando, nem sabia como fazer o que ele pedia. Depois, olhou novamente para Lars; ele precisava de ajuda e Vladímir confiava nela, então, colocou a mão direita sobre seu tórax tentando sentir o que ele sentia como fez com Slauka. Uma onda de dor a acertou e percorreu seu braço, atingiu seu peito e abdômen. Apesar da dor que sentia em Lars e nela mesma, colocou a outra mão na lateral direita do corpo dele, e antes de encostar seus dedos nele, sentiu um visco fluindo para sua mão, era como se algo a ligasse a ele, como se fosse capaz de controlar coisas de fora de seu corpo. Acreditou, então, ser capaz de induzir uma reparação nos tecidos danificados. Ela foi escorregando as mãos para onde sentia que havia lesões, não sabia o que estava fazendo exatamente, estava apenas seguindo seus instintos. Após um tempo, ela sentia tanta dor que não conseguia respirar, não era só dor, ela não conseguia respirar fisicamente. Vladímir se aproximou dela, segurou-a pelos ombros e a afastou de Lars.
Enquanto Vladímir a deitava no tapete, um pouco preocupado com esta reação, que ele não esperava, gritou para Andrey:
- Ondrej! ANDREY venha cá, rápido!
Andrey e Volker entraram na sala com urgência e viram Asia no tapete com uma postura estranha, arqueada, com os braços contraídos e a cabeça pendendo para trás. Vladímir, ajoelhado ao seu lado, tentava segurá-la gritando para ela:
- RESPIRE!
Andrey correu, soltou-a dos braços de Vladímir e a puxou para si, examinando-a enquanto perguntava aos gritos o que tinha acontecido:
- O que aconteceu com ela, Vladímir?
- Ela tentava ajudar Lars, ela pode ajudar na cura de seus ferimentos - explicou Vladímir.
- ASIA! ASIA! - gritava Andrey em desespero, vendo que ela não respirava.
- Ondrej, solte-a! Deixe-me vê-la! - ao lado de Andrey, com uma mão em seu ombro e a outra no braço de Asia, Volker insistia para que ele a soltasse e assim pudesse socorrê-la.
Andrey não deu atenção ao que Vladímir ou Volker diziam, chamava pelo nome da esposa em desespero, esperando por alguma resposta dela. Ele a sacudiu e percebeu que aos poucos ela voltava a respirar novamente, relaxando o corpo e soltando os braços.
Ele, então, se deixou sentar ao seu lado sobre o tapete, puxando-a por cima de sua perna dobrada apoiando-a sobre seu corpo. Deixou a cabeça dela escorada em seu ombro e assim ficou por um tempo beijando a testa e o rosto de Asia.
- Meu Deus, o que aconteceu com você? Fale comigo, Asia. - sussurrava ele enquanto a beijava.
Ela não respondia as perguntas que ele sussurrava em seu ouvido, mas estava acordada. Andrey levantou os olhos para Vladímir, que ainda se mantinha acocorado ao seu lado, e perguntou:
- Explique direito, Vladímir. O que ela estava fazendo?
- Ela pode sentir e ajudar a curar, é um dom raro e nato. Ela ajudou Slauka, mas as lesões de Lars eram muito extensas e graves e isso a deixou exausta - respondeu Vladímir, que observava sério e pesaroso a postura de Andrey sentado no chão segurando Asia sobre a perna flexionada: uma imagem que fazia sua memória involuntariamente jogá-lo ao seu próprio passado.
- Isso podia tê-la matado - falou Andrey censurando Vladímir, como se ele fosse o responsável por tudo.
Andrey, com a mão, virou o rosto de Asia para cima e sussurrou para ela:
- Não faça mais isso. Por favor, deixe-me assimilar tudo o que está acontecendo. E você está esperando um bebê. Você sabia disso? Percebi hoje à tarde, lá fora, quando a segurei. Isso pode fazer mal a vocês dois.
Andrey não conseguiu falar mais nada, apenas beijou a testa da esposa e deitou seu queixo sobre a cabeça dela balançando o corpo. Levantou os olhos e fixou seu olhar em Volker à sua frente, que havia se sentado ao lado de Lars. Volker estava com a perna esquerda flexionada e o braço apoiado solto sobre o joelho, segurava o ombro de Lars com a outra mão e com cabeça erguida olhava para Andrey. Seu olhar sério e ao mesmo tempo surpreso dizia que Lars estava melhor.
