Capítulo 39
Hoje mais cedo eu postei o capítulo 38. Caso você tenha recebido esse agora e não viu o 38, já deixo avisado ;)
G i e n n a h
2 meses depois
Dou uma voltinha e solto uma gargalhada para a minha mãe.
- Então? Como estou? – Pergunto para ela.
Ela sorri e estende os braços para mim, me vendo de cima a baixo.
- A madrinha mais linda desse casamento com certeza.
Ela ergue os olhos marejados para mim.
- Só não está mais radiante do que no dia da sua formatura. Você estava tão linda, filha.
Sorrio para a minha mãe, me lembrando de um mês atrás, o dia em que vesti a tão estimada beca e peguei o meu diploma. Foi sem dúvidas o dia mais feliz da minha vida. E eu chorei muito também, o que não favoreceu para ser comparada com agora. Mas eu estava muito envolvida nos parabéns, jogar o capelo para o ar, e sorrir mais que o Coringa, do que se eu estava realmente bonita ou não.
- Bom, se você diz, então eu não acredito.
Ela arregala um pouco os olhos para mim.
- Mas como?
- Vocês mães sempre veem mais beleza onde não tem.
- Giennah!
Rio da sua expressão, e ela me acompanha, até eu ver o olhar da minha mãe se voltar para trás de mim. Seu riso de segundos atrás some, dando lugar a um sorriso forçado para atrás de mim. Quando me viro, meus olhos encontram olhos verdes cautelosos. Kieran está parado a uns dois metros de distância de onde estamos, e olha para mim com as mãos nos bolsos. Engulo em seco, pega pela surpresa. A última vez que eu o vi foi na formatura, mas não nos falamos, mesmo eu sabendo que ele olhava para mim. Sempre planejamos nos formar juntos, passar todo o tempo da formatura como um casal apaixonado. Depois, faríamos uma viagem para comemorar nossa pequena grande vitória. Agora, tudo não passa de uma lembrança distante de dois jovens que sonhavam, mas que não sabiam o que sentiam. Duas pessoas que não sabiam controlar e nem compartilhar de forma proporcional, o sentimento que os envolvia. Ele continua olhando para mim, sem soltar uma palavra. Sinto um aperto de leve no braço e então minha mãe se afastar. Continuo o encarando, esperando. Ele se aproxima devagar, ainda com cautela. Eu não faço ideia das vezes em que esperei por esse momento. Por mais que eu tenha impedido ele e suas desculpas há alguns meses quando estava com Thomáz, eu queria ouvir o que ele tinha a dizer. Queria saber o significado de tudo o que aconteceu no nosso relacionamento. Tudo o que ele fez. Porque eu já sabia o que eu tinha feito. Eu dei todas as cartas de uma vez para ele. Eu o amei por inteiro, quando ele me amou só pela metade. Eu confiei, quando deveria ter um pé atrás. Eu deixei que ele se sentisse confortável quando não me dava explicações, sendo que eu me sentia cada vez menor por não sentir o mesmo conforto que eu dava a ele. Eu não permiti que tivesse espaço nenhum entre nós, quando deveríamos ter dado espaço um para o outro. E o pior de tudo: eu me entreguei de uma vez para ele, acreditando que amores de conto de fadas existiam. E então eu me afastei do homem que eu realmente amo, para poder construir de volta a pessoa que eu fui. Peguei aos poucos a confiança que eu dei a Kieran. Peguei o amor, o coração, o desejo e a verdade, e juntei tudo novamente. No meu tempo. E agora eu sinto que consegui juntar tudo novamente. Só que eu não sou a mesma. Sou a versão mais dura, costurada, de tudo o que eu fui. E eu não poderia estar melhor com isso. Porque agora, olhando para Kieran, eu vejo que estou pronta o suficiente para ouvir e ser ouvida por ele.
- Oi. Como você está? – Ele começa, parado a uns cinquenta centímetros de distância de mim.
Sorrio, tranquila.
