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Capítulo 21

G i e n n a h

Eu poderia fazer de todo o caos que estava a minha vida, em um sentimento melancólico e filosófico. Mas eu havia chegado em um patamar, que frases motivacionais e nomes para sentimentos angustiantes no peito, não tinham mais relevância, até porque eu já tinha tirado a prova de que sentimentos não foram para ser entendidos, mas como o próprio nome, são para ser sentidos. Mas por outro lado, eu invejava quem os entendia. Eu os invejava, porque quem os entende, não faz merda, o que provavelmente foi o que eu fiz. Eu não deixei alguém chegar tão perto do meu coração como eu tinha deixado Kieran chegar, mas porque eu sinto que Thomáz não chegou, e sim atravessou toda e qualquer barreira que eu havia construído? Foi tão pouco tempo... Isso não seria possível, ou seria? Esse é o problema de começar a pensar nos problemas: você começa a ficar melancólica e a filosofar, coisa essa que eu não estava disposta a fazer.

Era domingo e eu estava encolhida no sofá da sala, lendo um livro qualquer que Liam trouxe para mim. Ele, Aby e Josh são os melhores amigos que uma pessoa pode ter. Liam morava na Califórnia, e veio passar uns dias em Woodland porque fazia um ano que ele estava fora. Eu e Aby o acusamos de abandono, e ele não perdeu tempo em vir passar um tempo com nós duas. Esse apartamento daqui a pouco vai se tornar pequeno demais, e isso me faz lembrar que na próxima semana vou começar a procurar o meu apartamento, porque finalmente consegui o dinheiro para dar entrada em algum mais simples, mas próximo do estágio e da faculdade. Saio dos meus pensamentos quando sinto o sofá se afundar bruscamente quando Liam se joga ao meu lado.

- Nós vamos sair, então comece a se arrumar – ele diz.

Olho para ele por cima do livro, encontrando seu olhar determinado me sondando. Volto minha atenção para o livro.

- Estou ocupada.

- Ocupada? Você tá lendo esse livro o dia todo.

Fecho o livro e pego o meu celular.

- De acordo com o Google, ocupado é um adjetivo, que significa estar entretido com alguma ação. – Largo o celular e abro o livro novamente. – Você não vai tentar contradizer o mestre Google, vai?

Ele resmunga. Sorrio por trás do livro.

- Pelo amor de Deus, Giennah, hoje é a minha segunda noite aqui, e a maior emoção que eu tive foi ver o seu vizinho gato sem camisa, todo nervosinho. Vamos, por favor? A Aby já está indo com o Josh e mais alguns amigos, vai que você conhece alguém?

Maldita hora que eu resolvi desabafar de uma vez com o meu amigo sobre o meu curto relacionamento com o vizinho. Liam não me deixou em paz na noite anterior quando Thomáz não parou de tocar guitarra. Eu já tinha notado que ele fazia isso para chamar a minha atenção, mas eu nunca falaria que sabia a sua intenção. Na verdade, não sei quando vamos voltar a nos falar normalmente, já que eu estraguei tudo.

- Não, Liam. Você não vai conseguir me convencer.

- E se eu te arrastar? – ele segura os meus pés e os puxa de repente, fazendo eu largar o livro.

- Não, nem se você me arrastar. Agora deixa eu ler, por favor?

- Não. Vamos, por favor, Gie. Vai ser bom pra você beber um pouco, esquecer os problemas por um momento, pôr a conversa em dia...

Eu não tinha a menor vontade de sair. Queria ficar em casa, afundar as mágoas em um livro, e depois dormir, até porque no dia seguinte, eu tinha que acordar cedo.

- E se eu te levar em uma livraria e deixar você comprar um livro? Por minha conta.

Merda, ele sabia como me ganhar.

Sem tirar os olhos das páginas, digo.

- Eu iria por três livros.

- Não, um só. Você não vai ler os três ao mesmo tempo.

Levanto os olhos por cima do livro.

- Você está duvidando da minha capacidade de mutante em ler vários livros ao mesmo tempo?

- Sim.

- Então você não me conhece. Eu sou capaz de coisas que você nem imagina.

- Tipo o que?

Passando a página, digo:

- Tipo ler três livros ao mesmo tempo e saber o que acontece em cada um sem misturar a história. – Com um olhar misterioso, olho para o meu amigo. – Quem lê sabe do que eu estou falando. Isso é um superpoder que apenas nós temos, Liam. Na verdade, alguns de nós. Isso é raridade.

Ele fica em silêncio por um momento, mordendo a boca, até se virar para mim.

- Tudo bem, dois livros e você sai com a gente.

