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Capítulo 5

T h o m á z

Dirigir a minha moto era um dos meus maiores prazeres. Lógico que o sexo era o primeiro da lista. Mas andar na minha Harley Davidson Street Bob era alucinante. Um dos meus sonhos era poder dirigir pelas estradas silenciosas da Califórnia em um dia de sol escaldante e passar pelas praias calmas até a parte agitada da cidade. Ou à noite, com os faróis ligados e apenas a lua iluminando o resto. Era um pensamento constante, e imaginar fazer tudo isso me motivava a arrebentar alguns caras nas lutas. Eu sabia que o dinheiro não é muito limpo, mas conquistei por mim mesmo. Eu não queria depender da minha mãe. Não mais. Eu já tinha dependido dos meus pais por muito tempo, para fazer tudo na minha vida, mas depois que o meu pai morreu, a minha visão das coisas mudou drasticamente. Com o dinheiro que ele deixou de herança para mim, eu comprei a minha moto e o apartamento, pagando o aluguel do ano todo. O que viesse depois eu faria com o meu dinheiro. Era esse o pensamento que eu tinha.

Mas algumas coisas não vem fáceis assim, e eu só descobri isso quando li no testamento que parte da empresa era minha e a outra, do meu irmão mais novo. Bela merda. A minha mãe sempre foi uma advogada foda. Daquelas que vão no tribunal e dissua qualquer júri ou promotor que tiver uma opinião dos casos. Ela era boa no que fazia. Mas todo o dinheiro que entrava, sustentava o luxo da nossa família, como viagens, carros de luxo, roupas, e casas de verão. Logo que minha mãe constatou que precisava investir em algo, escolheu abrir um escritório de advocacia para estagiários e como meio de fazer algo inteligente com o dinheiro que ela já tinha e que o meu pai deixou, por ser outro advogado fodidamente bom.

Nós éramos realmente fodidamente ricos.

Eu usufruía de todo o luxo, mas diferente do meu irmão nerd, eu era o filho rebelde que só fazia merda na escola. Nunca fui mimado, por incrível que pareça. Meus pais sempre me ensinaram que para você ter algo, você precisa correr atrás , e esse lema só entrou de fato na minha cabeça quando meu pai morreu. Eu gostava de pegar garotas, ir em festas para beber e fumar com amigos do time de hockey. Nunca usei drogas, mas vivia perto de pessoas que não eram exemplos a serem seguidos.

Eu pensava em toda a minha trajetória até aqui quando avistei o majestoso prédio onde era o E.A.S, escritório de advocacia Stanfield . O prédio não poderia ser diferente, com janelas espelhadas que iam de cima a baixo com uma entrada digna de hotel cinco estrelas em Las Vegas. Parei a moto no estacionamento lotado de carros de luxo e tirei o capacete. Eu tinha dito pra minha mãe que não iria com roupas formais, e que nem fudendo eu deixaria de usar minhas calças jeans e jaqueta. Eram praticamente meu uniforme, minha marca registrada.

Desci da moto e segurando o capacete, caminhei até a entrada do prédio comercial. Os seguranças já me conheciam e então apenas acenaram com a cabeça. Diferente das secretárias, claro. Reparei por trás do meu Ray Ban duas delas ajeitando os cabelos antes de fingir estarem concentradas no computador à frente delas. Segurei o riso. Eu sabia que era bonito, e sabia o que fazer com uma mulher. Para deixá-la molhada. E não tinha dúvidas que assim que parasse na frente da bancada delas, as calcinhas ficariam encharcadas demais.

Me aproximei da recepção e percebi a morena corando. Abri um sorriso para as duas.

— Bom dia, garotas.

A loira platinada ergueu os olhos para mim, fingindo inocência, como se não tivesse reparado na minha presença antes.

— Bom dia, senhor Stan...

— Não, por favor, nada de formalidades. Falando assim vocês fazem eu me sentir um senhor de 70 anos — olhei para baixo, analisando o meu corpo, e notei que elas seguiam o olhar — E eu não acho que eu esteja perto de ser um, não?

— C-claro que não,... Thomáz, você... Está longe — a loira corou violentamente e então parou os olhos na minha boca — ... de ser um senhor.

Sorri para ela.

— Me passa um papel e caneta, por favor? — pedi.

— Claro! — ela prontamente pegou um pequeno papel e uma caneta.

Depois que escrevi o que eu queria, entreguei para ela a caneta e empurrei a folha na sua direção, com um sorriso de lado, que eu sabia que afetava as mulheres.

— Te busco às 19h — pisquei para ela e saí como se nada tivesse acontecido, indo na direção dos elevadores.