- Muito bem. E você, como está?
- Bem também. Eu... – vejo ele engolir em seco e desviar os olhos, para logo voltar a visão para mim. – Eu vou ser pai.
Pisco. Nenhuma força de vontade, nenhuma confiança, poderia ter me preparado para esse momento. Sinto meu coração pesar no peito, como se estivesse se rebelando. Olho para ele, ignorando a minha memória que retrocedeu todos os momentos em que planejávamos o nosso futuro. Um futuro que para mim não passava de sonhos distantes.
- Parabéns, Kieran. Fico feliz por vocês. – Cruzo as mãos na frente do corpo.
- Obrigado. Bem, e... queria falar com você. Será que podemos? Em outro lugar?
Concordo com a cabeça. Caminho até o lado dele e vamos até um canto reservado do espaço fechado. O casamento seria realizado em uma casa própria para isso, aberta, mas com espaços cobertos. Nós sentamos no muro baixo que cercava um jardim de inverno.
Ele respira fundo antes de começar.
- Eu nunca tive a oportunidade para dizer tudo o que eu queria. Na verdade, quando eu reuni coragem, você não me ouviu, e eu entendo. Nem eu queria me olhar na cara depois do que eu fiz com você. – Ele olha para mim, focando nos meus olhos, transmitindo toda a sua sinceridade. – Eu errei, Giennah. Eu sei que eu errei com a pessoa mais importante da minha vida, que era você. Eu me envolvi em muitos problemas, e tudo começou a virar uma bola de neve. Minha vida virou um caos, mas eu não queria te arrastar para isso junto comigo. E saiba, o mais importante, eu te amava. Não duvide disso. O tempo que passamos juntos, foram os melhores da minha vida. Eu não queria acabar com isso trazendo os problemas que eu mesmo estava criando, para a sua vida.
- Por que, em algum momento, você decidiu não dividir os seus problemas com a sua namorada, Kieran? Eu via, toda noite, você chegar em casa machucado, esperando, com medo, e você nunca dividia comigo. Eu tinha que limpar os seus ferimentos, cuidava de você, mas não merecia uma explicação? Até hoje eu não sei o que aconteceu. Eu errei, Kieran. Eu errei quando eu permiti que você me privasse da dor. Porque você me causou mais dor ainda. Nós não tivemos diálogo. Eu poderia te ajudar, e então poderíamos ter resolvido isso juntos. Eu não era fraca, Kieran. Eu poderia ser até mais forte do que você, já que você não demonstrava nem fisicamente que era mais forte do que eu.
Ele desviou os olhos, atingido pelas minhas palavras. Depois de engolir em seco novamente, ele volta a olhar para mim.
- Eu nunca pensei que você fosse fraca, Giennah. Você sempre foi mais forte que eu, mais intensa que eu. Você via as coisas com mais clareza do que eu. Eu nunca imaginei que você fosse se manter tão forte depois que eu terminei com você. E mesmo assim você seguiu em frente, não importando o mal que eu tinha te causado. Vendo agora, acho que você ficou ainda mais forte.
- Não leve o crédito por eu ter estado mais forte ou não, Kieran. Se eu enfrentei o que eu tive que enfrentar, foi porque eu só tinha a mim, mais ninguém. Eu até poderia me atirar no colo de alguém, mas eu preferi ficar sozinha. E eu descobri que era melhor do que aquilo, melhor que a minha dor. O nosso término foi o gatilho, e não a solução.
Ele concordou com a cabeça.
- Eu sempre admirei isso em você, de qualquer forma. E foi por isso que eu não queria que você visse o quão merda eu me transformei. Eu queria que a imagem que tínhamos de um casal que tinha sonhos, não sumisse. Eu queria resolver os meus problemas, e depois poderíamos seguir. Mas eu fui ingênuo. Eu... – Ele suspira antes de continuar. – Tudo começou quando eu comecei a fumar maconha. Eu andava muito estressado por causa da faculdade, e queria alguma coisa para relaxar. Depois, eu entrei para os jogos ilegais. Eu fui na ambição de conseguir dinheiro para o nosso futuro, mais especificamente, uma casa. Então, em um dia qualquer, um cara da faculdade, que também fumava comigo as vezes, me convidou para participar, e eu fui, já que ele disse que ganhava muito dinheiro. E toda noite, depois da faculdade, eu ia para lá.
