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Capítulo 12 parte 1


Capítulo 12

***

Ao entrar na cidade onde pretendia almoçar, Andrey levou Asia em um longo passeio de carro para mostrar a ela a região, que era bonita, cheia de condomínios residenciais e muita vegetação. Conversaram bastante durante o passeio e ambos já estavam muito descontraídos, falando abertamente sobre eles mesmos e permitindo-se fazer gracejos.

Foram a um haras que existia nas redondezas e observaram alguns cavalos, com Asia coberta pelo longo sobretudo dele. Andrey falou sobre equitação, sobre a raça dos animais e sobre todo aquele lugar, de maneira geral. Falou sobre períodos espaçados de sua infância com seus antigos cavalos e da importância que eles tinham na vida de todos, na época. Alegrou-se expondo planos de trazê-la àquele lugar para aulas de montaria e depois cavalgar com ela pelas trilhas da região, e riu ao vê-la balançar a cabeça negativamente dizendo que não queria montar nos animais:

- Você não pode estar falando sério! - disse ele. - É algo muito fácil, você não terá problemas.

- É fácil para você, que aprendeu desde criança. Não vai dar certo para mim - insistiu Asia, observando o animal balançar a cabeça diante dela, enquanto batia algumas vezes com a pata dianteira no chão arenoso e úmido.

Andrey pegou a mão dela, ergueu-a e a aproximou do pescoço do cavalo que estava diante deles. Asia quase resistiu, mas deixou que ele levasse sua mão até o animal. Ele continuou segurando a mão dela, enquanto a fazia deslizar seguindo a direção dos pelos marrons e brilhantes. Asia, que vivia em uma cidade grande, nunca havia tocado em um cavalo, e sentiu o seu pelo macio e sua musculatura forte, enquanto sua mão deslizava suavemente, direcionada pela mão de Andrey. Assim que o cavalo fez um barulho estranho e jogou a cabeça para o seu lado, Asia deixou escapar um grunhido e, com uma agilidade maior que a de uma pessoa normal, puxou sua mão da dele e para longe do animal. Em seguida, olhou para ele e esboçou seu largo sorriso acompanhado de uma expressão de surpresa.

- Você é medrosa! - concluiu ele rindo.

- Não, não sou medrosa. - ela completou ainda sorrindo, - nunca tive medo de animais, verdade! - reforçou diante da fisionomia incrédula dele. - Só acho que não vai dar certo.

- Vou trazer você aqui sempre, até perder esse medo todo - afirmou Andrey, enquanto a observava balançar a cabeça negativamente com a boca um pouco aberta.

Passava um pouco de uma hora da tarde, e uma chuva fina começou a cair obrigando-os a retornar ao carro. Nenhum deles estava com fome, então, Andrey sugeriu que fossem ao shopping da região, onde poderiam conversar e, se quisessem, poderiam comer algo depois.

Ao sair do carro, Asia estendeu espontaneamente sua mão para ele e Andrey a pegou satisfeito. Caminharam juntos pelo estacionamento, e quando entraram no shopping, ela não se via mais como uma mendiga ou um cachorrinho de rua, pois suas roupas haviam secado e não pareciam tão sujas.

Passearam um pouco diante das vitrines e depois foram até a praça de alimentação, escolheram uma mesa e sentaram-se distraídos em uma conversa animada. Andrey já a estava chamando de Asia, como todas as pessoas que lhe eram próximas, e sentia que ela estava mais descontraída e tranquila. Ele queria saber mais sobre ela, sobre os assuntos que a interessavam, coisas que gostava de fazer e aquelas que ela ainda não tinha tido oportunidade de experimentar. Falou sobre viagens e passeios, lugares que ele visitou e poderia mostrar a ela, coisas que poderiam fazer juntos etc.

- Eu não poderia fazer isso! - afirmou Asia descontraída e sorrindo com espanto. - Eu sei que ainda não estava boa ontem, mas acho que a experiência com os irmãos me mostrou que eu não me dou bem com altura.

- Consegue, sim. - Andrey sorria ironicamente, - você não estava recuperada, ainda. Ficou mal impressionada. Mas, não se preocupe. Você possui excelentes reflexos e não terá problemas com altura, - divertia-se observando Asia balançar a cabeça negativamente contra a ideia que ele havia, levianamente, proposto.

