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› Capítulo 6 ‹

Assim que Pierre se entregou ao sono, comecei a preparar nossas malas. Não tinha muita coisa. Max havia me dado alguns vestidos, todavia, a grande maioria eram apenas roupas de Pierre. Desde a morte do bebê de Fiona, Max vinha comprando roupas para o nosso filho, ou seja, eram tantas roupas que acreditava que não seria capaz de vestir o menino com todas elas.

Por fim, terminei tudo e me senti exausta, no entanto, a minha mente estava agitada e sabia que era o medo de ter que encarar Fiona mais uma vez. Especialmente, vendo-a com o meu bebê.

Sento-me na cama e deixo o meu corpo inclinar sobre os travesseiros. Me sinto culpada por contribuir para o sofrimento de Max. Eu sei que Pierre é sua maior alegria, mesmo em tão pouco tempo de vida, contudo, a segurança do meu menino é muito mais importante do que qualquer sentimento que sinto pelo o pai dele. Ser mãe é algo poderoso demais para se pensar nas pessoas a minha volta e muito menos ser racional.

A porta do quarto recebe duas batidas e logo em seguida é aberta. Max. Sua cabeleira cor de fogo toma o espaço e seus olhos azuis – tristes – absorvem cada detalhe do cômodo. Ele observa o berço por longos segundos e logo depois o seu olhar encontra o meu. Tento transmitir o quanto sinto por ter de deixá-lo e o quanto é necessário que saiamos dessa casa. Max adentra o cômodo e fecha a porta logo, ele se aproxima da cama e deita-se ao meu lado. Ficamos calados, deixando que meu amêndoas e seu azuis perfurando o mais fundo de nossas almas. Após um longo tempo, Max se pronuncia.

— Sei que o melhor é que estejam longe daqui. Entretanto, parece que estou apenas preparando o meu coração, para que ele se parta e vá embora. Assim como vocês.

— Max...

Ele me interrompe.

— Preciso que saiba o quanto fui estúpido. Compreendo o motivo de ter se afastado de mim e jamais a condenaria por tal ato. E mesmo tendo estado tão distante, você ainda estava na minha mente. O. Tempo. Todo — ele respira fundo e um sorriso triste se forma em seus lábios. — Não estou aqui inventando desculpas. Jamais. Só quero que saiba que sempre estará comigo, independente de nossa relação. Você e Pierre são partes da minha vida e sempre serão.

Max pega minha mão e leva aos lábios plantando um beijo delicado.

— Mandei um mensageiro para a minha irmã hoje cedo. E como imaginei, Mirelle respondeu imediatamente. Amanhã, você e Pierre seguirão para a casa dos Blanche.

— Mas...

Ele sorri.

— Não adianta questionar. Vocês irão para a casa dos Blanche. Sinto-me à vontade com essa ideia. Sabendo que uma parte do meu coração está em um lugar seguro e acessível.

Aceno em concordância. Por que iria reclamar? A casa dos Blanche seria estranha assim como qualquer outra, no entanto, era mais do que segura. Não tinha ideia de como seria recebida pela irmã de Max, porém, diante das minhas lembranças da época em que me deitei com Max a primeira vez, a mulher foi bastante atenciosa. Não vou mentir e dizer que não estou receosa com a novidade.

— Agora, durma — Max ordenou.

— Não consigo, tenho medo.

— Fiona não virá aqui.

Mordo o lábio inferior.

— Estava dormindo quando ela entrou no quarto e pegou Pierre. Estou exausta, mas não consigo relaxar. As imagens não saem da minha cabeça, assim como as palavras que ela falou.

Max se aproxima mais de mim e por um momento prendo a respiração, nossos rostos estão quase colados e posso sentir o seu hálito próximo ao meu. Eles se colidem como as águas do rio e do mar. Posso sentir uma força sobrenatural tentando unir nossos corpos, além de um rubor permear por todo o meu corpo.

— Estarei aqui com você. Não vou permitir que algo aconteça.

— Cla-laro — gaguejo.

Ele se afasta de mim e logo em seguida se aproxima mais uma vez para plantar um beijo em minha testa.

— Vá se trocar.

Aceno. Levanto-me da cama e sigo para detrás do biombo que fica ao lado da cama. Antes, pego a camisola que mantive guardada no baú. Removo os ornamentos do vestido e logo depois o mesmo, em seguida deslizo a camisola que vai até os meus pés. Depois de razoavelmente composta, saio detrás do biombo e me deito ao lado de Max mais uma vez. Quando menos espero sou puxada para os braços firmes do homem que amo. Como sentia falta do conforto desses braços.

