Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 45

T h o m á z

Cerrei os olhos na direção de Nicholas ao mesmo tempo em que quicava a bola de basquete na minha mão direita. Ele estava inclinado para a frente, pronto para toma-la de mim, coisa essa que ele tentava fazer na última meia hora desde que começamos a jogar no campo de basquete atrás da casa da nossa mãe. Avancei na direção da cesta, driblando meu irmão rapidamente e mirando a bola com as duas mãos, na cesta. Ri alto quando a bola acertou e enterrou certeiramente. Nicholas xingou baixo e pegou a bola novamente. Fazia tempo que eu não passava um tempo com ele, então aqui estávamos, depois de jogar uma partida de vídeo game. Com o calor que fazia, o suor já encontrava seu caminho por todo o meu corpo e escorria pelas minhas costas. Tirei a camisa e a joguei no banco próximo da quadra e aproveitei para beber um gole de água e jogar uma boa quantidade na cabeça. Juro que eu poderia derreter e me esparramar pelo chão em questão de segundos se continuasse embaixo desse sol.

- Eu já te disse para focar apenas no quadrado vermelho e colocar mais força no braço direito, Nicholas. – Falei, de costas para ele ainda, antes de beber mais um gole de água.

- E eu já disse que esse é o máximo de força que eu consigo fazer. – Retrucou ele com a voz entediada.

Me virei para olhar para Nicholas, mas percebi no mesmo momento que não estávamos sozinhos. Me perguntei, dessa vez sem qualquer tom de brincadeira ou exagero, se era mesmo possível uma pessoa derreter depois de sentir uma corrente de calor pelo corpo com apenas um olhar. Giennah estava parada do lado de fora do campo cercado de basquete. Não sabia mais se minha respiração estava começando a ficar mais ofegante pelo calor ou pelo simples fato de ver a figura dela ali, bem na minha frente. Ela estava vestida de forma informal dessa vez, com calças jeans e uma blusa fina, carregando uma bolsa aparentemente pesada no braço. Ergui a mão em formato de concha acima dos olhos e sorri na sua direção. Ela sorriu de volta e acenou. Olhei novamente para Nicholas que não conseguia acertar uma cesta sequer. Voltei o meu olhar para Giennah e corri na sua direção, atravessando a quadra.

Assim que parei na sua frente, ela engoliu em seco e olhou rapidamente para o meu peito exposto. Eu não queria me vangloriar naquele momento, mas sabia que ela tinha me visto tirar a camisa e jogar água na cabeça. Ela voltou a olhar para o meu rosto e sorriu novamente.

- Olá – começou. – Vim buscar alguns documentos com a sua mãe e ela me disse que você estaria aqui atrás. Vim apenas... dizer um oi.

Eu sentia o meu rosto erguendo um sorriso idiota, mas não me importei. Ela estava ali, e isso era motivo suficiente para o meu coração palpitar.

- Parece que você disse mais do que um oi, agora.

Ela riu sutilmente, provocando de forma automática uma vibração na boca do meu estômago. Às vezes eu me repreendia por parecer tanto um adolescente perto dela, mas eu não podia fazer nada se é essa a reação que se tinha diante de um primeiro amor. Pelo menos foi o que eu aprendi no filme ABC do amor.

- Bom, então eu disse mais do que deveria. Eu preciso ir agora, o dever me chama.

Assenti, querendo falar algo, mas sem saber precisamente o quê. Na verdade, eu tinha uma pequena frase para dizer, que estava presa na minha garganta e que continha apenas três palavras e nove letras. O problema era que eu não tinha mais tanta certeza de tudo como eu tinha há dois anos. Eu precisava de um momento, eu queria cantar para ela novamente, dar a ela a sensação de estarmos em um lugar cheio de pessoas, mas que a única que me importava, que eu olhava e sentia, era ela. Talvez seja isso que eu precise fazer no momento.

- Eu sei que você quase não tem tempo e que sua vida é uma correria, mas você teria um tempo para sair comigo?

Ela piscou, surpresa, e abriu a boca tentando formular uma frase, uma resposta.

- Eu não sei se... – Ela hesitou mais uma vez e fechou os olhos por um segundo antes de abri-los novamente e erguer mais um dos seus sorrisos para mim.

- Eu não sei se vou poder porque... Bem, eu tinha outros planos com uma pessoa.

Dessa vez quem piscou fui eu. Engoli algo que eu não sabia dizer se era ar ou decepção. Senti minha testa franzindo, mas não conseguia tirar essa expressão do rosto.

- Tudo bem, não... não tem problema.

