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Capítulo 2

G i e n n a h

Eu estava sendo forte por nós dois nessa relação. Kieran não era mais o mesmo. Eu não era mais a mesma. Eu não sei onde a nossa relação se perdeu. Onde tudo o que éramos, deixou de existir.

Isso não vai mais dar certo, Giennah.

Foi o que ele me disse.

E por que, não?

Eu tentei colar o que já havia sido quebrado. Eu era outra pessoa. O fim da nossa relação me transformou. Agora eu era uma versão forte de mim mesma, que eu me obriguei a construir.

Porque eu não quero mais.

Ele quis me abraçar, como despedida. Como se com aquele abraço, ele me devolvesse tudo o que eu dei a ele. Mas assim como um prato que você joga no chão, e vê o que antes era inteiro se partindo, o mesmo era com as partes de mim que agora não vão ter mais volta. Me afastei do seu toque. Kieran destruiu uma parte que eu não vou ter mais. Uma parte minha que era apaixonada por ele, uma parte que amava todas as vezes que ele me beijava, ou que fazíamos amor.

Aquela Giennah, não existe mais. Me obriguei a construir uma versão mais dura de mim. A única pessoa que ainda tem o poder de ter acesso àquela Giennah, é Aby. Minha melhor amiga. Ela me conhece com a palma da mão. Além de ser uma das pessoas mais diretas e sinceras que eu conheço, tem um coração enorme. Eu a amo como uma irmã. E ela foi a primeira pessoa que eu liguei quando Kieran terminou tudo o que tivemos.

Eu me mudei para a casa dele quando fizemos 1 ano de namoro. Tínhamos 20 anos, eu pensava que nosso relacionamento era o típico clichê de ser o amor à primeira vista. Que ele era o cara. Que eu tinha, enfim, achado alguém para me completar. Assim como nos livros de romance água com açúcar que eu lia na adolescência. Eu sempre fui uma garota que acreditava que o cara perfeito iria aparecer um belo dia na minha frente, ou nós formaríamos uma dupla em algum trabalho de faculdade e nos apaixonaríamos. Que ele seria o meu primeiro namorado e marido. Assim como Kieran apareceu, justamente como meu colega de turma na faculdade.

Mas então, a ficha caiu. A realidade apareceu nos meus olhos, como uma luz vermelha sinalizando: você não precisa de alguém para ser completa. Seja completa, e encontre alguém completo para juntos, somarem. Não existe amor à primeira vista. Príncipes em cavalos brancos são contos de fadas mostrando para quem sabe enxergar, que aquilo, é impossível. Que você não vai amar o cara que esbarrar em você e derramar café na sua blusa nova, e com a voz rouca e delicada, pedir desculpas, como um bom homem educado. Ninguém ama quem, sem querer, tropeça na sua frente. Você não é uma donzela em perigo. Você é de você mesma. E nada, nem ninguém, deve e pode tirar isso de você. Você é capaz de vencer suas dores, e com ela, aprender. Resiliência.

Kieran não foi um erro, mas foi um acerto no meio do errado. Eu não fui errada sozinha. Ele apenas não era o cara da minha vida. Às vezes, pessoas aparecem para nos ensinarem, mas não para ficar.

Mas eu queria que ele ficasse.

Queria que ele dissesse que na verdade, estava enganado. Que não era isso que queria. Mas ele disse que não queria mais. E então, me mandou embora da nossa casa. Que compartilhamos tantas coisas, tantos momentos. Eu o amava mais do que amava a mim mesma. Kieran era tudo, mas eu me transformei em nada para ele.

Simples assim.

Eu era descartável, talvez. Sim, eu era. Porque na semana seguinte, eu o vi saindo da faculdade com outra garota. E indo para o que antes, foi a nossa casa.

Aquilo não me machucou. Eu apenas vi a cena de longe. Não me machucou porque assim que eu saí pela porta da nossa casa pela última vez, a luz vermelha se acendeu na minha cabeça. Eu não podia mais sofrer por amor. Não acreditava mais. Eu tinha que ser forte para mim.