— A noite está fria, calor humano aquece mais do que qualquer lareira ou cobertor.

E assim como ele diz, me sinto aquecida. Todavia, não só no meu interior como no meu exterior.

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Assim que despertei, Max não estava mais ao meu lado. Entretanto, não me importei com o vazio ao meu lado. Resolvi me levantar, tomar um banho e me arrumar para a pequena viagem até os Blanche. Tranquei a porta antes de me mover para a sala de banho e quando retornei, o meu menino de cabelos ruivos começava a despertar.

Sorrio para Pierre e o fantasma de um sorriso toca os seus lábios, pego-o no braço e ele resmunga em satisfação. Coloco-o para mamar, no momento em que a porta do quarto é aberta, me fazendo pular e ocasionalmente assustando Pierre que começa a chorar. Subo o vestido para me cobrir novamente.

— Desculpe-me — Max sussurra.

Balanço a cabeça.

— Está tudo bem, só estou um pouco impressionada. Acho que levará um tempo para que não me assuste com facilidade.

Max acena em concordância.

— Podemos ir a qualquer momento.

— Só tenho de alimentá-lo, vesti-lo e logo iremos.

Sento-me com as costas descansando na cabeceira da cama, acalmo Pierre e torno a amamentá-lo. Minhas bochechas estão coradas, por causa dos olhos de Max grudados em nós. Esse sempre é um momento íntimo entre mim e Pierre, nunca me senti à vontade nem mesmo com Madeleine ao meu lado, quem dirá Max. Porém, me distraio facilmente com os olhos amêndoas do menino de cabelos cor de fogo. O meu filho me encara a todo o momento, como se fosse uma deusa a seus olhos e me sinto satisfeita com tal ato.

Desde o nascimento de Pierre não tenho sentido a necessidade de ter alguém ao meu lado, como sentia assim que interrompi o relacionamento entre eu e Max. Antes, a solidão assolava os meus dias de forma tão profunda, que a única coisa que me restava eram as lágrimas durante a noite. Contudo, assim que Pierre veio ao mundo – ou até mesmo antes – tudo começou a mudar. Me pegava, muitas noites, iniciando conversas com o meu menino, e mesmo que ele não me respondesse sabia que estaria ali sempre para me ouvir.

Pierre se afasta do meu peito e os seus lábios se movem como se estivesse mastigando. Esse é o momento que sei que está satisfeito. Me cubro e coloco Pierre com a cabeça acima do meu ombro dando leves batidas em suas costas.

Os meus olhos encontram os círculos azuis do homem à minha frente. Ele parece maravilhado.

— O que foi? — indago.

Max balança a cabeça.

— Nunca imaginei que ver o meu filho sendo amamentado me deixaria tão maravilhado — suas palavras parecem uma confissão.

Mordo o lábio. Pierre arrota, então descanso-o na cama para poder vesti-lo. Terei de lhe dar um banho quando chegarmos na casa de sua tia. Concentro-me na tarefa que tenho e coloco para o canto os pensamentos que poderiam vir por causa das palavras de Max. Não posso me deixar encantar por meias palavras. Não posso me derreter com tudo que ele faz ou diz. Tenho que ter forças para resistir à tentação de estar em seus braços. Amá-lo é o meu limite, não posso me deixar iludir por fantasias na minha cabeça. A única coisa que devo me preocupar é na criação do meu filho. Apenas.

    🍎🍎🍎🍎🍎🍎   

A casa branca, rodeada com flores e árvores com cortes perfeitos me encantou assim que pisei na propriedade dos Blanche. Ainda mais encantador fora a recepção que os donos da casa prepararam para a nossa chegada. As cabeças castanhas e olhos azuis acinzentados estavam sorridentes e pareciam ansiosos para ver o bebê em meus braços. Mirelle estava com as mãos entrelaçadas a frente do corpo, sorrindo com os lábios e com os olhos brilhando.

Sra. Blanche desce as escadas da residência às pressas.

— Ceús, como demoraram! — O seu olhar repreensivo para Max não me passa despercebido, todavia, ignoro a risada que toca minhas cordas vocais.

— Não podíamos vir correndo. Pierre é uma criança não um saco de batatas.

Uma careta se forma no rosto pálido de minha anfitriã.