Asia duvidava que fosse deixar de ter medo de altura. De qualquer forma, saltar de paraquedas não era algo que quisesse ou achasse prudente fazer.

O telefone celular tocou e, deixando de sorrir, Andrey o atendeu:

- Oi... Sim, ela está comigo, ela fugiu deles novamente. Não, espere eu chegar! - seu tom de voz tornou-se sério. - Não Reinis, espere, por favor. - parou de falar mantendo os olhos voltados para a mesa, ouvindo o que Reinis tinha a dizer. - Paramos, nós vamos comer alguma coisa. Deixe para ligar mais tarde, depois que você conversar com ela. Ele não tem como saber, espere para telefonar depois! Obrigado - Andrey desligou o telefone e olhou para Asia.

- Vladímir está me procurando, não está? - perguntou ela adotando uma fisionomia menos alegre, entendendo o significado daquela conversa ao avaliar a postura severa que ele adotou.

- Está. - respondeu Andrey seriamente. - Telefonou para Reinis duas vezes pela manhã. Vladímir concluiu que como não acharam você, eu a tinha levado. Ontem, discuti com ele.

- Eu vi. - Asia queria entender qual havia sido a razão da discussão. - O que você disse a Vladímir, ontem à noite?

- Disse que levaria você comigo para casa. Que estava no carro e vi te levarem para o telhado. Sinceramente, Asia, pensei que os irmãos iriam te derrubar.

- Não..., eles só queriam me mostrar o que somos capazes de fazer, que Vladímir os treinou muito bem. Eles não me contaram o que iriam fazer comigo e eu ainda não estava boa, por isso, me assustei. E reagi daquela maneira. - Asia entendia que não foram mal intencionados e tentava amenizar qualquer culpa que os irmãos tivessem. - Por que Vladímir estava brigando com você? - perguntou curiosa em entender o que havia ocorrido na noite anterior.

- Ele quis saber onde estava Reinis e eu disse que estava sozinho. Ele quis entrar no beco para ver você e eu não o deixei passar. Vladímir não está acostumado a ser desafiado e eu insisti em te levar embora. Fui incisivo com ele. Deixei claro que não respeitaria sua vontade e que levaria você comigo. Eu o provoquei além do que devia - Andrey deixava transparecer sua preocupação com relação à Vladímir. - Entenda, Vladímir não é mau. Na verdade, ele já fez isso antes: recolher pessoas sozinhas e em dificuldades e encaminhá-las para uma aldeia ou colônia. Mas acho que ele a está forçando contra a sua vontade. Ele sabe que você poderia ficar conosco sem problemas. Não entendo sua insistência, e também não estou gostando dela.

Andrey pegou o celular novamente e buscou um número:

- Daina? Ondrej. Reinis falou com você? Sim, ela está comigo. Fale com ele, não o deixe avisar Vladímir. Ainda não. Podemos falar com Vladímir amanhã. Sim, eu sei..., eu sei. - Andrey moveu os olhos para Asia enquanto falava. Manteve seu olhar nela, deixando evidente sua preocupação diante do que Daina, por um longo período, lhe falou ao telefone. Respirou fundo e disse com a voz embargada: - Eu imagino que isso possa ter acontecido... Daina, você entende. Ajude-me, por favor... Obrigado.

Desligou o telefone celular, apoiou ambos os braços sobre a beirada da mesa ainda segurando o aparelho, virou levemente a cabeça desviando os olhos para o lado direito por um tempo e observou as pessoas que passavam, enquanto pensava no que Daina havia dito, depois voltou os olhos para Asia novamente e continuou:

- Desculpe-me por tudo isso. Vladímir nunca foi assim. E ele é muito rigoroso com nossas leis. Preocupa-se muito com pessoas que estejam precisando de ajuda. Ele já sofreu muito, já viu muita coisa.

- Ele não está respeitando a minha vontade. Está falando de mim como se eu fosse um objeto, algo que se pode levar para qualquer lugar - Asia colocava as palavras para fora sussurrando consternada.