Nossa relação era como algo dependente. Eu dependia dele, o amava demais para me deixar ir sozinha. E sem Kieran, eu achava que eu não existia. Que isso era impossível.

Mas assim que eu fechei a porta, apertei o botão do elevador, e não o vi saindo de casa apressado e dizendo que me amava, o último fio de esperança escapou mais rápido do que chegou.

Eu preciso mudar.

Foi então, que Giennah Jones, antes chamada de anjo por todos, se transformou no oposto.

Eu era o diabo, e sabia disso. Gostava disso. Porque não era mais fraca. Não me deixava mais levar. Eu era dona de mim mesma. Eu era eu.

Talvez eu ainda não saiba qual a minha melhor versão, mas eu sigo a velha frase:

Só se vive uma vez.

E então, eu irei viver.

Faço um esforço maior do que sou capaz quando, enfim, coloco a última mala no hall do prédio. O porteiro simpático me ajudou. Ele se fez de forte, carregando as minhas outras três malas até ali e fingir que ainda tinha idade para isso, mas reparei quando ele, tentando não demonstrar, passou a mão pela testa, limpando alguma gota de suor. Segurei o riso. Agradeci a ele novamente, quando me ajudou a pôr as malas dentro do elevador. Enfim, respirei fundo. Estava cansada, morta, faltando apenas a terra para jogar em cima de mim. Kieran permitiu que eu voltasse no apartamento para buscar as minhas coisas. Idiota. Eu iria de qualquer jeito, ele deixando ou não.

Reviro os olhos para esse pensamento.

O elevador chega, e Aby aparece na minha frente com um sorriso de orelha a orelha.

— Ahhhhh, você chegou! Finalmente, né, demorou o quê? Um século? Puta que pariu, hein. Vem logo – Ela não me deixou falar nem um simples oi, e já foi puxando as malas com facilidade, como se eu não tivesse praticamente morrido para carregar elas até aqui.

Assim que Aby fecha a porta e com minhas malas já dentro do apartamento, me permito respirar fundo umas 5 vezes antes de falar com ela. Mas como eu já esperava, ela não me dá tempo.

— Cara, eu tô muito puta com aquele pinto pequeno. Se eu pudesse, ia lá agora e acabava com a raça dele. Juro, esfregava no asfalto e…

— Ok, ok, tudo bem. Calma. Respira e inspira, Aby. Pelo amor de Deus. Eu acabei de chegar e estou muito cansada para falar disso agora, depois, talvez. Agora, por favor, você pode apenas falar um oi, amiga, como vai?, só para começo de conversa? – encaro sua expressão animada que vai sumindo aos poucos.

— É... Me desculpe. Realmente. É que eu tô muito animada que vamos morar juntas, mas ao mesmo tempo não queria que você pensasse que torcia para o seu término…

— Tudo bem, eu entendi o que você quis fazer. Eu só... Preciso descansar e tô muito cansada.

— Claro, bom, seu quarto é ao lado do meu. Última porta a esquerda.

Sorrio para ela e então vou na sua direção e a abraço. Forte.

— Obrigada por tudo que você está fazendo por mim – digo.

— Hmm... Tudo bem, melosa demais. Estou diabética – rio da sua cena, e então me afasto – Eu vou tomar um banho, porque daqui a pouco, vamos sair.

A encaro, incrédula.

— Como é que é? Eu acabei de chegar, Aby…

Gie, meu amor, – diz vindo na minha direção. Ela olha um pouco para cima, por ser mais baixa que eu, e a cena seria cômica, se eu não estivesse começando a ficar nervosa com o fato de ter que sair justo agora – hoje é o seu primeiro dia morando comigo. Josh me chamou para irmos à um lugar que ele diz que adora. Por quê não? Vamos, só pra você se distrair – faz uma cara de gata manhosa.

— Aby…

— Por favor…

Eu definitivamente não queria sair hoje. Queria apenas tomar um banho e me jogar na cama. Apenas isso. Mas Aby está me ajudando tanto, ela sempre quis o meu bem, sempre tenta me animar, que mesmo irritada, por não seguir os meus planos, concordo.

