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Capítulo 31

G i e n n a h
Véspera de Natal

Eu sempre fui uma negação em arrumar malas, mas dessa vez eu tinha me superado. Eu juro que me senti em uma cena de missão impossível, já que eu tinha que correr se quisesse chegar ao aeroporto a tempo. Dessa vez não iria de carro, já que Josh e Aby iriam junto. Eu simplesmente não consegui decidir entre meus amigos e minha família dessa vez, então resolvemos ir até meus pais. Todos juntos. Sem deixar ninguém de lado. Já tínhamos feito isso antes, mas como casal. Dessa vez seria eu comigo mesma, e minha amiga com o noivo. Nem tudo sai como esperamos, mas não significa que seja ruim. Mas eu não posso evitar pensar em como seria ir com ele para a casa do meus pais passar o Natal. Apresentá-lo para eles, ver os dois preparando o churrasco enquanto eu e minha mãe arrumássemos a mesa do lado de fora da casa. Essa era a parte ruim, na verdade. Pensar no que poderia acontecer se eu não tivesse escolhido o caminho mais difícil. Se eu não fosse tão insegura.

Coloco mais uma blusa dobrada na mala enquanto me perco em pensamentos. E se eu estivesse fazendo essa mala para outro lugar? Para onde eu mais queria fugir, mas não queria admitir? E se eu largasse tudo e fosse atrás dele? E se eu simplesmente não ligasse para todas as minhas incertezas e fosse atrás do cara que eu amava? O cara que eu senti em poucas semanas algo que nunca fui capas de sentir em anos com alguém?

O cara que disse que me amava.

Fecho os olhos, mas não consigo controlar que as lágrimas escorram. Pressiono os lábios, tentando impedir o choro. Meu coração acelera, e consigo pensar em apenas uma coisa: saudade. Abro a boca e solto o ar com força. Eu consegui passar esses últimos seis meses sem pensar demais em Thomáz, mas o meu coração não tinha esquecido dele nem por um minuto sequer. Merda.

Um lampejo de sanidade passa pela minha cabeça e penso que ele está seguindo com o sonho da vida dele, e eu, construindo o meu. Isso nunca daria certo, Giennah, penso. Nós dois temos objetivos de vida diferentes, em cidades diferentes. Balanço a cabeça e volto a arrumar as minhas coisas.

Coloco mais algumas roupas dobradas com um pouco mais de pressa, e fecho a mala. As rodinhas fazem um baque no chão quando a desço da cama, e a puxo até a entrada. Verifico minha bolsa, e saio de casa, correndo para o elevador. Deixar a mala para última hora era minha especialidade, e me atrasar, o meu charme especial. Assim que desço para o térreo, puxo a mala até o táxi que me espera.

Já dentro do carro, o instruo para o aeroporto, e olho pela janela enquanto ele dá partida. Suspiro e fecho os olhos. Daqui a algumas horas estarei com minha família e meus amigos comemorando o Natal, e eu precisava focar apenas nisso.

Mas eu simplesmente não conseguia.

O aperto no meu peito, quase como uma intuição, dizia que esse era o caminho errado, que não era o que eu queria. E era verdade. Mas eu já não sabia o que eu queria de fato. Eu me perdia nos meus próprios pensamentos, desejos, sem saber mais o que era melhor para mim, sem saber se o que eu estava fazendo era o certo. Eu só queria que algo me dissesse qual caminho eu deveria seguir. Uma seta, uma solução, um sinal... Algo que confirmasse que eu estava fazendo o que deveria ser feito. Se ir em busca do meu sonho era certo ou errado, se ir atrás de Thomáz era uma opção, ou se deixá-lo ir era a melhor decisão.

Eu tentava seguir o que eu tinha dito a ele sobre ficar com outras pessoas, mas desde que ele foi embora, ninguém me atraiu mais do que ele. Ninguém chamou a minha atenção, porque não eram aquelas pessoas que eu queria. E lá no fundo eu sabia que cometer uma loucura de largar tudo era o que eu mais queria fazer. Mas nem sempre o que você quer, é o certo a se fazer, e era isso que estava me matando. A forma mais fácil de descobrir seria cometendo essa loucura e ver no que dava. Mas e se eu estivesse perdendo tempo? Ele estava seguindo o sonho dele porque eu mesma impedi que algo entre nós florescesse.