- Nossas leis protegem as mulheres, porque no passado já houve muitos abusos. Daina disse que é o meu comportamento que ele está questionando. Ele disse que estou arrastando você comigo - Andrey respirou profundamente. - Na verdade, acho que fiz isso mesmo. Mas não vou voltar atrás, não me arrependo de ter tirado você de lá - olhou nos olhos de Asia sério, mas decidido.

- Você não me forçou a vir! Vim porque quis. Era Vladímir que estava me forçando a ir para Santa Catarina! - justificou de maneira mais serena dissuadindo qualquer culpa que Andrey tivesse.

Andrey olhou para o lado, para nada exatamente, deixou apenas seu olhar vago, enquanto pensava. Seu celular tocou novamente, mas desta vez olhou quem era antes de atender:

- É Slauka. - Andrey atendeu ao telefone sorrindo. - Alô...! Sim... Sim... Sim...! - riu - Sim... - continuou falando, mas de forma mais séria: - Não, não...! Já disse, não! Vou desligar. Tchau.

Ele desligou o telefone e parecia menos tenso depois de falar com ela. Aquela fala descontraída pareceu acalmá-lo, mas para Asia, esta foi a conversa que menos fez sentido.

- O que ela disse? - perguntou desconfiada.

- Perguntou se eu te achei.

- Só isso?

Andrey sorriu e respondeu:

- Só. Ela também queria nos encontrar..., onde estamos - balançou a cabeça negativamente, mas ainda sorrindo.

- Não pareceu só isso! - argumentou Asia, ainda desconfiada.

- Ela perguntou se eu roubei você - Andrey olhou para ela erguendo a sobrancelha.

- E o que você respondeu? - perguntou sorrindo com curiosidade.

- Disse que sim. - respondeu ainda sorrindo, mas, depois, ficando mais sério e descendo os olhos para a mesa, continuou: - mas isso não tem graça. Não ajuda a resolver o problema. - Andrey ergueu os olhos, fitou o nada diante de si, ficou ainda mais sério e falou, olhando para Asia, novamente: - Vou precisar resolver isso com Vladímir, da melhor forma possível. Sem prejudicar ninguém.

- Andrey, eu vou falar com ele. - decidiu - Vladímir não tem como argumentar comigo, vou dizer que não quero ir com ele, para lugar nenhum. Assim, você fica fora do problema.

Andrey fitava Asia balançando a cabeça negativamente. O telefone celular tocou novamente, ele observou quem era e em seguida colocou o aparelho sobre a mesa sem atendê-lo. Era Vladímir. Andrey estava irredutível, não falaria com ele agora. Ficou examinando Asia seriamente. O telefone tocou até desligar.

- Talvez fosse melhor se resolvêssemos isso logo - afirmou Asia após observar que o aparelho havia emitido o último toque.

O telefone tocou novamente sobre a mesa e Asia esticou o braço para pegá-lo, mas quando ela colocou a mão no aparelho, Andrey rapidamente colocou sua mão sobre a dela segurando-a.

- Espere. O problema dele não é com você, é comigo. Deixei transparecer alguma coisa, ontem. Não vai adiantar você falar com ele agora. Ele a está usando como pretexto.

Andrey continuou segurando a mão dela ao lado do telefone que tocava. Não soltou depois que parou de tocar. Ele passou o polegar sobre as costas da mão dela, ficou pensativo por bastante tempo e ainda olhando para a mão disse:

- Desculpe-me por fazer você passar por isso. Estou criando um problema grande aqui. Para todos nós. Mas não vou deixar de apoiar sua decisão de vir para minha casa, a menos que você não queira mais ir - levantou os olhos para ela.

- Eu não disse isso. E quero conhecer o resto de sua família, também. Vladímir queria me levar à força. Por que ele não é o culpado da história? Porque tem que ser você o culpado? - perguntou um pouco aborrecida.

- Também acho que não sou culpado, não é bem isso. Você sabe que todos nós temos uma sensibilidade maior ao que nos cerca, não sabe? Somos todos muito intuitivos. Alguns mais que outros. Vladímir pode sentir o que se passa com alguém, pode sentir sinceridade nas pessoas e induzi-las a fazer o que ele quer. Fazê-las dizer apenas a verdade. Com ele é necessário que se trabalhe com a verdade, não há outra maneira. Preciso de tempo para me concentrar novamente, antes de falar com ele.