- No começo você dizia que ia ficar na biblioteca da faculdade – lembro.
- Sim, eu dizia isso. Até não ter mais desculpas por causa dos machucados que eu recebia. Mas isso foi depois. Então em um dia, o prêmio da mesa seria um apartamento.
Prendo o ar. Nervosa, já sabendo o que isso significava.
- Foi o jogo mais importante, porque eu queria aquela casa para nós dois. Então eu ganhei. O cara que apostou, disse até que eu poderia escolher. Então eu disse para você que iriamos comprar a casa e você poderia escolher entre as que eu tinha te mostrado. E então nos mudamos. Passamos alguns meses lá.
- E você não deixou eu dividir os custos do pagamento do apartamento... – Digo, começando a entender. – Mas você continuava chegando machucado.
- Sim, porque eu já estava muito envolvido nos jogos. Queria cada vez mais. Eu jogava toda noite, querendo mais dinheiro para nós dois depois da faculdade. Só que eu bebia também, e então quando perdia dinheiro, ia pra cima dos caras e eles batiam em mim. E então eu perdia mais dinheiro, mas continuava jogando na esperança de ser meu dia de sorte. Mas eu não ganhava mais. E então, bêbado, eu apostei o apartamento que nós ganhamos. Eu tinha certeza que dessa vez eu ganharia. Não sei como eu pude ser tão tolo. E pra minha surpresa, eu perdi. Eu tentei dizer que poderia dar outra coisa, mas eles não queriam saber. Eu estava sendo ameaçado para sair da casa, Giennah. Eu não podia deixar você se afundar comigo. Não depois de tantas coisas que você começou a planejar. Eu não queria tirar os seus sonhos de você. Eu não podia. Porque eles também eram os meus sonhos, e eu já tinha perdido todos eles. Não queria que o mesmo acontecesse com você.
Percebo que meu rosto está molhado pelas lágrimas, quando sinto uma gota pingar na minha mão que está no meu colo.
- E aquela garota que você levou na semana seguinte para o apartamento?
Ele enxugou as próprias lágrimas também, e olhou para mim, com as sardas mais vermelhas do que nunca. Ver aqueles pontinhos no rosto dele novamente fez algo se mexer dentro de mim, e mais uma lágrima escorrer. Todos os exatos 95 pontos que cobriam a sua face ardiam para mim.
- Ela é a Olivia, irmã de um dos estudantes da faculdade que também frequentava os jogos. Ela acompanhou ele uma vez, e bom, nos conhecemos. Antes que você pergunte, sim, eu ainda estava com você. E isso me dói até hoje, Giennah. Eu juro. Eu não sei o que aconteceu comigo. Quando eu vi a Olivia pela primeira vez, eu... eu não sei, eu senti alguma coisa, conexão. Uma coisa parecida com o que tivemos. E começamos a conversar. Eu ainda te amava, mas também comecei a amar a Olivia. Ela conhecia o dono dos jogos, e conseguiu convencer ele a me dar mais tempo com o apartamento. Eu juro, Giennah, eu não sei explicar... quando eu a vi...
- Você se perguntou onde ela estava esse tempo todo. Você sentiu algo crescendo em você no mesmo momento. Como se estivesse prestes a te engolir, te dominar inteiro. Algo que te assustava só de imaginar o quão grande é aquilo dentro do seu peito?
Ele me encarou, com dor.
- Exatamente. Foi isso o que eu senti.
Sorri, mesmo que tenha sido difícil fazer isso.
- Eu sei o que você sentiu, Kieran. Agora eu sei.
- Você encontrou alguém?