Depois, mais calmo, Andrey ergueu Asia nos braços e a deitou no sofá se sentando em seguida ao lado dela. Ele observou o estado de suas próprias roupas, que não havia trocado, e verificou se tinha sujado Asia com sangue. Ela estava bem e Andrey, em silêncio, ficou observando enquanto ela dormia.
Quando Volker se levantou e se afastou em direção à cozinha falando ao telefone com Reinis sobre o estado de Daina, Vladímir aproveitou a oportunidade para falar com Andrey. Deu alguns passos à frente parando diante dele e esperou que Andrey levantasse o rosto para lhe dar atenção, quando, então, estendeu uma adaga com o cabo entalhado virado para ele.
- Isto pertence à sua esposa, eu presumo? - perguntou calmamente com seu jeito gentil.
Andrey olhou para o objeto que Vladímir lhe oferecia, reconhecendo-o:
- Sim, eu dei a ela - Andrey pegou a adaga em sua mão, depois olhou para cima e observou o rosto de Vladímir.
- Eu a tirei do coração do homem que as havia perseguido. Sua esposa, com uma criança nos braços, derrotou um Selvagem, sozinha. - Vladímir fez uma pequena pausa avaliando se Andrey o compreendia e, então, continuou: - Seria interessante ver como ela se sairia se você colocasse a sua espada nas mãos dela e a treinasse.
Andrey desviou os olhos primeiro para frente, depois para a adaga em sua mão. Já havia percebido algumas diferenças em Asia, mas não tinha visto o que estava diante dos seus olhos.
- Ela não sabe - continuou Vladímir. - Provavelmente sua mãe nunca lhe contou nada. Ela não sabe o que é. Você terá que contar a ela.
Andrey permanecia inerte encarando a adaga e, então, Vladímir continuou:
- Eu deveria ter lhe contado há mais tempo, talvez. - por um tempo Vladímir observou Andrey que, entorpecido, continuava examinando sem razão a adaga em suas mãos, em seguida, voltou-se para Volker, que retornava da cozinha:
- Volker, você pode me ajudar com os garotos, por favor? Não quero deixá-los lá. - afirmou com pesar - Quero trazê-los antes que a polícia os encontre.
Vladímir e Volker já estavam se dirigindo para a saída quando Slauka apareceu tomando a atenção de todos que estavam na sala. Ela desceu a escada em silêncio e assim caminhou até o centro da sala, deitando-se ao lado de Lars, que ainda estava sobre os cobertores no tapete. Slauka encolheu seu corpo, flexionando os joelhos junto ao tronco e inclinou a cabeça para perto da cabeça de Lars. Permaneceu assim: encolhida e calada.
Laura, questionando o marido com os olhos sobre a melhora no estado de Lars, trouxe mais um cobertor e a cobriu apoiando uma mão em seu braço. Olhou mais uma vez para Volker que lhe acenou positivamente com a cabeça:
- Fique tranquila, querida. Ele está reagindo - sussurrou para Slauka carinhosamente. - Vamos providenciar uma maneira de levá-lo lá para cima, Lars é muito grande e não queremos movê-lo muito, para ele não piorar.
Slauka nada disse, apenas continuou quieta na mesma posição. Laura percebeu que Slauka só queria estar perto de Lars. Depois, ouvindo o choro de uma criança, virou o rosto para o alto da escada e foi para o quarto de Daina para ver quem tinha acordado.
Logo em seguida, Rainer chegou. Ele passou pela porta e pela primeira sala e viu os dois deitados sobre o tapete. Observou-os com atenção e dirigiu-se para o irmão:
- Vocês conseguiram encontrá-los! Estão bem?
Volker não respondeu, apenas olhou para seu irmão e sentou-se no sofá em frente à Andrey encarando-o. Percebeu, sem deixar de fitar Andrey, que Rainer seguiu sua trajetória, e foi se sentar ao seu lado observando cuidadosamente o estado de Lars, inconsciente e todo enfaixado, e de Slauka, deitada e encolhida.
- Descobriu algo sobre Michel? - perguntou Andrey a Rainer.
Rainer olhou para Andrey e depois para Volker e continuou falando:
- A faculdade estava uma confusão. Havia muitas pessoas na rua e policiais para todo lado procurando pelos homens armados que invadiram o prédio. Soube que vários estudantes ficaram presos no momento da invasão, alguns foram feridos e um professor também foi baleado com o tiroteio. Perguntei a alguns garotos, falei com os policiais e nada. Esperei um momento de distração deles, contornei o prédio e consegui entrar. Estava tudo bagunçado, muita coisa revirada. Tomei cuidado, evitei os policiais e procurei em toda parte, mas Michel não estava lá. Não o encontrei escondido em canto algum e ele também não está entre os feridos. - Rainer, que falava de maneira anormalmente séria, diferente do seu jeito desdenhoso de sempre, concluiu fatidicamente: - Se não entrou em contato até agora, é provável que tenha sido levado.