- Ele é um Selvagem? - a pergunta escapou assim que a ideia se formou em sua mente.

Andrey ficou imóvel, até seu dedo parou de se mover.

- Quem te falou sobre isso? - Perguntou seriamente.

- Marta, foi ela quem disse que eles eram poderosos, violentos, perigosos, e que Vladímir acredita que ainda existam alguns por aí; ele é um?

- Não. - Andrey olhava Asia com seriedade e continuou com pesar, - mas ele não está errado - voltou a olhar de lado, para lugar algum, soltou a mão de Asia e apoiou as costas no encosto da cadeira.

Asia percebeu que ele ficou triste; que se sentia culpado e teria cometido algum engano ao tentar ajudá-la. Queria mudar a situação, torná-la mais descontraída novamente. Decidida, levantou-se dizendo:

- Fique aqui! Vou comprar algo para nós bebermos. O quê você gost... - rapidamente, Asia sentou-se de novo. Lembrou que estava sem bolsa, sem documentos e sem dinheiro, também. Tudo havia ficado em seu apartamento quando fugiu.

Andrey, que já estava olhando quando ela começou a falar, riu, levantou-se e disse:

- Fique "você", aqui! O que quer?

- Chocolate quente - respondeu um pouco envergonhada.

- Já volto.

Andrey saiu e Asia ficou pensando em como distraí-lo para que não retornasse mais ao assunto desastroso que era ter se envolvido com Vladímir, aquele ser enigmático e perigoso, mas seu cérebro parecia vazio de ideias e não conseguiu pensar em nada.

Andrey voltou com as bebidas, e sua fisionomia estava melhor. Entregou o chocolate dela e ficou com um para ele. Não queria desperdiçar aqueles momentos que tinha sozinho com ela, pensando nos problemas que criara e teria que resolver; então, começou a falar sobre coisas que os afastavam daquele assunto, coisas que gostava de fazer, o tipo de música que preferia, ouvindo a opinião dela sobre tudo. Ele falou sobre os lugares em que viveu e um pouco sobre a guerra: uma experiência que passou de maneira solitária, e Asia pôde, de alguma maneira, identificar-se com ele, pois sabia o que era ficar sozinha e cresceu ouvindo Yeda e sua mãe falarem sobre aquela guerra, mas Asia não falou sobre as tristezas que passou, sobre as perdas que sofreu ou os momentos em que ficou só; queria alegrias em sua vida, então, optou por falar sobre seus planos futuros, percebendo alegremente que ele se animava com a possibilidade de compartilhá-los com ela.

Durante toda a tarde, fizeram muitas perguntas um para o outro, tudo o que duas pessoas interessadas uma na outra perguntariam. Andrey sorriu muito e ficou mais descontraído. Ele se perguntava como era possível que ela tenha sido deixada tão sozinha e como, apesar disso, parecia tão completa e feliz.

Asia estava feliz por estar com ele, observava com cuidado cada detalhe de seus movimentos. A maneira como erguia a sobrancelha quando sorria para ela e como ele baixava os olhos olhando pausadamente o nada, enquanto pensava e depois a fitava sorrindo novamente. Ele transmitia confiança em si mesmo, assumia uma postura firme em suas decisões e preocupava-se em ser correto. Para Asia, o sorriso de Andrey era feliz, completo e aparecia com facilidade em tudo o que ele dizia. Impressionara-se com o seu jeito contido e sereno, e percebeu que ele manteve esse jeito mesmo quando discutiu com Vladímir. Agradava a ela a ideia de que Andrey havia desafiado Vladímir por ela, que havia dito que a levaria embora, contra a vontade dele.

Quando já eram oito horas da noite, ele disse que a levaria para casa.

- Reinis já deve estar esperando na sala, pensando se não fugi com você. É um milagre que ninguém tenha telefonado novamente!

Andrey se levantou e estendeu sua mão de novo, ela a pegou e sentiu sua suave ajuda ao se levantar. Pagaram o estacionamento e foram para o carro.

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