Ela ainda sorria para mim, e eu me perguntava se ela era mesmo a Giennah que eu conhecia, como se estivesse brincando com o meu coração.

- Eu vou ter que ver na minha agenda agora, porque provavelmente eu vou mudar de planos. A pessoa com quem eu tinha planos de sair acabou de me fazer um pedido que eu não esperava.

Franzi mais o cenho, levemente confuso. Ela riu, e se aproximou de mim.

- Eu tinha planos de te chamar para sair novamente, Thomáz. Eu realmente pensei muito, durante essa semana que se passou, em você. E no nosso encontro. Eu queria outro momento como aquele. Mas você sempre foi melhor do que eu quando se trata de aventuras, não?

Minha expressão relaxou instantaneamente conforme eu fui compreendendo a sua brincadeira. Sorri novamente para ela, me aproximando mais um pouco.

- Então você planejava me chamar para sair novamente? E quais eram os seus planos? – Semicerrei os olhos na sua direção.

Ela deu de ombros.

- Não sei, mas restaurantes formais nunca mais. Isso realmente não dá certo para mim. Acho que para você também não. Na verdade, eu só não tinha dito nada ainda porque não fazia ideia do que fazer.

Pressionei os lábios para não deixar escapar alguma piada maliciosa sobre o que poderíamos fazer, e não seria nada formal. Mas estávamos erguendo novamente a nossa confiança e intimidade aos poucos, porque agora eu via claramente o que eu queria que ela demonstrasse: a vontade de querer dar certo. Eu tinha prometido para mim mesmo que não iria mais atrás dela, e sim, ela que deveria me procurar dessa vez quando estivesse pronta, sem pressiona-la. Giennah era importante demais para mim para construir uma relação com falhas e inseguranças ainda, e errar novamente. Dessa vez ou eu a teria ou tentaria dizer para mim mesmo a velha frase de que algumas pessoas aparecem na nossa vida não para ficar, mas para nos ensinar algo. Eu tentaria seguir isso, mesmo que doesse.

- Realmente, restaurante não é o meu lugar favorito no mundo. Mas se você me chamasse e gostasse – dei de ombros – eu iria sem pensar duas vezes.

Ela fechou a boca e se o sol forte não estivesse castigando em cima de nós dois, poderia jurar que o rubor nas suas bochechas tinha surgido pelo que eu disse.

- Bom, eu realmente preciso ir, mas quando você quiser, pode me mandar uma mensagem e eu...

- Na verdade, eu já sei o que poderíamos fazer. Você está livre qual dia?

Ela pareceu pensar e por fim, olhou para mim.

- Na sexta.

Sorri, porque era exatamente disso que eu precisava.

- E no sábado e domingo?

Suas sobrancelhas se ergueram, em surpresa.

- Depois dos dois casos que eu julguei seguidos, o do galpão e o caso de corrupção, liberei esse fim de semana, mesmo que depois eu vá me debruçar em trabalhos. Então sim, estou livre.

- Ótimo. Eu vou te mandar uma mensagem dizendo o que você deve usar, ou levar.

- Então vai ser o fim de semana inteiro?

Assenti com a cabeça, colocando as mãos nos bolsos frontais da calça de moletom, tentando esconder minha excitação em passar um fim de semana inteiro ao lado dela.

Para a minha surpresa, um brilho da Giennah destemida passou pelo seu rosto bonito, junto com um sorriso travesso. Ela desceu os óculos escuros do topo da cabeça e cobriu os olhos.

- Vou contar as horas, então. – Ela aproximou o rosto do meu, fazendo meu coração disparar mais ainda, quase tocando o meu esterno. Seus lábios tocaram a minha bochecha molhada pela água que eu havia jogado no rosto, em um beijo amigável. – Até mais.

Com isso, ela se virou, acenou na direção de Nicholas e caminhou para fora da minha vista. Fiquei parado olhando na sua direção até ela sumir. Eu ainda sentia o toque suave dos seus lábios no meu rosto, como se ainda estivessem pressionados ali.

Ouvi o grito de Nicholas de dentro do campo e saí do transe que eu estava. Com mais energia do que antes, corri de volta para o jogo, roubando a bola do meu irmão e acertando mais uma cesta. Continuei instruindo ele, até que acertasse um ponto, mas com os pensamentos totalmente voltados na mulher com quem eu passaria um final de semana inteiro. Juntos.

...