Desviei o olhar dele, pensando no dono do meu coração e dos meus pensamentos.
- Sim, eu encontrei.
- E onde ele está? – Perguntou Kieran, analisando o salão.
- Onde deveria estar. – Sinto novamente o peso no coração, lembrando da cena dele beijando outra pessoa.
- Ela é a mãe do seu filho? – Pergunto, me virando para ele.
- Sim, é ela.
Sorrio novamente, dessa vez mais fácil do que antes. Pouso minha mão em cima da de Kieran, sentindo seu calor novamente, depois de muito tempo.
- Que você seja feliz, Kieran. Da mesma forma que eu sou.
Ele sorri também e aperta a minha mão.
- Eu também espero que você seja feliz, Giennah. Da mesma forma que eu sou. Não existem palavras para me desculpar com você por tudo o que eu te fiz passar. Por ter te traído, de todas as formas, mentido. Eu sinto muito. Sinto por não ter sido o homem que você esperava.
- Eu te perdoo, Kieran. Por tudo. Não se preocupe. Eu aprendi a me perdoar também. Então eu sei que estou pronta para virar essa página.
- Será que eu posso te dar um abraço? – pergunta ele, um pouco hesitante.
- Claro que sim.
Assim que nos levantamos, nos aproximamos um do outro, e nos abraçamos. Ele me apertou contra si, algo que era tão vago na minha memória. Ouvi um suspiro vindo dele.
- Eu ainda te amo, Giennah. Nunca deixei de te amar. Você é um daquelas pessoas que não conseguimos deixar de admirar.
- Eu também nunca deixei de te amar, Kieran. Amor não significa mais o que eu pensava que era. – Me desfaço do seu abraço. – Amor significa respeito, gratidão, admiração. E é isso o que eu sinto por você agora.
Ele sorri novamente.
- Você sempre foi tão sábia. – Ele ri. – Eu sinto o mesmo tipo de amor por você.
- Kieran? – Nos viramos para uma voz que vem de trás dele. Uma garota que não parece ser mais velha do que eu, de cabelos castanhos, se aproxima. Ela ostenta uma grande barriga de grávida por baixo do vestido esvoaçante.
- Olivia, essa é Giennah. – Diz Kieran. Vejo pelo olhar dela, que ela sabe exatamente quem eu sou.
Ela sorri, em compreensão, e me cumprimenta com um beijo no rosto.
- Prazer em te conhecer, Giennah. Ouvi falar muito de você. E também te vi na formatura. Parabéns.
- Obrigada. E fico feliz pela família de vocês. Parabéns.
Olivia acaricia a barriga, na qual há um serzinho que carrega metade de ambos. Sorrio para isso, sentindo as lágrimas ameaçarem novamente.
- Obrigada.
Kieran se aproxima de mim.
- Parabéns por ontem. Eu sei o quanto se formar em Direito era o seu sonho.
- Eu digo o mesmo, Kieran.
Ele acena com a cabeça e se aproxima de Olivia, que sorri para mim, e se afastam. Permaneço mais um tempo refletindo tudo o que acabou de acontecer. Toda a verdade que foi jogada na minha frente. Eu me sentia feliz pelo que acabou acontecendo com Kieran, feliz por ele ter me contado a verdade e por ter me libertado das mentiras que anuviavam a minha cabeça e o meu coração desde que nos separamos. Sinto o coração mais leve, mas ainda assim com um vazio. Eu sabia o que isso significava, mas assim como eu aprendi, era necessário tempo até preenche-lo novamente. Me virando para o altar, no qual os convidados já estavam começando a se acomodar, caminho em cima dos saltos, firme, com o rosto livre de lágrimas. Encontro minha mãe, e ela me abraça sem dizer nada. Agradeço por isso.