- Três, e eu saio com vocês.

- Dois.

- Três.

- Dois.

Fecho o livro e olho para ele.

- Dois – digo.

- Três – ele responde rapidamente, sem piscar.

Sorrio maléficamente.

- Essa tática nunca falha – rio.

- Merda! Foda-se, três, agora levanta essa bunda daí e vamos.

- Se você não cumprir, você vai se ver comigo – falo, me levantando.

- Eu faria qualquer coisa para ver a Giennah extrovertida novamente. Desde que eu cheguei aqui você está tão séria...

Entro no meu quarto, mas eu não falo de volta, porque o motivo de eu estar assim está bem claro, e bem vivo na minha memória.

Beber pode ser uma boa ideia, afinal.


...

O som da música do pub em que estamos indo, chega antes mesmo de atravessarmos a rua. As batidas da música eletrônica ficam cada vez mais altas a medida em que nos aproximamos da entrada do lugar. Eu já tinha passado por aqui na volta da faculdade, mas nunca tinha entrado. Não nego que já quis entrar e ver como é, mas não tive a chance. O segurança pede nossas identidades e em seguida entramos.

O lugar está tomado por corpos pulando, bebendo, se agarrando e se beijando como se na verdade, estivessem transando. Liam me guia até a parte com sofás privados, onde Aby, Josh e mais outras três pessoas, conversam animadamente. Quando chegamos, Aby se levanta, animada, e me abraça.

- Que bom que você veio! Não acredito que Liam conseguiu te tirar de casa.

- Pois é. Ele conseguiu. – Com suborno, penso, mas eu não digo em voz alta.

- Bom, esses são os amigos do Josh, e eu falei de você para o Tyler.

Fecho a cara.

- Eu sei, mas converse com ele, amiga. – Ela nota a minha expressão, mas continua. – Ele queria te conhecer. Tente, pelo menos.

Suspiro, e olho para as demais pessoas na mesa. Meus olhos param no cara sentado na ponta do sofá em formato de meia lua. Ele está olhando para mim, com um sorriso contido, e se levanta.

Aby se afasta, com um risinho, e vai para o lado de Liam. O cara de cabelos castanhos em corte militar para na minha frente. Sorrio para ele.

- Meu nome é Tyler, prazer – ele estende a mão para mim, e o cumprimento.

- Giennah. O prazer é meu.

Ele se aproxima mais, por causa do barulho alto.

- Gostaria de uma bebida?

Concordo com a cabeça.

- Claro.

Me pegando de surpresa, ele segura minha mão, e começa a me levar para o bar. Olho rapidamente para trás, para os meus amigos, e os três estão olhando para mim, com sorrisos enormes, em aprovação.

Eu só preciso lembrar que estou ali pelos três livros que Liam me prometeu.

Quando chegamos na bancada do bar, Tyler puxa uma banqueta para mim, e eu me sento. Ele faz o mesmo.

- O que você quer beber? – pergunta.

Já que eu estava ali, o mínimo que eu poderia fazer era beber algo adequado.

- Um shot de tequila, por favor.

Ele sorri, mostrando a fileira de dentes brancos. Foi rápido, mas eu reparei que os seus caninos são mais pontudos que o normal, e o da esquerda é levemente torto, quase imperceptível. Não sei por que, mas eu gostei daquilo. Sexy, talvez.

Ele me entrega o shot, e vejo que ele pediu o mesmo que eu.

- Vamos virar juntos? – pergunta, com um sorriso ainda tímido.

- Vamos.

Contamos até três, e então viramos.

Três shots depois, e já estamos rindo. Eu pela careta que ele faz depois que vira, e ele... Bom, eu não sei o que ele acha tão engraçado. Provavelmente efeito do álcool.

- Sua risada é muito engraçada, sabia? – diz ele.

Noto que estou rindo pelo shot que acabamos de virar, e olho para ele.

- Bom, já me disseram coisas piores.

- Piores? O que diriam de pior para você?

Dou de ombros.

- Nada que você queira saber agora.

- Eu quero saber.

Olho nos olhos dele, castanhos escuros, coloridos apenas pelas luzes de led do lugar. Sinto o meu sorriso morrer. A última pessoa que queria saber dos meus problemas e que era um completo desconhecido, me fez feliz novamente quando eu estava vazia por dentro. Vazia de sentimentos bons. Mas também foi a pessoa que eu afastei porque eu simplesmente não sei lidar com isso. Talvez medo fosse a palavra certa. Sim, eu tinha medo de entregar o meu coração novamente e vê-lo despedaçado no dia seguinte. Permitir sentir novamente não é tão fácil quanto eu imaginei. Mas eu estava ali porque eu queria conhecer outras pessoas, certo? Eu tinha afastado Thomáz justamente para não me prender novamente a uma pessoa.

A batida de uma música conhecida começa a tocas pelo pub. Reconheço ser Colors, da Halsey.

- Vamos dançar?

Não espero ele responder e o puxo do banco, me infiltrando no meio das pessoas que dançavam. Comecei a me mexer, levantando os braços. O vestido e a jaqueta amarrada na minha cintura pareciam leves no meu corpo, enquanto eu dançava. Senti os braços de Tyler em volta da minha cintura, mas não os afastei. Coloquei os meus ao redor do seu pescoço, e olhei nos seus olhos. De repente, começo a realmente ouvir a música, captando a letra.


Tudo é azul
Suas pílulas, suas mãos, seus jeans
E agora eu estou coberta com as cores
Separada pelas costuras
E isso é triste
E isso é triste

É inevitável. Os olhos dele aparecem na minha mente, e é tudo o que eu consigo ver. Eu estou olhando para Tyler, mas não é ele que eu vejo. Eu vejo Thomáz, eu vejo os fios loiros, brilhantes, eu vejo o azul penetrante dos seus olhos. Eu começava a sentir o efeito da bebida.


Tudo é cinza
Seu cabelo sua fumaça, seus sonhos
E agora ele está tão desprovido de cor
Que ele não sabe o que isso significa
E ele é triste
E ele é triste

O ar do lugar começa a me sufocar, de uma forma que eu não consigo mais pensar direito. Solto os braços de Tyler, e me afasto, a música ecoando na minha cabeça, a batida, os corpos batendo no meu.


Você era vermelho, e gostou de mim porque eu era azul
Você me tocou e de repente eu era um céu lilás
Então você decidiu que roxo não era pra você

Eu fico perdida, porque eu sinto que essa letra é para mim. Eu sinto que eu estar ali, ouvindo aquela letra, pode ser uma simples coincidência, mas uma coincidência trágica.

Me afasto da pista de dança, e corro para a saída, sem olhar para trás, nem quando sinto os dedos de Tyler raspando na minha mão, tentando me impedir de sair dali. Mas eu precisava de ar.

Empurro a porta da saída de emergência e saio do pub, inspirando violentamente. O ar frio atinge o meu rosto, e sinto que estou chorando. Mas porquê? Eu não posso ter Thomáz. Eu sou tão quebrada quanto ele. Eu sou tão cinza, e ele tão colorido. Mesmo tendo um passado ruim, ele é colorido. O problema é que eu coloquei na minha cabeça que eu era forte, mas ninguém é forte o tempo todo. Thomáz se transformou em uma fraqueza pra mim, e ele mais do que ninguém, merece mais do que isso. Ele é bom. Tem um coração tão bom, e simplesmente não me merece. Eu vi o que eu fiz com ele. Nessa semana ele não sorria mais; no trabalho, ele não cumprimentava mais as pessoas de forma animada, nem paquerava ninguém. Isso era o que eu sabia fazer de melhor: afastar as pessoas, e ser afastada.

Seco os olhos, e olho para a rua deserta. O barulho da música está abafado, e Tyler não veio atrás de mim. Ou ainda não veio. Atravesso a rua, e começo a andar no sentido contrário ao do apartamento. Visto a jaqueta, e me abraço, tentando me proteger do frio. Olho para a entrada do pub, por onde Tyler acaba de passar, olhando para os lados, e me chamando. Apresso o passo, mas meu corpo se choca em outro. Descruzo os braços, esticando as mãos para o que quer que esteja na minha frente.

Mas quando olho para o que estava no meu caminho, perco o ar totalmente. Olhos azuis gélidos me encaram de volta. Sinto seus dedos nos meus braços, me segurando para não cair com o impacto. Não pode ser. O cabelo loiro está escondido embaixo do capuz do moletom, a boca mais rosada do que nunca, provavelmente por causa do frio.

Não.

A minha fraqueza estava parada bem na minha frente.

Mas por ironia, era o que me mantinha forte, parada no lugar.

E eu não sabia o que fazer a não ser comandar o meu cérebro a inspirar e expirar, sem perder o controle.

Eu olhava para frente, e a única coisa que eu via, era Thomáz.


Att surpresaa!

Xuxus, uma leitora linda, criou uma playlist de Neighbors no Spotify, e está a coisa mais MARAVILHOSA desse mundo! Todas as músicas do capítulo de playlists aqui do Wattpad, estão lá. O link está na bio do meu perfil. Sigam lá e ouçam as músicas que inspiraram esse casal❤️

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