As dúvidas e perguntas me perseguiam, mas eu não fazia nada a não ser viver um dia de cada vez, enquanto ele segue com a vida dele. Fecho os olhos, e suspiro. Quando abro os olhos, grunho frustrada, fazendo o motorista olhar para mim pelo retrovisor, em repreensão. Com um sorrisinho sem graça para ele, volto a olhar para a janela. Vejo a cidade ficando para trás e as pessoas passando. Percebo que o motorista liga o rádio e aumenta o volume. Continuo olhando através da janela, quando a voz feminina soa pelo rádio:

’A procura por motocicletas é a atração mais esperada no final do ano na região sul da Califórnia. Por aqui, o clima quente de dezembro atrai turistas de diversas partes do mundo para aproveitar o melhor da cidade: as praias...’’

Eu já tinha saído do canto da janela e voado para o espaço entre o banco do motorista e do passageiro para ouvir melhor a mulher do rádio. A partir do momento em que eu ouvi Califórnia e motocicletas na mesma frase, meu coração parou. Não seria possível. Ou seria? Será que esse era o sinal que eu havia pedido? Que eu precisava ouvir? Seria possível que o destino era tão imprevisível assim? Eu não sabia a resposta, mas eu não poderia deixar esse sinal ou o que quer que fosse, passar batido.

- Acelera o carro! Agora! – gritei para o motorista que se assustou com o meu grito repentino, e pisou mais fundo no acelerador. Era melhor mesmo que ele ficasse assustado, porque eu não queria nenhum sinal de que eu estava prestes a cometer uma loucura. Eu não queria pensar. Não agora. Eu já tinha pensado demais. Era hora de agir. De fazer o que o meu coração maluco e apaixonado me pedia desesperadamente.

Com pressa, acessei o site de passagens de avião e procurei pelo voo mais próximo para Los Angeles. Lembro que ele me disse que tinha ido para lá. Apenas isso, mas não fazia ideia de onde ele poderia estar. Isso não era problema para agora, e sim mais tarde. Comprei uma passagem para daqui a quarenta e cinco minutos, o que aumentou ainda mais o meu desespero.

- Onde estamos? – perguntei ao motorista, esbaforida.

- Há vinte minutos do aeroporto, s-senhorita. – O senhor gagueja pela minha pressa, mas continua acelerando.

Olho pela janela, e vejo a movimentação lenta do trânsito.

- Merda, não vai dar tempo. – Falo para mim mesma.

Já que eu estava simplesmente agindo por impulso e sem pensar, mandei que ele parasse o carro e abrisse o porta-malas. Com nervosismo, o pobre motorista fez o que eu pedi. Joguei algumas notas de dólares para ele e pulei para fora do carro. Depois de pegar a mala, corri no meio dos carros, quase sendo atropelada por uma bicicleta. A mala de rodinhas não estava me ajudando, por isso ergui a mala e comecei a correr com a mesma debaixo do braço igual uma doida.

Percebi que o motorista tinha se equivocado quando cheguei no aeroporto pouco mais de dez minutos. Eu devo ter deixado o homem nervoso. Correndo mais do que nunca, fiz o check-in no aeroporto e despachei a mala. Faltando cinco minutos, eu estava finalmente dentro do avião.

Em um voo para Califórnia, e não para Portland.

Eu não avisei a ninguém enquanto o avião levantava voo.

Eu não tinha noção de como seria a reação dos meus pais e de Aby e Josh. Eu não queria pensar neles. Eu queria, pela primeira vez depois de anos, agir com a emoção e não com a razão.

Olhei para a tela no banco a minha frente e conferi a hora: 00:00.

Sorri para mim mesma e desabei no banco, com um sorriso maior que a minha cara. Mais um sinal.

Olhei pela janela do avião e vi a cidade ficar cada vez menor.

Olhando para o céu escuro e vazio, sussurrei, mais feliz em cometer essa loucura, do que nunca:

- Feliz Natal, Thomáz.




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