— Tudo bem…

— Isso! – diz, dobrando os cotovelos com os punhos fechados em forma de vitória.

— E onde vamos?

— Josh não disse, apenas me contou que é um lugar cheio, e que não podemos nos afastar um dos outros para não se perder.

E como um furacão, sai da sala e entra no banheiro. Espero o barulho do chuveiro ligar para então, jogar minhas frustrações ao vento. E quando finalmente ouço, preparo meus pulmões para então, respirar fundo, pegar todo o oxigênio para os meus pulmões, e…

Meu momento de xingar até o Papa, é interrompido pela porra da campainha.

Puta que pariu, meu caralho.

Vou furiosa até a porta e a abro num rompante.

— O que você quer? – digo. Sinto que não fui nem um pouco saudosa com o cara musculoso, sarado, tatuado... E espera aí? Uma toalha na cintura? Que tipo de pegadinha é essa?

Deixo minha visão rápida de lado e encaro o cara na minha frente, com a expressão séria.

— Cadê a garota que mora aqui? – pergunta, com o cenho igualmente sério.

— A Aby? No banho, por que? – e então, sem meu consentimento, meus olhos descem pelo seu corpo até chegar na toalha. Que merda... E então, o motivo pelo cara estar aqui, e procurando por ela, aparece como uma lâmpada na minha cabeça
– Você é algum tipo de stripper sexy que ela contratou pra mim? Porque se for…

— Não sou nada disso, eu só quero tomar um banho em paz. E eu me mudei hoje e não sei que porra aconteceu com a água que simplesmente estava quente e agora fria pra caralho – me corta, estressado.

Ergo a sobrancelha na sua direção.

— E o que eu ou ela tem a ver com isso?

— Você não escutou o que eu disse? Eu me mudei hoje, ela deve saber de alguma coisa que acontece pra água ficar assim.

Encaro seu rosto por um tempo e então me coloco no lugar dele. Realmente, eu também estou cansada e gostaria de resolver esse problema de uma vez e voltar para o meu banho quente, que inclusive, adoraria tomar agora. Então fecho a porta na cara dele, pelo simples motivo de ter me irritado em um momento muito importante e vou até o banheiro perguntar para Aby o que aconteceu. Ela grita do banheiro a resposta e então volto para a porta, e abro, encontrando um homem irritado e nervoso, prestes a explodir.

— Ela disse que quando um chuveiro liga no mesmo momento que o do lado , automaticamente a sua água esfria. Pronto, bom banho – e sem esperar uma resposta, fecho a porta na cara dele novamente. Não sei bem o motivo por ter feito isso. Provavelmente fui uma filha da mãe em fazer isso com um cara que eu nem conheço, e imediatamente me sinto culpada por ter feito isso, e com uma enorme vontade de voltar atrás e pedir desculpas. Mas antes de tudo, a porta do apartamento ao lado bate com força.

Grosso.

Reviro os olhos. Não, não deveria ser uma vizinha adorável. Suspiro e me jogo no sofá, esperando Aby sair do banho. O que não demora muito, e ela aparece na sala de sutiã, vestindo uma calça jeans, com uma blusa na mão, ao mesmo tempo que anda até onde eu estou.

— Quer comer algo antes de ir? – pergunta assim que abotoa a calça, e então, veste a blusa branca.

— Sim, por favor.

Comemos um sanduíche e bebemos um copo de coca cola, enquanto conversávamos. Aby me contou algumas coisas sobre o apartamento, e disse que eu não precisava me preocupar com o aluguel, mesmo eu insistindo que não queria ser tratada diferente só por ser sua amiga.

Finalizado o rápido lanche, corro em direção à mala para pegar minha jaqueta de couro preta, antiga, e saio em passos apressados até Aby, que segura a porta do elevador para mim. Seu namorado, Josh, e um dos meus melhores amigos, é aquele tipo de cara que você pode contar a qualquer hora. Ele adora uma farra, e Aby não está atrás. Sinceramente eu não sei como os dois estão dando certo durante 3 anos de namoro. Por um segundo, me lembro de Kieran e de nossas saídas em casal. Mas logo limpo a mente desses pensamentos. Não mais. Kieran foi uma parte importante da minha vida, mas ele deixou de ser assim que abandonou tudo o que construímos por motivos que ainda não decifrei. Ele me limpou da sua vida tão rápido quanto jogar poeira para debaixo do tapete. E nada me impede de fazer o mesmo.

