• Anotações em Papel Pólen III
Às vezes, fico me perguntando como ela se sentiu quando o conheceu. Olive me disse que provavelmente foi em uma noite de primavera, quando a lua estava cheia e a floresta silenciosa. Por vezes, Floreen saia à noite para colher plantas e fazer desenhos do céu, ela sempre teve prazer em desenhar o céu. E também, quando ninguém estava olhando, ela gostava de fingir que sabia dançar, pulava e girava, sorrindo e cantarolando as músicas que aprendia com os Gnomos de Jardim.
Será que ela se assustou? Ficou com medo e se escondeu na grama alta? Eu tenho muitas perguntas que terminaram presas na minha garganta. Tudo que sei, é que depois que ela o conheceu, debaixo da árvore que ficava no meio do campo de trigo sarraceno, passou muitas estações indo ali para vê-lo. Foi ele quem a levou para ver o mar, ensinou o nome das estrelas, contou as histórias do velho mundo, foi ele quem realmente lhe ensinou a dançar, algo que ela achava ser impossível até então.
Olive me disse que o viu uma vez. Até então, ela não era capaz de compreender a própria irmã. Foi só quando o viu que ela se deu conta, admitiu para mim com segredo e vergonha, que todas as coisas que aconteceram, foram simplesmente inevitáveis.
Olive acredita nessas coisas. Eu não sei no que acredito. Mas tenho certeza de que ele foi sem dúvida nenhuma, a soma de todos os sonhos que ela jamais desejou sonhar.
— Ryu.
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