Minutos depois, a música que anuncia a entrada do noivo, começa a tocar, até Josh chegar no altar. Em seguida, a música das madrinhas e dos padrinhos. O padrinho de Aby, que é o primo dela, me oferece o braço, e então caminhamos até o altar. Eu reflito tudo, vendo minha posição naquele momento. Tudo estava bem, eu tinha chegado até aqui. Finalmente o casamento dos meus melhores amigos estava acontecendo. Quando nos posicionamos no altar também, foi a vez da madrinha e do padrinho de Josh. Kieran estava com o braço entrelaçado no de Melanie. Ele olhou para mim e piscou o olho. Sorri para ele e pisquei também. Trégua. Era isso que esse gesto significava. Logo começou a tocar a música da noiva, e Aby apareceu, linda, no vestido branco e o véu aberto atrás dela. Ela estava radiante, sorrindo e olhando fixamente para Josh. Por um momento, eu me imaginei no lugar dela, e me perguntei se isso algum dia aconteceria comigo. Se eu estaria tão confiante olhando para o homem que eu amava enquanto caminhava até ele. Era literalmente o caminho para a felicidade.
Ela chegou até Josh, entregou o buquê para mim e Josh lhe deu um beijo na testa, tão radiante quanto ela. Toda a cerimonia correu linda e emocionante, até a fala do beijo. Josh a beijou com ternura, e nós batemos palmas para eles. Enxuguei uma lágrima que escorria, e eu já nem sabia como estava o meu estado depois de tanta lágrima.
Depois que os noivos saíram correndo pelo tapete vermelho, fomos atrás. E então começou a festa. Aby estava tão feliz que era difícil dizer quando o sorriso em seu rosto iria sair. Me misturei em conversas, amigos, comida e bebida. O mais novo casal dançou e então aplaudimos.
- Chegou a hora do buquê! Vamos ver quem vai ser a próxima a se casar. Rapazes, fiquem de olho no seu par! – Gritou Aby.
Eu me enfiei no canto, longe do mar de mulheres exaltadas, como peixes quando jogam comida na água.
- Vá, filha. Vai que você tem sorte?
Me viro para a minha mãe.
- Sorte, mamãe? Eu não planejo me casar tão cedo. Não, eu não preciso disso agora. Prefiro que alguma desesperada pegue.
- Não seja boba, Gie. Vá.
Forçada pela minha mãe, e um severo olhar do meu pai, que estava calado ao lado dela, fico parada um pouco mais atrás delas. Como quem não quer nada. Eu só estava ali por causa da minha mãe. Eu não tinha intenção nenhuma de pegar o buquê. Aby contou até cinco, e então jogou as flores, que voou pelos ares, atravessou o mar de mulheres com as mãos erguidas, e parou nas minhas mãos. Mas que porra é essa?
Encarei o buquê nas minhas mãos, e em seguida, com os olhos arregalados, olhei para as mulheres injustiçadas. Abri a boca para falar alguma coisa, mas nada saiu. O que eu iria dizer? Um desculpa, não foi a minha intenção? Ou, será que pode jogar de novo? Acho que caiu nas mãos erradas. Mas eu continuei parada, com a minha melhor amiga pulando de alegria. Em um impulso, empurrei o buquê para os braços da primeira mulher que eu vi na frente, sorri para elas, e caminhei até uma mesa e me sentei. Isso tinha sido a gota d’água para as minhas lágrimas hoje. Eu estava cansada de chorar de emoção, e provavelmente tinha usado todo o meu estoque de hoje. Senti minha mãe se sentar do meu lado, mas não olhei para ela.
- Isso pode ser um sinal, filha. Como também pode não ser. Não pense demais. Curta a festa. Deixa que os problemas do coração, são sempre resolvidos, de qualquer forma.
Concordei com a cabeça, e peguei a taça de vinho que estava na minha frente, virando tudo.
- Você tem razão.
Com isso, me levantei, tirei os saltos, e me juntei às pessoas na pista de dança. Naquele dia, eu tinha chorado, sorrido, ri, fiquei feliz. Carreguei muitos fardos, mas ainda estava ali. E eu sabia que ainda carregaria muitos. Esse era só o começo.
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