Assim que entramos no carro, sou recebida pelo sorriso brilhante de Josh e sua expressão animada.

— Garota, quanto tempo! Achei que tinha se esquecido dos amigos – diz, ao mesmo tempo que dá partida no carro.

— Nunca me esqueceria de vocês, para de ser dramático – digo, antes de soltar uma risada para a sua careta.

— Eu tava brincando. Agora vou dizer normalmente: Gata, que porra de buraco você se enfiou que esqueceu que tem amigos para sair e beber?

Depois do trágico término entre mim e Kieran, fiquei praticamente um mês e meio trancada em um hotel com o que sobrou do meu estágio em um escritório de advocacia, até ceder ao chamado de Aby para morar com ela. Ela era uma pessoa maravilhosa. E eu não poderia ser mais grata.

Dou uma gargalhada, sendo seguida por Aby e Josh.

Esse é o verdadeiro Josh que eu conheço.

No clima confortável que se faz depois de sua introdução, e logo engatando em uma conversa aleatória, Josh estaciona o carro em um beco. Um arrepio se passa pela minha coluna, e olho para todos os lados, tentando encontrar, talvez um barzinho, que era o que eu esperava para essa noite.

Josh e Aby logo descem do carro, e eu faço o mesmo, indo parar ao lado dos dois, que diferente de mim, se mostram normais, sem pânico no rosto por estarmos em uma rua deserta, à noite.

Coloco as mãos na cintura, enquanto Josh tranca o carro.

— Ok, o que estamos fazendo aqui?

— Ué, aqui é onde vamos assistir uma das melhores coisas que essa cidade pode proporcionar – responde Josh.

Ergo a sobrancelha esquerda, encarando a minha amiga, que se mantém alheia à minha clara confusão.

— Eu também não sei o que estamos fazendo aqui, mas confio em Josh.

— Bom, vamos, sem chilique, Gen, apenas não se separe da gente, e então estará tudo certo.

Com isso, ele nos guia até o outro lado da rua, onde algumas latas de lixo se encontram na frente de um portão de ferro enferrujado. Na mesma hora faço uma careta. Que tipo de lugares os meus amigos passaram a frequentar?

Antes que eu consiga pensar em mais alguma coisa, Josh dá três batidas rápidas e fortes no portão, e ele logo se abre, revelando um estouro de gritos do lado de dentro. Um homem alto, que aparenta ter uns dois metros e meio de altura, com tatuagens em tribais nos braços, abre o portão, nos dando passagem.

— Merda, a luta já começou! – reclama Josh, gritando por cima dos berros enquanto tenta olhar por cima das cabeças, os lutadores no meio do local. De onde eu estou, não consigo ver, mas a cada impacto de punhos contra carne, meu sangue gela, e mais gritos reverberam pelo local fedido a suor — Caralho, é o Serpente da noite! – grita Josh mais uma vez.

Reviro os olhos. Onde eu me enfiei?

Eu só queria a minha cama quente, e uma boa Netflix essa noite, mas aqui estou eu, no meio de um bando de homens ogros.

Com um puxão repentino na mão, Aby me guia, com Josh na frente, para algum lugar que não consigo decifrar, até me encontrar no limite do espaço que a torcida pode ficar. Dois homens se socam, como se suas vidas dependessem disso. Sem conseguir me controlar, sinto uma leve excitação antes não conhecida por mim, em ver essa cena.

Merda, o que está acontecendo comigo?

E então, olho mais atentamente para os dois homens fortes desferindo socos um no outro. Logo capto o rosto de um deles.

As tatuagens, o porte físico, os olhos azuis raivosos e concentrados que são visíveis mesmo à quilômetros de distância.

Meu coração dá um solavanco dentro do peito, se agitando contra a caixa torácica.

O vizinho gostoso do chuveiro.

Puta merda!

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