Sexta-feira chegou mais rápido do que eu poderia imaginar. Fazia apenas três dias desde que eu e Giennah combinamos o final de semana. Havíamos trocado mensagens sobre o que levar e eu especifiquei biquíni, roupa de banho e toalhas principalmente. Ela levaria outras coisas básicas, mas o resto para passar a noite eu já tinha, como cobertores e travesseiros. Eu não contei para ela para onde iríamos, ainda, e ela não pareceu querer saber. Em todas as vezes que saímos juntos, ela foi pega de surpresa, então talvez ela tenha acostumado essa ideia. Não era como se eu fosse dizer, de qualquer forma.

Eu já tinha avisado à minha mãe, que ficou mais feliz do que nunca em saber que iríamos passar um fim de semana juntos. Eu disse a ela para onde eu iria levar Giennah, e seus olhos se encheram de lágrimas no mesmo instante. Era um lugar que eu, meu irmão, meu pai e ela íamos nas férias ou no verão, e era carregado de lembranças boas de infância. Minha mãe logo entendeu a importância que a nossa ida até lá teria para mim, e preparou com antecedência tudo para nós. Ela chamou uma equipe de limpeza que foi ontem, para dar uma arrumada no lugar antes de irmos. Fazia muito tempo que aquele lugar não era utilizado por nós.

Eu já estava no meu carro, dirigindo até a casa de Giennah, na qual ela tinha me passado o endereço, depois de me despedir da minha mãe e do meu irmão. Eu vim para Woodland com a intenção de passar mais um tempo com eles, depois de dois anos longe, mas agora parecia que as horas do dia eram preenchidas novamente por Giennah. O problema era que dona Julia não se importava nem um pouco, e preferia muito mais que o meu tempo aqui fosse passado na companhia de Giennah do que com ela.

Batucando os dedos no volante no ritmo da música, diminuí a velocidade do carro e parei em frente a casa de Giennah. Buzinei uma vez, mas foi o suficiente para alerta-la. A porta da casa branca com telhado preto se abriu e ela passou pela porta. Ela vestia um vestido branco solto de renda e um par de chinelos. Na mão, ela carregava uma bolsa de viagem aparentemente cheia. Desci do carro e a ajudei com a bolsa, colocando no porta malas junto com a minha.

Assim que entramos no carro, o seu perfume, o mesmo de dois anos atrás, preencheu o espaço, tornando o ar carregado de uma nostalgia que era impossível de não reviver por alguns segundos. Esse cheiro... O mesmo cheiro que eu sentia quando enterrava o rosto nos seus cabelos e a envolvia nos meus braços. Me repreendi mentalmente, focando em sair da vaga e dando partida novamente.

Ela suspirou, e se virou para mim. Tínhamos trocado um olá rápido antes de entrarmos no carro, mas agora o silêncio predominava.

- Sem querer parecer ansiosa ou algo assim, quanto tempo vai levar? – Perguntou ela, quebrando o silêncio.

Olhei rapidamente na sua direção antes de voltar a atenção para a estrada.

- Umas quatro horas, por aí.

- Uhg, um pouco longe. Você não vai me levar para uma mata e me sequestrar, vai?

Ri, porque eu tinha me lembrado da sua pergunta quando a levei no parque de diversões uma vez e tapei seus olhos antes de revelar o lugar. Ela me perguntou se eu a jogaria em um penhasco e me revelaria um serial killer.

- Você ainda acha que eu vou me transformar em um assassino e te matar com a minha afiada faca quando você menos esperar?

Ela riu também, antes de tirar os chinelos e levantar as pernas, dobrando-as embaixo do corpo, se virando de frente para mim.

Eu estava com uma centelha de felicidade por tê-la ali novamente, rindo e agindo sem inseguranças comigo. Era algo que eu vinha sonhando, mas não imaginava que na realidade seria mil vezes melhor. Era uma sensação boa, como correr e alcançar o primeiro lugar depois de muito tempo treinando, suando e sonhando com o tão esperado primeiro lugar.

- Qual é? Você não pode me culpar. Eu fiquei três vezes mais desconfiada depois que peguei casos de homicídio. E antes mesmo eu já era desconfiada, você sabe.

Olhei para ela, captando um sorriso aberto e genuíno nos seus lábios.

- Sim, eu sei.

Uma música começou a tocar no rádio do carro, e Giennah perguntou se poderia aumentar. Assenti e R U Mine? de Arctic Monkeys preencheu os nossos ouvidos. Ela começou a balançar a cabeça, e assim que o sinal ficou vermelho, olhei para ela. Ela cantava a música, e a letra não poderia ter me feito ficar mais alerta. Ela tinha se virado para a janela, e batucava com as mãos nas pernas cruzadas.