- Ondrej e eu já telefonamos e falamos com médicos conhecidos, ele não está em nenhum dos hospitais da região que verificamos. Ele não estava no local onde resgatamos Lars e Slauka. Espero que não o tenham levado para outro lugar, espero que ele esteja escondido. Ele é esperto, Rainer. Em uma situação como essa, ele sabe que o melhor, no caso dele, é se esconder - Volker se focava no fato de que Michel, não sendo adulto, não poderia ser identificado pelos atacantes. - Nós já derrotamos nove deles, não havia mais, havia? - perguntou virando-se para Vladimir como se ele fosse capaz de dar alguma resposta.
- Vi dois quando cheguei. Eu e os garotos conseguimos pegá-los. Os outros correram com Slauka pelo parque, não pude ver quantos eram. - Vladímir estava sério e observava Volker atentamente. - Daina havia sido atingida pelos tiros deles, mas conseguiu dizer que um correu atrás de Laura, Asia e as crianças. Reinis procurou mantê-la imóvel e calma, e eu tive que prometer que cuidaria delas.
Enquanto Vladímir falava, Laura desceu as escadas e foi se sentar ao lado do marido no sofá.
- Eu só pensava em chegar aqui e ver você e as meninas bem - disse Volker para Laura segurando sua mão. - Obrigado por ter cuidado delas, Vladímir, nunca esquecerei isso.
Volker olhou para Vladímir agradecido e depois se virou novamente para a esposa sentada ao seu lado.
- Quando estávamos chegando, Ondrej desviou para ir atrás de Slauka e Lars. Poderíamos localizá-los, mas tínhamos que ser rápidos... - seguiu contando o que viveram no galpão - Eu ia pegar o celular para pedir ajuda, quando Ondrej passou por mim segurando uma enorme espada e, correndo, entrou no galpão acertando os dois primeiros que reagiram ao vê-lo. Ondrej inacreditavelmente matou todos eles, até mesmo o que também tinha uma espada e parecia o líder. Foi rápido como eu nunca tinha visto. Desviou dos tiros disparados contra ele. - ao dizer isso, Volker expressou suas suspeitas. - Acredito que antes mesmo de serem disparados, de uma maneira quase impossível. - fez um pequeno intervalo após pronunciar as últimas palavras. Volker falava de maneira séria e fatalista, dividia a atenção entre Laura e Andrey. - Nós tiramos Lars e Slauka de lá, ele entrou no carro com espada e tudo e dirigiu feito um louco até aqui.
Volker terminou sua narrativa olhando para Andrey, que retribuía seu olhar.
- Não sou como vocês, como já devem estar pensando. Sou como Slauka e como aqueles lá no galpão, também. Não sou filho de Reinis e Daina. Eles fugiram comigo da cidade destruída e me esconderam das perseguições. Fui registrado como filho deles, mas não sou.
Andrey olhou para Laura, que sempre acreditou que ele era seu irmão; ela estava com os olhos muito abertos, admirada com o que ouvia. Andrey, então, continuou:
- É um segredo antigo, e se descobrissem não só eu seria perseguido e preso, Reinis e Daina, também. Por isso, nunca dissemos nada. Se vocês todos não soubessem, ficariam livres de qualquer culpa, não poderiam ser acusados de nada. Sou Andrey Ivanovitch Novgorodsky, filho de Ivan e de Irina, neto de Alexander.
Andrey iria continuar, mas viu os olhos de Asia fixados nele. Passou a palma da mão em seu rosto e sem tirar os olhos dela, continuou:
- Então, Volker, como você já concluiu, eu sou Selvagem.
Andrey tinha os olhos presos nos de Asia, avaliando a reação dela. Asia o olhava com o mesmo carinho de sempre e estendeu seu braço para colocar a mão em seu rosto também. Andrey apoiou sua mão sobre a dela e virou o rosto para beijar a palma e os seus dedos.
Slauka, que estava deitada ao lado de Lars, até então alheia ao que diziam, havia erguido a cabeça e olhava para Andrey. Ela estava surpresa com o que tinha ouvido, mas Andrey a olhou só por instantes retornando seu olhar para Asia. Com uma mão acariciava seus cabelos e a outra segurava a mão dela que estava em seu rosto. Andrey inclinou-se e apoiou sua cabeça na dela.
- Como você conseguiu enganar a todos? - perguntou Volker, que o examinava em silêncio - até a Vladímir, Ondrej? -virou o rosto para o lado em que Vladímir se encontrava observando toda a conversa.
Andrey ergueu um pouco a cabeça afastando-a da de Asia, mas mantendo o corpo curvado e olhando para ela continuou:
- Quando Vladímir me viu com Reinis pela primeira vez, eu ainda não era adulto. Vladímir não diferencia as crianças. Nós também não as diferenciamos das humanas, não é verdade? Para ele, eu era filho de Reinis. Depois, com o tempo, aprendi a disfarçar, a controlar meu temperamento e minhas emoções, a maneira de me mover e de me comportar. E aprendemos a esconder de Vladímir. Quanto mais controlado eu fosse, menos ele poderia me sentir. Quando encontrei Asia fui muito pressionado e deixei tudo transparecer. Era eu o problema naquela época, não Slauka. Contamos para Lars, para acalmá-lo. Reinis ficou furioso comigo, tinha medo de que Vladímir me denunciasse, que prejudicasse a todos vocês. Ele nem estava preocupado com ele mesmo. Eu não pude deixá-la ir. Eu tentei, mas não pude - Andrey ergueu o corpo, beijou a mão de Asia que ele ainda segurava na sua e olhou para Vladímir. - Eu nunca lhe agradeci por você não ter dito nada. E quero lhe agradecer por tudo que fez hoje - estendeu a mão para Vladímir que a apertou também. - Obrigado.
- Já disse que sou amigo de vocês. Arrependo-me de muita coisa que já fiz também. - Vladímir puxou sua mão de volta e virou-se para Volker. - Acho que estamos demorando muito. Temos de buscá-los.
Volker levantou-se e, levando Rainer com ele, acompanhou Vladímir para fora da casa. Laura subiu para ficar com as crianças.
Asia ergueu seu corpo para sentar-se, deslizou um pouco para trás apoiando as costas no encosto lateral do sofá. Colocou uma das mãos sobre o ventre e olhou para ele. Andrey colocou a mão sobre a dela e inclinou-se para beijá-la. Depois, endireitou o corpo e disse a ela:
- Eu nunca fui claro o suficiente com você, desculpe-me.
- Eu deveria ter compreendido. - disse Asia. - No nosso casamento, quando me disse seu nome, eu não queria fazer perguntas sobre algo que lhe entristecia. Eu devia ter entendido quando Daina conversou comigo. Não me importo por você ser Selvagem, não faz diferença para mim. Eu te amo, teria me casado com você mesmo que tivesse me dito tudo com todas as letras. Isso não devia preocupá-lo.
- Asia..., tem muita coisa que preciso lhe dizer...
Ainda ao lado de Lars, Slauka observava os dois conversando. Descobrir que havia mais alguém na casa como ela era a única coisa que poderia desviar a atenção que tinha em Lars. No momento em que viu Andrey entrar no galpão para libertá-los, torceu por ele a cada golpe dado com a espada, imaginando ser ele um Nemtsi que havia aprendido a lutar. Esperava avidamente que, como Vladímir, Andrey fosse capaz de derrotar os Selvagens que os havia atacado, e por mais improvável que pudesse ser, ela acreditou que poderia ser salva juntamente com o marido.
Agora, sentada sobre o tapete ao lado de Lars, ouvindo toda a história que ele contou, sentiu orgulho de Andrey, orgulho de ser como ele e imaginou que ela própria estaria mais apta a defender-se se aprendesse a lutar como Andrey sempre pediu. Deslizou pelo tapete, ficando próxima do sofá e estendeu a mão para Andrey, que a pegou. Slauka falou pela primeira vez:
- Eu vi você lutando. Você foi nos buscar. Obrigada!
Andrey não disse nada. Soltou a mão de Slauka e a apoiou em sua cabeça fazendo carinho em seus cabelos.
- Você é igual a mim? - perguntou Slauka.
- Somos iguais.
- Por que nunca disse?
- Não podia.
Antes que pudesse dizer mais alguma coisa para Slauka, Andrey ouviu Lars fazer algum barulho e levantou-se para olhá-lo. Deu a volta agachando-se perto dele pelo outro lado e examinou Lars sob os olhares atentos de Slauka. Lars não tinha febre e parecia estar se recuperando.
- Ele está melhor, vai ficar bom. - disse Andrey levantando-se. - Vou ligar para Reinis para ver como está Daina.
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