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Capítulo 16: Dia Inesperado

Bastaram três passos para eu alcançar os lábios de Álvaro Coimbra. Senti sua barba rala roçar no meu rosto, seus lábios macios tão juntos aos meus. Entretanto, alguma coisa estava errada, pois ele estava parecendo uma pedra de tão imóvel. Abri meus olhos e afastei-me alguns centímetros, encarando-o.

– Desculpa– murmurei– Eu não deveria ter feito isso, eu sei. Nossa, eu juro que eu nunca fui impulsiva, não sei o que me deu...

Ele me lançou um olhar especulativo e eu me calei abruptamente. Álvaro ergueu suas mãos e segurou meu rosto entre elas, ainda me avaliando, olhando diretamente no fundo dos meus olhos. Se era para ser um gesto romântico eu não fazia ideia, mas eu me sentia numa consulta de oftalmologista.

– Você é incrível– e com essas palavras, ele me beijou.

Agora pouco importava nossos tons de pele, pouco importava nossa diferença na pirâmide social, pouco importava em que século eu vivia. A única coisa que tomava conta dos meus pensamentos era o agora, era esse beijo, era o carinho transmitido entre nós. Era ele.

Álvaro passou seu polegar seguindo a minha espinha dorsal até a sua base, fazendo os pelos do meu corpo eriçarem com o gesto. O beijo intensificou-se, tornando-se até violento, abrindo espaço para leves mordidas e um abraço esmagador.

Retorci-me entre seus braços, dando um gemido inesperado. Seu braço desceu até a minha coxa, apertando minha pouca gordura com prazer até que seus dedos subiram sem hesitar para o local úmido entre minhas pernas. Apenas mais tarde fui me importar com o fato de que fazia dias em que eu não me depilava, mas os homens deveriam estar acostumados.

Passei a blusa de Álvaro sobre sua cabeça, jogando-a na cama. Sorri com a imagem que se formara na minha frente. UAU, que homem! Ele sorriu de volta, levantando meu vestido como eu fizera com sua camisa. Fiquei tensa ao exibir minha nudez na sua frente, mas bastou ele se posicionar de joelhos e começar seu trabalho lá embaixo que qualquer outro pensamento que eu poderia possuir derreteu-se com esse gesto. Puxei seu cabelo com força, tão excitada com tudo aquilo...

Ele me agarrou pela cintura e ambos caímos na cama. Enfiei minha mão dentro da sua calça no mesmo segundo e deparei-me com seu membro enrijecido. UAU, o que era Gabriel perto daquele homem. Perguntei-me em que ano foram criadas as cuecas, já que ele não usava mais nada além da calça. Bem, desde que eu cheguei aqui nenhuma roupa íntima foi avistada por essa região, mas talvez elas já existissem.

Ele gemeu de prazer enquanto eu mantinha meus movimentos lá embaixo. Em seguida abaixei suas calças para permitir que ele se posicionasse sobre meu corpo nu. Álvaro se afastou por um instante, deixando de lado qualquer movimento e me encarou com seus belos olhos azuis. Ele me encarava de uma maneira tão sedutora que eu quase derreti de paixão.

– Quero você– ele disse, mordendo seu lábio inferior.

– Sou toda sua– sorri, tentando manter as aparências apesar do rosto suado.

E ele me beijou antes de penetrar-me com força. Seus primeiros movimentos foram lentos e precisos, mas bastou alguns minutos para ele manter a velocidade desejada. Ele agarrou com força meu cabelo e finalmente chegamos naquilo que eu gostava de chamar de felicidade.

Acordei assustada com um barulho do lado de fora. Havíamos cochilado e eu nem tinha reparado. Levantei-me assustada, com medo de estar atrasada para os acontecimentos do dia e corri para fora da cama. Encarei o corpo nu e sonolento de Álvaro Coimbra enquanto eu me vestia, eu não queria deixa-lo, mas era preciso. Ai que vontade de deitar do seu lado e fazer tudo o que eu queria fazer com aquele corpo escultural.

Virei-me de costas e caminhei até a porta sem olhar novamente para trás, eu não poderia me deixar levar pelo impulso novamente.

Cheguei na montanha onde estava localizado o cemitério, mas infelizmente as pessoas já estavam deixando o local. A missa já havia sido realizada e eu estava atrasada. Culpei-me pela minha falta de responsabilidade e consideração com meu amigo.

Avistei a lápide nova e andei hesitante até ela enquanto arrumava os cachos rebeldes dentro do lenço. Ajoelhei-me na terra macia e fechei meus olhos. Eu sei que ele queria fugir tanto quanto eu, Diego faria de tudo para tentar ver sua família novamente, com certeza até daria a própria vida como aconteceu. Mas eu não poderia negar que fui atrás dele pedir ajuda, pedir para que ele me acompanhasse naquela jornada arriscada.

– Onde você estava?– Dante perguntou.

Abri os olhos contra a claridade do final da tarde e deparei-me com dois pares de pernas. Ele se ajoelhou na minha frente, para olhar meu rosto expressivo e tirar suas própria conclusões.

– Eu sei que você perderia esse enterro apenas se alguma coisa grave acontecesse. Então, hora de me contar o que aconteceu, Olívia Ambrose.

– Não te interessa, Dante. Preciso ficar sozinha com Diego, se me der licença.

– Alguém já te disse que você é uma moça muito abusada?

– Todo mundo, todos os dias. Talvez eu não goste de viver nesse mundo machista.

– Como?! Machista?

Eu sabia que estava sendo arrogante com Dante, dando-lhe alfinetadas com minhas palavras. Mas eu não queria, em hipótese alguma, que ele descobrisse o que aconteceu e para isso eu precisava que ele fosse embora, que me deixasse sozinha ou eu acabaria revelando algo. Meu rosto infelizmente nunca soube esconder meus segredos com facilidade.

– Era o enterro de Diego! Ele foi açoitado na sua frente e você não veio!!– ele me acusou.

– Desculpa! Aconteceu um imprevisto!

– Eu não consigo confiar em você sendo que sempre parece que está escondendo algo de mim.

– Eu estou escondendo né! Eu! E você que é um mentiroso e disse que Álvaro tinha voltado para a fazenda dele? Pode se explicar agora, Dante Silva– as palavras saíram da minha boca como um tsunami.

– Hein!– ele arregalou os olhos, incrédulo.

– Isso mesmo que você ouviu. Você é um mentiroso!– bufei.

– Então era isso, você estava com ele.

– Eu não estava...– tentei organizar as palavras– Eu não estava com ele, apenas o vi saindo da Casa Branca com o Barão.

– Não estava com ele?– ele perguntou desconfiado.

– Eu não mentiria para você– menti descaradamente. O que eu estava fazendo?

– Moça, aquele homem não é confiável. Ele pode ter te salvado, mas com certeza deve ter algum interesse nisso, não foi por você, ele nunca faria algo por você. Ele é desprezível, assim como o pai. O Conheço há muito tempo e só quero te ajudar.

– Você está comparando ele ao pai, como todos fazem, mas o que eu acho é que ninguém conhece ele direito.

– O que é isso Olívia?– interrogou Dante– Está apaixonada?

Engasguei-me com a pergunta de Dante. Fiquei com tanta raiva no momento que não consegui pensar em nenhuma frase sensata para dizer.

– Eu não– afirmei– Já você, tenho minhas dúvidas.

Levantei-me juntando a dignidade que ainda me restava e comecei a descer a montanha do cemitério, sem coragem para olhar para trás. Essa conversa havia sido um fracasso, culpa do meu nervosismo com a cena que eu vivenciei mais cedo no quarto de hóspedes.

Caminhei devagar até a Casa Grande, observando os últimos raios solares desse dia agitado. A lua já tomava conta do céu, deixando sua beleza resplandecer sobre a fazenda.

Eu não queria deparar-me com Álvaro novamente, portanto segui o caminho que me levava à porta dos fundos, da cozinha. Segui o corredor principal até o quarto de Amélia e abri a porta para finalmente me encontrar com a menina.

– Boa noite– abri meu melhor sorriso quando a avistei penteando o cabelo sobre a cama.

– Olívia!

Ela correu na minha direção, jogando a escova de cabelo no chão e me dando um forte abraço. Gemi um pouco por causa da dor nos ferimentos.

– Desculpe– ela disse, afastando-se– Você está cheia de hematomas! Aquilo foi um absurdo! Já se olhou no espelho? Seu olho esquerdo está apavorante.

Como na senzala não havia espelhos, eu não fazia ideia de como estava minha aparência depois de ser pega na fuga com Diego; certamente já tive dias melhores.

– Senta aqui– ela me indicou a cadeira da penteadeira– Vou cuidar de você, está destruída. O que aconteceu com seu cabelo? Precisa de um creme, sem dúvidas.

Sentei-me sem protestar, eu realmente estava exausta e precisava de uns tratos. As pequenas mãos da menina tomaram conta do meu cabelo, desprendendo-o do meu coque horroroso enquanto seus dedos desembaraçavam os cachos. Fechei meus olhos para apreciar o conforto e relaxando que aquelas pequenas mãos proporcionavam.

– Fiquei tão preocupada– ela disse– Perguntei sobre você para papai e mamãe, mas nenhum dos dois quis me dar informações úteis. Eles só ficavam dizendo: O trabalho na fazenda não é interesse das mulheres.

Ela inclinou meu rosto e passou um pano úmido sobre meu rosto. Senti uma ardência no mesmo instante.

– E também ficavam repetindo que eu não poderia ter nenhum contato com escravo fugitivo. Parece que papai irá te chamar para uma conversa particular, o que não me parece bom visto os acontecimentos. Eu acho que... acho que ele não vai mais permitir que você seja minha dama de companhia.

– Mesmo que ele faça isso, eu sempre estarei por perto, sempre irei te visitar.

– Mas eu não quero outra dama de companhia. Você foi a melhor que eu tive até agora, você entende algumas coisas que minha família nunca foi capaz de entender, como a abolição...

– Amélia, você sabe que esse assunto é proibido na sua casa. Seu pai não gostaria...

– Pouco me importa! Eu gosto de você, gosto dos negros, sou contra esses castigos.

Suspirei fundo e segurei as mãos dela.

– Tudo vai melhorar– eu disse– Quero que você acredite em mim, porquê tem algumas coisas que eu simplesmente sei. E sei que você ainda é jovem o suficiente e sei que vai presenciar aquilo que você quer que aconteça.

– Espero que tenha razão– ela suspirou, seu belo rostinho de porcelana demonstrava certa tristeza e desapontamento– Teve uma época, na época do tráfico negreiro, que as coisas eram mais complicadas. Eu não me lembro, é claro, era muito jovem. Foi minha antiga dama de companhia que disse, pois ela era Africana e sabia das coisas. Ela disse que os africanos que chegavam aqui não sabiam ler nem escrever, muito menos falar a língua local e que por causa disso recebiam muitas chibatadas. O pior eram aqueles que não deixavam de seguir suas antigas religiões.

Ela olhou através da janela, já era noite.

– Eles sofriam muito. Hoje a fazenda melhorou muito em alguns aspectos, sabe... Papai só aplica as chibatadas quando o escravo fizer algo muito grave, como fugir. Em outros casos, são feitas negociações ou pequenos castigos. Eu realmente espero, que daqui alguns anos nada disso aconteça mais, que também se torne ultrapassado.

E mais uma vez aquela vontade de contar tudo sobre a minha vida atingiu minha garganta. Eu estava prestes a revelar, quando me contentei apenas com uma frase:

– Os donos de todas essas fazendas são os escravos, basta olhar para perceber. Um dia todos os negros terão o reconhecimento que merecem.

Até na minha época eu continuava repetindo essa frase, já que não tive o prazer de vê-la acontecer.

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