— Apesar de viver com ele a alguns meses, peço desculpas pela falta de educação de meu irmão — Sra. Blache afirma com um sorriso nos lábios.

— Não há o que se desculpar — sussurro.

— Coitadinha, já deve ter visto coisa pior — ela balança a cabeça demonstrando para Max como está descontente, a mulher de cabelos loiros toca meu ombro em forma de consolo. — Não se preocupe, aqui todos são civilizados.

Não posso controlar a risada tímida que escapa de meus lábios.

— Mirelle! — Max exclama.

Sra. Blanche nos direcionar para dentro da casa, enquanto zomba do irmão de formas diferentes. É divertido. Até mesmo Max parece estar se divertindo. Os seus olhos brilham com as palavras da irmã, mesmo respondendo de forma malcriada. A atenção dos sobrinhos parece lhe encantar ainda mais, e quando Claire e Louis – a menina mais velha – se aproximaram temerosos, porém ansiosos, não tiraram os olhos do bebê que estava entregue ao sono.

Com isso, inúmeras perguntas saíram da boca dos dois. Questionamentos que me deixaram vermelha de tanta vergonha, como: Como ele foi colocado dentro da senhorita? Como ele saiu? Entretanto, essas indagações não me deixaram desconfortáveis como: Se ele é seu bebê junto com o tio Max, e Fiona? Foi nesse momento que Mirelle interviu dizendo que eu e Pierre teríamos de descansar e que não haveria mais perguntas até o próximo inverno.

As acomodações separadas para nós eram ainda maiores que a da casa Chermont. As paredes com madeira clara e envernizada, cortinas amarelo ouro, os travesseiros e a cama estavam cobertos por um tecido com a mistura do ouro e vermelho sangue. Assim que adentramos o quarto os meus olhos encontraram dois baús que ficavam acomodados na parede à direita da porta, além de um guarda roupa. A esquerda da porta se estendia o restante do cômodo. A cabeceira da cama estava colada a mesma parede que a porta se encontrava, uma penteadeira estava posta a sua frente. Quando percorremos ainda mais o aposento, nos fundos do quarto havia um berço ao lado da cama, uma banheira estava posta logo a frente e um sofá próximo a uma janela, que no momento estava aberta.

Não tinha palavras para agradecer Mirelle. Enquanto tentava inutilmente agradecer, ela me informava que não era nada, Pierre e eu merecíamos muito mais. Não pude conter as lágrimas após essas palavras. E agradeci quando Mirelle deixou o aposento.

— Minha irmã tem razão — Max murmurra.

Sento-me na cama macia.

— Não pensei que seria tão bem recepcionada.

Max se aproxima e ergue os braços para pegar Pierre. Quando lhe concedo nosso filho, ele o leva até o berço novo. Assim que retorna, Max se ajoelha a minha frente.

— Devo ir agora. Fico feliz que tenha gostado de tudo.

Ele se levanta e segue em direção a porta, contudo, algo parece lhe deter. Max retorna e antes que posso lhe questionar os motivos, seus lábios encontram os meus. Aquela sensação quente se espalha pelo o meu corpo enquanto nossos lábios e línguas deslizam um no outro. Meus braços envolvem o pescoço de Max, puxando-o para mais perto. No entanto, cedo demais, ele se afasta mais uma vez.

— Voltarei em breve para vê-los — seus olhos estão grudados nos meus lábios inchados e seu polegar desliza o contorno da minha boca em um toque delicado.

Quando Max se levanta e sai do quarto. Os meus músculos e ossos estão moles, me fazendo deslizar para a cama macia. Se não queria sustentar falsas esperanças, o que vou fazer agora?

    🍎🍎🍎🍎🍎🍎   

Me ilude. Durante meses. E Max não apareceu na propriedade dos Blanche. Pierre crescia cada vez mais rápido e o pai não fazia ideia. E nem se importava. Mirelle estava sempre a minha disposição, tentando me distrair. Todavia, a dor em meu peito era gigantesca. Simplesmente porque deixei o meu coração se iludir com a possibilidade de Maximus Chermont se importar comigo mais uma vez.

Essa foi a dor das primeiras semanas.

A segunda, foi ver o meu filho crescer e não ter um pai ao seu lado. Agradecia aos céus por ele ainda ser pequeno para não ter que ouví-lo me perguntar pelo pai. Não sei se saberia responder.

Mirelle tentava saber mais sobre o irmão, entretanto, a única resposta de Max era que estava ocupado demais e que não tinha condições de atravessar a cidade para ver o filho. Foi a partir desse momento que a raiva percorreu o meu corpo e a dor foi substituída pelo ódio. Em toda a minha vida, jamais imaginei que um sentimento tão terrível iria perpassar o meu ser, contudo, Maximus foi capaz de despertar o pior de mim.

— Sophia? — Mirelle clamou por mim do outro lado da porta. — Trouxemos o seu jantar.

Pierre estava atravessando os meses que os dentes finalmente estavam nascendo. Com isso, ele passava a maior parte do dia estressado e dengoso. Durante todo o dia, ele só aceitava ficar no meu colo. Muitas das vezes que tentei colocá-lo em seu berço, os seus bracinhos envolveram o meu pescoço, me deixando de coração partido e tornando a levá-lo para a cama. Sabia que o meu menino estava sentindo dor. Então, por que não fazer suas vontades?

— Pode entrar.

A janela do quarto estava aberta, deixando que o sol adentrasse e aquecesse o cômodo. Pierre tinha a mesma paixão pelo calor que eu, então, assim que o verão tocou a França, era nosso costume ficar na janela observando o jardim dos Blanche.

Hoje, o sol não está tão quente, porém bastante agradável. Pierre está com bochecha grudada a minha, e enquanto observa os jardins da tia, os seus bracinhos tocam o meu pescoço o máximo que consegue. Diversas vezes ele vira rosto, plantando um beijo cheio de baba no meu rosto. Eu sorrio para ele, meu garoto devolve o sorriso e me abraça apertado – nos padrões de um bebê. Por causa dos dentes que nasciam, a baba parecia ser nosso companheiro constante.

— Vocês parecem bem.

Paraliso quando escuto sua voz. Aperto Pierre nos meus braços e ele tenta ver de onde saiu a voz, contudo não permito. Meus olhos ardem, sei que lágrimas serão derramadas em breve, entretanto, não sei se são de raiva ou decepção.

Quando os meus olhos encontram o homem que desejei tanto nos meses anteriores, tento demonstrar toda a minha raiva e frustração. Ele encolhe com o meu olhar, todavia, os seus círculos azuis permanecem perfurando os meus amêndoas.

— Não me olhe assim — ele murmura e engole em seco.

— Como quer que o olhe Sr. Chermont? — as palavras saem transbordando ironia.

— Sophia...

Max tenta se aproxima, mas me distancio ainda mais. Como se ele fosse o ser mais perigoso que já pisou na face na terra. E ele é, para mim e o meu filho. Maximus é capaz de ferir a nossa alma o mais profundo que um ser humano possa imaginar. Se fosse por mim correria o risco, no entanto, há uma criança na minha vida, sob os meus cuidados que precisa de muito mais do que migalhas soltas depois de meses.

— Não se atreva a se aproximar — a raiva em minha voz lhe assusta, Max arregala os olhos e a culpa o corrói por dentro. — Pensa que o meu filho será tratado como eu? Não, você está muito enganado, Maximus Chermont. Eu não tenho quem me defenda, mas ele tem e esse alguém vai lutar com unhas e dentes por ele.

— Sophia, você precisa me ouvir...

Respiro fundo. O que posso fazer? Não posso escapar de suas explicações. Só terei de ouvi-las e depois o mandarei embora.

— Por favor, vamos sentar. — Os seus olhos caem sobre Pierre e vejo um reflexo de dor tocar os seus olhos — Vou explicar porque me afastei.

— Tudo bem. Só fique longe de nós.

Ele acena.

Sento-me do lado do berço, com as costas descansando na cabeceira da cama. Max, senta-se na ponta da cama, do outro lado da mesma. Ele toca a região entre os olhos e pela primeira vez noto as bolsas escuras. Ele não tem dormido.

Em seguida, Max desliza a mão direita no cabelo, parece completamente perdido.

— Fiona está doente.

Solto uma risada amarga. O ruído me assusta, fazendo com que franze o cenho.

— Não ria, ela está doente de verdade. — Engulo em seco — Tendo alucinações e imaginando um bebê em seu colo todos os dias. Já a levei em vários médicos, muitos fora da França. Não tem como curá-la. O último que visitamos, na Espanha, disse que a morte seria um ato de misericórdia para ela.

"Uma noite, ela tentou me matar sufocado. Sorte que estava debilitada. Ela gritava que era minha culpa o bebê dela ter morrido. Tive de dar uma droga para que ela caísse no sono. Em seguida, me entreguei as lágrimas. O bebê também era meu filho e como poderia carregar uma culpa dessas?"