A cabine estava vazia quando entrei, porém assim que as portas estavam praticamente se fechando, um grito feminino e apressado vindo na direção do elevador e logo a sua mão passando pela fresta das portas automáticas, chamou a minha atenção. Quando olhei quem era, quase não acreditei. Os cabelos castanhos estavam soltos e suas roupas não eram mais casuais, e sim muito formais. A blusa social branca marcava o sutiã que sustentava seus seios e deixava pouco para a imaginação, quando subi os meus olhos e vi que os dois primeiros botões estavam abertos. Puta merda. Eu não podia ter uma vizinha idosa e que usava pantufas, e não gostosa, linda, briguenta, cheirosa, e com cílios longos e naturais que nesse momento, me encaravam?

Quando ela me identificou, quase deixou cair a bandeja descartável com seis cafés, das mãos. O elevador chegou no andar, mas nenhum de nós dois se mexeu.

O que ela estava fazendo aqui?

Será que estava vindo para uma entrevista de emprego? Ou pior, já trabalhava aqui?

Porém, meus pensamentos foram interrompidos por pessoas entrando no elevador, me lembrando que eu precisava sair. Quando pisei no corredor e ela também, sua cara não era nada boa.

— O que você está fazendo aqui, Thomáz? — sua voz rouca natural parecia controlada, como se não estivesse nem um pouco feliz por meu ver ali. Eu não daria o braço a torcer.

— O que você, tá fazendo aqui, Giennah?

Suas sobrancelhas estavam franzidas e o maxilar, travado.

— Eu trabalho aqui.

— No escritório? — Apontei para a grande porta de vidro que tomava todo o andar. Sim, o escritório tinha um andar só dele.

— Sim, mas você ainda não respondeu a minha pergunta.

— E você nunca notou? — perguntei.

— Notei o quê? — sua expressão era mais confusa.

— O sobrenome. Advocacia Stanfield.

Sua expressão focada e natural, sem maquiagem, direcionada para o meu rosto, começou a se iluminar, mesmo que aos poucos, quando tudo pareceu fazer sentido para ela.

— Você é parente da senhora Stanfield?

Ri sarcasticamente da sua pergunta.

— Sou o filho dela.

Sua boca rosada abriu levemente e seus olhos castanhos se arregalaram minimamente em surpresa. Porém, ela rapidamente  olhou no relógio em seu pulso e se agitou.

— Eu tenho uma reunião agora e tô atrasada! Ai, meu Deus! Tá vendo? Você me distraiu e se a senhora Júlia me comer viva, vou culpar o filho dela.

Joguei a cabeça para trás e gargalhei.

— Você acabou de descobrir o ouro na ilha e já quer se aproveitar dele?

Ela ajeitou a bandeja com os cafés nas mãos e começou a andar apressada até a porta. Não pude deixar de olhar para a sua bunda. E me arrependi no mesmo instante. A sua bunda estava marcada pela calça jeans escura apertada enquanto ela rebolava naturalmente enquanto caminhava pela pequena distância até a porta. Seus saltos finos e altos deixaram sua aparência de matar, literalmente. Ela já era uma mulher alta, mas em cima daqueles saltos e com as pernas longas dentro daquelas calças justas, a deixava muito gostosa. Merda. Tudo aquilo estava a uma parede de distância de mim todos os dias e eu nunca tinha olhado inteiramente para ela. Até aquele momento.

Segui seus passos e entrei no escritório. Nós estávamos indo para a mesma reunião, então, já que a minha mãe me chamou para um às 8:30h da manhã.

Quando passei pela porta de vidro, reparei em alguns olhares em mim, e outros que não prestavam atenção, se virarem pela paralisação de outros. Alguns não sabiam muito sobre a história da minha família, e nem sabiam quem eu era, já outros tinham plena noção de quem era o cara desfocado de todos ao redor, entrando em um escritório de advocacia renomado. Sem dar muita importância para isso, caminhei pelo extenso corredor que tinha uma parede fragmentada em hastes de madeira que dividia o corredor do resto do escritório, seguindo a garota que começou a roubar os meus pensamentos. Giennah era o tipo de mulher que me atraía sem nem pensar duas vezes. Seu corpo chama atenção. Seus gestos, seu cabelo, sua altura, seus olhos fortes e expressivos, e um lado que talvez só tenha se revelado para mim, — já que ela cumprimentava todos que passavam por ela, com simpatia — : a garota má. Isso era, sem dúvidas, o que mais me atraiu nela. Desde as suas pequenas cenas desafiadoras, como se pudesse me atingir com seus joguinhos, ela não saía da minha cabeça.

Isso era algo que eu nunca contaria a ela, jamais, mas eu passei a tocar guitarra tarde da noite, só para que ela fosse até a minha porta com a suas roupas casuais e mesmo assim, sexys, e dirigisse sua expressão brava para mim. Eu adorava quando ela ia na minha porta, e não planejava parar.

Saí dos meus pensamentos assim que vi sua bunda entrar na sala de reuniões. Entrei atrás dela e visualizei minha mãe sentada na ponta da mesa, mexendo no computador, e todas as outras cadeiras, menos duas, uma de frente para a outra, ocupadas. Que irônico.

Giennah entregou os cafés apressadamente e então, sentou na cadeira de costas para a ampla janela, deixando então, a outra para mim. Assim que sentei, olhei na sua direção e seu olhar irritado fez meu tesão por ela aumentar mais ainda, então, apenas sorri na sua direção.

Minha mãe pigarreou e se levantou, fazendo todos prestarem atenção na sua figura.

— Bom dia a todos. Vou ser direta para que a reunião não demore mais do que dez minutos e que todos possam voltar para seus trabalhos.

Eu sabia que tava sendo um pé no saco, talvez, e que precisava prestar atenção na minha mãe, mas eu não conseguia quando se tinha Giennah Jones bem na sua frente, concentrada na reunião e com a postura formal demais. Sem me importar, alcancei sua perna por debaixo da mesa com o meu pé e a cutuquei. Notei que seu corpo congelou, mas seu rosto e atenção estavam direcionados para a minha mãe. Ela não daria o braço a torcer. Procurei pela mesa algum objeto e achei uma caneta. Peguei a mesma e fingi deixá-la cair para debaixo da mesa. Fitando o seu rosto, percebi que ela estava prestando atenção em cada movimento meu, até que me abaixei e fiquei cara a cara com as suas pernas cruzadas. Sem pudor nenhum, passei o dedo pelo seu tornozelo. Ela se contorceu na cadeira e pigarreou, fechando mais as pernas cruzadas. Seu pé balançou, me afastando, mas arrastei um pouco mais os dedos para baixo, sentindo sua pele se arrepiar. Notei que minha mãe parou de falar abruptamente e essa era a hora de eu levantar e fingir que nada tinha acontecido. Peguei a caneta e levantei o corpo, encontrando todos os olhares em mim, principalmente de Giennah, que estava com a expressão raivosa no rosto levemente corado. Minha mãe me advertiu com o olhar e eu assenti, informando que podia prosseguir.

— Bom, então, Thomáz, meu filho mais velho, será o novo chefe da E.A.S, mesmo que indiretamente. Eu não virei mais todos os dias, mas ele ficará a par de todos os negócios, já que se formou em administração e dará a maioria das reuniões.

Eu congelei. Como assim chefe do escritório? Eu tinha sim, me formado em administração, mas porque meu pai disse que eu precisava ter noção de como administrar os negócio e não deixar ninguém passar a perna na nossa empresa. Eu não queria isso. Queria apenas fazer as minhas lutas todas as noites e me mudar para a Califórnia. Eu lutava em um galpão clandestino e estava prestes a me tornar chefe de uma empresa de advocacia. Minha mãe olhou para mim com um sorriso de quem diz “nada irá mudar o que eu disser”, e encerrou a reunião.

Instintivamente olhei na direção de Giennah e ela para mim, com os olhos arregalados, compreendendo o mesmo que eu.

Eu não poderia me tornar chefe agora.

Eu sabia que a minha mãe já tinha arranjado tudo para impedir que o que eu dissesse para ela, não mudaria o fato de que agora, esse era o meu novo emprego.

Eu sabia que a minha mãe não aprovava que eu tivesse ido morar sozinho, e me distanciado dela, mesmo que apenas não morava mais sob o mesmo teto que ela e o meu irmão. Ela era a verdadeira mãe coruja, mas eu não iria mais ficar debaixo da sua asa, na casa da sua nova família.

Eu precisava tirar dessa situação alguma coisa boa, para não surtar.

Então, Giennah se levantou da cadeira e caminhou até a porta, com a expressão indecifrável. Desci meus olhos para o seu traseiro, e então sorri.

Ela era a coisa boa dessa situação toda.

Pelo menos agora, eu era chefe dessa mulher que mexeu comigo desde que nos vimos pela primeira vez, e vizinho da dona da bunda mais linda que eu já vi.

Talvez não seja tão difícil bancar o chefão, e talvez eu até goste.

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