Anos mais tarde, ela é um raio de esperança
Cavaleira solitária cavalgando em um espaço aberto
Em minha mente, quando ela não está ali ao meu lado
Eu fico louco, pois não é aqui onde eu quero estar


Ela virou o rosto em um rompante na minha direção, cantando ainda, me incentivando com um aceno de cabeça. Eu não tinha escolha a não ser murmurar a letra daquela música, como se ela não mexesse comigo.


E a satisfação parece ser uma memória distante
E eu não consigo evitar, tudo que eu
Quero ouvi-la dizer é: Você é meu?
Bem, você é minha?
Você é minha?
Você é minha? Certo

Ela sorriu, captando o mesmo que eu, mas precisei voltar a minha atenção para a estrada quando o sinal ficou verde novamente. Ela ainda cantarolava, ainda se mexendo no ritmo da música.


Acho que o que quero dizer é que preciso do fundo do poço
Fico imaginando encontros, desejados por vidas inteiras
Injusto não estarmos em algum lugar nos comportando mal por dias
Em uma grande fuga, perdendo noção do tempo e do espaço
Ela é um raio de esperança, escalando meu desejo

Me virei para ela novamente, vendo seus cabelos voarem conforme o vento entrava pela janela e bagunçava levemente os seus fios.

- Preciso dizer, querida, que na verdade, estamos indo para um lugar nos comportar mal por dias. – Ela se virou para mim, sorrindo pelas minhas palavras que contradiziam a música que tocava no rádio – Em uma grande fuga, perdendo a noção do tempo e do espaço.

Ela sorriu mais ainda, erguendo a mão e apoiando na minha coxa.


E a emoção da perseguição segue de maneiras misteriosas
Portanto, no caso de eu estar enganado, eu
Só quero te ouvir dizer: Você me tem, querido
Você é meu?

- E você sabe que me tem, não sabe?

Olhei para ela, antes de acelerar o carro pela estrada deserta.

- Eu sempre soube.

...

Quatro horas mais tarde já estávamos entrando com o carro pelos portões de ferro preto do local. Eu tinha apertado um botão no controle que minha mãe tinha me dado, e as grandes barras de ferro imponentes se abriram para nós. Giennah observava tudo, talvez tentando adivinhar onde estávamos, ou se perguntando de verdade dessa vez, se eu não planejava sequestra-la e mantê-la sob cativeiro em uma cabana abandonada na mata. Bem, eu planejava sim, sequestra-la, mas no bom sentido, e apenas por dois dias e meio.

As árvores do caminho até a propriedade eram cheias e estavam em todo o percurso. O local era bem arborizado e eu costumava me embrenhar por trás dos grandes arbustos, me escondendo em uma brincadeira com os meus pais e o meu irmão. Eram lembranças boas, mas que não doíam menos por isso. Vir aqui hoje foi como uma forma de me abrir mais com Giennah, mostrar outro lado da minha vida, um lado que eu ainda não revelara para ela, e eu sentia que ou eu faria isso agora, ou nunca mais teria coragem. Mas vir também significa ter um momento de paz que não encontraríamos longe do litoral de Woodland.

Quando as árvores foram diminuindo conforme avançávamos, e o que eu queria que ela visse foi se revelando, Giennah levou as mãos à boca, em surpresa.

- Thomáz, isso é...

- Incrível?

Ela se virou para mim, ainda com a boca aberta e os olhos sorridentes.

- Surreal.

Sorri para ela, levando a minha mão até o seu rosto e acariciando a sua pele com o meu polegar.

- O melhor disso é que você está aqui comigo. Isso sim é surreal.

O sorriso se fixou nos seus lábios, e ela aproximou o rosto do meu, fazendo alguns fios do seu cabelo tocarem na minha bochecha. Seu nariz tocou no meu e ela roçou, em uma pequena carícia que me fez delirar por um instante.

- Você nunca deixa de me surpreender, não é, Stanfield?

Sorri, erguendo a mão e tocando o seu rosto novamente, aproximando os meus lábios dos seus.

- Eu te levaria até as estrelas se isso fizesse você sorrir, Jones.

Ela fechou o espaço entre nós, colando os meus lábios nos seus em um toque suave. Nesse instante, eu sabia que eu nunca conseguiria viver sem Giennah Jones na minha vida novamente, porque ali, com os nossos sorrisos nos impedindo até mesmo de darmos um beijo, eu tive a certeza que ela era capaz de me levar ao céu, mesmo pertencendo ao inferno quente e tentador, capaz de me queimar. O problema era que eu estava em chamas desde o dia em que eu conheci essa mulher no apartamento ao lado, e não tinha intenção nenhuma de escapar.











Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro