Capítulo 07
A avó de Tae já o procurava pelo vilarejo há dois dias, junto com a mãe dele. Já estavam quase desistindo quando perceberam onde estavam e o que ouviram.
Ninguém se atreveu a chegar perto da cabana de SeokJin pois sentiram que o alfa estava no cio e não estava só, havia um ômega com ele. Não seria bom mexer com um alfa no cio e foram embora desconfiadas do que TaeHyung estava aprontando.
"Passar o cio com Tae tinha sido maravilhoso, mas agora era preciso enfrentar a realidade, o vilarejo, a avó e a mãe de Tae". – Pensava Jin.
A realidade estava fácil, Tae era seu ômega e agora iria morar com ele, pois era seu companheiro e para sua cabana SeokJin levaria as coisas do mais novo.
O vilarejo, era o mais complicado, dificilmente eles aceitarão a sua presença entre eles e com isso Tae também poderá ser afetado pelos olhares atravessados e julgadores do lugar.
Quando acabou o cio Jin e Tae já estavam limpos, alimentados e descansados. Abraçados no sofá da cabana, Jin falava para Tae que faria tudo à moda antiga, iria até sua família pedir a sua mão para oficializar o que já tinham perante todos os familiares de Tae, mesmo que fossem contra eles já se pertenciam.
- Você sabe que não precisa disso. Já possuo sua marca e estamos no século XXl. – Justificava – se Tae.
-Eu sei ômega, mas o que posso fazer se sou um romântico à moda antiga, do tipo que ainda manda flores.
- Então vamos, não vejo a hora da vovó te ver de perto. Mamãe vai ficar passada, mas a vovó ela morre de medo de você. Elas acreditam nas lendas e crendices desse povo.
- Acho que estou com medo da sua avó. – Jin falava sério.
- Você é um alfa destemido e está com medo da vovó?
- Ela pode me matar envenenado sabia? – Fala Jin com receio da idosa.
Enquanto caminhavam todos olhavam para SeokJin de mãos dadas com Tae. Todos estavam assustados, até mesmo mudavam de direção, outros faziam o sinal da cruz pedindo proteção para os deuses. Tolos e suas crendices mais tolas ainda. Ninguém nunca perguntou a ele o que aconteceu aquele dia, apenas o julgaram e o condenaram a solidão.
Quando chegaram na casa do ômega, Jin nunca sentiu tanto medo na vida. Ele iria enfrentar as duas mulheres que criaram o seu pequeno.
Se ele falasse que se escondeu atrás de TaeHyung, vocês acreditariam? Pois bem, o alfa lúpus temido no vilarejo estava com medo de enfrentar uma alfa e uma ômega.
- Está com medo alfa? Elas não vão te colocar na fogueira.
- Hum... não estou com medo. Apenas te protegendo se algo lhe acontecer.
- Certo, vamos entrar, isso vai ser divertido.
O casal entra na casa e assim que as duas sentem o aroma do alfa se escondem atrás da mesa e vovó pega a vassoura que estava ali perto.
- O que faz com ele? Tae você sabe quem é ele? – Perguntavam para Tae evitando SeokJin.
- Olhos vermelhos, dentes grandes. São para me comer eu sei. – Surtava sua mãe.
- Não é bem a Senhora que ele quer comer mamãe, se acalme.
- Ta...Tae, o que você faz com essa coisa?
- Vovó não fale assim. Ele é meu alfa, é tudo mentira o que falam dele.
- Seu alfa? Como pode isso TaeHyung? Você se entregou a fera?
- Sim, meu alfa e não, eu não me entreguei a ele, eu o convenci a se entregar a mim. Eu o convenci a ser meu.
- Senhora o que contam de mim é lenda. Eu nunca desmenti por que era pura perda de tempo. Amei seu neto desde o momento que o vi quando ainda se escondia atrás das árvores em sua adolescência. Ele era muito jovem e eu nunca cheguei perto dele. Sempre o respeitei e evitei, até ele ir a minha cabana e ficar falando coisas na minha cabeça, tentando me convencer, sendo que nossos lobos se reconheceram primeiro do que minha aceitação. Seu filho era puro e eu o tomei para mim como meu ômega. Estamos marcados e acabamos de sair do cio juntos.
- Mas você não come ômegas?
- Pior que come. – Respondeu Tae atrevidamente com um sorriso no rosto.
- Não fale assim da nossa intimidade. – Jin o repreendia.
- Okay, já entendi que meu neto está feliz. Agora só vou ter que me acostumar com a ideia da fera ser meu neto também. Vocês vão me dar lobinhos maus?
- Um monte se depender do seu neto.
Enquanto tomavam um chá com biscoitos com as duas mulheres Jin então contou sua estória e enfim as duas entenderam o quão errado era ser tratado daquela forma.
- Se alguém da vila falar de vocês dois eu bato com essa vassoura até ela quebrar. – A velhinha apontava para o objeto perto da porta e todos deram risadas de sua coragem.
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