"Foi nesse momento que cogitei matá-la. Era um grito de misericórdia, mas não consegui. Sou fraco demais para tirar a vida de outra pessoa, além do que, jamais poderia conviver comigo mesmo depois de um ato tão abominável. Ela é minha esposa e independente dos meus erros e dos dela, houve um momento que a amei profundamente."

Max ergue os olhos, lágrimas transbordaram por todo o seu rosto.

— Sei que não devia ter ficado longe por tanto tempo. Todavia, precisava resolver essa situação para voltar até vocês.

— E resolveu? — sussurro.

— Não, mas sentia tanta falta de vocês. — Max se ajoelha na cama e se aproxima de nós — Não poderia ficar mais um dia sem vê-los. Os últimos meses têm sido os piores de toda a minha vida — ele suspira, e descansa as mãos sobre os joelhos. — Vocês dois são tudo que tenho. Na verdade, nunca tive nem mesmo o amor da minha esposa. Só passei a ter algo quando você entrou na minha vida, Sophia.

Ele aponta para o menino que sustento o rosto para o outro lado do quarto, protegendo-o do homem à minha frente.

— Olhe para o ser preciosa que me deu.

— Isso...

— Eu sei. Deveria ter avisado, entretanto, estava tão envergonhado.

Um silêncio paira sobre o ambiente. Gostaria de dizer que não vou perdoá-lo, porém, meu coração estúpido já fez esse trabalho. Acredito que a partir do momento que o vi neste cômodo. No entanto, o medo dele desaparecer novamente está sobre o meu coração, e não por mim, contudo, pelo bebê que descansa em meus braços.

— Me deixe pegá-lo.

Aperto Pierre em meus braços.

— Não sei se devo.

— Por favor! — suplica em meio as lágrimas. — Eu sou o pai dele, preciso dele e sei que ele precisa de mim.

Solto a cabeça de Pierre e imediatamente ele vira-se para procurar a voz estranha. Um vinco se forma em sua testa quando encara o pai.

— Ele não o conhece.

E essas palavras parecem desencadear inúmeras lágrimas. O soluço que escapa do corpo de Max me deixa angustiada. Pierre olha para mim assustado e arregalo os olhos, com medo que o menininho comece a chorar também. Todavia, o meu filho torna a olhar para o pai, sem compreender o porquê de tanto desespero, ele se mexe para escapar de meus braços e ir até o homem à nossa frente. Com braços e pernas, Pierre caminha até seu pai, ergue o corpo pequeno e bate na mão que cobre os olhos de Max. O homem ruivo se espanta, fazendo com que o menino caia sentado. Entretanto, o menino não se abala e se aproxima do homem novamente, se erguendo e tocando o rosto com barba por fazer.

— Ele está curioso.

Pierre tenta ficar de pé, porém, ele ainda não consegue fazer essa proeza. Quando o susto passa, Max pega as mãozinhas do filho e o coloca de pé. Pierre sorri. Consequentemente, eu e Max rimos. O nosso filho olha para trás e vejo um sorriso de orelha a orelha em seus lábios. Sinto os olhos de Max sobre mim e quando o meu se encontra com os seus posso sentir a profundidade de sentimentos que reina entre nós.

Max e Pierre passaram o dia brincando. Sim! Essa é uma cena quase impossível de acreditar. No entanto, assisti os dois brincarem com soldados e cavalos durante o resto do dia. Pierre estava animado por ter alguém que conhecia o assunto de homens. E foi divertido ver ele discutindo com o pai, mesmo não sabendo falar.

No fim, nosso filho estava caindo de sono. Então resolvi lhe dar um banho e logo em seguida, Max se prontificou para fazê-lo dormir. Não tive como negar. Em poucos minutos o nosso menino estava respirando profundamente. Max levou-o até o berço e descansou-o suavemente sobre o lençol branco.

— Há tempos não dormia tão rápido. — Max desvia os olhos do filho e me encara preocupado — Os dentes estão nascendo e ele tem estado irritado com a dor.

— Oh!

Silêncio. Tocando cada aresta do cômodo. Deixando a tensão reinar sobre o ambiente. Pego os brinquedos sobre a cama e começo a movê-los para um baú, logo, Max vem me ajudar. Sua proximidade mexe com o meu corpo.

Eu sei dos dias que passou longe de mim e, principalmente, do filho. Contudo, sua explicação foi mais do que suficiente. Presenciei a loucura de Fiona e tenho uma ideia de como essa situação pode ter piorado. O problema em questão, parecia ser sempre o destino. Sempre contra mim.

Sim, era isso. O destino sempre estava contra mim. Em tudo. Me deitei com um homem casado. Me tornei sua amante. Fui deixada de lado. Engravidei quando finalmente me dispus das amarras. E mais uma vez fui deixada de lado, porém, agora com um filho.

No entanto, para tudo se tinha uma explicação, assim como também esses inúmeros acontecimentos foram consequências de erros humanos. Eu sabia o porquê de Max me seduzir naquela noite, hoje compreendia o tamanho da carência que ele sentia, por ter uma esposa, amá-la e não ser amado por ela. Logo depois, quando ele encontrou alguém que lhe desse o carinho que tanto desejou, se achou seguro de por um tempo deixar essa pessoa de lado, acreditando que o sentimento iria reinar eternamente.

É claro que nunca deixei de amá-lo. Entretanto, o seu afastamento ocasionou no meu e ele pôde perceber o quanto tinha errado, e o como tinha me perdido por causa da pouca confiança que construiu.

Nesse momento, não havia culpados. Sabia o quanto Max amava o filho, por isso minha indignação foi ainda maior. Não poderia aceitar o fato do meu bebê ser abandonado. Mas, ninguém tinha culpa do destino ser cruel. Por isso, eu o perdoava pelo o que fez com Pierre. Só que eu sabia, no meu íntimo, que se isso se repetisse Max perderia o contato conosco, pois eu me afastaria por completo levando Pierre comigo.

— Podemos conversar?

Termino de dobrar a roupa suja e ergo os olhos para Max.

— Claro.

Levo a roupa até a borda da banheiro e torno para a cama, sento-me na beirada e Max senta-se à minha frente. Deslizo as mãos pelo vestido para conter o nervosismo e dou um sorriso tímido para Max. Ele devolve o sorriso. Também está nervoso.

— Eu sei sobre Fiona e Renan. — Paraliso os movimentos e meus olhos se arregalam, ele continua — Encontrei-os no quarto, ele estava acalmando-a. Fiquei observando, ele contava sobre como eles começaram a se envolver e todo o resto. Me senti nauseado por ter sido traído na minha própria casa, desde o início de nosso casamento. Contudo, quando vi a forma como Fiona estava, tranquila. Pude perceber que ela não precisa de mim, ela precisa dele. Então, finalmente me senti livre.

Ele pega minhas mãos, planta um beijo e olha no fundo dos meus olhos.

— Eu sei que dei inúmeros motivos para não ter você ao meu lado. E que nunca ofereci muito, mas estou aqui humildemente implorando para que fique comigo. É sabido que viver em um vilarejo tão grande dará más línguas, no entanto, podemos nos mudar para um lugar mais tranquilo, longe dos ruídos da cidade. Nesse lugar, serei seu e de Pierre.

O meu coração se aquece com suas palavras. Uma família? Algo que sempre desejei. Algo que nunca tive de verdade, não com as pessoas que me geraram. Sim, os meus avós eram tudo para mim, todavia, estavam velhos e não sabiam dar o amor que seria de um pai e uma mãe. E agora, uma proposta tentadora é entregue em minhas mãos.

Por que não aceitar? O que me impedia? Todos nós havíamos sofrido por escolhas estúpidas e pensamentos ainda piores. Por que não deixar o amor nos guiar mais uma vez? Por que eu não poderia deixar o amor me guiar novamente?

— Tem certeza do que está falando?

Max sorri.

— Absoluta! Posso procurar propriedades pela manhã.

Engulo em seco.

— Seremos uma família?

— Sim.

Mordo o lábio.

— Não sei como não aceitar.

— Então, aceite.

— Mas eu já aceitei.

Max levanta-se da cama e me ergue em seus braços. Rodamos pelo quarto. Ele me gira, enquanto me controlo para não dar uma risada.

Assim que meus pés tocam o chão, os meus lábios são preenchidos pelos seus e o fogo se alastra. Como todas as vezes que nos tocamos, sempre abrasador. Sophia e Maximus são como a chama ardente, que nunca se apaga.

Roupas são tiradas de forma desesperadora, e pela primeira vez me sinto completamente segura de entregar o meu corpo e meu coração para esse homem. Finalmente me sentia livre para amá-lo de verdade.

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